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Indicadores Urbanos Globais

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Indicadores Urbanos Globais 
Uma Abordagem Integrada para a 
Mensuração e Monitoramento do 
Desempenho das Cidades 
 
 
Relatório Síntese 
 
The World Bank
Belo Horizonte, Brasil
Bogotá, Colombia
Cali, Colombia
King County, Washington 
State, United States
Montreal, Canada
Porto Alegre, Brasil
São Paulo, Brasil
Toronto, Canada
Vancouver, Canada
UN-HABITAT
World Economic Forum (WEF)
Organisation for 
Economic Cooperation 
and Development (OECD)
International Center for Local 
Government Initiatives (ICLEI)
Instituto Colombiano de Normas 
Técnicas y Certificación (ICONTEC)
Associação Brasileira de 
Normas Técnicas (ABNT)
 The University 
 of Toronto
Canadian Standards 
Association (CSA)
www.cityindicators.org
Financiamento pelo Fundo de Consultoria do Japão (Japan Consultant Trust Fund)
Parceiros Iniciais do Projeto
Indicadores Urbanos Globais
“Existe uma necessidade 
premente em desenvolver um 
sistema único e padronizado 
para mensurar e monitorar o 
desempenho e a qualidade de 
vida nas cidades.”
Nos próximos vinte cinco anos, dois terços da população 
mundial residirá em áreas urbanas. Essa densidade e di-
versidade, bem como a concentração populacional, estão 
afetando as pessoas e o mundo em maior grau do que 
qualquer outro fenômeno da história da humanidade. 
Os grandes desafios da atualidade, tais como a redução 
da pobreza, a mudança climática e a criação e a manuten-
ção de uma sociedade inclusiva e pacífica, serão enfren-
tados no âmbito das cidades. Assim também se dará com 
os desafios do cotidiano como a coleta de lixo, respostas a 
incêndios em domicílios e outros desastres de grande es-
cala, o abastecimento de água e eletricidade, a educação, 
atendimento médico e a vasta gama de outros serviços 
que tornam a vida mais produtiva e agradável.
Quando um leigo entra na cabine de comando de um 
avião, ele se depara com grande número de dispositivos; 
há indicadores de velocidade, de combustível, controles 
do equipamento de aterrissagem. O piloto experiente uti-
liza todos esses dispositivos para manter o vôo em curso. 
As cidades são bem mais complexas do que um avião e 
por isso os pilotos das cidades precisam, igualmente, uti-
lizar com eficiência a informação disponível a fim de as-
segurar que a cidade esteja no rumo do desenvolvimento.
Vários sistemas e indicadores foram desenvolvidos para 
ajudar a monitorar e a melhorar o desempenho das ci-
dades. As cidades coletam, em média, mais de 100 indica-
dores e, em alguns casos, 1.000 indicadores são coletados 
por ano. As oito cidades-piloto estavam colhendo 1.000 
indicadores diferentes, sendo que apenas três desses eram 
comuns a todas elas. Os custos associados à coleta desse 
tipo de informação são consideráveis e difíceis de serem 
quantificados com precisão, pois a coleta de indicadores 
urbanos não é uma despesa específica contida do orça-
mento. 
Apesar de os indicadores para mensuração do desem-
penho das cidades serem rotineiramente utilizados pelos 
vários níveis de governo, pela comunidade acadêmica e 
pelas agências internacionais, eles ainda não são padroni-
zados, consistentes e comparáveis ao longo do tempo e 
entre as cidades. Essa falta de padronização é um fator 
que limita a possibilidade de as cidades identificarem 
tendências, compartilhar as melhores práticas e aprender 
com a experiência alheia. Existe uma necessidade pre-
mente em desenvolver um único sistema abrangente para 
mensurar e monitorar o desempenho e a qualidade de 
vida das cidades que:
Toronto, Canada
1 Os municípios-piloto desse programa foram as cidades de Belo Horizonte, Bogotá, Cali, 
 Montreal, Porto Alegre, São Paulo, Toronto, Vancouver and King County.
Martem
Highlight
• Permita aos representantes eleitos, aos gestores urba- 
 nos e ao público em geral, monitorar o desempenho 
 das cidades no decorrer do tempo;
• Facilite comparações entre as cidades; e 
• Atenda à exigência dos formuladores de políticas e do 
 público por maior transparência e responsabilização 
 do governo.
Esse programa pretende auxiliar as cidades a monitorar o 
desempenho ao fornecer um marco para facilitar a coleta 
consistente e comparativa dos indicadores urbanos. 
 
Visão
Esse programa tem por base o vasto trabalho já desen-
volvido, em especial a Base de Dados dos Indicadores 
Urbanos Globais e dos Observatórios Urbanos Globais 
realizados pelo Programa de Indicadores Urbanos do 
UN-HABITAT. O programa pretende se basear nesses e 
em outros programas de indicadores já desenvolvidos, a 
fim de estimular o desenvolvimento de um conjunto de 
indicadores urbanos padronizados. A intenção é que os 
indicadores sejam suficientemente padronizados de modo 
a permitir a comparação entre as cidades e a verificação 
por terceiros. Os indicadores devem ser simples, com 
baixo custo de coleta e o ideal é que sejam publicados 
anualmente para maximizar a sua utilidade.
Onde for factível, os indicadores devem levar em conta 
os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODMs) das 
Nações Unidas, dentre os quais se inclui o objetivo “Todos 
Trabalhando pelo Desenvolvimento” que enfatiza o com-
promisso com a boa governança, o desenvolvimento e a 
redução da pobreza. As cidades e seus governos estão, e 
estarão de forma crescente, na linha de frente do esforço 
para alcançar esse objetivo, ao fornecer serviços que aten-
dam às necessidades básicas e que melhorem a qualidade 
de vida geral de seus cidadãos.
Houve várias tentativas de desenvolver indicadores para 
as cidades, seja em escala nacional, regional ou até mesmo 
internacional. Um número mínimo dessas iniciativas, 
no entanto, era sustentável. A grande parte das iniciati-
vas não foi bem sucedida porque consistia em esforços 
impostos “de cima para baixo”, para atender às deman-
das de informação das agências nacionais, regionais ou 
internacionais. Com a suspensão do financiamento ou a 
mudança das prioridades políticas, essas iniciativas eram 
abandonadas em virtude da falta de comprometimento 
local. Esta iniciativa, ao contrário, foi elaborada “de baixo 
para cima”, com indicadores desenvolvidos pelas cidades 
para abordar suas necessidades e interesses. O Programa 
de Indicadores Urbanos Global foi concebido como uma 
iniciativa descentralizada liderada pelas cidades para 
mensurar, divulgar e melhorar o seu próprio desenvolvi-
mento, e facilitar a capacitação e compartilhamento das 
melhores práticas entre as cidades por meio do uso de 
indicadores e uma base de dados virtual.
Processo de Desenvolvimento do Programa
Essa iniciativa está sendo liderada pelo Urban Anchor 
do Banco Mundial e foi iniciada e implementada em um 
primeiro momento na América Latina e Caribe, uma área 
com altos índices de urbanização, na qual 77 por cento 
da população vivem nas cidades. Em consonância com 
a abordagem “de baixo para cima”, o Banco Mundial 
firmou parceria com nove cidades no Brasil, Canadá, 
Colômbia e Estados Unidos. O Banco Mundial também 
consultou várias agências internacionais (e.g., UN-HABI-
TAT) e organizações sobre cidades (e.g., ICLEI, UCLG e 
OCDE).
Bogota, Colombia
Cali, Brasil
Sao Paulo, Brasil
Serviços urbanos – inclui os serviços geralmente forne-
cidos pelos governos municipais e outras entidades.
- Educação - Energia
- Serviços financeiros - Incêndios e Serviços 
 emergenciais
- Governança - Saúde
- Recreação - Segurança
- Serviços Sociais - Resíduos sólidos
- Transporte - Planejamento Urbano
- Esgoto - Abastecimento de Água
Qualidade de vida – inclui fatores críticos que con-
tribuem para a qualidade de vida de modo geral, embora 
o governo municipal possa deter limitado controle direto 
sobre eles. 
- Participação Cívica - Cultura
- Economia - Meio-ambiente
- Habitação - Eqüidade Social
- Bem-estar Subjetivo - Tecnologia e Inovação
O desempenho das cidades em relação a cada um desses 
tópicos é mensurado por um conjunto de indicadores e 
índices que, como um todo, narram uma “história”.
Os IndicadoresUrbanos são incluídos nesse programa 
com a finalidade de empoderar as cidades participantes 
em seu compromisso de melhoria contínua e de modo a 
facilitar o apoio, no longo prazo, das agências ligadas à 
rede de cidades tal como a ICLEI, UCLG, UN-HABITAT, 
o Banco Mundial, o Fórum Econômico Global, a Aliança 
das Cidades e associações de municípios em âmbito local 
e nacional.
Um rigoroso processo de seleção dos Indicadores Urbanos 
foi realizado para atender aos seguintes critérios:
• Objetividade: O Indicador Urbano deve ser claro, bem 
 definido, preciso e sem ambigüidade e ao mesmo 
 tempo simples e de fácil compreensão;
• Relevância: O Indicador Urbano deve ter uma rela- 
 ção direta com os serviços municipais e os objetivos 
Por meio da consulta e colaboração extensiva com as 
cidades-parceiras, o Programa de Indicadores Urbanos 
Globais propôs um conjunto de indicadores urbanos 
relevantes e de fácil aplicação e também processos para 
atualização contínua. As cidades estiveram ativamente 
envolvidas e participaram na preparação, revisão crítica 
e refinamento do Documento de Discussão inicial; na 
seleção e desenvolvimento dos indicadores urbanos; na 
definição e metodologia para monitoramento e divulga-
ção; e na fase de testes do programa para demonstrar e 
refinar o seu desempenho. A expectativa é que esse pro-
cesso de refinamento seja contínuo, com todas as cidades 
participantes apresentando, regularmente, sugestões de 
revisão.
Marco
O Programa de Indicadores Urbanos Globais tem como 
enfoque as cidades com populações acima de 100.000 
habitantes. Os indicadores foram inicialmente propostos 
para a primeira e mais direta esfera do governo municipal 
– geralmente as cidades. Um mecanismo para levar em 
conta e agregar aglomerações urbanas ainda precisa ser 
desenvolvido.
As “cidades” são as unidades de governo mais próximas 
ao público e são diretamente responsáveis pelo forneci-
mento de uma grande variedade de serviços aos seus 
habitantes. A “qualidade de vida” também está incluída 
nesse rol, com a ressalva de que a qualidade pode não ser 
de exclusiva responsabilidade da cidade. O Programa de 
Indicadores Urbanos Globais está estruturado em torno 
de 22 “tópicos” que se dividem em duas grandes categori-
as, nomeadamente, serviços urbanos e qualidade de vida.
Montreal, Canada
O conjunto de indicadores e índices específicos pode for-
necer uma boa medida do desempenho da cidade.
O conjunto de indicadores urbanos globais foi selecionado 
por meio de um rigoroso processo de triagem com a con-
tribuição das cidades parceiras de modo a assegurar que 
os indicadores expressasem as necessidades e interesses 
de informação das cidades. Os indicadores devem ser:
• Disponíveis ao público, atuais e passíveis de serem 
 divulgados anualmente;
• Passíveis de comparação entre as cidades;
• Relevantes para a tomada de decisões de políticas 
 públicas;
• Relacionados a objetivos estabelecidos (ODM);
• Com baixo custo de coleta;
• Relevantes para cidades em todo mundo, indepen- 
 dentemente da localização, cultura, riqueza, tamanho 
 ou estrutura política;
• Compreensíveis e não demasiadamente complexos; e
• Claros acerca do signficado de uma mudança no 
 indicador.
Ao todo, são propostos 53 indicadores em torno dos tópi-
cos (ver Tabela 1). Reconhecendo que existem diferenças 
de recursos e capacidades entre as cidades, esse con-
junto de 53 indicadores sub-divide-se em 27 indicadores 
“principais”, que todas as cidades participantes seriam 
solicitadas a apresentar, e 26 indicadores “de apoio”, que 
as cidades seriam encorajadas a apresentar, mas que não 
seriam de coleta obrigatória.
Além destes 53 indicadores principais e de apoio, as 
cidades parceiras identificaram outros 33 indicadores e 
sete índices que seriam medidas úteis do desempenho das 
cidades, mas para as quais a metodologia de coleta global 
ainda não foi desenvolvida. Esses indicadores e índices 
“almejados” constam da Tabela 2. O desenvolvimento 
futuro desses indicadores está planejado para ocorrer por 
meio de uma abordagem cooperativa com várias cidades-
piloto e agências parceiras. Por exemplo, o esboço do 
índice “Bem Estar Subjetivo” foi desenvolvido e o projeto 
piloto foi testado em Belo Horizonte, Bogotá e Toronto 
como parte desse programa (disponível em relatório 
separado).
Durante o preparo e implementação do Programa de In-
dicadores Urbanos Globais, foi considerado fundamental 
que as cidades adotassem uma definição e metodologia 
homogênea e consensual para cada indicador a fim de 
possibilitar a comparação entre os resultados divulgados. 
A falta de padronização representaria uma séria limitação 
da capacidade das cidades em compartilhar as melhores 
práticas e aprender com a experiência alheia. Do mesmo 
modo, como parte do Programa de Indicadores Urbanos 
Globais, um outro relatório foi desenvolvido e revisado
 de qualidade de vida e ser útil para as cidades partici- 
 pantes na administração da cidade;
• Mensurável e Replicável: O Indicador Urbano deve 
 ser quantificável, estatisticamente preciso e cientifica- 
 mente consistente em sua coleta e apresentação para 
 todos os locais. Ele deve ser passível de verificação por 
 terceiros, preciso e transparente;
• Flexibilidade: O Indicador Urbano deve ser flexível o 
 suficiente para ser melhorado e refinado com o decor- 
 rer do tempo;
• Efetividade: O Indicador Urbano deve ser fundamen- 
 tal para a tomada de decisões e também para o plane- 
 jamento urbano; 
• Inter relação: O Indicador Urbano, em conjunto com 
 os demais indicadores urbanos, deve oferecer a pos- 
 sibilidade de uma compreensão extra da realidade, 
 isso é, que seja maior do que a soma de suas partes. 
 Ele deve ser consistente e sustentável, preferencial- 
 mente coletado regularmente (todo ano) e não estar 
 suscetível a influências externas e a ser abandonado 
 por falta de verba; e
• Inclusão: O Indicador Urbano deve ser proposto de 
 tal modo que as cidades participantes possam entrar 
 no programa no seu próprio ritmo e coletar informa- 
 ção relevante às suas circunstâncias.
A título de exemplo, nos mercados financeiros o Lucro 
por Ação (EPS) é um indicador do desempenho corpora-
tivo enquanto o índice Dow Jones é uma medida do des-
empenho agregado do desempenho da bolsa de valores. 
Porto Alegre, Brasil
har os resultados de seus programas de indicadores e os 
resultados nas áreas de Serviços Urbanos e Qualidade de 
Vida. Cada cidade participante é responsável pela entrada 
e atualização dos seus indicadores. O site da Internet 
também facilita o compartilhamento de conhecimento e 
o desenvolvimento de novos e melhores indicadores ou 
índices para oferecer resposta às questões emergentes. 
Outras organizações serão solicitadas a ajudar a facilitar o 
desenvolvimento dos índices-chave, como o Uso Total de 
Energia e a Competitividade das Cidades.
Monitoramento – Um aspecto fundamental na adoção de 
qualquer indicador urbano é a definição de uma met-
odologia padronizada para sua mensuração. Sem isso, as 
cidades não terão uma base sobre a qual realizar compa-
rações em relação ao desempenho. Um Padrão para os 
Indicadores Urbanos Globais dentro do marco da Orga-
nização Internacional para Padronização (ISO) deve ser 
desenvolvido para assegurar que haja uma metodologia 
homogênea e padronizada para a coleta dos Indicadores 
Urbanos Globais. 
Em um primeiro momento, apenas os indicadores princi-
pais seriam incluídos no padrão ISO, mas com o tempo, 
os indicadores de apoio também receberiam a certificação 
ISO. A Associação de Padronização do Canadá, com apoio 
das Organizações de Padronização do Brasil e da Colôm-
bia, promoveu o desenvolvimento desse novo padrão 
utilizando como base a experiência acumulada com o TC 
207, a comissão técnica do padrão da série ISO 14000.
Divulgação – Os Indicadores Urbanos Globais devem ser 
divulgados com periodicidade regular. Os indicadores 
devem ser divulgados na forma de uma “Declaraçãode 
Desempenho” no mesmo momento em que o município 
divulgar o balanço orçamentário. A Declaração de Desem-
penho da Cidade:
• Fornece os resultados de todos os Indicadores Prin- 
 cipais (todas as Cidades Participantes são encorajadas 
 a divulgar os resultados de todos os Indicadores 
 Urbanos Globais);
King County, Washington State, United States
pelas cidades-piloto. Esse relatório, intitulado Indicadores 
Urbanos Globais: Definições e Metodologias, 5 de abril, 
2007, está agora disponível no site dos Indicadores Urba-
nos Globais no seguinte endereço: www.cityindicators.
org. A descrição detalhada da metodologia tem a intenção 
de servir como base para a padronização subseqüente dos 
indicadores, como por exemplo, por meio do processo da 
Organização Internacional para Padronização (ISO).
Gestão do Programa
A iniciativa das cidades é gerida por uma recém criada 
“Unidade de Indicadores Urbanos” instalada proviso-
riamente no Programa de Cidades Globais da Univer-
sidade de Toronto. Com o apoio da Unidade de Fundos 
de Desenvolvimento do Banco Mundial, do governo do 
Canadá, da Universidade e das cidades participantes, a 
Universidade de Toronto se prontificou a criar e abrigar 
a Unidade de Indicadores Urbanos pelo período de três 
anos.
Um Comitê Executivo composto por 12 membros será 
responsável pela fiscalização da Unidade e fornecerá o 
apoio técnico necessário. As 12 vagas do Comitê serão 
divididas entre no máximo sete cidades, três organizações 
internacionais e dois representantes acadêmicos.
O Processo de Indicadores Urbanos Globais
O Programa de Indicadores Urbanos Globais exige um 
processo para fiscalizar, divulgar, verificar e emendar 
os Indicadores Urbanos Globais. Tal como ocorre com o 
Wikipedia, o Programa de Indicadores Urbanos Globais é 
um recurso vivo da Internet que estimula as cidades 
participantes em todo o mundo a coordenar e compartil-
Belo Horizonte, Brazil
municipais mudarem e à medida em que forem desen-
volvidos melhores indicadores e metodologias. O Comitê 
Executivo seria a entidade responsável pela supervisão 
das modificações aos Indicadores Urbanos Globais, com a 
contribuição das cidades participantes. 
Website 
Um site com o endereço www.cityindicators.org foi 
disponibilizado para o Programa de Indicadores Urba-
nos Globais: ajudando as cidades a mensurar, divulgar e 
melhorar seu desempenho. Esse site armazenará dados 
sobre os indicadores urbanos. Além de disponibilizar 
informações sobre pesquisa de indicadores urbanos e 
links para outras organizações com interesse em pro-
gramas de indicadores urbanos, o site também incluirá 
uma abrangente base de dados de indicadores. A intenção 
é que a base de dados seja um instrumento para a real-
ização de pesquisas acerca do desempenho das cidades e 
para identificar as melhores práticas. Os dados não serão 
proprietários, mas, ao contrário, será promovido o acesso 
livre a eles.
Sustentabilidade
A presente iniciativa de indicadores urbanos globais 
possui várias características que a diferencia dos esforços 
anteriores e, deste modo, espera-se que ela seja capaz 
de alcançar sustentabilidade no longo prazo. Dentre tais 
características estão:
• Ser liderada pelas cidades – Esse é um esforço de 
 baixo para cima composto por um núcleo inicial de 
 cidades parceiras. Essa iniciativa não será de pro 
 priedade de uma entidade única e vem sendo coorde- 
 nada pela Unidade de Indicadores Urbanos.
• Enfoque nas cidades e na governança municipal – A 
 unidade de análise é a cidade em si, que é a esfera de 
 governo encarregada de fornecer infra-estrutura e 
 serviços básicos à população.
• Enfoque no desempenho da cidade – A unidade de 
 análise é a cidade em si, que é a esfera de governo 
 encarregada de fornecer infra-estrutura e serviços 
 básicos à população.
• Assegurar a possibilidade de comparação – Se aceita, 
 esta iniciativa seria a primeira a obter a qualificação 
 ISO para o Padrão Internacional dos Indicadores 
 Urbanos Globais. Isso asseguraria a possibilidade de 
 comparação dos resultados entre as cidades por 
 utilizar uma metodologia padronizada para mensurar 
 os indicadores.
• Fornecer um programa ao invés de um conjunto de 
 indicadores apenas – Esta iniciativa vai além de um
• Identifica o fornecedor de serviço responsável pelos 
 indicadores de serviços específicos;
• Fornece resultados no contexto do Perfil da Cidade 
 (e.g., população, tamanho, orçamento);
• Compara os resultados com o referencial ou com os 
 objetivos individuais estabelecidos pelas cidades;
• Compara os resultados com anos anteriores para 
 identificar tendências;
• Indica a observância à metodologia de coleta 
 aprovada; e 
• É assinada pelo funcionário responsável do governo 
 municipal responsável e pelo responsável pela 
 verificação.
Verificação – Os Indicadores Urbanos devem ser verifi-
cados por terceiros. Esse tipo de verificação demonstra 
às demais cidades que os dados foram coletados com a 
utilização da metodologia-padrão acordada, assegura ao 
público que a cidade está divulgando corretamente os 
dados relativos ao seu desempenho e fornece transparên-
cia ao processo como um todo. Apesar de reconhecerem 
a importância da verificação por terceiros, as cidades 
parceiras enfatizaram que a verificação não deve implicar 
custos adicionais. Universidades, organizações não-gov-
ernamentais e auditores profissionais podem ser treinados 
para realizar a verificação das declarações de desempenho 
divulgadas anualmente.
É provável que a Declaração de Desempenho seja verifica-
da por meio de um processo semelhante ao realizado para 
verificação do balanço orçamentário municipal anual.
Emenda – O conjunto atual de indicadores é considerado 
apenas um “ponto de partida.” Os Indicadores Urbanos 
Globais serão modificados conforme surgirem novas 
questões, o papel e as responsabilidades dos governos
 conjunto de indicadores. Ela estimula a interação entre 
 as cidades para que elas identifiquem e compartilhem 
 as melhores práticas internacionais e assim aprimorar 
 o seu desempenho de forma geral.
• Ter bom custo-benefício – Foi concebido como um 
 serviço sem fins lucrativos e sem dados proprietários. 
 As despesas de manutenção da iniciativa são minimi 
 zadas com a distribuição das principais responsabili 
 dades do programa, tal como a coleta de dados, entre 
 as cidades participantes. 
• Utilização de tecnologia apropriada – Este esforço 
 foi o primeiro a utilizar uma matriz de divulgação e 
 uma base de dados relacional virtual disponível ao 
 público.
• Acesso à qualidade de vida – Esta iniciativa incorpora 
 uma abordagem com firmes bases estatísticas para a 
 avaliação de índices qualitativos tal como bem-estar 
 subjetivo e qualidade de vida local. 
Vancouver, Canada
• Integração com o setor privado – Esta iniciativa tem 
 como objetivo principal ajudar as cidades, mas 
 também reconhece que o seu portal pode ser uma 
 fonte de informação importante para investidores 
 globais. O apoio comercial ao programa (por meio 
 de subsídios e propaganda) poderia ajudar a integrar 
 o interesse dos setores público e privado em melhorar 
 o desempenho das cidades e a qualidade de vida de 
 seus habitantes.
• Inclusão dos atores principais – Além das cidades 
 (o membro mais importante), organizações internacio- 
 nais como por exemplo o UN-HABITAT, UCLG, 
 ICLEI, o Fórum Econômico Mundial, a OCDE e 
 instituições financeiras multilaterais precisam 
 integrar o processo de desenvolvimento e administra- 
 ção do Programa de Indicadores Urbanos Globais.
Etapas Seguintes
Com a bem-sucedida instituição do Programa de Indica-
dores Urbanos Globais, o foco agora passa a ser a efetiva 
facilitação e estímulo à inclusão de novas cidades ao redor 
mundo.
Entre as etapas seguintes a serem cumpridas estão:
• Expandir o site www.cityindicators.org para facilitar a 
 inclusão de dados pelas cidades participantes;• Trabalhar de forma coordenada junto às Instituições 
 Financeiras, Agências Nacionais e Pesquisadores 
 Urbanos para estimular cidades em todo o mundo a 
 participar do Programa de Indicadores Urbanos 
 Globais;
• Apresentar o Programa de Indicadores Urbanos 
 Globais nos principais fóruns urbanos tal como 
 o Fórum Urbano Mundial (UN-Habitat); conferências 
 do ICLEI e UCLG, e
• Buscar apoio de agências como a OCDE e outras para 
 auxiliar no processo de reunião de cidades em “áreas 
 metropolitanas” e “aglomerações urbanas” de modo 
 que esses conjuntos sejam estatisticamente relevantes.
Tópico Indicadores Urbanos Globais
Serviços Urbanos
Educação •	 Porcentagem	de	crianças	que	completam	o	ensino	primário	e	secundário	
•	 Porcentagem	de	crianças	em	idade	escolar	que	estão	matriculadas	nas	escolas		
	 (por	gênero)
• Proporção entre alunos e professores
Energia •	 Porcentagem	de	habitantes	com	acesso	autorizado	à	rede	elétrica	
• Uso per capita de energia elétrica 
• Número e duração das interrupções no fornecimento de energia elétrica por ano e por cliente
Serviços 
Financeiros
•	 Proporção	entre	a	dívida	e	o	serviço	da	dívida
• Porcentagem de impostos recolhidos em relação aos impostos cobrados
• Porcentagem da receita própria em relação à receita total
• Porcentagem do gasto de capital em relação aos gastos totais
Incêndios 
e Serviços 
Emergenciais
•	 Número	de	bombeiros	por	100.000	habitantes
•	 Número	de	mortes	em	incêndios	por	100.000	habitantes
• Tempo de resposta da brigada de incêndio após a chamada inicial
Governança •	 Responsabilização	e	Transparência
• Porcentagem de funcionários municipais que são mulheres e minorias
Saúde •	 Mortalidade	de	crianças	menores	de	5	anos	por	1.000	partos
•	 Imunização	contra	doenças	infantis	infecciosas 
• Número de leitos de hospital para internados por 100.000 habitantes
• Número de médicos por 100.000 habitantes
Lazer •	 Quantidade	per	capita	de	metros	quadrados	de	espaço	de	lazer	público	
• Porcentagem dos gastos com lazer público em relação ao orçamento municipal total
Segurança •		Número	de	homicídios	por	100.000	habitantes
•	 Número	de	policiais	por	100.000	habitantes
• Taxa de crimes violentos por 100.000 habitantes
Serviços 
Sociais
EM	DESENVOLVIMENTO
Resíduos 
Sólidos
•	 Porcentagem	da	população	urbana	com	coleta	regular	de	resíduos	sólidos
•	 Porcentagem	de	resíduos	sólidos	levados	a	aterros	sanitários/incinerados	e		 	
	 queimados	a	céu	aberto/levados	a	depósitos	de	lixo	a	céu	aberto/reciclados/outro
• Quantidade per capita de resíduos sólidos produzidos
Transporte •	 Quilômetros	de	sistema	de	transporte	por	100.000	habitantes	
•	 Número	per	capita	de	viagens	de	transporte	público	por	ano	
• Conectividade aérea comercial (número de vôos comerciais sem escala)
• Velocidade média nas principais vias de transporte durante os horários de pico
• Fatalidades em acidentes nos meios de transporte por 100.000 habitantes
Indicadores	Principais Indicadores de Apoio
Tabela 1: Indicadores Urbanos Globais Propostos
Tópico Indicadores Urbanos Globais Propostos
Planejamento 
Urbano
•	 Data	de	aprovação	do	Plano	Diretor	mais	recente
• Área verde por 100.000 habitantes
• Domicílios em áreas perigosas
Esgoto •	 Porcentagem	da	população	urbana	com	coleta	de	esgoto
•	 Porcentagem	do	esgoto	que	não	recebe	tratamento	ou	recebe	tratamento		 	
	 primário/secundário/terciário
Abastecimento 
de Água
•		Porcentagem	da	população	urbana	que	recebe	água	potável
• Consumo per capita de água no domicílio 
• Número de interrupções no abastecimento de água
Qualidade de Vida
Participação 
Cívica
•	 Participação	dos	eleitores	(como	porcentagem	de	eleitores	registrados)
• Número de representantes locais eleitos por 100.000 habitantes
• Número de organizações cívicas por 100.000 habitantes
Cultura •	 Número	de	estabelecimentos	culturais	por	100.000	habitantes
• Porcentagem dos gastos municipais com eventos culturais em relação ao orçamento municipal total
Economia •	 Produção	municipal	per	capita
• Taxa de emprego por idade e gênero
Meio-Ambiente •	 Emissões	de	gases	estufa	em	toneladas	per	capita
Habitação •	 Porcentagem	da	população	urbana	que	reside	em	favelas 
• Tamanho dos núcleos habitacionais informais em relação à área urbana e tamanho da população
Social Equity •	 Porcentagem	da	população	urbana	considerada	pobre
Bem-estar 
Subjetivo
EM	DESENVOLVIMENTO
Tecnologia e 
Inovação
•	 Número	de	conexões	à	internet	por	100.000	habitantes
• Número de telefones (fixos e celulares) por 100.000 habitantes
Tabela 1: Indicadores Urbanos Globais Propostos (continuado)
Indicadores	Principais Indicadores de Apoio
Indicadores	Principais Indicadores de Apoio
Tópico Indicadores Urbanos Globais
Serviços Urbanos
Educação •	 Número	de	bibliotecas	por	100.000	habitantes
•	 Número	de	visitas	à	biblioteca	por	100.000	habitantes
•	 Desempenho	nos	testes	padronizados
Energia •	 Parcela	do	uso	de	fontes	de	energia	renováveis	em	relação	ao	fornecimento		
	 de	energia	primária
•	 Uso	de	energia	residencial	por	domicílio	por	tipos	de	energia
• Índice de Energia Total Consumida
Incêndios 
e Serviços 
Emergenciais
•	 Tempo	de	resposta	da	ambulância	a	partir	da	chamada	inicial
•	 Indicadores	de	serviços	médicos	emergenciais
Governança •	 Número	médio	de	dias	necessários	para	abrir	um	negócio
•	 Tempo	de	respostas	às	solicitações	de	serviços
• Índice de Governança Municipal
Saúde •	 Taxa	de	mortalidade	em	decorrência	de	HIV/AIDS	por	100.000	habitantes
Lazer •	 Indicador	do	nível	de	uso	dos	espaços	de	lazer
Segurança •	 Percepção	da	segurança
Resíduos 
Sólidos
•	 Porcentagem	da	população	que	participa	de	programas	de	reciclagem	de	lixo
Transporte •	 Gasto	total	per	capita	com	estradas	e	transporte	municipais	
•	 Divisão	do	uso	dos	modos	de	transporte
Planejamento 
Urbano
•	 Porcentagem	de	lotes	com	título	registrado	
•	 Proporção	entre	empregos/domicílios
Esgoto •	 Indicador	da	eficácia	do	tratamento	de	esgoto
•	 Porcentagem	de	capacidade	de	assimilação	da	água	utilizada
Abastecimen-
to de Água
•	 Porcentagem	de	água	tratada	perdida	durante	a	distribuição
•	 Qualidade	da	água	(em	relação	aos	padrões	nacionais	e	recomendações	para		
	 fervura	da	água)
•	 Incidência	de	doenças	transmitidas	pela	água
Qualidade de Vida
Cultura •	 Comparecimento	per	capita	a	eventos	culturais	
• Índice de Competitividade
Economia •	 Avaliação	comercial/industrial	como	uma	porcentagem	da	avaliação	total
•	 Níveis	de	investimento
Meio- 
Ambiente
•	 Número	de	dias	com	excesso	de	particulas	inaláveis	com	diâmetro	inferior	a		
	 10	micra,	ou	PM10
•	 Indicador	da	relação	da	qualidade	do	ar	com	problemas	respiratórios
Habitação •	 Preço	de	imóveis	em	relação	à	renda
•	 Preço	do	aluguel	de	imóveis	em	relação	à	renda
Eqüidade 
Social
•	 Custo	das	necessidades	básicas	ou	da	Cesta	Básica
•	 Porcentagem	da	população	que	recebe	auxílio	monetário	do	governo
• Índice de Capital Social
Bem-estar 
Subjetivo
• Índice de Bem-Estar Subjetivo (desenvolvido em projeto piloto)
Tecnologia e 
Inovação
•	 Investimento	de	capital	de	risco
•	 Índice	de	acesso	à	Internet	de	banda	larga
• Índice de Criatividade
Tabela 2: Indicadores futuros desejáveis propor e índices
Vancouver, Canada
Cronologia dos Eventos
Junho de 2006: 
O artigo “Indicadores Urbanos: Hoje até Nanjing” foi apresenta-
do no terceiro Fórum Urbano Mundial. Esse artigo delineou uma 
proposta de criação de uma iniciativa para o desenvolvimento 
de um conjunto de indicadores a serem coletados e utilizados 
pelas cidades. Esses indicadores deveriam ser representativos 
e passíveis de comparação entre países, ao mesmo tempo em 
que fossem rigorosos o suficiente para permitir a verificação por 
terceiros.
Setembro de 2006: 
Representantes de sete das nove cidades parceiras participaram 
de uma oficina de trabalho sobre os Indicadores Urbanos Globais 
realizado em Toronto. Também compareceram membros da 
equipe de consultoria, acadêmicos e representantes das organiza-
ções de padronização.A oficina de trabalho incluiu discussões 
sobre os objetivos do programa, os resultados esperados e as 
responsabilidades das partes envolvidas. Além disso, os partici-
pantes discutiram a seleção de indicadores e os passos seguintes 
no processo de desenvolvimento de um conjunto de indicadores 
globais.
Outubro de 2006: 
A versão preliminar do Documento de Discussão foi apresen-
tada. O documento pesquisou iniciativas de indicadores recentes; 
identificou as melhores práticas; e serviu como base para a dis-
cussão realizada pelas cidades e demais atores municipais sobre 
o desenvolvimento de uma abordagem integrada para mensurar 
e monitorar o desempenho das cidades em todo o mundo.
Dezembro de 2006:
Um novo Documento de Discussão foi apresentado levando 
em consideração os comentários feitos pelos revisores e pelas 
cidades parceiras.
Dezembro de 2006: 
Uma versão preliminar do Esboço do Relatório do Programa de 
Indicadores Urbanos Globais foi apresentada e circulou entre 
as cidades parceiras e um pequeno grupo de organizações para 
comentários.
Janeiro de 2007:
Três oficinas de trabalho foram realizadas simultaneamente em 
Montreal, São Paulo e Bogotá com a participação das cidades 
parceiras, a equipe de consultores, acadêmicos e outras organiza-
ções. Durante a primeira parte das oficinas de trabalho, os países 
discutiram os temas entre si. No último dia dos trabalhos, os três 
locais e mais Washington, D.C. se reuniram via video-conferência 
para apresentações e discussões conjuntas.
Fevereiro de 2007:
Uma segunda versão do Esboço de Relatório do Programa de 
Indicadores Urbanos Globais, que incorporou os comentários 
adicionais feitos nas oficinas de trabalho realizadas em janeiro de 
2007, foi apresentada.
Abril de 2007:
Um Relatório com a Metodologia de Indicadores foi enviado às 
cidades parceiras e outras organizações. Este documento apre-
sentou metodologias para a divulgação dos indicadores princi-
pais e de apoio contidos no Relatório do Programa de Indicado-
res Urbanos Globais.
Agosto de 2007: 
Outra versão do Relatório do Programa de Indicadores Urbanos 
Globais foi apresentado com base nos comentários feitos pelas 
cidades parceiras e demais organizações.
Dezembro de 2007:
Apresentação do Relatório Final do Programa de Indicadores 
Urbanos Globais. 
Relação de Relatórios (disponível no site) 
Indicadores Urbanos: Hoje até Nanjing, Pesquisa de Políticas do 
Banco Mundial – Documento de Trabalho #4114
Documento de Discussão: O Status Atual dos Indicadores Urbanos 
– Parte do Estudo para Auxiliar as Cidades a Desenvolver uma Abor-
dagem Integrada para a Mensuração e Monitoramento do Desempenho 
das Cidades
Indicadores Urbanos Globais: Definições e Metodologias
Relatório do Programa de Indicadores Urbanos Globais: Parte 
do Estudo para Auxiliar as Cidades a Desenvolver uma Abordagem 
Integrada para a Mensuração e Monitoramento do Desempenho das 
Cidades 
Relatório Síntese dos Indicadores Urbanos Globais e o Pacote 
para as Cidades
Programa de Indicadores Urbanos Globais: Site com o Guia do 
Usuário 
Associação de Padronização do Canadá: Organização Internacio-
nal para a Padronização e Indicadores – Uma Revisão dos Indicadores 
Urbanos Globais
Website
www.cityindicators.org

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