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�PAGE � SUMÁRIO 31 INTRODUÇÃO � 42 DESENVOLVIMENTO � 2.1 Brasil um país laico ...............................................................................................4 2.1.1. A intolerância religiosa ......................................................................................5 73 Intolerância no brasil � 73.1 A intolerância religiosa no mundo. � 114 CONCLUSÃO � 12REFERÊNCIAS � �� INTRODUÇÃO Desde o princípio dos tempos, o homem de modo geral, vem buscando respostas em relação ao início de tudo e de todas as coisas. A ciência como, a arqueologia, através da história vem comprovando que o homem de alguma forma tem dado importância a esta busca. Neste contexto a religião pode ser traduzida como a expressão do homem no que tange à espiritualidade, tendo como fator de ordem uma doutrina e uma liturgia focada em um ou mais seres visíveis ou não, considerados superiores em relação ao mundo físico. Muito se discute a respeito de uma religião ou de verdadeira religião, mas não é a presença de uma doutrina capaz de afirmar categoricamente qual seria a religião verdadeira; Embora os homens tenham sempre entrado em contradição, tentando uma resposta para essa pergunta, resultando assim em inúmeros conflitos. Sendo assim, considera-se o tema abordado como polêmico, tendo em vista que, o direito de cada um tem que ser aplicado de forma justa não permitindo espaços para a intolerância de partes cujas ideias sejam diferentes. Logo, o propósito dessa abordagem consiste em trazer uma breve reflexão sobre a intolerância religiosa de forma que possa ajudar na resolução de conflitos sociais religiosos. DESENVOLVIMENTO 2.1 Brasil um país laico O Brasil é oficialmente um Estado laico, pois a Constituição Brasileira e outras legislações preveem a liberdade de crença religiosa aos cidadãos, além de proteção e respeito às manifestações religiosas. O artigo 5º da Constituição Brasileira (1988) afirma que “é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias.” Contudo, a laicidade do Estado pressupõe a não intervenção da Igreja no Estado, no entanto, um aspecto que contraria essa postura pode ser exemplificado através do ensino religioso nas escolas públicas brasileiras. Ressalta-se que nos países que não são laicos (teocráticos), a religião exerce o seu controle político na definição das ações governativas. Nos países teocráticos, o sistema de governo encontra-se sujeito a uma religião oficial. Alguns exemplos de nações teocráticas são: Vaticano (Igreja Católica), Irã (República Islâmica) e Israel (Estado Judeu). Existe também o conceito de Estado confessional, em que o Estado reconhece uma determinada religião como sendo a oficial da nação. Apesar disso, não se deve confundir Estado teocrático com Estado confessional, porque no primeiro caso é a religião que define o rumo do país, enquanto que no segundo a religião não assume esse importante papel como no primeiro, mas ainda assim tem maior influência do que em um Estado laico. Portanto, somente uma nova constituinte, de forma mais específica e igualmente democrática, poderá mudar esta conjuntura política e jurídica, corrigindo em alguns casos, a interferência de uma denominação religiosa no Estado Democrático de Direito. De outro modo, qualquer movimento social, político ou jurídico, com o intuito de ferir uma cultura religiosa de uma nação poderá incorrer, como se verá a seguir, numa intolerância religiosa. 2.1 1 A intolerância Religiosa A intolerância religiosa pode ser definida como um conjunto de ideologias e atitudes ofensivas a diferentes crenças e religiões. Em casos extremos esse tipo de intolerância torna-se uma perseguição. Sendo considerada como um crime de ódio que fere a liberdade e a dignidade humana, a perseguição religiosa é de extrema gravidade e costuma ser caracterizada pela ofensa, discriminação e até mesmo atos que atentam à vida de um determinado grupo que tem em comum certas crenças. Desrespeitar a religião do próximo é um ato de intolerância religiosa, seja no nível psicológico, físico ou institucional. Ironizar ou ridicularizar a importância da cultura religiosa e seus objetos de devoção também se inserem nesse tipo de intolerância. O oposto da intolerância religiosa é respeitar as diferenças de credo e suas características. O Brasil é um país de Estado Laico, isso significa que não há uma religião oficial brasileira e que o Estado se mantém neutro e imparcial às diferentes religiões. Desta forma, há uma separação entre Estado e Igreja; o que, teoricamente, assegura uma governabilidade imune à influência de dogmas religiosos. Além de separar governo de religião, a Constituição Federal também garante o tratamento igualitário a todos os seres humanos, quaisquer que sejam suas crenças. Dessa maneira, a liberdade religiosa está protegida não deve de forma alguma ser desrespeitada. Desta forma, o respeito pelas pessoas que têm pontos de vista diferentes do nosso, é uma palavra-chave no estudo das religiões. Não significa necessariamente o desaparecimento das diferenças e das contradições, ou que não importa no que você acredita se é que acredita em alguma coisa. Uma atitude tolerante pode perfeitamente coexistir com uma sólida fé e com a tentativa de converter os outros, a tolerância não é compatível com atitudes como zombar das opiniões alheias ou se utilizar da força e de ameaças. Logo, a tolerância não limita o direito de fazer propaganda, mas exige que esta seja feita com respeito pela opinião dos outros. Os registros da história mostram inúmeros exemplos de fanatismo e intolerância. Neste contexto, destacam-se lutas de uma religião contra outra e diversas guerras travadas em nome da religião. Neste contexto muitas pessoas já foram perseguidas por causa de suas convicções, e isso continua acontecendo nos dias de hoje. Com frequência, a intolerância é resultado do conhecimento insuficiente de um assunto. Quem vê de fora uma religião, enxerga apenas suas manifestações, e não o que elas significam para o indivíduo que a professa. Enfim, o respeito pela vida religiosa dos outros, por suas opiniões e seus pontos de vista, é um pré-requisito para a coexistência humana. Isto não significa que devemos aceitar tudo como igualmente correto, mas que cada um tem o direito de ser respeitado em seus pontos de vista, desde que estes não violem os direitos humanos. Para tanto, é de imperiosa necessidade discutir a respeito da justiça. Não seria a intolerância uma injustiça. intolerÂncia no brasil Alguns fatos tem provocado preocupação justificável com respeito à liberdade religiosa. Pois não seria honesto se a intolerância fosse rechaçada quando proveniente de religiosos somente. Ora, Intolerância gera intolerância! Fatos como manifestações preconceituosas contra símbolos religiosos, de qualquer religião, são incompatíveis com a lei em vigor, que não professa, mas não proíbe o uso dos mesmos. O problema se agrava quando o preconceito fere a liberdade individual, garantida constitucionalmente. Em um país considerado laico, nos dias de hoje, temos exemplos de intolerância que não deveriam ocorrer no contexto atual, tais como o fato ocorrido na última parada gay no dia 07 de junho de 2015, onde a marcha se tornou um descaso total debochando de símbolos religiosos. Manifestação contra a homofobia na 19ª Parada do Orgulho LGBT na Avenida Paulista, no domingo (7) (Foto: Reuters/Joao Castellano) Esta imagem é bastante polêmica, pois de um lado entra a LGBT em busca de requerer seus direitos, mais utiliza-se de símbolos da igreja católica com um certo descaso. a intolerância religiosa no mundo. A violência contra os cristãos é de maneira especial forte nos países islâmicos e nos regimes comunistas. Normas hegemônicos totalitários fascistas não suportam uma cultura que defenda a integridade e a inviolabilidade particular da pessoa perante o Estado e a Religião. Na Coreia do Norte encontram-se milhares de cristãos em prisões e em campos de concentração. Os comunistas lembram-se que a queda do “muro da vergonha “e a derrocada dos regimes totalitários socialistas do Leste também teve a ver com a ação dos cristãos que defendiam a liberdade individual e os mais oprimidos do sistema. Já no Paquistão a destruição de igrejas e a perseguição dos cristãos é legalizada sob o manto da “Lei contra a Blasfémia” de 1986 que ameaça com a pena de morte quem difame o Corão Na China o Governo não tolera que cristãos anunciem o evangelho encontrando-se também padres e bispos em prisões, em campos de trabalho e muitos desaparecem sem rasto. Na Nigéria a violência aumenta também a olhos vistos. “Especialmente no Paquistão, em parte da Índia e do Extremo Oriente os cristão são tidos como gente típica do Ocidente”, afirma Eberhard vom Gemmingen da Rádio Vaticano. Todo o mal é visto como vindo de fora e é atribuído ao imperialismo americano que identificam com o cristianismo, como ameaça. Cristãos são perseguidos, aprisionados e discriminados, porque neles projetam o negativo da cultura islâmica: prática da hegemonia, que se expressa a nível interno na identificação do cidadão com o crente islâmico e a diáspora na construção do gueto em oposição ao ambiente circundante. A presença islâmica e consequente islamização da sociedade é vista com certa apreensão por muitos europeus ao contrário do que acontece em relação à presença de judeus, budistas ou outros. O Islão é hegemônico e considera tudo o que está fora dele como inferior, como região do combate. A religião de Maomé consolida lhes o passado e possibilita-lhes o futuro, além de ser um fator de identificação num contexto supranacional. O conceito cristão da dignidade pessoal e da liberdade de consciência individual é antagônica a uma cultura de estruturas nómadas. A sua força de identificação contrapõe-se ao processo decadente ocidental em que um secularismo cego se afirmar no desprezo da religião. O contexto judaico – cristão criou a modernidade. Duma maneira geral, o muçulmano, religioso integral, vê no cristianismo uma realidade fraca e decadente de que o modernismo e o secularismo são expressão. O modernismo ocidental, a emancipação, a desmontagem da família, o liberalismo sexual é para ele uma provocação, uma ameaça à cultura. Na Índia, hindus perseguem brutalmente cristãos porque veem neles uma provocação. Embora os cristãos se encontrem na Índia desde os princípios do Cristianismo, a agressão contra os cristãos deve-se ao facto destes recrutarem novos adeptos das castas inferiores que veem no cristianismo uma religião que lhes devolve a voz. Na Turquia e no Norte de África, embora o Islã seja posterior ao cristianismo, a sua doutrina da intolerância e de expansão não consente gente doutro pensar. Os cristãos até na Turquia são perseguidos e discriminados sendo mesmo identificados com um número específico no bilhete de identidade. Assim torna-se mais fácil obstar a que façam carreira no Estado. A política da intolerância e o fascismo religioso revelam-se como adequada estratégia imperialista de povos religiosamente fortes mas sem a força económica e tecnológica dos tempos modernos. A lição da Sérvia e do Kosovo revela que quem aposta na religião tem garantido o poder futuro até mesmo sobre as democracias, uma vez alcançada a maioria. O Islã ganha terreno em todas as frontes não só pela coesão da sua religião mas também pelo interesse do capitalismo nas suas riquezas energéticas e até por uma esquerda ocidental que aposta nele como forma de estar autoritária mais compatível com o socialismo marxista. Assim, governos atentos a indícios de fascismo dentro da própria sociedade, deixam-no entrar pela porta traseira da religião. Na Alemanha entram por ano 600 chefes religiosos (Imâns) da Turquia sem qualquer controlo enquanto que na Turquia só é permitido um padre católico para toda a Turquia não sendo permitida a construção nem restauração de igrejas. Assim dão oportunidade a que as forças mais extremistas da religião se afirmem impedindo a formação de grupos laicos e renovadores dum Islão moderno compatível com a sociedade acolhedora. A doutrina cristã que privilegia a pessoa em relação ao Estado e às instituições é tida em regimes marxistas e fascistas como um perigo para o Estado. Toda a religião e doutrina que se empenhe na libertação do Homem e na defesa dos pobres e oprimidos e na mudança das relações vigentes serão depreciadas pelos mais fortes. Nos países de cultura cristã, os muçulmanos são protegidos e apoiados até na construção de templos (mesquitas) enquanto que os cristãos em países muçulmanos se encontram em perigo de vida e são vítimas da intolerância. A palavra de ordem da Igreja é aguentar, na esperança de novos tempos dum Islão e dum Comunismo mais tolerantes. O cristão não está legitimado a reagir com violência, em nome da religião. Naturalmente que a pessoa da rua não compreende que o Islão deva ser respeitado enquanto que o cristianismo deva ser posto à disposição como aconteceu em Portugal com o socialista Sócrates que mandou banir os crucifixos das escolas. A cruz quer-se tabu enquanto que o símbolo religioso do lenço na cabeça das mulheres se deve tornar chique. A tolerância não pode ser uma estrada dum só sentido. Para o cristão a pessoa é que merece proteção independentemente de estado, raça ou religião. Enquanto que o Cristão está chamado a ser solidário com todo o ser humano, o muçulmano está chamado a ser solidário com o muçulmano. Aqui está a diferença. A diferença está documentada no Novo Testamento e no Corão. Enquanto na civilização árabe a ciência e a sociedade encontram-se subjugadas à religião que não deixa despontar o valor da subjetividade no indivíduo. Só conhece o sentimento coletivo religioso e o valor ordenador da tribo ou família. CONCLUSÃO A dissertação aqui apresentada teve como finalidade apresentar a importância pela Constituição Federal, bem como a liberdade da pessoa em não professar credo algum desde que o mesmo não imponha de forma totalitária o seu ateísmo. Quanto mais o ser humano saber melhor compreender tais comportamentos humanos tais que o façam abster-se de ideias pré-concebidas de censura sistemática, de certos grupos de crenças. Assim sendo os aspectos aqui apresentados restringiram-se no campo da justiça de forma cometida no campo religioso, portanto conclui-se que a pessoa alguma pode ser, sob hipótese despojada de seus direitos constitucionais no entanto a sua liberdade religiosa ou não, Vimos também aqui pelo presente que a intolerância religiosa vem a tempos tentando ser minimizada, mas é um processo lento e difícil pois não depende do governo em si, mais sim de uma conscientização sobre o respeito para com próximo. REFERÊNCIAS BOBBIO, Norberto. A Era dos direitos. Rio de Janeiro: Campus, 2004. BRASIL, Constituição da República Federativa do Brasil 1988. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm> Acesso em 10 out. 2015. GAARDER, Jostein; HELLERN, Victor; NOTAKER, Henry. O livro das religiões. Henry Notaker; tradução Isa Mara Lando: São Paulo: Companhia das Letras, 2000. Disponível em http://ir.nmu.org.ua/bitstream/handle/123456789/143146/99c47c08f92d99f1794d7bf298846a7d.pdf?sequence=1> Acesso em 11 out. 2015. LIRA, Michael Pereira. A intolerância religiosa – desafio de um país democrático e laico. Disponível em: http://michaellira.jusbrasil.com.br/artigos/112355291/a-intolerancia-religiosadesafio-de-um-pais-democratico-e-laico Acesso em 14 out. 2015. MARTINS, Ives Granda da Silva. Estado Laico não é Estado Ateu e Pagão, São Paulo, 2013. Disponível em: http://www.granadamartins.adv.br/projetoives-granada/public./upload/2014/05/2214c0133conjur_liberdade_religiosa.pdf> Acesso em 15 out. 2015. Sistema de Ensino Presencial Conectado Serviço social thiago resende silva. A INTOLERÂNCIA RELIGIOSA E SUAS MARCAS. Itumbiara 2015 thiago resende silva. a intolerância religiosa e suas marcas. Trabalho de Serviço Social apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral na disciplina de Serviço Social. Itumbiara 2015
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