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Reptilia Reptare, reptum Rastejar 1 Filogenia e Classificação Reptilia: parafilético Sinapsida; Anapsida; Diapsida 2 Filogenia e Classificação Subclasse Anapsida Ordem Testudines Subclasse Diapsida Ordem Squamata Subordem Sauria Subordem Amphisbaenia Subordem Serpentes Ordem Sphenodonta Ordem Crocodylia 3 Surgimento Os répteis surgiram, a partir de ancestrais anfíbios, há cerca de 340 M.a. Estas 4 ordens são as sobreviventes das 20 que floresceram durante o Mesozóico, a era dos répteis, quando estes animais dominavam o panorama animal terrestre. 4 Fim do Mesozóico: Declínio dos Répteis Alterações climáticas desfavoráveis direta ou indiretamente; Incapacidade de competição com os mamíferos; Surgimento das Angiospermae 5 Independência da água Os répteis constituem a primeira classe de animais vertebrados a conquistar definitivamente o meio terrestre; para isso, foi necessário que sofressem uma série de adaptações: Lagartixa da areia (Liolaemus lutzae) 6 Quais foram as adaptações necessárias para a conquista do meio terreste? 7 Adaptações Impermeabilização da pele (carapaças, escamas e placas córneas) Respiração pulmonar Esqueleto mais forte, sistema muscular mais complexo e sistema nervoso central melhor desenvolvido Excreção urinária concentrada Reprodução com fecundação interna, desenvolvimento direto, ovos com casca e anexos embrionários 8 Tegumento Constituição e função Glândulas epidérmicas Escamas Placas dérmicas (carapaça e plastrão) Ecdise Coloração Camuflagem Mimetismo Escamas Epidérmicas: superficiais e trocadas periodicamente na maioria dos répteis; Escamas Dérmicas: Placas ósseas permanentes, aprofundadas na pele e mantidas por toda a vida. Glândulas Tegumentares: ausentes devido a ecdise; Crocodilianos possuem glândulas de almíscar no pescoço e na abertura cloacal que funcionam durante a corte; Alguns lagartos possuem um tipo de glândula holócrina próxima da cloaca que parecem ser mais ativas durante a época de reprodução. Na maioria dos lagartos, a ecdise ocorre em placas. Dispostas em padrões bem definidos, e têm grande diversidade de formas e estrutura em cada grupo. Os aligátores também são recobertos por escamas epidérmicas, mas não são trocados periodicamente, são gradualmente gastas e substituídas Mais desenvolvidas nas tartarugas, formando a carapaça óssea. Crocodilianos possuem algumas placas ósseas (osteodermos) sob algumas das escamas epidérmicas do corpo, e pequenas escamas dérmicas subjazem às escamas mais externas de alguns lagartos. 9 geralmente com escamas epidérmicas (em filas transversais e longitudinais) ou escudos córneos, o que os torna capazes de viver em meios secos. 10 A pele é composta por duas camadas principais: epiderme e derme. As escamas são produzidas pela epiderme e são compostas por queratina. As escamas não podem ser removidas individualmente e devem ser substituídas regularmente – muda -, permitindo o crescimento e eliminando o desgaste. As cobras substituem a pele toda de uma vez só, como se retirassem uma meia, mas os restantes grupos de répteis soltam-na em pedaços. 11 12 13 14 Sinimbu – (Iguana iguana) Jacaré-açu – (Melanosuchus niger) 15 16 Micrurus decoratus, coral Oxyrhopus guibei, falsa coral (coral verdadeira, muito venenosa, ocorre em todo o Brasil, mede até 95cm) 17 Autotomia Forma de fuga de predadores Auto-amputação de apêndices Regeneração Alguns têm patas reduzidas ou totalmente ausentes no adulto (alguns membros ainda apresentam patas vestigiais) Com exceção dos crocodilianos, os répteis têm as patas para os lados e não por baixo do corpo, o que os obriga a deslocarem-se rastejando. 18 Revestimento do corpo pele não mucosa (com poucas glândulas superficiais geralmente com escamas epidérmicas (em filas transversais e longitudinais) ou escudos córneos, o que os torna capazes de viver em meios secos VOU RETIRAR 19 Escamas Esculturações: dispersam a luz e reduzem a quantidade de radiação que penetra profundamente no corpo. Pigmentação: responsável pelas manchas e coloração do corpo, servindo de camuflagem ou exibição. “cristas“ ou "chifres“: em alguns lagartos as escamas evoluíram nestas ou outras formas exóticas, usadas em rituais de acasalamento ou com defesa. Permanecem zonas de pele fina entre as escamas e escudos: confere flexibilidade (aumentada pela disposição de fibras na derme), permitindo que uma cobra engula algo até 6 vezes superior ao diâmetro do seu corpo. VOU RETIRAR 20 Ovo amniótico Membranas extra-embrionárias (âmnion, córion, alantóide e saco vitelino) Casca porosa e rígida Adaptações para o desenvolvimento em ambiente terrestre: são revestidos por uma casca dura que os protegem da desidratação, possuem estruturas como o âmnio que protege o embrião contra a desidratação , a deformação e contra choques mecânicos e, o alantóide que funciona como um reservatório de substâncias tóxicas produzidas pelo embrião durante sua permanência dentro do ovo. 21 Eumeces fasciatus dragão de Komodo eclodindo do ovo 22 Ectotermia “Sangue-frio”/Pecilotérmico/Ectotérmico Maior intervalo de temperatura conhecido: 11°C a 47°C Temperatura influencia comportamento Termorregulação: ajustes comportamentais 23 24 **Tamanho e Forma Corporal Os ectotermos são menores que os endotermos,pois o custo energético da endotermia é muito alto em corpos pequenos; As trocas de calor são realizadas pela superfície corporal,sendo o animal pequeno a endotermia se torna mais dispendiosa,pois a relação superfície do corpo/massa é maior que em animais maiores; As taxas metabólicas de ectotermos terrestres correspondem a apenas 10 a 14% das taxas de endotermos do mesmo tamanha.Isso significa que eles precisam de menos alimento; 25 Sistema Esquelético 26 Ossificação maior que dos anfíbios; Crânio com teto arqueado em vez de achatado. Considerável variação da região temporal durante a evolução. 27 Crânio Anápsido Sem aberturas temporais. Ordens Cotylosauria e Chelonia. 28 Crânio Euriápsido Uma única janela supratemporal em cada lado do crânio. Plesiossauros e afins. 29 Crânio Sinápsido Um par de aberturas infratemporais Répteis semelhantes a mamíferos do Permiano ao Jurássico. 30 Crânio Diápsido Aberturas tanto supra quanto infratemporais Maioria dos répteis viventes, exceto Quelônios. 31 Coluna vertebral diferenciada em regiões cervical, torácica, lombar, sacral e caudal (exceto serpentes e lagartos ápodos); Vértebras lombares entre as vértebras torácicas e as sacrais. Relativamente flexíveis. Número de vértebras caudais extremamente variável. Vértebras torácicas possuem costelas que se encontram ventralmente com o esterno (exceto répteis ápodos e quelônios). 32 33 Nas Najas (família Elapidae), as costelas articuladas se movem lateralmente e promovem extensão das partes moles do pescoço, como uma plataforma, quando assustadas. 34 Membros: em pares, na cintura escapular e pélvica Ausência de membros Diversidade na locomoção: répteis nadadores, planadores, corredores, escaladores e cavadores Esqueleto apendicular extremamente variado devido aos diversos tipos de locomoção; Membros inexistentes em alguns lagartos e serpentes; Jibóias e outras serpentes com membros posteriores vestigiais (como esporões) de cada lado da cloaca; 35 36 Tartarugas marinhas possuem membros adaptados e assumem forma de nadadeiras; Tartarugas terrestres com pernas superficialmente parecidas com as pernas de elefante para suportar o peso do corpo. 37 Sistema Muscular 38 Músculos axiais ou do tronco começam a apresentar características mais complexas, encontradas nos mamíferos; Músculos do tronco especializados devido à capacidade de realizar movimentos maiores da coluna vertebral, especialmente em serpentes. 39 Presença de carapaça imóvel nas tartarugas, reduzindo necessidade de musculatura axial bem desenvolvida (exceto no pescoço). Presença de músculos dérmicos proeminentes especialmente em serpentes, auxiliando na locomoção. Musculatura dos membros extremamente variada, dependendo do tipo de locomoção. 40 Músculo e locomoção Os répteis atuais podem nadar, correr, cavar, trepar ou até planar; Membros geralmente com 5 dedos e cada um com 1 garra. Alguns lagartos podem subir em superfícies verticais com o auxílio de garras afiadas, e outros, como as lagartixas, possuem cristas nos dedos que representam ajuda suplementar. 41 http://www.rbgsyd.nsw.gov.au 42 Outros répteis possuem grande extensão de pele semelhante a uma membrana, que se estende a cada lado do corpo, mas não é ligada entre eles. Estas estruturas em forma de asa são sustentadas por extensões das costelas e permitem aos lagartos planar por curtas distâncias. 43 Os crocodilianos podem caminhar em terra ou nadar na água. Embora possa existir uma membrana entre os dedos, os movimentos rápidos na água são equilibrados pelo movimento ondulatório lateral do corpo. 44 Locomoção de Serpentes Ondulações laterais Movimento em concertina Movimento retilinear Alças laterais 45 Sistema Respiratório Respiração pulmonar Respiração cutânea reduzida Locomoção versus respiração Pulmões assimétricos Origem do casco de Testudines 46 Sistema Respiratório A expansão dos pulmões é um problema quando as costelas são fixas • Os testudines possuem o diafragma aderido às vísceras e grupos musculares se contraem para elevar e abaixar as vísceras, aumentando e diminuindo a cavidade pulmonar. 47 48 Algumas espécies possuem uma faringe modificada para respiração subaquática. • Outras espécies apresentam respiração cloacal – Os tecidos da cloaca fazem troca gasosa com a água. Possuem bolsas internas vascularizadas e bombeiam água de 15 a 60 vezes por minuto. 49 50 Sistema Circulatório Brânquias não funcionais Átrios separados Ventrículos parcialmente separados (exceção crocodilia) Cone atrial embrionário dividido em 3 canais Sangue se mistura em dois pontos: foramên de panizza e na junção da artéria celíaca e subclávia esquerda 51 Sistema Circulatório Comparação entre os sistemas circulatórios de peixes, répteis e mamíferos 52 53 O sistema circulatório pode ser dividido em dois circuitos: circuito sistêmico circuito pulmonar O circuito sistêmico, transporta sangue oxigenado do coração para cabeça, tronco e os apêndices. E o circuito pulmonar, transporta sangue desoxigenado do coração para os pulmões 54 Sistema Excretor Rim do tipo metanefro Maior necessidade metabólica = sistema excretor mais eficiente Bexiga urinária (ausente em crocodilianos) Glândulas de sal na cabeça 55 Dipsosaurus dorsalis Glândula de Sal 56 Sistema Digestório Herbívoros ou carnívoros Glândulas orais mais desenvolvidas* Língua bem desenvolvida com diferentes adaptações Esôfago longo (comprimento do pescoço) Intestino delgado longo e enrolado Alguns apresentam ceco (1ª. Vez nos vertebrados) 57 As tartarugas são inteiramente desprovidas de dentes - bico semelhante ao de uma ave. Tipos de inserção dentária: tecodonte (crocodilianos), acrodonte e pleurodonte. Tipos de dentição: homodonte e heterodonte. Jacaretinga (Caiman crocodilus crocodilus) 58 Estômago Pâncreas (glândula mista) Hábitos de predação por serpentes: Constrição Glândulas de veneno 59 Sistema Nervoso 60 Órgãos do sentido Visão mudança de forma do cristalino para visão à distância ou para perto Boa visão à cores Pálpebras presentes (podem ser móveis ou imóveis 3ª pálpebra Membrana nictante Olho pineal e parietal 61 Olfação e Gustação Narinas e olhos localizados na parte superior Papilas gustativas Órgão de Jacobson Fosseta loreal Língua adesiva em camaleões Lingua bifurcada Audição Ouvido externo 62 Termorreceptores Percepção do calor através da fosseta loreal 63 Lagena - órgão que discrimina freqüência e intensidade das vibrações recebidas e transmite essas informações ao sistema nervoso central. 64 Sistema Reprodutor www.jlocal.com.br/fotos/jararaca_ilhoa Hemipenis de Píton da Birmânia 65 Desenvolvimento é sempre direto São raros os cuidados parentais entre os répteis, com excepção dos crocodilos (cuja proteção pode prolongar-se por mais de 2 anos) e algumas espécies de lagartos e serpentes. 66 São quase sempre ovíparos – ovos postos no ambiente onde ocorre a eclosão. (jacarés, tartarugas e algumas cobras e lagartos) Viviparidade – se desenvolvem em uma placenta no interior da mãe*. Nascem filhotes completamente desenvolvidos Oviviviparidade – ovos podem ser retidos pelas fêmeas durante o desenvolvimento, como em certas cobras e lagartos. Nestes casos, nascem juvenis totalmente formados. 67 Qual deve ser o melhor tamanho do ovo? 68 Cuidado parental Pouco registrado; Maior freqüência em lagartos, que em serpentes; Esse cuidado é comum até a eclosão,mas há registro de casos onde ele durou até a 3º semana após a eclosão 69 Ordem Chelonia Tartarugas, Cágados e Jabutis Casco Consiste de 2 partes: a parte superior, chamada carapaça e a parte inferior, chamada de plastrão. Cada parte tipicamente possui uma camada óssea interna e outra camada externa, de placas ásperas. O número e disposição das tais placas ásperas variam de acordo com a espécie e este arranjo é geralmente útil no processo de identificação da espécie 70 Distribuídas por todo o mundo em zonas tropicais e temperadas. Eles são os únicos répteis que possuem uma carapaça embutida no esqueleto, permitindo ao animal se esconder inteiramente dentro dela. De todo os répteis existentes hoje em dia, os quelônios são os mais antigos e os que menos mudaram nos seus 200 milhões de anos de história. Tartaruga de couro ou Tartaruga gigante (Dermochelys coriacea 71 Sub-ordem Cryptodira Grego, cripto = escondido, dire = pescoço Os Cryptodirianos podem, por meio de uma curva na coluna vertebral, no pescoço, colocar diretamente e em um só movimento(S vertical), a cabeça dentro do casco. Cágado-pescoço-de-cobra (Hydromedusa tectifera) Cágado de hoge (Mesoclemmys hogei) 72 Sub-ordem Pleurodira Grego, pleuro = lado, dire = pescoço Pleurodirianos apenas conseguem colocar a cabeça dentro do casco através de movimentos laterais, as vezes para a esquerda, as vezes para a direita. Tigre dágua brasileiro (Trachemys dorbigni) 73 Ordem Squamata Subordem Sauria - Lagartos Diversidade de tamanhos Répteis diapsidos ou derivados Pântanos / desertos Maioria herbívoros 74 Ordem Squamata Subordem Amphisbaenia Maioria ápodes Crânio rígido Único dente mediano na maxila superior (predadores) Tegumento com ânulos que juntos formam um tubo 75 Ordem Squamata Subordem Ophidia - Serpentes Diversidade de tamanhos (cm m) Àpodes de corpo alongado Pálpebras imóveis Abertura do ouvido externo ausente Língua bífida e extensível 76 Ordem Sphenodonta Subordem Sphenodontida Família Sphenodontidae (Tuataras) Primitivos Duas aberturas temporais Olho pineal presente Vertebras anficefálicas 77 Ordem Crocodylia 3 Famílias: Crocodylidae, Alligatoridae e Gavialidae. Apenas Alligatoridae ocorre no Brasil. 78 Ordem Crocodylia Crânio alongado; Narinas terminais; Dentes tecodontes; Dedos com membranas; Cauda comprimida lateralmente. Tamanho variável, podendo chegar até 7 metros; 79 Ordem Crocodylia Hábito ligeiramente aquático; Carnívoros; Predação noturna; Comportamento social mais complexo; Vocalização; Cuidado parental 80 Lista de Crocodylia naturalmente ocorrentes no Brasil Família Alligatoridae (6 species) Caiman crocodilus (Linnaeus, 1758) Caiman latirostris (Daudin, 1802) Caiman yacare (Daudin, 1802) Melanosuchus niger (Spix, 1825) Paleosuchus palpebrosus (Cuvier, 1807) Paleosuchus trigonatus (Schneider, 1801) 81 Hábitos As tartarugas e crocodilos são, na sua maioria, aquáticos, enquanto os lagartos e serpentes são na maior parte terrestres e arborícolas. Existem exceções interessantes: algumas tartarugas não apenas vivem longe da água, mas vivem em regiões desérticas e algumas serpentes marinhas têm uma existência totalmente aquática. São predominantemente predadores, embora algumas tartarugas e lagartos possam ser vegetarianos. 82 Hábitos Terrestres Arborícolas Aquáticos Subterrâneos Tartaruga-verde (Chelonia mydas) Boa (Constrictor constrictor) Truíra-peva (Hoplocercus spinosus) 83 Referências Bibliograficas A vida dos vertebrados, Pough - 2ª. Edição Análise da estrutura dos vertebrados, Hildebrand – 3ª. Edição Biologia dos vertebrados, Orr – 3ª. Edição Herpetology, Pough – 2ª. Edição História ecológica da terra, Labouriau – 2ª. Edição 84
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