Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
Faculdade de Tecnologia de Piracicaba Curso de Engenharia Civil Ácidos e Bases Adalto Maciel Spadotto Angelo Aleandro Viana Nogueira Felipe Antonio Aparecido Gaiz Gilberto Paulo Camargo da Silva Murilo Panaia Rodolfo Danilo Gonçalves Viana Setembro/2015 SUMÁRIO 1 – INTRODUÇÃO 3 2 – TEORIA ELETROLÍTICA DE ARRHENIUS 4 3 – MATERIAIS E MÉTODOS 6 4 – RESULTADOS E DISCUSSÕES 8 5 – QUESTÕES DE VERIFICAÇÃO 10 6 – CONCLUSÃO 12 7 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 13 1 - INTRODUÇÃO As duas funções mais importantes da química: ácidos e bases. São os grandes pilares de toda a vida de nosso planeta, bem como da maioria das propriedades do reino mineral. Íons carbonatos e bicarbonatos (ambos básicos) estão presentes na maior parte das fontes de água e de rochas, junto com outras substâncias básicas como fostatos, boratos, arsenatos e amônia. Com tamanha frequência em nosso ambiente, não é de se espantar que os ácidos e bases tenham sido estudados por tantos séculos. Os próprios termos são medievais: “Ácido” vem da palavra latina “acidus”, que significa azedo. Inicialmente, o termo era aplicado ao vinagre, mas outras substâncias com propriedades semelhantes passaram a ter esta denominação. “Álcali”, outro termo para bases, vem da palavra arábica “alkali”, que significa cinzas. Quando cinzas são dissolvidas em água, esta se torna básica, devido a presença de carbonato de potássio. A palavra “sal” já foi utilizada exclusivamente para referência ao sal marinho ou cloreto de sódio, mas hoje tem um significado muito mais amplo. Um dos primeiros conceitos de ácidos e bases que levavam em conta o caráter estrutural das moléculas foi desenvolvido no final do século 19, por Svante Arrhenius, um químico sueco. Ele propôs que os ácidos eram substâncias cujos produtos de dissociação iônica em água incluiam o íon hidrogênio (H+) e bases as que produzem o íon hidróxido (OH-). Este conceito, embora utilizado até hoje, tem sérias limitações: 1) Só pode ser empregado a soluções aquosas; 2) O íon H+, de fato, sequer existe em solução aquosa; 3) Não pode ser aplicado para outros solventes. 4) Segundo este conceito, somente são bases substâncias que possuem OH- em sua composição. É verdade para o NaOH, mas outras substâncias, como a amônia, não são bases de acordo com o conceito de Arrhenius. Em 1923, J.N. Bronsted, em Copenhagen (Denmark) e J.M. Lowry, em Cambridge (England) independentemente sugeriram um novo conceito para ácidos e bases. Segundo eles, ácidos são substâncias capazes de doar um próton em uma reação química. E bases, compostos capazes de aceitar um próton numa reação. Este conceito ficou conhecido como “definição de Bronsted”, pois este e seus alunos foram mais ágeis na difusão da nova idéia. Esta nova definição é bem mais ampla, pois explica o caráter básico da amônia e o caráter ácido do íon amônio, por exemplo. 2 – Teoria Eletrolítica de Arrhenius No final do século XIX, o químico sueco Svante August Arrhenius (1859-1927), verificou que determinadas soluções aquosas conduziam corrente elétrica e outras não. Por exemplo, o que acontecerá se introduzirmos dois fios condutores ligados a um gerador numa solução aquosa de cloreto de sódio (NaCl) ou se os introduzirmos numa solução aquosa de sacarose (C12H22O6) ? A lâmpada acende somente quando há uma solução de NaCl e água (solução aquosa de cloreto de sódio) – figura da esquerda. Há passagem de corrente elétrica – ela é uma solução eletrolítica. No caso da solução de água com açúcar (solução aquosa de sacarose), a lâmpada continua apagada – figura da direita, indicando que o circuito não se fechou e, portanto a solução não conduz corrente elétrica – ela é uma solução não-eletrolítica. Para justificar esse comportamento distinto das soluções, Arrhenius propôs que as moléculas das substâncias, na presença de água, se dividem em entidades menores, podendo ou não ter carga elétrica. Nas soluções eletrolíticas, essas entidades são partículas carregadas eletricamente, denominadas íons, que são responsáveis por conduzir a eletricidade. Nas soluções não-eletrolíticas, essas entidades são as próprias moléculas e, portanto, não têm carga, não conduzindo eletricidade. Conceito ácido-base de Arrhenius Com base na existência de íons nas soluções eletrolíticas, de acordo com a teoria da dissociação iônica, Arrhenius estabeleceu o conceito de ácido e de base: Ácidos: substâncias que, dissolvidas em água, se ionizam, liberando, na forma decátions, exclusivamente íons H+. Bases: substâncias que, dissolvidas em água, sofrem dissociação iônica, liberando, na forma de ânions, exclusivamente íons OH–. 3 – MATERIAIS E MÉTODOS Estante para tubos de ensaio Conta gotas Tubos de ensaio Solução de Fenolftaleína Alaranjado de Metila Azul - de - Bromotimol Papel de Tornassol azul Papel de Tornassol vermelho Solução a 5% de ácido clorídrico (HCl) Solução a 5% de ácido Sulfúrico (H2SO4) Solução a 5% de Hidróxido de Sódio (NaOH) Solução a 5% de Hidróxido de Amônio (NH4OH) Carbonato de Cálcio (CaCO3) Bagueta Procedimento Experimental 1° PARTE Numeramos jogos de tubos de ensaio (1, 2, 3,4) para sermos mais rápidos aos efetuar as experiências. Enchemos 1/3 dos tubos com HCl (tubo 1), H2SO4 (tubo 2), NaOH (tubo 3) 2 NH4OH (tubo 4) em todos os jogos de tubos. Usando a bagueta, molhamos a solução do tubo 1 no Tornassol azul e no Tornassol Vermelho. O mesmo procedimento foi feito para os outros tubos. 2° PARTE Usando o conta gotas adicionamos 2 gotas nos tubos de úmero 1 à 4 de Fenolftaleína. O mesmo procedimento foi realizado para adicionar o azul de bromotimol e o alaranjado de metila nos tubos 3° PARTE Em um novo tubo de ensaio adicionamos 1/3 de NH4OH e 3 gotas de Fenolftaleína e agitamos. Após isso, adicionamos a solução de HCl até descorar o conteúdo do tubo. 4° PARTE Em um novo tubo de ensaio adicionamos 1/3 de H2SO4, e após isso colocamos uma pequena porção de carbonato de cálcio CaCO3 4 - RESULTADOS E DISCUSSÕES 1° PARTE No teste 1° o tornassol vermelho não sofreu alteração, já o tornassol azul adquiriu a colocão avermelhada na solução de HCl. No teste 2° os mesmos fatores do primeiro experimento foram observados, mas a solução utilizada foi a de ácido Sulfúrico (H2SO4). No 3° teste o tornassol vermelho adquiriu uma coloração azul, e o tornassol azul permaneceu com sua coloração na solução de Hidróxido de Sódio (NaOH). No 4° teste houve as mesmas reações do teste anterior, mas, a solução utilizada foi a de Hidróxido de Amônio (NH4OH). Concluímos então que as bases aplicadas colorem de azul o papel de tornassol vermelho, e mantém o papel de tornassol azul com a mesma coloração. Já os ácidos aplicados colorem de vermelho o papel de tornassol azul, e mantém o papel de tornassol vermelho com a mesma coloração. 2° PARTE Aplicação de Fenolftaleína. Nos tubos 1 e 2 não houve alteração de coloração, já nos tubos 3 e 4 obteve-se uma coloração violeta. Neste experimento a conclusão plausível é de que quando a Fenolftaleína é adicionada a um ácido a solução fica incolor, mas quando é adicionada junto a uma base a solução recebe uma coloração, neste caso, descrita como sendo violeta. Aplicação do Alaranjado de Metila. Nos tubos 1 e 2 a solução recebeu uma coloração vermelha, já nos tubos 3 e 4 a solução ficou com uma cor alaranjada. Isso se deve ao fato de que quando o Alaranjado de Metila é adicionado a uma solução ácida a solução recebe uma cor avermelhada, mas quando é adicionada a uma solução de base a cor resultante é o laranja. Aplicação do Azul de Bromotimol. Nos tubos 1 e 2 a solução recebeu uma coloração amarelada, já nos tubos 3 e 4 a coloração que a solução adquiriu foi a azul. Isso se deve ao fato de que quando o Azul de Bromotimol é adicionado a uma solução ácida a solução fica com uma cor amarelada, e quando é adicionada a uma solução de base a coloração fica azul. 3° PARTE Ao adicionarmos a solução de ácido clorídrico (HCl) no tubo que continha a solução de Hidróxido de Sódio (NaOH) junto com as 3 gotas de Fenolftaleína, a solução final obtida era incolor devido ao fato de que o ácido descora a solução de uma base corada pela Fenolftaleína. A equação obtida foi: NaOH + HCl → NaCl + H2O 4° PARTE Ao adicionarmos a solução de ácido Sulfúrico (H2SO4) uma pequena quantidade de Carbonato de Cálcio (CaCO3) ocorre uma efervescência causando a salinificação. A equação obtida foi: H2SO4+ CaCO3 → CaSO₄+CO₂+H₂O TABELA INDICADOR COLORAÇÃO DO MEIO ÁCIDO BASE TORNASSOL AZUL VERMELHO AZUL TORNASSOL VERMELHO VERMELHO AZUL FENOLFTALEÍNA INCOLOR VIOLETA ALARANJADO DE METILA VERMELHO ALARANJADO AZUL DE BROMOTIMOL AMARELO AZUL 5 – QUESTÕES DE VERIFICAÇÃO 1) Suponha que você tenha um líquido incolor e inodoro. Cite seis processos para provar, experimentalmente, que esse líquido é ácido. (Um desses processos não deve utilizar nenhum indicador). Os ácidos possuem um sabor azedo; mantém incolor uma solução de fenolftaleína; não alteram a cor do papel de tornassol vermelho; tornam amarelo o azul-de-bromotimol; colorem de vermelho uma solução de metilorange; e tornam vermelho o papel de tornassol azul. 2) Descreva cinco processos pelos quais se pode demonstrar, experimentalmente, a natureza alcalina (básica) de uma substância. As bases possuem um sabor adstringente; colorem de rosa uma solução de fenolftaleína; tornam azul o papel de tornassol vermelho e também o papel do indicador universal; mantém alaranjada uma solução de metilorange; e mantém azul o papel de tornassol azul. 3) Qual a definição de indicador ácido-base? Os indicadores ácido-base são substâncias cujas cores podem sofrer alterações quando colocadas em meio ácido ou em meio alcalino (básico). 4) Quais os indicadores ácido-base que você conhece? Fenolftaleína, metilorange, azul-de-bromotimol, papel de tornassol azul, papel de tornassol vermelho e papel indicador universal. 5) Como se pode conhecer um ácido pela fórmula? Pelo motivo dos ácidos serem doadores prótons, podemos identificá-lo como um ácido através do seu potencial hidrogenado. 6) Por que a sacarose, C12H2O11, tendo 2 átomos de hidrogênios por molécula, não apresenta caráter ácido? A sacarose é um composto orgânico. O qual é molecular. Logo, não se dissocia na água e assim não libera íon H+ em solução aquosa. 6 - CONCLUSÃO A partir dos experimentos realizados nesta prática, pôde-se concluir que tanto os ácidos quanto as bases possuem características próprias que os permitem diferenciar quando colocados em contato com determinados indicadores como o papel de tornassol azul, o papel de tornassol vermelho. Tais fatores como colorir ou manter a cor da solução já é manipulado pela população para descobrir o ph (potencial hidrogeniônico ou potencial hdrogênio iônico) de determinada solução, este por sua vez é um índice que indica a acidez, neutralidade ou alcalinidade de um meio qualquer. A escala do pH pode variar de 0 até 14, sendo que quanto menor o índice do pH de uma substância, mais ácida esta substância será, e quanto maior for o índice essa substância será uma base. O valor do pH está diretamente relacionado com a quantidade de íons hidrogênio de uma solução e pode ser obtido com o uso de indicadores. Os indicadores possuem a propriedade de mudar de cor conforme o caráter da substância se for ácido ou básico. 7 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS FELTRE, Ricardo. Fundamentos da Química. Volume Único. Editora Moderna, 129, 133,137 e 138 p. 2001. Mundo Educação. Química Inorgânica. Propriedades e classificação dos ácidos. Disponível em: <http://w.mundoeducacao.com.br/quimica/propriedades-classificacao-dos-acidos.htm >. Acesso em 25 de setembro de 2015. ATKINS, JONES. Princípios de Química. 5° Edição. Editora Bookman. 13