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METABOLISMO JAPONÊSMETABOLISMO JAPONÊS Nascido em Nagoya, em 1934, Kisho Kurokawa era apenas um debutante no mundo da arquitetura quando fundou o grupo Metabolista, em 1959, e iniciou seus experimentos formais com os planos da Cidade hélice para Tóquio, ou da Cidade flutuante para Kasumigaura, também no Japão. Logo depois lançou a proposta dos edifícios-cápsula, montados com elementos pré-fabricados, idéia colocada em prática na Expo 70, em Osaka e na Nakagin Capsule Tower, construída em Tóquio, em 1970. Kisho Kurokawa Kisho Kurokawa é doutor em arquitetura pela Universidade de Tóquio, onde teve Kenzo Tange como orientador. Kisho Kurokawa é doutor em arquitetura pela Universidade de Tóquio, onde teve Kenzo Tange como orientador. Kenzo Tange (1913-2005), conhecido mundialmente como o maior arquiteto do Japão, foi o mentor intelectual do movimento metabolista. Suas principais obras são o Estádio Nacional Poliesportivo de Yoyogui, o Centro da Paz em Hiroshima, Exposição Internacional de Osaka. Veio ao Brasil em 1984, participar do Congresso Cidades do Futuro. Kenzo Tange Tecnicamente, o Metabolismo defendia estruturas completamente pré-fabricadas, onde a montagem em sítio era mais rápida. Em geral reproduzia uma estrutura de árvore que se estendia em todas as direções, com potencial para ampliar horizontalmente e verticalmente. Simbolicamente aplicava ao edifício uma metáfora biológica antropomórfica, defendendo a ideia de separação completa dos sistemas do edifício das células espaciais, Como se o edifício fossa sujeito às mesmas leis do crescimento natural como as das populações que ele servia. METABOLISMO JAPONÊS Por causa da influência de Tange, um grupo de arquitetos japoneses (muitos deles seus colegas e alunos) Kisho Kurokawa, Kiyonori Kikutake, Fumihiko Maki, Masato Otaka entre outros apresentaram em 1960 um manifesto chamado "Metabolismo: Propostas para um Novo Urbanismo" durante o World Design Congress desse ano. Surgiu como uma resposta peculiar para o pós guerra, que precisava reconstruir o Japão, mesmo sob influências de estilo ocidental e olhava para o oceano como um local de uma nova civilização. Tecnicamente, o Metabolismo defendia estruturas completamente pré-fabricadas, onde a montagem em sítio era mais rápida. Em geral reproduzia uma estrutura de árvore que se estendia em todas as direções, com potencial para ampliar horizontalmente e verticalmente. Simbolicamente aplicava ao edifício uma metáfora biológica antropomórfica, defendendo a ideia de separação completa dos sistemas do edifício das células espaciais, Como se o edifício fossa sujeito às mesmas leis do crescimento natural como as das populações que ele servia. NAKAGIN TOWER – A TORRE CÁPSULA Foi projetada por kisho kurokawa, líder do metabolismo, que viu no projeto a essência da reciclabilidade, tornando- se um protótipo do que seria a arquitetura sustentável. Isso se deu pelo fato das 140 cápsulas serem separadas por módulos (medindo 2,5 × 4 × 2,5 metros), o que em tese facilitaria a substituição ou alteração de cada unidade após o passar do tempo, também podendo mudar a disposição dos módulos e criar ambientes diferentes. A obra foi considerada um dos principais exemplos do movimento metabolista, já que ele tinha como objetivo mesclar elementos de humanismo com estruturas adaptáveis e flexíveis. É a primeira obra arquitetônica do estilo cápsula no mundo construída para uso real. Torre Capsule Nakagin tenha sido pré-seleccionados para o Património Mundial pela Comitê Inter-nacional do Docomomo Internacional desde 1996. Foi projetada por kisho kurokawa, líder do metabolismo, que viu no projeto a essência da reciclabilidade, tornando- se um protótipo do que seria a arquitetura sustentável. Isso se deu pelo fato das 140 cápsulas serem separadas por módulos (medindo 2,5 × 4 × 2,5 metros), o que em tese facilitaria a substituição ou alteração de cada unidade após o passar do tempo, também podendo mudar a disposição dos módulos e criar ambientes diferentes. A obra foi considerada um dos principais exemplos do movimento metabolista, já que ele tinha como objetivo mesclar elementos de humanismo com estruturas adaptáveis e flexíveis. Dois núcleos centrais de concreto suportam as 140 cápsulas pré-fabricadas que configuram um dos poucos exemplares do metabolismo japonês. Cada cápsula contém os equipamentos básicos de uma habitação: cama, televisão, rádio, mesa de trabalho, armários, fogão, refrigerador e banheiro. A iluminação e ventilação é feita por uma janela circular central. Cada cápsula é conectada à estrutura principal através de apenas quatro parafusos de alta tensão, de modo a facilitar a substituição das unidades. Ambos núcleos centrais apresentam um elevador central, rodeado pela escada e seus três patamares por pavimento. Do centro de cada lado do núcleo central quadrado parte uma aba metálica saliente que leva consigo as instalações de abastecimento e serviços. Cada aba permite que duas cápsulas sejam conectadas a ela por pavimento. Na sua extremidade superior, cada núcleo torna-se o volume da caixa d’água. Ambos estão revestidos por placas onduladas de aço e são cortados obliquamente por uma mesma linha virtual superior, configurando dois volumes diagonais fisicamente separados, mas virtualmente e materialmente unidos. Do centro de cada lado do núcleo central quadrado parte uma aba metálica saliente que leva consigo as instalações de abastecimento e serviços. Cada aba permite que duas cápsulas sejam conectadas a ela por pavimento. Na sua extremidade superior, cada núcleo torna-se o volume da caixa d’água. Ambos estão revestidos por placas onduladas de aço e são cortados obliquamente por uma mesma linha virtual superior, configurando dois volumes diagonais fisicamente separados, mas virtualmente e materialmente unidos. As cápsulas são pré-fabricadas em aço e conectadas à torres de concreto previamente implantadas. Nestas torres encontram-se elevadores, escadas, instalações elétricas e hidráulicas. A intenção do arquiteto era expressar a visão de uma sociedade em constante desenvolvimento e mutação. Com base nos sistemas tecnológicos e nos sistemas de agregação de cápsulas residenciais, havia a crença num novo tipo de revolução tecnológica. Planta da torre Planta da cápsula Concepção / construção :1970-1972 Área de Construção: 429.51m ² Área útil Total: 3,091.23 m² Aço e Concreto Armado 1 subsolo + 11 andares tipo e 2 andares comerciais Corte 1 Corte 2 As cápsulas foram projetadas para serem trocadas a casa 25 anos, mas após 40 anos da construção elas continuam sendo as mesmas. Teoricamente a estrutura deveria facilitar a troca dos módulos, porém somente as cápsulas superiores poderiam ser tiradas sem mexer em toda estrutura, ou seja, para trocar as cápsulas dos andares inferiores, todas as demais acima delas deveriam ser retiradas antes. E isso não é nada vantajoso com relação a tempo e dinheiro. Por não passar por manutenção a torre está em iminência de ser demolida, a menos que um plano de restauro seja apresentado e aprovado pelos moradores, proprietários e autoridades locais. Os moradores alegam que a estrutura de concreto está comprometida e buscam financiamento para a construção de um edifício que siga as tendências atuais de arquitetura. As cápsulas foram projetadas para serem trocadas a casa 25 anos, mas após 40 anos da construção elas continuam sendo as mesmas. Teoricamente a estrutura deveria facilitar a troca dos módulos, porém somente as cápsulas superiores poderiam ser tiradas sem mexer em toda estrutura, ou seja, para trocar as cápsulas dos andares inferiores, todas as demais acima delas deveriam ser retiradas antes. E isso não é nada vantajoso com relação a tempo e dinheiro. Por não passar por manutenção a torre está em iminência de ser demolida, a menos que um plano de restauro seja apresentado e aprovado pelos moradores, proprietários e autoridades locais. Os moradores alegam que a estrutura de concreto está comprometida e buscam financiamentopara a construção de um edifício que siga as tendências atuais de arquitetura. A torre não deveria ser demolida pois, além de fazer parte do patrimônio cultural, é a idealização de um ideal. Apesar de ser uma arquitetura que aparentemente não segue os nossos parâmetros do belo, tanto pela cor quanto por sua forma ( forma bruta), ela possui características inovadoras para época e faz parte da história local. Ouvimos pessoas dizendo que as cápsulas eram horríveis por serem pequenas, mas não concordamos, pois elas possuem tudo o que precisamos , está localizada em um lugar onde as pessoas não passam muito tempo em casa e muitas vezes moram sozinhas e também o preço de um apartamento nesta localidade é muito alto. CONCLUSÃO: A torre não deveria ser demolida pois, além de fazer parte do patrimônio cultural, é a idealização de um ideal. Apesar de ser uma arquitetura que aparentemente não segue os nossos parâmetros do belo, tanto pela cor quanto por sua forma ( forma bruta), ela possui características inovadoras para época e faz parte da história local. Ouvimos pessoas dizendo que as cápsulas eram horríveis por serem pequenas, mas não concordamos, pois elas possuem tudo o que precisamos , está localizada em um lugar onde as pessoas não passam muito tempo em casa e muitas vezes moram sozinhas e também o preço de um apartamento nesta localidade é muito alto. http://coisasdaarquitetura.wordpress.com/2012/06/14/metabolismo-sirh-e-o-destino- de-uma-ideia/#more-3707 http://jojoscope.com/2011/09/a-miragem-de-um-futuro/ http://tokyoarquitetura.blogspot.com.br/2012/04/metabolismo-japones.html http://www.usjt.br/biblioteca/mono_disser/mono_diss/122.pdf http://arquitetesuasideias.com/2012/10/15/nakajima-tower-a-torre-capsula/ Referências: http://arquitetesuasideias.com/2012/10/15/nakajima-tower-a-torre-capsula/ http://www.archdaily.com.br/br/01-36195/classicos-da-arquitetura-nakagin-capsule- tower-kisho-kurokawa http://www.arcoweb.com.br/entrevista/kisho-kurokawa-entre-a-01-10-2000.html http://www.kisho.co.jp/page.php/209
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