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Wa2 - Sup. de Tec. em Gest. Hosp. - Seminário IV

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TECNOLOGIA EM GESTÃO HOSPITALAR
WEBAULA 1
Unidade 2– ROTINAS CONTÁBEIS
 
1. CONTABILIDADE EMPRESARIAL
Para que você possa contabilizar todos os fatos contábeis da empresa, assim como todos os itens planejados no Plano de Negócios da empresa, após a sua execução, toda empresa deverá iniciar pela elaboração de um plano de contas específico, que atenda as necessidades e especificidades da empresa.
Portanto, você dever elaborar um Plano de Contas de acordo com a estrutura física adaptado às suas necessidades, obedecendo a atividade empresarial da empresa que, no nosso caso, em sua grande maioria será a de empresas prestadoras de serviço ou do terceiro setor.
E agora, qual é a estrutura de um plano de contas?
 
Perfeitamente, você imaginou corretamente a sua estrutura, pois segue a mesma ordem do balanço patrimonial das empresas, ou seja, inicia-se pelas contas do Ativo, as quais são evidenciadas e demonstradas por meio da ordem decrescente do grau de liquidez, seguida do passivo, o qual é evidenciado em ordem decrescente de exigibilidade, seguida a sua estrutura, pela classe auxiliar destinada a apuração do custo fabril, no caso das indústrias, partindo para as contas de resultados, representadas pelas receitas ou despesas.
Neste sentido pergunto: vocês já viram um plano de contas com a ordem invertida quanto às contas de resultado?
Como assim professor?
Simples. A funcionalidade seria a mesma, porém a ordem de evidenciação é que seria diferente. Analise o modelo abaixo.
 
 
	MODELO 1
Grupo 1 – Ativo: dividido em circulante e não circulante – contas patrimoniais;
Grupo 2 – Passivo: dividido em circulante e não circulante – contas patrimoniais;
Grupo 3 – Receitas – contas de resultado;
Grupo 4 – Despesas – contas de resultado;
rupo 5 – Classe auxiliar (para as indústrias) – apuração do Custo Fabril.
 
	MODELO 2
Grupo 1 – Ativo: dividido em circulante e não circulante – contas patrimoniais;
Grupo 2 – Passivo: dividido em circulante e não circu
Grupo 3 – Despesas – contas de resultado;
Grupo 4 – Receitas – contas de resultado;
Grupo 5 – Classe auxiliar (para as indústrias) – apuração do Custo Fabril.
 
Caro (a) aluno (a), é desta forma que deverá ser estruturado o plano de contas contábil.
Parece fácil, realmente não é difícil, porém, tem que ser levado em consideração mais alguns detalhes, os quais não podem passar despercebidos em todo este processo, ou seja, não podemos deixar de levar em consideração, como trataremos com o CSP - Custos dos Serviços Prestados, para as empresas prestadoras de serviços.
Como assim professor?
Quando tratamos deste assunto, temos que definir como deveremos tratar a respeito dos critérios de avaliação dos estoques, quer seja de materiais de consumo, medicamentos, materiais hospitalares etc., e como serão controlados o consumo deles para apurar o custo da prestação de serviços.
Você lembra quais são os três principais critérios para avaliação dos estoques?
Ótimo! Mesmo assim, vamos rapidamente relembrá-los.
Temos o UEPS, o PEPS e o CMPM.
O UEPS é o Último a Entrar é o Primeiro a Sair, também conhecido por LIFO, expressão inglesa que significa last in first out. Você lembra que este é o único que não é aceito pelo fisco pois, se utilizado pelas empresas tributadas pelo Lucro Real, independentemente de ser anual ou trimestral, como o custo é tratado pelo valor mais recente, tende a ter um custo mais elevado, consequentemente ocasionando uma redução no lucro, e a empresa ofereceria uma arrecadação de tributos menor ao fisco, sendo, portanto, não aceita a sua utilização.
Já o PEPS evidencia o processo inverso, onde o Primeiro a Entrar é o Primeiro a Sair, também conhecido por FIFO, expressão inglesa que significa first in first out. Aqui, o custo é tratado pelo valor mais antigo, o qual tente a ser menor, portanto, o valor a ser evidenciado quanto ao lucro das empresas tributadas pelo Lucro Real, seria maior, oferecendo uma tributação maior do que pelo UEPS, portanto, beneficiaria o fisco em relação ao critério anterior, sendo aceito por ele.
Mas, tanto no UEPS como no PEPS, faz-se necessário um acompanhamento e uma atenção redobrada para não confundir os saldos, os quais obrigatoriamente devem ser acompanhados por lotes, enquanto não concluírem as baixas dos lotes respectivos não podem ser misturadas.
Para facilitar este acompanhamento, temos um terceiro critério para avaliação dos estoques, o qual deverá ser utilizado por você na execução do seu trabalho, caso tenha mercadorias, matérias primas ou insumos, estoques de produtos acabados ou produtos em processo ou elaboração no seu trabalho, denominado como CMPM – Custo Médio Ponderado Móvel.
Neste critério, toda vez que houver nova aquisição ou entrada no seu estoque, o custo médio do estoque será alterado, por meio da ponderação do saldo anterior com a entrada efetuada. Toda vez que houver requisição para a produção ou venda de mercadorias, será utilizado custo unitário do saldo médio constante na respectiva ficha de estoque, o qual será contabilizado na sua empresa, reconhecendo uma despesa no resultado, na DRE, cuja contra partida do lançamento, será um crédito na conta de estoque, quer seja de materiais consumidos.
 
 
Veja abaixo, o modelo da ficha que você poderá estar utilizando.
Perfeito, são os lançamentos respectivos da Folha de Pagamento, assim como as referidas despesas administrativas, comerciais e também as financeiras para a manutenção da empresa, as quais estão vinculadas diretamente à atividade, permitindo com que a empresa obtenha as suas receitas.
 
2 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Mudando de assunto, gostaria de convidá-lo para vermos juntos, sobre a análise das demonstrações contábeis, as quais também servem como grande ferramenta na tomada de decisão empresarial.
Especificamente, estão assim distribuídas:
Indicadores da Situação Financeira, que tratam sobre as informações que os Indicadores da Estrutura Patrimonial reportam a empresa, assim como as informações dos indicadores de solvabilidade;
Indicadores de Rentabilidade, que tratam sobre as informações quanto aos indicadores da Margem de Lucratividade das Vendas, reportando também as informações sobre a taxa de retorno.
É de suma importância você ter em mente que o importante não é o cálculo de grandes números de índices, mas sim, que as informações relevantes sobre os índices serão obtidas por meio de um conjunto de índices que irão permitir a empresa, conhecerem a sua real situação, e quem irá definir o grau de profundidade da análise a ser efetuada é o gestor ou os usuários dessas informações.
2.1 ÍNDICES DE LIQUIDEZ
Os principais índices de Liquidez, também conhecidos como índices de Solvência, os quais demonstram a saúde financeira da empresa, ou seja, se garante ou não o pagamento dos compromissos assumidos com terceiros são: Liquidez Geral, Liquidez Corrente, Liquidez Seca e Liquidez Imediata, conforme demonstrado abaixo:
Quanto maior o valor deste índice, melhor para a empresa, pois evidencia que: para cada R$ 1,00 de obrigação total, a empresa possui R$ #,00 de Ativo Circulante mais Realizável a Longo Prazo.
Quanto maior o valor deste índice, melhor para a empresa, pois evidencia que: para cada R$ 1,00 de obrigação a curto prazo, a empresa possui R$ #,00 de Ativo Circulante para saldá-las.
Quanto maior o valor deste índice, melhor para a empresa, pois evidencia que: para cada R$ 1,00 de obrigação a curto prazo, a empresa possui R$ #,00 de Ativo Circulante menos os estoques para saldá-las.
Quanto maior o valor deste índice, melhor para a empresa, pois evidencia que: para cada R$ 1,00 de obrigação a curto prazo, a empresa possui R$ #,00 de Ativos Disponíveis para saldá-las.
 
2.2 ÍNDICES DE RENTABILIDADE
Vimos que os índices de liquidez evidenciavam a situação financeira das empresas e, a partir deste momento, vamos analisar os índices que medem a capacidade econômica da empresa gerado pelo capital que foi investido nela. Para tanto, necessitam de informações
tanto do Balanço Patrimonial quanto da Demonstração do Resultado do Exercício para serem devidamente calculados, e são conhecidos como: Giro do Ativo, Margem Líquida, Rentabilidade do Ativo e Rentabilidade do Patrimônio Líquido.
Quanto maior o valor deste índice, melhor para a empresa, pois evidencia que: para cada R$ 1,00 de investimento total, a empresa vendeu R$ #,00.
Quanto maior o valor deste índice, melhor para a empresa, pois evidencia que: para cada R$ 1,00 de Capital Próprio investido, a empresa obteve lucro líquido de R$ #,00.
Quanto maior o valor deste índice, melhor para a empresa, pois evidencia que: para cada R$ 1,00 de investimentos totais, a empresa obteve lucro líquido de R$ #,00.
Quanto maior o valor deste índice, melhor para a empresa, pois evidencia que: para cada R$ 1,00 de Capital Próprio investido, a empresa obteve lucro líquido de R$ #,00.
 
Vamos dar uma pausa na leitura para assistir um vídeo sobre análise das demonstrações contábeis:
 
	Interagindo:
Contribua agora com o aprendizado de todos, participando do fórum de discussão sobre a importância da analise das demonstrações contábeis para a gestão financeira da empresa.
WEBAULA 2 – Ponto de Equilíbrio
 
Legal não é mesmo pessoal, vocês que estudaram a contabilidade e as demonstrações contábeis agora aprenderam a analisar estas demonstrações a fim de ajudá-los na tomada de decisão. Pois bem, para fecharmos os conteúdos deste seminário, vamos estudar o Ponto de Equilíbrio – ok!
O Ponto de Equilíbrio de uma empresa pode ser definido como o nível de suas vendas, tanto em quantidade (física) quanto em valor ($), no qual ela opera sem lucro ou prejuízo. Sua classificação divide-se em Ponto de Equilíbrio Contábil, Econômico e Financeiro.
Segundo Martins (2001, p. 273):
O Ponto de Equilíbrio (também denominado Ponto de Ruptura – Break-even Point) nasce da conjugação dos Custos Totais com as Receitas Totais. Estas, numa economia de mercado, têm uma representação macroeconômica também não linear; isto é, para um mercado como um todo – de computadores, por exemplo -, tende a haver uma inclinação para menos, já que cada unidade tenderia a ser capaz de produzir menor receita. Para uma empresa em particular, é quase certo que isso não ocorra, por ter ela um preço fixado para seu produto, fazendo com que sua receita total seja tal preço vezes o número de unidades vendidas.
De acordo com Padoveze (2006, p. 278), o ponto de equilíbrio é o momento onde não ocorre lucro nem prejuízo para a empresa, ou seja, o “volume que a empresa precisa produzir ou vender para que consiga pagar todos os custos e despesas fixas, além dos custos e despesas variáveis em que necessariamente ela tem de incorrer para fabricar/vender o produto”.
 
 
2.1 Ponto de equilíbrio contábil
Para Martins (2001, p. 277), o Ponto de Equilíbrio Contábil “será obtido quando a soma das Margens de Contribuição totalizar o montante suficiente para cobrir todos os Custos e Despesas Fixos; [...] não haveria nem lucro nem prejuízo”.
Ou seja, esse é o ponto no qual a empresa, contabilmente, não obteria nem lucro nem prejuízo.
2.2 Ponto de equilíbrio econômico
De acordo com Wernke (2005, p. 123), se a “empresa quer fixar metas de vendas que proporcionem um determinado valor de lucro, você pode utilizar o Ponto de Equilíbrio Econômico para calcular o volume das vendas a ser conseguido.” O Ponto de Equilíbrio Econômico é calculado a partir da soma de todos os custos fixos de um determinado período mais o lucro desejado pela empresa, sendo esse total dividido pela margem de contribuição unitária apurada.
Logo, a empresa necessita vender 600 unidades do produto para atingir o lucro desejado.
 
2.3 Ponto de equilíbrio financeiro
Já o Ponto de Equilíbrio Financeiro, segundo Wernke (2005, p. 122), pode ser definido como:
O volume de vendas (em unidades ou em $) que é suficiente para pagar os custos e despesas variáveis, os custos fixos (exceto a depreciação) e outras dívidas que a empresa tenha que saldar no período, como empréstimos e financiamentos bancários, aquisições de bens, etc.
Wernke (2005, p. 122) afirma ainda que:
A diferença básica em relação às fórmulas do ponto de equilíbrio já comentadas é que nesse tipo exclui-se do montante de custos fixos totais o valor relativo à depreciação, tendo em vista que ela não representa um pagamento. E, caso a administração tenha algum desembolso adicional a fazer no mês, pode incluir o valor respectivo no cálculo.
Assim, para apuração do Ponto de Equilíbrio Financeiro das empresas, soma-se as dívidas do período aos custos fixos totais e deduz-se as depreciações (que não são pagas, apenas apropriadas). O resultado é dividido pela margem de contribuição unitária.
Assim, a empresa necessita vender 90 unidades para saldar as dívidas e cobrir os custos do período.
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos.
PADOVEZE, Clóvis Luís. Curso básico gerencial de custos. 2. ed. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2006.
WERNKE, Rodney. Análise de custos e preços de venda: ênfase em aplicações e casos nacionais. São Paulo: Saraiva, 2005.

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