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ARTRITE REUMATOIDE 02/04/12 Laurindo Rocha laurindorochajr@gmail.com Introdução Artrite??? Artrose?? Artralgia?? Osteoartrite?? Artrite reumatoide??? ARTRITE REUMATOIDE Introdução Artrite reumatoide é uma doença crônica, sistêmica e inflamatória de etiologia desconhecida que primariamente envolve as articulações Artrite simétrica, remitente, pode levar a destruição articular e levar a deformidades Substrato anatômico caraterístico: MEMBRANA SINOVIAL Sinais cardinais de inflamação Pode haver acometimento de outros órgãos Morbimortalidade aumentada Risco cardiovascular aumentado ARTRITE REUMATOIDE Introdução ARTRITE REUMATOIDE Introdução ARTRITE REUMATOIDE http://www.ff.up.pt/toxicologia/monografias/ano0708/g9_metotrexato/artrite_reumatoide.html Hochberg MC, et al. Rheumatology, 2011. Desta forma na patogênese da artrite reumatóide, a sinóvia representa um papel primordial, transformando-se em um tecido invasivo com capacidade de destruir os tecidos cartilaginosos e ósseos adjacentes. Causando erosões características da doença. Essse tecido é denominado de pannus, apresenta hiperplasia e hipertrofia dos sinoviócitos, infiltrado inflamatório predominantemente de linfócitos, plasmócitos, e macrófagos e intensa angiogênese, tornando-se densamente vascularizado. Legenda da figura da sinovia na AR:Fig. 91.4 Histology of synovium in chronic RA demonstrating hyperplasia of the synovial lining layer, infiltration of a heterogeneous admixture of mononuclear cells, including lymphocytes and plasma cells in the sublining tissue, and numerous blood vessels. Alterçãoes histológicas características: hiperplasia da camada sinovial, um infiltrado inflamatório celular misto na subsinóvia com foliculos e formação de centros germinativos, em alguns casos, neovascularizãção e na doeça ativa clinicamente deposição de fibrina. Esse aumento de células é importante por estas células são fontes de citocinas e outros mediadores da inflamação que contribuem para inflamação crônica, assim como uma série de enzimas de degradação da matriz 5 Epidemiologia Incidência e prevalência variáveis entre as diferentes regiões Europa e EUA: 1%, taxas mais baixas entre os descendentes asiáticos e africanos Brasil: 0,5% Faixa etária: 30 aos 50 anos Agregação familiar: caráter hereditário (herança poligênica) Predomínio no sexo feminino 3-4:1 ARTRITE REUMATÓIDE Etiopatogênese ARTRITE REUMATÓIDE Fatores ambientais Fatores genéticos Fatores hormonais Fatores imunológicos ARTRITE REUMATOIDE Etiopatogênese Resposta imunológica e inflamatória desencadeada por infecção Polimorfismo genético ou combinação de fatores genéticos Autoimunidade mediada por anticorpos (fator reumatoide e anti-CCP) e células T Desregulação da produção de citocinas pró- inflamatórias e anti-inflamatórias ARTRITE REUMATÓIDE ARTRITE REUMATÓIDE Fatores ambientais Modificações epigenéticas Genes de susceptibilidade Regulação pós-transcricional alterada Citrulinização de proteínas próprias Células T Células B Células Dendríticas Tecidos linfóides secundários Autoanticorpos: Fator reumatoide Anti-CCP Flora Intestinal Tabagismo Periodontite Gatilhos infecciosos Microvasculatura Fatores Neuroimunes Biomecânica Transição para artrite Perda de tolerância Sinovite Dano estrutural Condições coexistentes Fase pré-artrítica Fase Clínica Imunidade inata Imunidade adaptativa Inflamação Resposta tecidual Degradação de cartilagem Erosão óssea Doença vascular Osteoporose e fraturas Síndrome metabólica Disfunção cognitiva e depressão Incapacidade e declínio funcional Status socioeconômico As modificações pós-transcricionais representam o conjunto de modificações que uma proteína de uma célula eucariótica sofre após ter sido traduzida. Estas modificações são geralmente indispensáveis para a activação de uma proteína, sem as quais a proteína não poderá executar as suas funções. 9 Etiopatogênese ARTRITE REUMATÓIDE Etiopatogênese - Citocinas Citocinas famílias de proteínas que medeiam resposta da imunidade natural e adquirida Citocinas com atividade sistêmica são liberadas pela sinóvia inflamada, órgãos linfoides secundários ou tecidos alvo, estão relacionados a ativação de osteoclastos e condrócitos IL-6: regula a liberação de proteínas de fase aguda pelos hepatócitos e células de Kuppffer TNF: caquexia, humor deprimido e função cognitiva alterada Doença vascular Função alterada dos adipócitos, metabolismo lipídico, resistência insulínica e síndrome metabólica adquirida ARTRITE REUMATÓIDE Manifestações clínicas Sintomas sistêmicos: fadiga, mal-estar, febre, dores musculoesqueléticas Sintomas articulares: ARTRITE REUMATÓIDE Manifestações clínicas ARTRITE REUMATÓIDE Manifestações clínicas ARTRITE REUMATÓIDE Dedo em “ boutonniere” Manifestações clínicas ARTRITE REUMATÓIDE Dedo em “pescoço de cisne” Manifestações clínicas ARTRITE REUMATÓIDE Desvio ulnar dos dedos Manifestações clínicas Sintomas extra-articulares: ARTRITE REUMATÓIDE Exames complementares Exames laboratoriais: - Medidas de resposta de fase aguda Velocidade de hemossedimentação (VHS) Proteína C Reativa (PCR) ARTRITE REUMATÓIDE Exames complementares Exames laboratoriais: Dosagens de autoanticorpos: FATOR REUMATOIDE (FR) Autoanticorpo dirigido contra a porção Fc da IgG 10-15% de indivíduos sadios – baixos títulos (subtipo IgM) Artrite reumatóide: titulos elevados de IgM, presença de IgG e IgA Papel fisiológico: potencializar a avidez e tamanho dos imunocomplexos, melhorando o clearance ARTRITE REUMATÓIDE Exames complementares Exames laboratoriais: Dosagens de autoanticorpos: ANTICORPOS ANTIPEPTÍDEOS CITRULINADOS (ANTI-CCP ou ACPA) Produzidos localmente por sinoviócitos junto com fator reumatóide podendo contribuir para o processo inflamatório e destrutivo articular Associação com progressão radiográfica ARTRITE REUMATÓIDE Exames complementares Radiografia convencional ARTRITE REUMATÓIDE Exames complementares Radiografia convencional ARTRITE REUMATÓIDE Exames complementares ARTRITE REUMATÓIDE Exames complementares ARTRITE REUMATÓIDE Exames complementares Ultrassonografia ARTRITE REUMATÓIDE Exames complementares Ressonância magnética ARTRITE REUMATÓIDE Diagnóstico Critérios de classificação – ACR 1987 ARTRITE REUMATÓIDE 4 ou mais devem estar presentes Diagnóstico ACR/EULAR - 2010 ARTRITE REUMATÓIDE PONTUAÇÃO MAIOR OU IGUAL A 6 Diagnóstico diferencial ARTRITE REUMATÓIDE Tratamento ARTRITE REUMATÓIDE Tratamento Não-farmacológico Farmacológico ARTRITE REUMATÓIDE Tratamento Não-farmacológico Educação do paciente Esclarecimentos sobre a enfermidade Possibilidades evolutivas, terapêuticas e diagnóstico ARTRITE REUMATÓIDE Tratamento Não-farmacológico Fisioterapia Deve ser iniciada para ajudar a melhorar e manter a amplitude dos movimentos, aumentar a força muscular, reduzir a dor e contribuem para que o paciente possa continuar a exercer as atividades da vida diária. Programas terapêuticos dirigidos à proteção articular, à manutenção do estado funcional do aparelho locomotor e do sistema cardiorrespiratório são de fundamental importância ARTRITE REUMATÓIDE Tratamento Não-farmacológico Fisioterapia A proteção articular deve garantir o fortalecimento da musculatura periarticular e adequado programa de flexibilidade, evitando o excesso de movimento e privilegiando as cargas moderadas. ARTRITE REUMATÓIDE TRATAMENTO TRATAMENTO NÃO-FARMACOLÓGICO Fisioterapia: Exercícios Isotônicos Exercícios Isométricos Alongamentos Movimentação Passiva e Ativa Objetivos: Recuperar a força muscular. Manter a mobilidade articular, alongamento, melhorar contraturas e, quando utilizados em conjunto com outros recursos fisioterápicos (ondas curtas, ultra-som, laser, gelo, etc.), podem também promover grande alívio na dor. TRATAMENTO TRATAMENTO NÃO-FARMACOLÓGICO TERAPIA OCUPACIONAL Análise das atividades de vida diária, instrumentais, educação, lazer e participação social, apropriando ou adequando a execução de tarefas da melhor forma possível, respeitando seus valores e limitações, proporcionando sua independência e qualidade de vida. TRATAMENTO TRATAMENTO NÃO-FARMACOLÓGICO TERAPIA OCUPACIONAL Educação terapêutica: através de métodos de conservação de energia, proteção articular, simplificação de tarefas aconselhamento sobre uso de tecnologias de apoio TRATAMENTO TRATAMENTO NÃO-FARMACOLÓGICO TERAPIA OCUPACIONAL TRATAMENTO TRATAMENTO NÃO-FARMACOLÓGICO TERAPIA OCUPACIONAL TRATAMENTO TRATAMENTO NÃO-FARMACOLÓGICO TERAPIA OCUPACIONAL TRATAMENTO TRATAMENTO NÃO-FARMACOLÓGICO TERAPIA OCUPACIONAL TRATAMENTO Tratamento Não-farmacológico Psicoterapia ARTRITE REUMATÓIDE Tratamento Não-farmacológico Atividades Físicas Levar em conta fatores individuais Atividade aeróbica, exercícios resistidos, alongamentos e relaxamento, devem ser estimulados observando-se os critérios de tolerância ao exercício e à fadiga. O papel do repouso e do exercício deve ser enfatizado, reconhecendo-se que a degeneração articular na AR é maior quando o repouso é prolongado e este também está associado a maior morbidade cardiovascular. A estratégia terapêutica deverá contemplar períodos alternados de atividades e repouso, este sempre em posição funcional. ARTRITE REUMATÓIDE Tratamento SINTOMÁTICOS Analgésicos: Acetaminofen (paracetamol) Dipirona Analgésicos opioides: tramadol, codeína, nalbufina, morfina, fentanila (patches), metadona Antidepressivos: tricíclicos (amitriptilina, nortriptilina, imipramina, clomipramina) ARTRITE REUMATÓIDE Tratamento SINTOMÁTICOS Anti-inflamatórios não-hormonais Usados em menor dose e tempo necessários Escolha individualizada (fatores de risco: idade avançada, doença ulcerosa péptica, uso concomitante de glicocorticoides ou anticoagulantes, trombocitopenia ou disfunção plaquetária, gravidez, ICC, cirrose, insuficiência renal, doença coronariana) ARTRITE REUMATÓIDE Tratamento GLICOCORTICOIDES Ação anti-inflamatória e propriedades modificadoras de doença Usar em baixas doses: Prednisona 10-15mg/dia Preferencialmente em um curto período de tempo e diminuir dose assim que possível ARTRITE REUMATÓIDE Tratamento GLICOCORTICOIDES INTRA-ARTICULARES Oligoartrites ou monoartrites persistentes ARTRITE REUMATÓIDE Tratamento DROGAS ANTIRREUMÁTICAS MODIFICADORAS DE DOENÇA (DMARDs) Devem estar incluindo na primeira abordagem terapêutica Melhoram sinais e sintomas Melhora capacidade funcional e qualidade de vida A maioria inibe a progressão radiográfica ARTRITE REUMATÓIDE Tratamento DMARDs Sintéticas: Drogas de primeira linha, se houver falhar terapêutica considerar associação de medicações Antimaláricos: Cloroquina e Hidroxicloroquina Não inibem progressão radiográfica Metotrexato - DMARD de escolha para iniciar o tratamento Leflunomida Sulfassalazina ARTRITE REUMATÓIDE Tratamento DMARDs Biológicas: Indicadas quando os pacientes tem falha terapêutica e/ou intolerância à segunda DMARD sintética Principal evento adverso: INFECÇÕES ARTRITE REUMATÓIDE 51 Tratamento DMARDs Biológicas: Bloqueadores de Fator de Necrose Tumoral (TNF): Infliximabe, Adalimumabe, Etanercepte, Golimumabe, Certolizumabe Depletores do Linfócito B: Rituximabe Moduladores da coestimulação: Abatacepte Bloqueador da interleucina-6: Tocilizumabe ARTRITE REUMATÓIDE Tratamento TRATAMENTO CIRÚRGICO: Situações em que o tratamento conservador não produz controle dos sintomas e/ou não permita níveis mínimos aceitáveis de atividades da diária Cirurgias reconstrutivas: tendões, articulação, sinovectomia Cirurgias substitutivas: próteses ARTRITE REUMATÓIDE Obrigado!
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