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A preocupação teórica com a organização e a administração do trabalho é algo que se começa a desenhar na segunda metade do século XIX. Frederick Winslow Taylor (1856-1915) Preocupação com a produção e o treinamento. Estudo sistemático e elaboração de metodologias apropriadas para maximizar a produção. Co-participação entre capital e trabalho: Ênfase nos recursos humanos. Controle administrativo das atividades. Supervisão funcional. Programa de remuneração por quantidade produzida. Eficiência como propósito da gestão. A organização congrega vários elementos que atendem a um comportamento sistêmico, gerando interdependência entre as partes. Hierárquicas, com ênfase na especialização, no controle e na comunicação vertical; grande confiança nas regras, políticas e procedimentos. Desenvolvida como uma rede e dá ênfase à especialização horizontal, ao extensivo uso da coordenação pessoal, à ampla comunicação entre os membros e a regras políticas e procedimentos flexíveis. Atendem a ambientes mais estáveis Atendem a ambientes mais mutantes B. F. Skinner Organização Skinneriana Instituição de padrões comportamentais básicos, impostos aos funcionários pela alta administração. Treinamento específico. Eficiência e controle das atividades laborais. Padronização operacional. Padronização comportamental. Burocracia da Máquina (padroniza os procedimentos de trabalho e é eficiente) Burocracia Profissional (padroniza as habilidades de coordenação e especialização) Gerentes de nível mais alto Gerentes de nível médio Gerentes do primeiro de nível Empregados de operação Baixo Muitos Alto Poucos Poder e autoridade Número de empregados 1. Mais controle dos processos internos. 2. Reagem muito lentamente às mudanças. Para fazer frente a um ambiente mutante algumas modificações podem ser feitas na estrutura burocrática. As formas burocráticas de organização continuam a existir porque, quando usadas apropriadamente, tornam possíveis realizações em larga escala que não poderiam ser alcançadas por pequenos grupos de pessoas trabalhando independentemente. Dessa forma, a burocratização possibilita à organização o controle e divisão social de papeis, funções e do trabalho. O modelo de gestão vigente foi construído em sintonia com o modelo mecanicista, que privilegia as estruturas organizacionais de comando e de controle. A escola behaviorista tem início em 1913 com o artigo de John Watson: “Psicologia, como os behavioristas a veem”. Comportamento e personalidade, dentre outros elementos da psicologia humana Fruto da aprendizagem Nesse sentido, o objetivo último da proposta behaviorista é formar hábitos comportamentais decorrentes de estímulos externos adequados. A base fundamental do condicionamento é a repetição do comportamento. Esta leva o comportamento a se tornar automático, ou seja, condicionado. 1. Pareamento de estímulo: Condicionamento Clássico. 2. Manipulação de estímulos aplicados a uma pessoa após a emissão de um comportamento: Comportamento Operante. 1910: Ivan Pavlov (1849-1936) “Quando um estímulo neutro é apresentado repetidas vezes junto a um estímulo que provoca um comportamento, deixa de ser neutro e passa a provocar o comportamento do estímulo que foi apresentado junto”. Teoria desenvolvida por B. F. Skinner (1904-1990) Condicionamento baseado nas consequências dadas após a emissão de um comportamento que o levará a se repetir ou não. Operante porque o comportamento opera uma transformação no ambiente e o ambiente opera uma transformação na pessoa Objetivo: Permitir a compreensão, o controle, a manipulação e a manutenção de um comportamento. Refere-se a qualquer estímulo vindo do ambiente externo que aumenta a probabilidade de um comportamento, ou seja, aumenta as chances de esse comportamento continuar a se repetir. É qualquer estímulo (percebido como agradável) que, aplicado após a emissão de um comportamento, aumenta a probabilidade de esse comportamento continuar acontecendo. Em termos organizacionais o condicionamento tem bons resultados, principalmente, no treinamento técnico. Algumas regras para a aplicação do reforço positivo: a. O indivíduo tem que manifestar o comportamento desejado para receber o reforço. b. Levantar o que de fato é o reforçador para uma pessoa. c. A utilização em demasia de um mesmo reforço pode fazer com que deixe de trazer resultados. d. O reforço pode trazer resultados em uma ocasião e não em outra. Pode ser que ocorra de o comportamento ser indesejado e querermos que ele seja eliminado dos hábitos comportamentais do indivíduo. O Objetivo é retirar os estímulos que estejam controlando o comportamento indesejado. Pode-se, ainda, tentar eliminar o comportamento através da aplicação de um estímulo não desejado. É a retirada de um estímulo indesejável com a finalidade de aumentar a repetição de um comportamento desejado. A Retirada de algo indesejável. A retirada de uma punição. “A empresa deseja aumentar a produtividade: poderá premiar financeiramente o colaborador que atingiu a meta estabelecida (Reforço Positivo); poderá demitir o funcionário que não atingiu (Punição) e ameaçar cancelar promoções dos colaboradores que não atingiram as metas (Reforço Negativo). Os rituais são produtos de hábitos comportamentais em que sistemas de crenças e sistemas de práticas produzem cenários socioculturais onde os comportamentos dos indivíduos são mantidos e reforçados. O Reforço e a Punição participam do desenvolvimento da imagem que a pessoa produz dela mesma: “O ato feito” O trabalho – acontecimento “Pessoa” Comportamento Essa distinção é importante para que se promova avaliações adequadas dos resultados atingidos, e assim proceder a correções (feedback); permitindo ao colaborador desenvolver uma postura proativa e de aprendizagem contínua. Séculos XV-XVI: Local – Cidades Mercado. Século XVII-XVIII – Estados Mercado. Séculos XIX – Continentes Mercado. Século XX – Mercado Mundial (globalização do mercado). No conjunto de transformações ocorridas, principalmente no final do século XX, as mudanças políticas, tecnológicas, econômicas e sociais contribuíram para subverter os modelos de gestão autocráticos, ensejando formas de gerenciamento e de estruturação organizacional mais participativas, integradas, grupais, descentralizadas, autônomas e flexíveis que proporcionaram, além das inovações produtivas, o surgimento dos trabalhadores do conhecimento. Produção descentralizada. Maior vulnerabilidade à crises locais ou regionais. Maior dependência entre as regiões econômicas, produtivas e ambientais. Flexibilidade da legislação. Ênfase em competências e habilidades. Profissional multiqualificado. Trabalhador do conhecimento. Ênfase na tecnologia da informação. A gestão flexibilizada de pessoas pode ser definida como um modelo de gestão no qual os funcionários podem influenciar as decisões, exercer controle e compartilhar poder. Implicações para a prática gerencial 1. Uma decisão extremamente importante no projeto organizacional é a escolha entre uma estrutura mecanística ou uma orgânica. As estruturas mecanísticas são mais indicadas para tarefas repetitivas, desenvolvidas em um ambiente estável e onde o controle centralizado é mais desejável. As estruturas orgânicas são mais indicadas para tarefas criativas, desenvolvidas em ambientes rapidamente mutantes e onde o controle descentralizado é desejável. 2. A decisão relativa ao projeto para uma grande empresa não são, geralmente, uma questãode mecanística versus orgânica, e sim de escolher entre quais unidades deveriam ser mecanísticas e quais deveriam ser orgânicas. 3. A estrutura organizacional influencia o comportamento de muitas maneiras. Um fator-chave é que a especialização pode levar muitos funcionários à insatisfação no cargo e tédio. Uma exceção é o fato de que alguns trabalhadores altamente treinados preferem ser superespecialistas. 4. Trabalhadores com forte orientação burocrática apresentam melhor desempenho em ambientes controlados, com descrições rígidas de tarefas e previsibilidade nos seus cargos. 5. Trabalhadores com baixa orientação burocrática preferem um ambiente de trabalho com mais flexibilidade e menos previsível. 6. Os projetos organizacionais de ponta, como organização em REDE, são a onda do futuro. Tanto os gerentes quanto os funcionários precisam ter habilidades interpessoais de alto nível para operar com eficácia em tais estruturas, porque precisam com frequência contar mais com a autoridade informal do que com a formal. As organizações congregam pessoas, recursos materiais e financeiros para a atingir os objetivos organizacionais (Empresa, Escola, Igreja, dentre outros). Parceiros da organização Acionistas e investidores Empregados Fornecedores Clientes e consumidores Contribuem com: Capital de risco, investimentos Trabalho, esforço, conhecimento e habilidades Matérias-primas, serviços, insumos básicos, tecnologias Compras e aquisição dos bens e serviços. Esperam retorno de: Lucros e dividendos, valor agregado Salários, benefícios, retribuições Lucros e novos negócios Qualidade, preço, satisfação, valor agregado. Geralmente, as organizações procuram privilegiar os parceiros mais importantes. Os acionistas e investidores, até há pouco tempo, os mais privilegiados na distribuição e apropriação dos recursos organizacionais. Essa assimetria está sendo substituída por uma VISÃO SISTÊMICA e integrada de todos os parceiros do negócio, já que todos são importantes para o sucesso do negócio. Pessoas como Recursos • Empregados isolados nos cargos. • Horário Rigidamente estabelecido. • Subordinação ao Chefe. • Fidelidade à organização. • Dependência da chefia. • Alienação em relação à organização. • Ênfase na especialização. • Executoras de tarefas. • Ênfase nas destrezas manuais. • Mão-de-obra. Pessoas como Parceiros • Colaboradores agrupados em equipes. • Metas negociadas e compartilhadas. • Preocupação com resultados. • Atendimento e satisfação dos clientes. • Vinculação à missão e à visão. • Interdependência entre colegas e equipes. • Participação e comprometimento. • Fornecedoras de atividade. • Ênfase no conhecimento. • Inteligência e talento. Aspectos fundamentais da moderna administração/gestão de pessoas. 1. AS PESSOAS COMO SERES HUMANOS: Dotados de personalidades próprias, profundamente diferentes entre si, com uma história particular e diferenciada, possuidores de conhecimentos, habilidades, destrezas e capacidades indispensáveis à adequada gestão dos recursos organizacionais. Pessoas como pessoas e não como meros recursos humanos. 2. AS PESSOAS COMO ATIVADORES INTELIGENTES DE RECURSOS ORGANIZACIONAIS: Inteligência, competência e habilidades para impulsionais a organização em busca de objetivos compartilhados. Pessoas com dinamismos próprios que encontram na organização o ambiente para autorealização. 3. AS PESSOAS COMO PARCEIROS DA ORGANIZAÇÃO: Capacidade de ajustas suas metas às metas da organização. Investem na organização esforço, competência, comprometimento e risco. Reciprocidade entre os propósitos da pessoa e da organização. Pessoas como parceiros ativos e não como passivos. Organização voltada para as pessoas. Filosofia organizacional humanista e sistêmica. Cultura organizacional promotora de desenvolvimento das capacidades humanas. Organização do trabalho que desenvolva, incentive e valorize as atividades colaborativas e integrativas. Para atingir esses propósitos, a administração de pessoas, através de instrumentos e metodologias apropriadas, deve contribuir para a eficácia organizacional através de: 3. Proporcionar à organização empregados bem treinados e bem motivados. 4. Aumentar a autorealização e a satisfação dos empregados no trabalho. 5. Desenvolver e manter a qualidade de vida no trabalho 6. Administrar a mudança. 7. Manter políticas éticas e socialmente responsável. 1. Ajudar a organização a alcançar seus objetivos e realizar sua missão. 2. Proporcionar competitividade à organização. Práticas e/ou atividades de responsabilidade da administração de pessoas: 1. Análise e descrição de cargos. 2. Desenhos de cargos. 3. Recrutamento e seleção de pessoal. 4. Admissão de candidatos selecionados. 5. Orientação e integração de novos funcionários. 6. Administração de cargos e salários. 7. Incentivos salariais e benefícios sociais. 8. Avaliação do desempenho dos funcionários. 9. Comunicação aos funcionários 10. Treinamento e desenvolvimento de pessoal. Psicologia: Estudar, explicar e, as vezes, mudar o comportamento. Ciências sociais: Estudo do comportamento coletivo e da inter- relação entre as pessoas. Psicologia social: Estudo da influência dos indivíduos uns aos outros. Política: Estudo da estrutura política e as relações de poder. Antropologia: Valores, atitudes e comportamentos nos diversos ambientes culturais. • Percepção, valores, atitudes, aprendizagem, definição de cargo, análise das diferenças individuais, recrutamento, seleção, motivação, Estresse, sistemas de recompensa, avaliação e feedback • Teoria organizacional, cultura organizacional, desenvolvimento coletivo, características coletivas, conflito e análise intergrupal, poder, equipes de trabalho, mudança, comunicação. • Mudança de comportamento, mudança de atitude, processos coletivos, eficácia coletiva, tomada de decisão em grupo, groupthink (mente coletiva). • Táticas de influências, poder e ética, estratégias políticas, empowerment, ilusão de poder. • Comunicações interculturais, análises interculturais, valores e moral, análise comparativas, rituais organizacionais, cultura interna e cultura externa. 1. Processos de agregar pessoas: Incluir novas pessoas. Receber pessoas. Integrar pessoas 2. Processos de aplicar pessoas: Desenho da atividade. Adequação às práticas. Treinamento. Orientação e avaliação. 3. Processos de recompensar pessoas: Incentivo. Satisfação pessoal das necessidades. Remuneração e benefícios. 4. Processos de Desenvolver pessoas: Capacitar e incrementar as habilidades e competências, Desenvolvimento profissional. Carreiras. Desenvolvimento de capacidade de mudança e resiliência. 5. Processos de Manter pessoas: Criar condições ambientais e culturais mantenedoras de talentos. Desenvolvimento de garantias para os investimentos pessoas. Senso de segurança e oportunidade. 6. Processos de Monitorar pessoas: Acompanhar e controlar. Verificar resultados. Para a gestão ou administração de pessoas não basta apenas captar e aplicar adequadamente os recursos humanos, também é necessário mantê-los na organização proativamente. • Modelo organizacional. • Estilo de gerência. • Relações com os empregados. • Programas de higiene. • Segurança no trabalho. • Satisfação e reconhecimento. A maneira com que nós nos relacionamos com as demais pessoas depende em muito da nossa concepção de ser humano. Douglas MacGregor (1906-1964) ESTILOS ADMINISTRATIVOS Sistema autocrático-coercivo: em que o estilo administrativo se baseia na absoluta falta de confiança nos subordinados. Sistema autocrático-benevolente: em que oestilo administrativo envolve uma confiança condescendente nos subordinados. Sistema consultivo: em que o estilo administrativo envolve substancial, mas não completa, confiança nos subordinados. Sistema participativo: em que o estilo de administração envolve total confiança nos subordinados. Desconfiança Desconfiança e dúvida Alguma desconfiança Total confiança Processos de Manter Pessoas Modelo de ordem e obediência cega. Ênfase na disciplina rígida. Ênfase na rigidez das regras e regulamentos. Padronização. Baseado na média e na generalidade das pessoas. Modelo de autodeterminação e de autorealização. Ênfase na flexibilidade e na motivação das pessoas. Ênfase na liberdade e autonomia das pessoas. Diferenciação e diversidade. Baseado nas diferenças individuais das pessoas. Abordagem tradicional Abordagem Moderna PROGRAMA DE RELACIONAMENTO: Estimular a comunicação organizacional. Estimular a cooperação nas tomadas de decisão. Estimular medidas de proteção e bem-estar. Estimular respostas organizacionais às necessidades do funcionário. Estabelecer regras claras e estimular medidas de resolução de conflitos. Identificar funcionários problemáticos: • Auto-identificação. • Identificação do superior. Funcionário se recusa a buscar ajuda e é desligado se o problema tem impacto negativo sobre o trabalho Aconselhamento do PAE Resolução Intervenção O problema é resolvido e o funcionário retorna ao trabalho A intervenção é malsucedida e o funcionário é desligado. Principais sintomas de um funcionário problemático: 1. Elevado absenteísmo. 2. Faltas não justificadas. 3. Faltas frequentes. 4. Atrasos e saídas antecipadas. 5. Altercações com colegas. 6. Criação de problemas para outros funcionários devido a negligência. 7. Julgamento precário e decisões erradas no trabalho. 8. Muitos acidentes estranhos no trabalho. 9. Danos e paradas de máquinas devido a negligências. 10. Envolvimentos com a Lei. 11. Má aparência pessoal. Programas de assistência. Programas de reconhecimento. Programa de desenvolvimento. Programa de incentivos. Programas motivacionais. Programas de assistência. Programas disciplinares. Programas de aconselhamento. Programas de sugestões. Programas de administração de conflitos.
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