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UNISC – UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA PROJETO DE GARANTIA E CONTROLE DE QUALIDADE Adriano Fernandes de Barros Prof.: Daniel Augusto Hoppe Disciplina de Garantia e Controle de Qualidade Santa Cruz do Sul, junho de 2014 1 Sumário 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 2 2 APRESENTAÇÃO DA EMPRESA ............................................................................ 3 2.1 DADOS DA EMPRESA ........................................................................................... 3 2.2 MISSÃO ..................................................................................................................... 3 2.3 VISÃO ........................................................................................................................ 3 2.4 VALORES ................................................................................................................. 4 2.5 LOCALIZAÇÃO E INFRAESTRUTURA ............................................................. 4 2.6 LOGOMARCA .......................................................................................................... 6 3 TIJOLO A BASE DE ISOPOR .................................................................................... 8 3.1 MATÉRIA-PRIMA ................................................................................................... 9 3.2 INSUMOS ................................................................................................................ 10 3.3 FORNECEDORES .................................................................................................. 10 4 PRODUÇÃO ............................................................................................................... 12 4.1 ETAPAS DO PROCESSO...................................................................................... 15 5 SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE ............................................................ 17 5.1 PROCEDIMENTOS E INDICADORES ............................................................... 17 5.1.1 PRODUÇÃO ........................................................................................................ 17 5.1.2 PRODUTO ........................................................................................................... 24 5.1.3 COLABORADORES .......................................................................................... 27 5.1.4 CLIENTES ........................................................................................................... 28 6 CONCLUSÃO ............................................................................................................. 31 BIBLIOGRAFIA ................................................................................................................. 32 2 1 INTRODUÇÃO Hoje em dia com o aumento do nível de qualidade de vida proporcionado pelo avanço industrial, a quantidade de lixo produzido aumentou muito, bem como a preocupação em torno do consumo dos bens naturais do planeta. Atualmente podemos dizer que o lixo é um grande problema, considerando a preservação do meio ambiente essencial para a sobrevivência da humanidade, onde se gera lixo e pouco se reaproveita. A empresa Isoporjolo Ltda é uma empresa que busca seus resultados na reciclagem materiais, mais especificamente do lixo plástico (isopor). Que por sua vez, quando associamos lixo a um problema da humanidade, não podemos deixar de mencionar o tempo de degradação dos polímeros. Baseado nesse tópico, nós da empresa Isoporjolo Ltda, acreditamos que a reciclagem é uma das melhores praticas não apenas para deixarmos de ocupar os aterros sanitários com materiais ainda úteis, mas sim de reutilizarmos o lixo como matéria-prima para outros produtos, tais como o tijolo a base de isopor que é o produto fabricado pela empresa. 3 2 APRESENTAÇÃO DA EMPRESA 2.1 DADOS DA EMPRESA ISOPORJOLO LTDA – Tijolo a Base de Isopor Empresa Brasileira de Tijolo a Base de Isopor Ltda Rua Barão do Arroio Grande, nº 2995 – Aliança CEP: 96833-002 – Santa Cruz do Sul – Brasil Telefone: (51) 3719-6393 CNPJ : 01.025.010/0001-12 E-mail: isoporjolo@isoporjolo.com.br 2.2 MISSÃO Ser sinônimo de excelência, garantindo a qualidade na fabricação dos produtos, através de contínua inovação e oferecendo produtos desenvolvidos com qualidade, preço justo e atendimento diferenciado, construindo um ambiente sustentável. 2.3 VISÃO Com foco de ação voltado ao Cliente de nossos produtos, buscamos aliar técnica e qualidade, versatilidade e sensibilidade, para superar expectativas oferecendo produtos perfeitamente adequados à inúmeras necessidades. 4 2.4 VALORES - Integridade - Comprometimento - Valorização humana - Superação dos resultados - Melhoria contínua - Inovação - Sustentabilidade 2.5 LOCALIZAÇÃO E INFRAESTRUTURA A empresa Isoporjolo Ltda atua como fabricante de tijolos a base de isopor para construção civil. Foi fundada por um investidor brasileiro que adquiriu um terreno na Rua Barão do Arroio Grande, número 2995 na cidade de Santa Cruz do Sul no estado do Rio Grande do Sul (Figura 1) em Março de 2009. Nesta época só existia uma pequena casa no local, mesmo sabendo que teria que investir para a construção da infraestrutura, este foi o local escolhido, pois se trata de uma região promissora para o negócio. Uma vez que a matéria-prima para fabricação do tijolo é matéria prima oriunda de embalagens que jogamos no lixo, precisamos de uma região metropolitana geradora de um grande volume deste material. As obras iniciaram no dia 12 de agosto de 2009 e duraram em torno de 18 meses. Na Figura 2 podemos ver a área industrial escolhida. 5 Figura 1 - Localização geográfica Fonte: Google Mapas Figura 2 - Foto do prédio industrial Fonte: Google Street View O prédio da empresa tem uma área total construída de 2.100 m², somando área industrial e administrativa. Foi totalmente preparado para práticas sustentáveis, como por exemplo a reutilização da água de torneiras para irrigação do gramado e plantas, captação d’água da chuva através das calhas e armazenando em caixas d’água, central de resíduos, ETE (estação de tratamento de efluentes) entre outras. 6 2.6 LOGOMARCA Quando foi criada a logomarca da empresa se pretendia deixar claro o ramo de atividade logo na primeira impressão, por isso a parede abaixo do nome simbolizando o tijolo, mas também era de interesse não deixar o lado da matéria prima principal de lado, por isso, foi incorporado ao nome da empresa o slogan “ tijolos a base de isopor”. Segue abaixo a logomarca utilizada pela empresa: 7 2.7 ORGANOGRAMA PRESIDENTE GERENTE ADMINISTRATIVO SUPERVISOR ADNISTRATIVO FINANCEIRO AUX. DE CONTAS A RECEBER AUX. DE CONTAS A PAGAR GERENTE COMERCIAL GERENTE PRODUÇÃO ENGENHEIRO DE PRODUÇÃO COORDENADOR DE PRODUÇÃOOPERADORES DE MÁQUINAS AUX. SERVIÇOS GERAIS ALIMENTADOR DE MÁQUINA AUXILIAR DE ESTOQUE COORDENADOR DE MANUTENÇÃO MECÂNICOS E ELETRÔNICOS ANALISTA DE PRODUÇÃO ANALISTA DE SUPRIMENTOS AUXILIAR DE ALMOXARIFADO PCDs QUÍMICO INDUSTRIAL 8 3 TIJOLO A BASE DE ISOPOR A ideia de fabricar tijolo a base de isopor surgiu devido ao grande espaço que necessitamos para descartar o isopor (lixo) e também para a redução de custos na construção civil, desta forma possibilita a aquisição de moradias para o grupo de baixa renda e damos um fim apropriado a este material tão utilizado e necessário nos dias de hoje. Acreditando na capacidade do Brasil em ter uma empresa de grande porte nesse segmento, surgiu a Isoporjolo visando um mundo mais limpo e com opções tecnológicas limpas. Acreditando que a partir do momento que o produto entrar no mercado e demonstrar qualidade será questão de tempo para tornar-se a opção principal, com isso valorizando o produto e tornando-o mais barato. Por tratar-se de um produto com alto apelo ecológico, melhor custo x benefício, menor preço em relação ao tijolo de barro, chegando a 60% do valor do tijolo de barro, o volume de vendas só dependerá da capacidade de produção da empresa e da conscientização do consumidor. Inicialmente, o que se espera é a pouca oferta de matéria-prima reciclável coletada para girar a produção. No entanto, a estratégia a ser utilizada pela empresa é obter apoios das Prefeituras Municipais do Vale do Rio Pardo e Taquari para que a matéria-prima, como restos de embalagens de isopor, seja separada e transportada para a área de recebimento de matéria-prima da empresa Isoporjolo Ltda, sem nenhum custo de frete. Uma vez que com isso, os governos municipais terão a oportunidade de dar um fim sustentável a materiais que atualmente ocupavam espaço nos aterros. A empresa também acredita que a parte da população que realmente pode contribuir para um futuro melhor em relação a este assunto são os jovens, por isso projeta realizar palestras junto às escolas, universidades e até em creches. Incentivando a reutilização de materiais deste segmento. 9 3.1 MATÉRIA-PRIMA A razão de o plástico demorar tanto tempo para desaparecer na natureza é que as bactérias e fungos que decompõem os materiais não possuem as enzimas necessárias para degradar a substância plástica. Alguns tipos de plástico, como o Poliestireno levam mais de 400 anos para se decompor, afetando diretamente o meio ambiente. Estudos mostram que a quantidade de plástico reciclado no Brasil teve uma taxa de crescimento de 9,3 pontos percentuais ao ano no período de 2003 até 2011. Já o consumo de resinas termoplásticas aumentou 5% ao ano, de acordo com estatísticas da Abiplast. Os polímeros são derivados do petróleo e sua reciclagem exige cerca de 10% da energia utilizada no processo primário. Do total de plásticos produzidos no Brasil, apenas reciclamos 15%. Estima-se que cada pessoa, dependendo do poder aquisitivo, gera entre 500 gramas até 1 quilo de lixo por dia. Baseado nessa informação uma população que beira os 8 milhões de habitantes, como a do Rio de Janeiro, isto significa que cerca de 8 mil toneladas de lixo por dia são despejadas no aterro sanitário, sendo 40% constituídas de embalagens e produtos recicláveis (plástico, vidro, alumínio, ferro, papel, embalagem longa vida, papelão, jornais, revistas). O tijolo a base de isopor é composto de isopor, cimento e areia. O poliestireno é um homopolímero resultante da polimerização do monômero de estireno. Trata-se de uma resina do grupo dos termoplásticos, cuja característica reside na sua fácil flexibilidade ou moldabilidade sob a ação do calor, que a deixa em forma líquida ou pastosa. É a matéria-prima dos copos descartáveis, de lacres de barris de chope de várias outras peças de uso doméstico, além de embalagens. Suas principais características são: Fácil processamento por moldagem a quente; Baixo custo; Baixa densidade e absorção de umidade; Baixa resistência a solventes orgânicos, calor e intempéries. 10 Para a fabricação do tijolo a base de isopor necessitamos de 4 componentes, isopor, areia, cimento e água. Depois de coletado o material devemos lavar e tritura-lo até ficar em forma de grãos, para assim podermos iniciar o processo de mistura. 3.2 INSUMOS Desde a preparação do material, a alimentação na máquina e por fim o produto acabado, utilizamos somente quatro compósitos básicos. Isopor, areia média, cimento e água. O isopor representa 62,5% da mistura total. A areia média representa 25% mistura total. O cimento representa 12,5% da mistura total. A água não representa volume na mistura total, pois na secagem a mesma desaparece. 3.3 FORNECEDORES Como já mencionado anteriormente, a principal matéria-prima para fabricação do tijolo a base de isopor é o isopor, que é encontrado mais facilmente nas embalagens de eletrodomésticos, eletrônicos e outros utensílios domésticos. Por isso, a Isoporjolo Ltda busca parcerias com fornecedores destes tipos de materiais, como por exemplo, as lojas da cidade. Recebemos ajuda de prefeituras da região que nos separam seus plásticos nas usinas de reciclagem locais, então recolhemos esta matéria-prima diariamente por meio de transportadoras terceirizadas. A areia é fornecida diretamente pela empresa Areial Santa Cruz do Sul, onde temos uma parceria que nos proporciona um custo mais acessível. O cimento compramos diretamente da empresa Votorantim Cimentos, que também nos proporciona um custo mais acessível. A água utilizada no processo de fabricação é retirada de um poço artesiano construído na própria empresa. Como mostrado na figura 3. 11 Figura 3 – Imagem do poço artesiano Fonte: Prjsmoraess 12 4 PRODUÇÃO A empresa trabalha em turno único produção média mensal de 176000 tijolos. O processo é dividido em duas linhas de produção, contando com duas betoneiras de 0,6 m³ e 4000 formas de 20 cm x 20 cm x 12 cm iguais em cada linha de produção, sendo que as quatro máquinas produzem o mesmo tipo de produto. O que acontece na realidade é que quando uma máquina de cada linha está sendo abastecida e realizando a mistura, a outra máquina de cada linha está abastecendo as formas. Assim, não necessitamos parar a produção entre os passos de mistura e abastecimento das formas. Temos um único tipo de tijolo: 1 TAG: BET 01 L01 - LOCAL DE INST.: Betoneira 01 - linha 01 20 cm x 20 cm x 12 cm; 2 TAG: BET 02 L01 - LOCAL DE INST.: Betoneira 02 - linha 01 20 cm x 20 cm x 12 cm; 3 TAG: BET 03 L02 - LOCAL DE INST.: Betoneira 03 - linha 02 20 cm x 20 cm x 12 cm; 4 TAG: BET 04 L02 - LOCAL DE INST.: Betoneira 04 - linha 02 20 cm x 20 cm x 12 cm; O perfil do tijolo pode ser visualizado na Figura 4. A empresa trabalha em turno único com um quadro de 58 funcionários na linha de produção, desde o coordenador até o auxiliar de serviços gerais. 13 Figura 4 - Catálogo de Produto 14 Abaixo segue as tabelas do quadro funcional, horário dos turnos e produção por turno: Tabela 1 - Horário do turno Obs.: Não se trabalha aos sábados. Turno Horário Inicio Horário FinalTotal Hrs/dia Total Hrs/Trab. Intervalo Dias Normal 08:00 17:30 09:30 08:30 01:00 Seg–Sex Tabela 2 - Produção diária (valores nominais das máquinas) Turno Horas Proc. Dia Total Un/Dia Hrs Proc. Sem. Total Un/Sem Hrs Proc. Mês Total Un/Mês Normal 08:30 12.000 42:30:00 360.000 187:00:00 5.385.600 Tabela 3 - Quadro de Funcionários DESCRIÇÃO DO CARGO QTDE SALÁRIO TOTAL R$ PRESIDENTE 1 R$ 14.000,00 R$ 14.000,00 GERENTE 3 R$ 9.000,00 R$ 27.000,00 ENG. DE PRODUÇÃO 1 R$ 6.000,00 R$ 6.000,00 QUÍMICO INDUSTRIAL 1 R$ 5.500,00 R$ 5.500,00 SUPERVISOR ADNISTRATIVO FINANCEIRO 1 R$ 4.300,00 R$ 4.300,00 COORDENADOR 2 R$ 4.000,00 R$ 8.000,00 ASSISTENTE DE CONTAS A PAGAR/RECEBER 2 R$ 3.300,00 R$ 6.600,00 ANALISTA DE PRODUÇÃO 2 R$ 3.000,00 R$ 6.000,00 PCDs 3 R$ 3.000,00 R$ 9.000,00 TÉCNICO ELETRO/ELETRÔNICA 3 R$ 2.500,00 R$ 7.500,00 TÉCNICO MECÂNICA MANUT. 3 R$ 2.500,00 R$ 7.500,00 ANALISTA DE SUPRIMENTOS 4 R$ 2.100,00 R$ 8.400,00 OPERADOR DE MÁQUINAS 6 R$ 1.800,00 R$ 10.800,00 AUX. DE ALMOXARIFADO 4 R$ 1.300,00 R$ 5.200,00 ALIMENTADOR DE MÁQ. 20 R$ 1.000,00 R$ 20.000,00 AUX. DE SERV. GERAIS 30 R$ 820,00 R$ 24.600,00 AUXILIAR DE ESTOQUE 15 R$ 800,00 R$ 12.000,00 TOTAIS 101 R$ 182.400,00 15 4.1 ETAPAS DO PROCESSO 1ª Etapa do Processo: A primeira etapa do processo é a lavagem do isopor. No próximo passo é feita a trituração do isopor com auxilio de uma rosca e um perfil perfurado. A figura abaixo ilustra o processo de trituração, onde o nº 1 são as facas rotativas, nº2 a matriz perfurada, nº 3 a asa de aglomeração e por fim o nº 4 é a peça que faz pressão. Figura 5 - Rosca e perfil perfurado Fonte: Imagem do Plano de Manutenção das Extrusoras recomendado pelo fabricante Figura 6 - Ilustração dos granulados Fonte: Moskva.all 16 2ª Etapa do Processo: Após triturado o isopor vai para o depósito de material pronto para produção. O material vai para linha de produção através de carrinhos de mão e são colocados próximos da areia e do cimento. 3ª Etapa do Processo: O isopor é colocado dentro da betoneira junto com a areia, o cimento e a água para realização da mistura, após mistura estar homogênea, o material começa a ser colocado dentro das formas, e as formas após abastecidas são colocadas em linha e colunas para o processo de secagem. Figura 7 – Betoneira 600 litros SRE Basculamento Automatizado 4ª Etapa do Processo: Após secagem no material, que acontece de um dia para o outro, é realizado a retirada do tijolo pronto das formas e feito a montagem dos palhetes com 750 tijolos cada. O material está pronto para ser entregue ao cliente. 17 5 SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE Com objetivo de conscientizar a todos sobre a importância da qualidade em nossa empresa, a Isoporjolo Ltda trabalha focada em quatro pilares principais: Produto, produção, colaboradores e clientes. A satisfação dos clientes é de extrema importância, por isso sabemos que o método de processo, assim como quem faz o produto e também o gerenciamento da empresa influenciam no resultado final. É com esta ideia que analisamos os requisitos dos clientes, a fim de buscar processos que contribuem para a melhoria contínua e obtermos um produto aceitável de forma responsável, segura, com produtividade alta e mantendo o processo controlado sem grandes variabilidades. Para atingirmos nossos objetivos de qualidade cada pilar possui seus procedimentos e indicadores para serem alcançados. 5.1 PROCEDIMENTOS E INDICADORES 5.1.1 PRODUÇÃO Para a medição dos indicadores de Produção a empresa utiliza software de manutenção, chamado SAP. Por meio deste software que é controlado cada Ordem de Produção (OP) e Ordem de Manutenção (OM) de cada máquina betoneira, podendo assim armazenar informações importantes para a análise, como por exemplo: cliente que solicitou o pedido que está sendo processado, histórico de manutenção da máquina, lista de peças da máquina e seus sobressalentes, planos de manutenção preventiva, preditiva e lubrificação, horário de abertura da OP e OM, quilograma processado e outras informações que possam ser úteis. Abaixo trataremos individualmente cada indicador, mostrando o procedimento documentado para coleta e obtenção dos dados, suas metas e objetivos: 18 Produtividade Tem o objetivo de medir se esta sendo alcançado o desempenho esperado na produção, ou seja, quanto produziu em relação ao que se previa ou baseado na produtividade nominal do projeto da máquina. Os dados são coletados de forma manual, coletado ao fim de cada processo de mistura e descarregamento da betoneira e repassado planilha ao final do turno, para imput de dados na planilha eletrônica e após transferido para o programa SAP. A empresa controla sua produtividade por término de cada mistura das betoneiras pois assim temos a conclusão de um lote. A meta para este indicador é de no mínimo 47% de produtividade. É de responsabilidade do coordenador emitir relatórios gerenciais semanais, comparando a produtividade nominal de cada máquina com o real obtido e também de forma geral. A fórmula para obter esse indicador é: Tabela 4 – Dados para Calculo da Produtividade DIA TRABALHADO TAG Un/Dia Nominal Un/Dia segunda Un/Dia terça Un/Dia quarta Un/Dia quinta Un/Dia sexta BET01L01 8466 4000 3958 4000 3986 3568 BET02L01 8466 3950 3998 4000 3988 3999 BET03L02 8466 4000 3854 4000 3750 4000 BET04L02 8466 3256 3965 3986 4000 3865 MÉDIAS 8466 3801,5 3943,75 3996,5 3931 3858 A partir destas informações são calculadas as produtividades e gerados gráficos individual das máquinas e no geral da produção para melhor acompanhamento. 19 Considera-se a produtividade nominal da máquina como ideal (100%). Segue modelo de gráfico individual e geral da produtividade em uma semana de processo. Figura 8 - Gráfico de Produtividade BET01L01 Figura 9 - Gráfico da Média Produtividade Semanal 47,01 43,68 47,24 47,07 47,12 0,00 20,00 40,00 60,00 80,00 100,00 120,00 SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA BET01L01 47,01 43,68 47,24 47,07 47,12 0,00 20,00 40,00 60,00 80,00 100,00 120,00 SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA SEMANAL 20 Disponibilidade de Máquina Este indicador mostra quanto tempo disponível para produção a máquina realmente estava produzindo, ou seja, quanto tempo ela ficou parada ou sem produzir. Caso ocorra uma quebra inesperada ou uma parada emergencial para manutenção o analista de processo registra no sistema a parada colocando o motivo e o local onde sofrerá manutenção. Paradas programadas como o tempo para limpeza das matrizes entre os turnos são necessárias e servem como exemplo de parada programada, pois do contrário se caso houvesse um entupimento durante o processo o tempo parado seria maior e tornaria o serviço mais perigoso por não ser uma manutenção rotineira. Usamos a fórmula a seguir para calcular a disponibilidade de máquina: As paradas programadas não são levadas em consideração como tempo de produção perdido,pois queremos saber o quanto deixamos de produzir por quebras inesperadas ou manutenções emergenciais. A meta a para este indicador é de no mínimo 98% de disponibilidade de máquina. Os registros são feitos diários, abaixo segue exemplo de disponibilidade diária para cada máquina e no geral. Tabela 5 - Disponibilidade de Máquina Diária TAG Tempo Disp./dia Tempo Parada Programada Tempo Parada Ñ Prog. Disp. de Máq. BET01L01 8:30:00 00:35 00:18 96,21% BET02L01 8:30:00 00:30 00:00 100,00% BET03L02 8:30:00 00:30 00:21 95,63% BET04L02 8:30:00 00:35 00:23 95,16% TOTAL 34:00:00 2:10:00 1:02:00 96,75% 21 IROG Este indicador é muito usado em nossa empresa, pois expressa de forma consistente o desempenho da produção. É expressado em forma de porcentagem através da fórmula: A performance e a qualidade são medidas através das expressões: Este indicador é de responsabilidade do Analista de Processo calcular, comparar com anos anteriores e enviar para gerência o relatório do período. Para este indicador a meta da empresa é um IROG de no mínimo 44,5% Abaixo segue os dados do IROG para o ano de 2013: Tabela 6 - IROG ano de 2013 MÊS 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Médias Disp 95,6 98,2 97,6 99,4 99 98 96,5 97,8 92 93,8 91 92,6 95,96 Perf 47 47,2 47,2 47,3 47,3 47,2 47 47,2 47,2 47,2 47,2 47,2 47,19 Qual 97,3 98 95 99,1 99,5 99,5 98,2 99 97,5 99,7 98,2 99,1 98,34 IROG 43,74 45,45 43,77 46,54 46,54 46,05 44,54 45,71 42,37 44,15 42,21 43,30 44,53 Obs.: Valores em percentual. 22 Figura 10 - Acompanhamento mensal IROG 2013 Índice de Produtos Rejeitados Tem como objetivo mensurar o volume de produtos que foram enviados para o cliente e foram rejeitados, voltando para nossa empresa para serem processados novamente. Esta rejeição só pode acontecer por três motivos que são: medidas fora de tolerâncias, peso e dureza do material. Pois são estes os atributos que controlamos através de amostras. A fórmula para o calculo deste indicador é: Abaixo segue os casos de rejeição no período de um mês. Tabela 7 - Tabela de Rejeitados Mensal Motivo da Rej. Quantidade Representatividade Dimensão 21 87,50% Dureza 3 12,50% TOTAL 24 100% 43,74 45,45 43,77 46,54 46,54 46,05 44,54 45,71 42,37 44,15 42,21 43,30 40,00 41,00 42,00 43,00 44,00 45,00 46,00 47,00 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 IROG TARGET 23 No período de um mês, foram fabricados um total de 169235 tijolos de diferentes medidas e durezas. Então aplicando a fórmula do índice de produtos rejeitados teremos: Para este indicador a empresa trabalha com a meta de no máximo 0,02% de rejeição dos produtos. Índice de Qualidade Tem como objetivo mensurar o volume de produtos que são retrabalhados, ou seja, aqueles que não são aprovados pelo controle de qualidade da empresa e após moagem, são reutilizados na linha de produção. Os operadores de máquinas registram a quantidade de material reaproveitado na sua máquina, e no final de cada semana os analistas de produção são responsáveis por calcular o índice. A partir do resultado é discuto na reunião gerencial de fechamento de mês se deve tomar alguma providência para diminuir o índice de peças reaproveitadas. A meta da empresa nesse indicador é de 1% de peças reaproveitadas. O cálculo é feito através da expressão: 24 5.1.2 PRODUTO Os indicadores de produto têm como objetivo avaliar se os tijolos fabricados estão dentro das especificações fornecidas por nós. Todos os indicadores de produto são de responsabilidade do pessoal de manutenção, pois são os únicos que estão treinados a intervir nas máquinas caso for necessário. São enviados para o PCD tabular e discutir no comitê de manutenção, bem como custos de manutenção, planos e melhorias. Para alcançarmos os indicadores de dimensão e dureza são feitos controles periódicos. Como vendemos nosso produto por unidade, então para este indicador utilizamos senso, pois inspecionamos 100% das amostras utilizando método de Controle Estatístico de Processo (CEP), discutindo as divergências encontradas em reuniões e utilizando métodos como o Diagrama de Ishikawa e o FMEA para agir preventivamente. Para a dimensão e a dureza do tijolo são utilizadas método de coleta de amostras por cada dia de produção, onde caracteriza o final de um lote. Como já sabemos, o tijolo só está totalmente curado após 20 horas. Tabela 7- Dados para construção do fluxograma TAG Un/Dia Nigel S3 – Tabela 1 NQA BET01L01 2000 E 2,50% BET02L01 1958 E 2,50% BET03L02 1995 E 2,50% BET04L02 2000 E 2,50% 25 Plano de Amostragem Simples – Normal Plano de Amostragem Dupla – Normal 26 Como todos os lotes produzem de 1201 a 3200 tijolos por lote, podemos utilizar os dois fluxogramas para qualquer máquina. A empresa adota que a máquina que tiver quinze lotes aceitos consecutivos pelo fluxograma de amostragem dupla pode passar para o plano de amostragem simples. Caso a máquina volte a operar com o plano de amostragem dupla ela começa a ser monitorada conforme NBR5426 podendo passar para o regime severo caso tenha dois lotes rejeitados consecutivos. Para agirmos preventivamente usamos métodos como Cartas de Controle Estatístico que será mostrado no anexo do trabalho. Dimensão, dureza e peso Estes dois indicadores são monitorados por plano de amostragem conforme os fluxogramas mostrados anteriormente. O objetivo de monitorá-los é além de garantirmos a qualidade do produto, não entregarmos para o cliente produtos defeituosos ou fora dos padrões. A análise em relação à dimensão é feita através de um calibre passa não passa, onde a tolerância é + ou – 5mm. A análise de dureza é realizada com o auxílio de uma prensa hidráulica, onde o tijolo é colocado e prensado, o operador da prensa acompanha a prensagem até 13 KPa, onde o tijolo tem que resistir 12 KPa para ser aprovado. Este teste é considerado destrutivo, pois se o tijolo não quebrar, pode afetar a sua estrutura após os 12 KPa de pressão. A análise de peso é feita em uma balança calibrada, onde o peso nominal é de 1325 kg com tolerância de + ou – 25g, assim o peso máximo é de 1350Kg e o mínimo é de 1300gk, caso o tijolo inspecionado ficar fora da tolerância o mesmo é destruído e reaproveitado. 27 5.1.3 COLABORADORES Os indicadores relacionados com os colaboradores são de responsabilidade do gerente administrativo, reportando todos acontecimentos para a gerencia e presidente, principalmente quando ocorrem acidentes. Para que não ocorra acidentes a empresa investe forte em qualificação dos funcionários, diálogos de segurança, disponibiliza todos os EPIs necessários e controla com documentação todos os serviços. A empresa por ter mais de 100 funcionários é obrigada a ter CIPA (Comissão Internade Prevenção de Acidentes), e por iniciativa dos funcionários a empresa também tem uma auditoria interna chamada de programa SOL (Segurança, Organização e Limpeza). Isto porque não focados somente em segurança, mas sim em outros requisitos mínimos como organização e limpeza. As auditorias internas do SOL são realizadas mensalmente pelo comitê da CIPA, com o objetivo de apontar divergências nas politicas externas e internas da empresa. As ações de correção são enviadas para toda organização com cópia para gerência e precisam ser solucionadas antes da próxima auditoria, caso a mesma não seja cumprida é posto multa para a equipe responsável por resolver as divergências, ou seja, é descontado do PNR (Participação nos Lucros). Índice de Absenteísmo Este indicador é utilizado pela empresa com objetivo de mensurar as horas pagas pela empresa que os trabalhadores não estão produzindo, por motivos de atraso, atestados e outros. Trabalhamos com meta de 0,001% de absentismo para os colaboradores do setor produtivo. 28 Acidentes sem/com afastamento Todo tipo de acidente é prejudicial tanto para empresa quanto para o colaborador acidentado, porém é um número que além de desagradável afeta financeiramente a empresa, além de o governo nos cobrar muito em questão de segurança. Hoje temos a NR12 a nosso favor, normatizando alguns dispositivos de segurança para máquinas e equipamentos. De forma totalmente automatizada as máquinas têm capacidade de reconhecer se você colocou a mão ou algum membro dentro de uma área de risco e se desligará automaticamente. Sempre em relação a acidentes a meta é 0%. Índice de Rotatividade (Turnover) O índice de rotatividade mensura a porcentagem de colaboradores demitidos em relação ao total de funcionários da empresa. Para este indicador a empresa trabalha com meta de no máximo 2% de rotatividade. 5.1.4 CLIENTES Os indicadores em relação aos clientes têm como objetivo geral a contínua melhoria em nossos serviços tanto de produção quanto de entrega. A responsabilidade de calcular estes indicadores é do gerente comercial, podendo analisar comentários dos clientes, bem como tomar ações imediatas sem necessária autorização superior. 29 Índice de Satisfação de Clientes O índice de satisfação do cliente é medida com feedback dos clientes por meio de SAC ou email. A empresa tem como costume fazer um pós venda com questionário de como foi realizado a entrega, negociação e possíveis melhorias que os clientes possam vir a sugerir. Em resumo a satisfação é um grau calculado em relação ao questionário realizado no pós-venda. A meta é 99,95% dos clientes satisfeitos. Índice de Novos Clientes Tem como objetivo a busca constante por clientes em potencial, a empresa incentiva o setor comercial a buscar novos mercados oferecendo gratificação em dinheiro caso o indicador sege alcançado no final do ano. O crescimento esperado por ano é de 25% levando em conta o potencial do produto. Para isso, a empresa foca em marketing, conscientização e público alvo, tendo como auxílio o baixo valor do produto. Clientes com mais de uma Compra Assim como o indicador de novos clientes, este também participa no programa de gratificação da empresa. Este por sua vez, tem como objetivo fidelizar a carta de clientes, tornando mais intima a relação vendedor x cliente e consecutivamente tornando-se fornecedor oficial de algumas empresas alvo como no ramo de construção civil, engenheiros civis, arquitetos, construtoras e prefeituras. 30 Índice de Entregas no Prazo O transporte tanto para coleta de matéria-prima quanto para entrega do produto acabado no cliente é realizada com empresas terceirizadas. Portanto além de verificar se o produto está chegando dentro do prazo o indicador tem como objetivo medir a qualidade do serviço da empresa contratada. Usamos como meta 99,98% de entregas no prazo. O contrato com a empresa terceirizada é renovado anualmente com cláusulas específicas, por exemplo, o pagamento de multa para entregas fora do prazo com mais de um dia de atraso, isto em entregas para outros municípios e zero dias de atrasos para as entregas dentro do município. 31 6 CONCLUSÃO Podemos concluir com este trabalho que para alcançarmos o sucesso de vendas do nosso produto não basta apenas produzirmos com qualidade, mas também com um preço atrativo. Para conseguirmos um bom rendimento em termos financeiros e produtividade, buscamos um denominador comum, analisando e agindo preventivamente com as ferramentas da qualidade, buscando um gerenciamento adequado para produção e sempre buscando melhorias para a empresa. 32 BIBLIOGRAFIA Fonte: http://www.portalsangao.com/v1/servicos/detalhes/561 Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Poliestireno Fonte:http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/desenvolvimento/ conteudo_466965.shtml Fonte: http://www.abiplast.org.br/site/estatisticas Fonte: http://www.olariaclini.com.br Fonte: http://moskva.all.biz/pt/isopor-granulado-g1206305#show0 Fonte:http://www.patentesonline.com.br/tijolo-de-cimento-e-isopor- 183439.html Fonte: http://www.portalaction.com.br/content/2-gr%C3%A1ficos-ou-cartas-de- controle
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