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Répteis: Adaptações e Classificação

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Reptilia
Reptare, reptum
Rastejar
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Filogenia e Classificação
Reptilia: parafilético
Sinapsida; Anapsida; Diapsida
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Filogenia e Classificação
Subclasse Anapsida
 Ordem Testudines
Subclasse Diapsida
 Ordem Squamata
 Subordem Sauria
 Subordem Amphisbaenia
 Subordem Serpentes
 Ordem Sphenodonta
 Ordem Crocodylia
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Surgimento
Os répteis surgiram, a partir de ancestrais anfíbios, há cerca de 340 M.a. 
Estas 4 ordens são as sobreviventes das 20 que floresceram durante o Mesozóico, a era dos répteis, quando estes animais dominavam o panorama animal terrestre.  
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Fim do Mesozóico: Declínio dos Répteis
Alterações climáticas desfavoráveis direta ou indiretamente;
Incapacidade de competição com os mamíferos;
Surgimento das Angiospermae
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Independência da água
Os répteis constituem a primeira classe de animais vertebrados a conquistar definitivamente o meio terrestre; para isso, foi necessário que sofressem uma série de adaptações:
Lagartixa da areia
 (Liolaemus lutzae)‏
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Quais foram as adaptações necessárias para a conquista do meio terreste?
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Adaptações
Impermeabilização da pele (carapaças, escamas e placas córneas) 
Respiração pulmonar 
Esqueleto mais forte, sistema muscular mais complexo e sistema nervoso central melhor desenvolvido 
Excreção urinária concentrada 
Reprodução com fecundação interna, desenvolvimento direto, ovos com casca e anexos embrionários
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Tegumento
Constituição e função
Glândulas epidérmicas
Escamas
Placas dérmicas (carapaça e plastrão)
Ecdise
Coloração
Camuflagem
Mimetismo
Escamas Epidérmicas: superficiais e trocadas periodicamente na maioria dos répteis;
Escamas Dérmicas: Placas ósseas permanentes, aprofundadas na pele e mantidas por toda a vida.
Glândulas Tegumentares: ausentes devido a ecdise;
Crocodilianos possuem glândulas de almíscar no pescoço e na abertura cloacal que funcionam durante a corte;
Alguns lagartos possuem um tipo de glândula holócrina próxima da cloaca que parecem ser mais ativas durante a época de reprodução.
Na maioria dos lagartos, a ecdise ocorre em placas.
Dispostas em padrões bem definidos, e têm grande diversidade de formas e estrutura em cada grupo.
Os aligátores também são recobertos por escamas epidérmicas, mas não são trocados periodicamente, são gradualmente gastas e substituídas
Mais desenvolvidas nas tartarugas, formando a carapaça óssea.
Crocodilianos possuem algumas placas ósseas (osteodermos) sob algumas das escamas epidérmicas do corpo, e pequenas escamas dérmicas subjazem às escamas mais externas de alguns lagartos.
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geralmente com escamas epidérmicas (em filas transversais e longitudinais) 
ou escudos córneos, o que os torna capazes de viver em meios secos. 
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A pele é composta por duas camadas principais: epiderme e derme. 
As escamas são produzidas pela epiderme e são compostas por queratina. 
As escamas não podem ser removidas individualmente e devem ser substituídas regularmente – muda -, permitindo o crescimento e eliminando o desgaste. 
As cobras substituem a pele toda de uma vez só, como se retirassem uma meia, mas os restantes grupos de répteis soltam-na em pedaços.
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Sinimbu – (Iguana iguana)‏
Jacaré-açu – (Melanosuchus niger)‏
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Micrurus decoratus, coral
Oxyrhopus guibei, falsa coral
(coral verdadeira, muito venenosa, ocorre em todo o Brasil, mede até 95cm)‏
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Autotomia
Forma de fuga de predadores
Auto-amputação de apêndices 
Regeneração
Alguns têm patas reduzidas ou totalmente ausentes no adulto (alguns membros ainda apresentam patas vestigiais)‏
Com exceção dos crocodilianos, os répteis têm as patas para os lados e não por baixo do corpo, o que os obriga a deslocarem-se rastejando. 
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Revestimento do corpo
pele não mucosa (com poucas glândulas superficiais 
geralmente com escamas epidérmicas (em filas transversais e longitudinais) 
ou escudos córneos, o que os torna capazes de viver em meios secos
VOU RETIRAR
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Escamas
Esculturações: dispersam a luz e reduzem a quantidade de radiação que penetra profundamente no corpo. 
Pigmentação: responsável pelas manchas e coloração do corpo, servindo de camuflagem ou exibição. 
“cristas“ ou "chifres“: em alguns lagartos as escamas evoluíram nestas ou outras formas exóticas, usadas em rituais de acasalamento ou com defesa. 
Permanecem zonas de pele fina entre as escamas e escudos: confere flexibilidade (aumentada pela disposição de fibras na derme), permitindo que uma cobra engula algo até 6 vezes superior ao diâmetro do seu corpo. 
VOU RETIRAR
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Ovo amniótico
Membranas extra-embrionárias (âmnion, córion, alantóide e saco vitelino)
Casca porosa e rígida
Adaptações para o desenvolvimento em ambiente terrestre: 
são revestidos por uma casca dura que os protegem da desidratação, 
possuem estruturas como o âmnio que protege o embrião contra a desidratação , a deformação e contra choques mecânicos e, 
o alantóide que funciona como um reservatório de substâncias tóxicas produzidas pelo embrião durante sua permanência 
 dentro do ovo.
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Eumeces fasciatus
dragão de Komodo eclodindo do ovo
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Ectotermia
“Sangue-frio”/Pecilotérmico/Ectotérmico
Maior intervalo de temperatura conhecido: 11°C a 47°C
Temperatura influencia comportamento
Termorregulação: ajustes comportamentais
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**Tamanho e Forma Corporal
Os ectotermos são menores que os endotermos,pois o custo energético da endotermia é muito alto em corpos pequenos;
As trocas de calor são realizadas pela superfície corporal,sendo o animal pequeno a endotermia se torna mais dispendiosa,pois a relação superfície do corpo/massa é maior que em animais maiores;
As taxas metabólicas de ectotermos terrestres correspondem a apenas 10 a 14% das taxas de endotermos do mesmo tamanha.Isso significa que eles precisam de menos alimento;
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Sistema Esquelético
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Ossificação maior que dos anfíbios;
Crânio com teto arqueado em vez de achatado.
Considerável variação da região temporal durante a evolução.
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Crânio Anápsido
Sem aberturas temporais.
Ordens Cotylosauria e Chelonia.
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Crânio Euriápsido
Uma única janela supratemporal em cada lado do crânio.
Plesiossauros e afins.
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Crânio Sinápsido
Um par de aberturas infratemporais
Répteis semelhantes a mamíferos do Permiano ao Jurássico.
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Crânio Diápsido
Aberturas tanto supra quanto infratemporais
Maioria dos répteis viventes, exceto Quelônios.
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Coluna vertebral diferenciada em regiões cervical, torácica, lombar, sacral e caudal (exceto serpentes e lagartos ápodos);
Vértebras lombares entre as vértebras torácicas e as sacrais. Relativamente flexíveis.
Número de vértebras caudais extremamente variável.
Vértebras torácicas possuem costelas que se encontram ventralmente com o esterno (exceto répteis ápodos e quelônios).
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Nas Najas (família Elapidae), as costelas articuladas se movem lateralmente e promovem extensão das partes moles do pescoço, como uma plataforma, quando assustadas.
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Membros: em pares, na cintura escapular e pélvica
Ausência de membros
Diversidade na locomoção: répteis nadadores, planadores, corredores, escaladores e cavadores
Esqueleto apendicular extremamente variado devido aos diversos tipos de locomoção;
Membros inexistentes em alguns lagartos e serpentes;
Jibóias e outras serpentes com membros posteriores vestigiais (como esporões) de cada lado da cloaca;
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Tartarugas marinhas possuem 
membros adaptados e assumem
 forma de nadadeiras;
Tartarugas terrestres com pernas
 superficialmente parecidas com as 
pernas de elefante para suportar o 
peso do corpo.
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Sistema Muscular
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Músculos axiais ou do tronco começam a apresentar características mais complexas, encontradas nos mamíferos;
Músculos do tronco especializados devido à capacidade de realizar movimentos maiores da coluna vertebral, especialmente em serpentes.
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Presença de carapaça imóvel nas tartarugas, reduzindo necessidade de musculatura axial bem desenvolvida (exceto no pescoço).
Presença de músculos dérmicos proeminentes especialmente em serpentes, auxiliando na
locomoção.
Musculatura dos membros extremamente variada, dependendo do tipo de locomoção.
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Músculo e locomoção
Os répteis atuais podem nadar, correr, cavar, trepar ou até planar;
Membros geralmente com 5 dedos e cada um com 1 garra.
Alguns lagartos podem subir em superfícies verticais com o auxílio de garras afiadas, e outros, como as lagartixas, possuem cristas nos dedos que representam ajuda suplementar.
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http://www.rbgsyd.nsw.gov.au
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Outros répteis possuem grande extensão de pele semelhante a uma membrana, que se estende a cada lado do corpo, mas não é ligada entre eles. Estas estruturas em forma de asa são sustentadas por extensões das costelas e permitem aos lagartos planar por curtas distâncias.
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Os crocodilianos podem caminhar em terra ou nadar na água. Embora possa existir uma membrana entre os dedos, os movimentos rápidos na água são equilibrados pelo movimento ondulatório lateral do corpo.
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Locomoção de Serpentes
Ondulações laterais
Movimento em concertina
Movimento retilinear
Alças laterais
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Sistema Respiratório
Respiração pulmonar
Respiração cutânea reduzida
Locomoção versus respiração 
Pulmões assimétricos
Origem do casco de Testudines
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Sistema Respiratório
A expansão dos pulmões é um problema quando as costelas são fixas
 • Os testudines possuem o diafragma aderido às vísceras e grupos musculares se contraem para elevar e abaixar as vísceras, aumentando e diminuindo a cavidade pulmonar.
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Algumas espécies possuem uma faringe modificada para respiração subaquática.
• Outras espécies apresentam respiração cloacal
 – Os tecidos da cloaca fazem troca gasosa com
 a água. 
Possuem bolsas internas vascularizadas e bombeiam água de 15 a 60 vezes por minuto.
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Sistema Circulatório
Brânquias não funcionais
Átrios separados
Ventrículos parcialmente separados (exceção crocodilia)
Cone atrial embrionário dividido em 3 canais
Sangue se mistura em dois pontos: foramên de panizza e na junção da artéria celíaca e subclávia esquerda
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Sistema Circulatório
Comparação entre os sistemas circulatórios de peixes, répteis e mamíferos
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O sistema circulatório pode ser dividido em dois circuitos: 
circuito sistêmico 
circuito pulmonar
 O circuito sistêmico, transporta sangue oxigenado do coração para cabeça, tronco e os apêndices. E o circuito pulmonar, transporta sangue desoxigenado do coração para os pulmões
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Sistema Excretor
Rim do tipo metanefro
Maior necessidade metabólica = sistema excretor mais eficiente
Bexiga urinária (ausente em crocodilianos)
Glândulas de sal na cabeça
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Dipsosaurus dorsalis
Glândula de Sal
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Sistema Digestório
Herbívoros ou carnívoros
Glândulas orais mais desenvolvidas*
Língua bem desenvolvida com diferentes adaptações
Esôfago longo (comprimento do pescoço)
Intestino delgado longo e enrolado
Alguns apresentam ceco (1ª. Vez nos vertebrados)
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As tartarugas são inteiramente desprovidas de dentes - bico semelhante ao de uma ave.
Tipos de inserção dentária: tecodonte (crocodilianos), acrodonte e pleurodonte.
Tipos de dentição: homodonte e heterodonte. 
Jacaretinga 
(Caiman crocodilus crocodilus)‏
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Estômago
Pâncreas (glândula mista)
Hábitos de predação por serpentes:
Constrição
Glândulas de veneno
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Sistema Nervoso
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Órgãos do sentido
Visão
mudança de forma do cristalino para visão à distância ou para perto
Boa visão à cores
Pálpebras presentes (podem
ser móveis ou imóveis
3ª pálpebra
Membrana nictante
Olho pineal e parietal
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Olfação e Gustação
Narinas e olhos localizados na parte superior
Papilas gustativas
Órgão de Jacobson
Fosseta loreal
Língua adesiva em camaleões
Lingua bifurcada
Audição
Ouvido externo
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Termorreceptores
Percepção do calor através da fosseta loreal
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Lagena - órgão que discrimina freqüência e intensidade das vibrações recebidas e transmite essas informações ao sistema nervoso central.
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Sistema Reprodutor
www.jlocal.com.br/fotos/jararaca_ilhoa
Hemipenis de Píton da Birmânia 
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Desenvolvimento é sempre direto
 São raros os cuidados parentais entre os répteis, com excepção dos crocodilos (cuja proteção pode prolongar-se por mais de 2 anos) e algumas espécies de lagartos e serpentes.
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São quase sempre ovíparos – ovos postos no ambiente onde ocorre a eclosão. (jacarés, tartarugas e algumas cobras e lagartos)
 Viviparidade – se desenvolvem em uma placenta no interior da mãe*. Nascem filhotes completamente desenvolvidos
 Oviviviparidade – ovos podem ser retidos pelas fêmeas durante o desenvolvimento, como em certas cobras e lagartos. Nestes casos, nascem juvenis totalmente formados.
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Qual deve ser o melhor tamanho do ovo?
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Cuidado parental
Pouco registrado;
Maior freqüência em lagartos, que em serpentes;
Esse cuidado é comum até a eclosão,mas há registro de casos onde ele durou até a 3º semana após a eclosão
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Ordem Chelonia
Tartarugas, Cágados e Jabutis
 Casco
Consiste de 2 partes: 
a parte superior, chamada carapaça e 
a parte inferior, chamada de plastrão. 
Cada parte tipicamente possui uma camada óssea interna e outra camada externa, de placas ásperas. 
O número e disposição das tais placas ásperas variam de acordo com a espécie e este arranjo é geralmente útil no processo de identificação da espécie
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Distribuídas por todo o mundo em zonas tropicais e temperadas. Eles são os únicos répteis que possuem uma carapaça embutida no esqueleto, permitindo ao animal se esconder inteiramente dentro dela. De todo os répteis existentes hoje em dia, os quelônios são os mais antigos e os que menos mudaram nos seus 200 milhões de anos de história.
Tartaruga de couro ou Tartaruga gigante (Dermochelys coriacea
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Sub-ordem Cryptodira
Grego, cripto = escondido, dire = pescoço
Os Cryptodirianos podem, por meio de uma curva na coluna vertebral, no pescoço, colocar diretamente e em um só movimento(S vertical), a cabeça dentro do casco. 
 Cágado-pescoço-de-cobra (Hydromedusa tectifera)‏
Cágado de hoge 
(Mesoclemmys hogei)‏
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Sub-ordem Pleurodira
Grego, pleuro = lado, dire = pescoço
Pleurodirianos apenas conseguem colocar a cabeça dentro do casco através de movimentos laterais, as vezes para a esquerda, as vezes para a direita. 
Tigre dágua brasileiro
(Trachemys dorbigni)‏
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Ordem Squamata
 Subordem Sauria - Lagartos
Diversidade de tamanhos
Répteis diapsidos ou derivados
Pântanos / desertos 
Maioria herbívoros
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Ordem Squamata 
Subordem Amphisbaenia
Maioria ápodes
Crânio rígido
Único dente mediano na maxila superior (predadores)
Tegumento com ânulos 
 que juntos formam 
 um tubo
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Ordem Squamata 
Subordem Ophidia - Serpentes
Diversidade de tamanhos (cm  m)
Àpodes de corpo alongado
Pálpebras imóveis
Abertura do ouvido externo ausente
Língua bífida e extensível
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Ordem Sphenodonta
Subordem Sphenodontida
Família Sphenodontidae 
(Tuataras)
Primitivos
Duas aberturas temporais
Olho pineal presente
Vertebras anficefálicas
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Ordem Crocodylia
3 Famílias: Crocodylidae, Alligatoridae e Gavialidae.
Apenas Alligatoridae ocorre no Brasil.
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Ordem Crocodylia
Crânio alongado;
Narinas terminais;
Dentes tecodontes;
Dedos com membranas;
Cauda comprimida lateralmente.
Tamanho variável, podendo chegar até
 7 metros;
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Ordem Crocodylia
Hábito ligeiramente aquático;
Carnívoros;
Predação noturna;
Comportamento social mais complexo;
Vocalização;
Cuidado parental
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Lista de Crocodylia naturalmente ocorrentes no Brasil
Família Alligatoridae (6 species)
Caiman crocodilus (Linnaeus, 1758)
Caiman latirostris (Daudin, 1802)
Caiman yacare (Daudin, 1802)
Melanosuchus niger (Spix, 1825)
Paleosuchus palpebrosus (Cuvier, 1807)
Paleosuchus trigonatus (Schneider, 1801)
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Hábitos
As tartarugas e crocodilos são, na sua maioria, aquáticos, enquanto os lagartos e serpentes são na maior parte terrestres e arborícolas. Existem exceções interessantes: algumas tartarugas não apenas vivem longe da água, mas vivem em regiões desérticas e algumas serpentes marinhas têm uma existência totalmente aquática. 
São predominantemente predadores,
embora algumas tartarugas e lagartos possam ser vegetarianos.
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Hábitos
Terrestres
Arborícolas
Aquáticos
Subterrâneos
Tartaruga-verde (Chelonia mydas) 
Boa (Constrictor constrictor)‏
Truíra-peva
(Hoplocercus spinosus)‏
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Referências Bibliograficas
A vida dos vertebrados, Pough - 2ª. Edição
Análise da estrutura dos vertebrados, Hildebrand – 3ª. Edição
Biologia dos vertebrados, Orr – 3ª. Edição
Herpetology, Pough – 2ª. Edição
História ecológica da terra, Labouriau – 2ª. Edição
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