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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
curso superior de tecnologia em segurança do trabalho
joelcio dalla costa
doenças ocupacionais ler/dort
Concórdia
2015
joelcio dalla costa
doenças ocupacionais ler/dort
Trabalho apresentado ao Curso Superior de Tecnologia em Segurança do Trabalho da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para as disciplinas: Pericia trabalhista e avaliação de desempenho, Laudo técnico e condições de trabalho, toxicologia e segurança, seminário interdisciplinar.
Prof. Jossan Batistute, Claudiane Ribeiro Balan, Larissa e Franciso, Vinicius Pires Rincão, Edinei Hideki Suzuki. 
Concórdia
2015
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	3
2 DESENVOLVIMENTO	4
3 CONCLUSÃO	8
REFERÊNCIAS	9
1INTRODUÇÃO
Com o crescimento significativo da industrialização e da produtividade, aumentaram de maneira bastante evidente os relatos de Lesões por Esforços Repetitivos/Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (LERs/DORTs), a ponto de essas patologias serem consideradas uma nova epidemia industrial (FERGUSON, 1987). As patologias denominadas genericamente LERs/DORTs apresentam, entre outros, sinais e sintomas de inflamações dos músculos e/ ou tendões e/ou fascias e/ou nervos dos membros superiores e/ou cintura escapular e/ou pescoço que tem chamado a atenção não só pelo aumento de sua incidência mas por existirem evidencias de sua associação com o ritmo de trabalho. Essas patologias em geral não são de tratamento difícil mas apresentam uma evolução ruim, causando dor, perda de forca e edemas, sendo responsáveis por uma porcentagem significativa da queda da performance no trabalho.
Normalmente se encontram entre as causas de LERs/DORTs atividades profissionais que exigem forca excessiva com as mãos, posturas inadequadas dos membros superiores, repetitividade de um mesmo padrão de movimento, compressão mecânica das estruturas dos membros superiores e regiões anexas e tempo insuficiente para a realização de determinadas tarefas (REGIS FILHO; LOPES, 1997).
Utilizando o conhecimento adquirido no decorrer do semestre, buscarei mostrar neste trabalho quais as medidas que uma organização deve tomar para controlar e reduzir a L.E.R (Lesão por Esforço Repetitivo ) e D.O.R.T ((Doenças Osteomusculares Relacionadas ao Trabalho ), consideradas doenças ocupacionais. Discutiremos as principais causas, efeitos, prevenções das lesões por esforços, despertando a atenção de gestores e colaboradores para o problema, na busca de melhorias e qualidade de vida para todos.
2 DESENVOLVIMENTO
	Desde a revolução industrial até os tempos atuais grandes mudanças ocorreram no mercado de trabalho, crescimento cada vez maior de trabalhadores nas empresas, dando inicio a revolução eletrônica, fator esse que tem proporcionado aos colaboradores das organizações tarefas diárias repetitivas. 
	Atualmente, a busca pela melhoria da qualidade do trabalho e o estabelecimento de programas que incentivem a saúde dos trabalhadores, estão levando a maioria das empresas a investir em projetos e estudos sobre as vantagens da ergonomia para a melhoria da produção, agindo com dinamismo, otimizando tempo e o alcance de suas metas.
	Para Hughes; Nelson (2009) é importante reconhecer que as empresas investem em ergonomia. Várias são as razões, pois além do projeto de retorno sobre o investimento, inclui a obrigação ética de fornecer um ambiente de trabalho seguro, de conformidade regulamentar, mantendo-se competitiva no mercado para os funcionários mais talentosos e de acordo com a negociação coletiva.
O desempenho produtivo de uma organização depende das condições ergonômicas, na qual procura reduzir as fadigas, estresses, erros e acidentes; proporcionando segurança, satisfação e saúde aos trabalhadores. Ressalto que somente adotar as condições estabelecidas amparadas pelas normas, não será suficiente para prevenções de doenças e promoção a uma boa saúde. 
A Norma Regulamentadora 17- Ergonomia- visa a estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente. As condições de trabalho incluem aspectos relacionados ao levantamento, transporte e descarga de materiais, ao mobiliário, aos equipamentos e às condições ambientais do posto de trabalho e à própria organização do trabalho. Para avaliar a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, cabe ao empregador realizar a análise ergonômica do trabalho, devendo a mesma abordar, no mínimo, as condições de trabalho, conforme estabelecido.
A empresa deve conscientizar os funcionários quanto á sua postura no trabalho e também fora dele. Estas doenças são previsíveis e como é considerada uma doença do trabalho, uma lesão ocupacional, a maior parte da prevenção é feita apenas no local do trabalho esquecendo-se que fora do trabalho, pode-se adquirir grandes riscos às LER/DORT, como podemos observar em McKEAG, 1991,o qual considera como atividades causadoras de LERs/DORTs, tarefas domesticas que exigem muito das mãos como, por exemplo, jardinagem, tricotar, costurar, fazer crochê, ou o uso de instrumentos musicais como piano, assim como praticas esportivas que exigem grande esforço dos membros superiores, como vôlei, tênis e golfe . Assim a prevenção deve ser para todas as atividades, inclusive de lazer.
 A educação postural adequada pode ser considerada um dos principais pontos a serem analisados e aplicados, tais como a estrutura da empresa de forma interna e externa, verificando todo o espaço envolvido e material de trabalho utilizado. Um bom planejamento e controle das medidas de prevenção às doenças ocupacionais, monitorando a saúde dos funcionários por meio de exames médicos e campanhas de vacinação, palestras informativas, rodízios por funções, pausas, adequação das ferramentas de trabalho. 
Infelizmente não é possível traçar um programa de prevenção efetivo que vá extinguir totalmente LER/DORT, mas é possível descrever quais os passos necessários e condições mínimas para uma efetiva prevenção. Dessa forma, a agencia Internacional de Segurança Ocupacional desenvolveu um guia geral para programas de prevenção de LER/DORT. Dentre os principais pontos relacionados á prevenção de LER/DORT, podemos destacar:
1. Investigação de indicadores de problemas de LER/DORT nos locais de trabalho, tais como queixas frequentes de dores por parte dos trabalhadores, trabalhos que exigem movimentos repetitivos ou aplicação de forças;
2. Comprometimento da gerência e direção com a prevenção e com a participação dos trabalhadores para a solução dos problemas;
3. Capacitação dos trabalhadores, incluindo a gerência, sobre a LER/DORT, para que possam avaliar os riscos potenciais dos seus locais de trabalho;
4. Coleta de dados, através da análise das atividades dos postos de trabalho, para identificar as condições de trabalho problemáticas, incluindo a análise de estatísticas médicas da ocorrência de queixas de dores ou de LER-/DORT;
5. Investigação de controles efetivos para neutralização dos riscos de lesões por esforços repetitivos e avaliação e acompanhamento da implantação dos mesmos;
6. Desenvolvimento de um sistema efetivo de comunicação, enfatizando a importância da detecção e tratamento precoce das afecções para evitar o agravamento das afecções e a incapacidade para o trabalho;
7. Planejamento de novos postos de trabalho ou novas funções, operações e processos de tal maneira a evitar condições de trabalho que coloquem os trabalhadores em risco.
As condições ergonômicas ruins nas empresas gera uma intervenção constrangedora por parte do funcionário, esta condição causa grandes efeitos colaterais á saúde dos colaboradores e consequentemente na produção da empresa. Entretanto para que exista um trabalho ergonomicamente adequado, é preciso haver comprometimento que beneficietanto o colaborador, quanto ao dono da empresa, pois estes devem trabalhar em acordo para que sucedam tarefas eficazes e flexíveis na organização resolvendo todos os problemas identificados, para não atingir a potencialidade da produção e desenvolvimento da empresa.
 Dentre os fatores que contribuem para surgimento das LER/DORT podemos citar fatores biomecânicos, fisiológicos, psicológicos, condições físicas e ambientais e atividades extras; como pode ser observado em ASSUNÇÃO E VILELA (2009), que especificam os mecanismos implicados em três fatores:
 Fatores biomecânicos – Incluem a manutenção de postura inadequada por um longo período, o esforço físico, a invariabilidade das tarefas e a repetitividade de movimentos. Incluem também choques, impactos, vibração, frio, trabalho muscular estático e a pressão mecânica sobre determinados segmentos do corpo. 
 Fatores Psicossociais- Estão relacionadas às interações coletivas e intergrupos, interações hierárquicas com chefias, características individuais do trabalhador, como personalidade e seu histórico de vida. 
 Fatores ligados à Psicodinâmica do Trabalho- Dizem respeito à organização do trabalho e sua exigência de ritmo intenso, como o trabalhador percebe o seu trabalho e organizam suas atividades, mecanismos de avaliação e punição e busca da produtividade. 
 A organização do trabalho é determinante para  o aparecimento da doença, desta forma fica claro como o estado e a estrutura estatal sofrem impactos negativos, principalmente financeiros, devido á muitas vezes, ao pagamento de auxílios doença e consecutivos afastamentos. Já para a empresa ocorre a perca de pessoas capacitadas, eficientes e produtivas.
A saúde do trabalhador é um campo em construção na Saúde Pública, de modo que as empresas juntamente com o estado devem iniciar uma catalogação dos programas, serviços e centros de referencias e suas constantes atualizações necessárias para compreender as organizações dos serviços, permitindo uma maior interlocução, na busca de uma melhor estruturação e abrangência. 
Podemos seguir algumas estratégias a serem aplicadas para que empresas e estado trabalhem em conjunto para a promoção da saúde do trabalhador, como, a capacitação técnica das equipes; a disponibilidade de instrumentos para o diagnóstico e estabelecimento de nexo com o trabalho, através dos meios propedêuticos necessários; recursos materiais para as ações de vigilância da saúde tais como: suporte laboratorial e outros meios diagnósticos, equipamentos para avaliações ambientais; disponibilidade de bibliografia especializada; mecanismos que corrijam a indefinição e duplicidade de atribuições, tanto no âmbito do SUS, quanto entre outros setores de governo; coleta e análise das informações sobre os agravos à saúde relacionados ao trabalho nos sistemas de informação em saúde e sobre sua ocorrência na população trabalhadora no setor informal, não segurada pela Previdência Social. 
A prevenção das Lesões por Esforço Repetitivo pode ser feita através de várias medidas, como: Estudos e modificações ergonômicas dos postos de trabalho; Uso de ferramentas e equipamentos ergonomicamente adaptados ao trabalhador; Diminuição do ritmo de trabalho; Estabelecimento de pausas para descanso; Redução da jornada de trabalho; Diversificação de tarefas; Eliminação das pressões de chefia e de produção; Eliminação dos gargalos nas linhas de produção; Eliminação do clima autoritário no ambiente de trabalho; Maior participação e autonomia dos trabalhadores nas decisões do seu trabalho; Reconhecimento e valorização do trabalho; Valorização das queixas dos funcionários; Honestidade, transparência e lealdade nas relações de trabalho.
Algumas empresas oferecem aos seus funcionários pausas para ginástica laboral, que consiste na realização de exercícios físicos no ambiente de trabalho que buscam evitar tais problemas ocupacionais relacionados ao esforço repetitivo. 
No entanto, empresas que pelo seu seguimento de atividade tem uma condição favorável às doenças, deve tomar uma conduta ágil, afim de promover o bem estar de todos, além de investimentos estruturais, criar programas de prevenções. 
COLE (2005), acrescenta ainda que a atividade física através de exercícios de alongamento deveriam ser adotados como forma de prevenção no decorrer das atividades. Segundo ele a preferência deveria ser dada para o momento que antecede o início do trabalho, onde o trabalhador deveria relaxar o corpo e iniciar os exercícios lentamente com um menor número de repetições e tempo, devendo-se aumentar gradativamente para um máximo de 05 (cinco) repetições de 20 (vinte) segundos cada, onde a pessoa deveria ser instruída a realizar movimentos inspiratórios e expiratórios profundos, realizando os exercícios sem sentir dor e caso ocorra à dor, procurar orientação médica.
Um dos mecanismos necessários para se prevenir possíveis doenças é a realização de uma avaliação periódica das condições ambientais, juntamente com o LTCAT (Laudo Técnico de Condições Ambientais de Trabalho), que se trata de um documento estabelecido e adotado pelo Instituto Nacional do Seguro Social – INSS na comprovação da exposição aos agentes ambientais nocivos à saúde ou à integridade física do trabalhador, as empresas podem ser multadas, caso apresentem de forma divergentes as informações emitidas pelos laudos. Desta forma a empresa se assegura, evitando possíveis riscos de problemas judiciais. Não podemos deixar esquecer a toxicologia e segurança do trabalho, que agem em conjunto, com objetivo de estudar os efeitos nocivos decorrentes da interação entre um agente toxico e um sistema biológico, com a finalidade de prevenir o aparecimento de efeitos tóxicos e estabelecer condições seguras. Desta forma, os fatores de riscos diminuem. 
CONCLUSÃO
A realização da presente revisão bibliográfica, surgiu do interesse pelo conhecimento sobre LER/DORT e pela tentativa de entendermos sobre esta doença que é acarretada por diversos fatores e que vem se ressaltando no ambiente ocupacional. 
Foi possível perceber que as causas de LER/DORT, vão muito além de esforços repetitivos e que existem causas psicológicas, que faz parte do aumento dos problemas dentro de uma empresa. Vemos ainda que não é simplesmente organizar um ambiente ocupacional, mas sim, observar o colaborador de forma individual. Objetivamos que as empresas falem
mais sobre o problema em suas campanhas de prevenção, para que portadores e não portadores tenham conhecimento sobre a doença, de forma que, saibam como lidar como problema e as consequências de uma má postura, de um estresse, de um ambiente mal organizado e o que ela pode acarretar para sua vida, muitas destas não percebidas pelos empregados. Portanto , para que haja menor ocorrência de casos da doença é preciso que os empregados e empregadores trabalhem juntos.
 Como sugestões, recomenda-se que exista mais ações preventivas, com palestras, campanhas, programas de ginástica laboral, um ambiente organizado conforme as normas e que caso apareçam sintomas, procurarem um atendimento médico adequado, para que não aumente o grau da doença e não seja necessário seu afastamento do ambiente laboral.
REFERENCIAS
ASSUNÇÃO, Ávila; VILELA, Vasconcelos. Lesões por Esforços Repetitivos: Guia para profissionais de Saúde. Piracicaba - São Paulo; CEREST, 2009.
COLE, D. C. et. al. Quality of working life indicators in Canadian health care organizations: a tool for healthy, health care workplaces? Occupational Medicine, 2005.
FERGUSON, D. A. RSI: putting the epidemic to rest. Medical Journal of australia, 1987.
HUGHES, Richard E.; NELSON, Nancy A. Estimating investment worthiness of an ergonomic intervention for preventing low back pain from a firm’s perspective. Applied Ergonomics 40 (2009).
McKEAG, A. Overuse injuries. Journal of Primary Care, 1991.
REGIS FILHO, G. I.; LOPES, M. C. Aspectos epidemiológicos e ergonômicos de lesões por esforço repetitivo em cirurgiões-dentistas. Revista da Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas,1997.