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BERGER sociologia como forma

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UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Curso de graduação em Relações Internacionais
Disciplina: Introdução à Sociologia.
Professora: Joana Domingues Vargas
Aluno: Juliano Leodonio Xavier Lima
TEXTO: ‘A sociologia como forma de consciência’ in: Perspectivas Sociológicas – Uma visão humanística, BERGER, P.
Segundo BERGER (2002) a sociologia não é uma atividade imemorial ou necessária ao espírito do homem, porem a sociologia está inserida no pensamento ocidental e moderno. 
É importante a reflexão do significado ontológico do termo 'sociedade' para que se possa compreender a perspectiva sociológica. A Própria palavra sociedade incorpora-se de vários significados inclusive para o sociólogo, designando desde os fenômenos de relação entre pessoas em um âmbito quantitativo numeroso quanto diminuto, o que torna impossível a aplicabilidade do conceito a termos meramente quantitativos. Portanto, refere se no texto que sociedade constitui se 'quando um complexo de relações é suficientemente complexo para ser analisado em si mesmo, entendido como uma entidade autônoma, comparada com outros da mesma espécie'
Como termos 'sociedade' enfrenta problemas quatro a sua definição o termo 'social', igualmente podendo ser atribuído a uma ampla gama de significados. Para o sociólogo o termo é utilizado de forma limitada e mais objetivo, referindo-se 'à qualidade de interação, interrelação e reciprocidade'. Por conseguinte, 'a 'sociedade' consiste num complexo de tais fatos 'sociais''.
Max WEBER definira a definição do social como 'uma situação 'social' sendo aquela em que as pessoas orientam suas ações umas para as outras'.na orientação mútua dessas relações constitui o objeto da análise sociológica.
Para BERGER (2002) o sociólogo encontra material de estudo em todas as atividades humanas, mas nem todos os aspectos dessas atividades constituem material sociológico. O sociólogo observa os fenômenos das atividades humanas de forma diferenciada a outros campos de estudo, tais como o direito, embora esses outros campos de estudos possam ser consideradas atividades que visem o atingir a plenitude da atividade de relações humanas, muitas das quais se baseiam em códigos ou conjunto de normas que servem para compreender ou ‘ditar’ o comportamento humano. Para o sociólogo sua perspectiva não encontra-se em códigos, lidando com ‘concepções em nada oficiais’, compreendendo que os fatos humanos possuem diferentes níveis de significação.
No texto BERGER apresenta uma visão de que a sociologia só apresentou seu desenvolvimento em determinado contexto histórico humano, citando Albert SALOMON que o conceito de ‘sociedade, em seu sentido sociológico, só pode surgir com a derrocada das estruturas normativas do cristianismo’. Momento no qual o pensamento ocidental sofreu fortes mudanças, favorecimento.
BERGER compara o estudo da sociologia, com a alusão a fachadas de casas que podem despertar o interesse e a curiosidade de pessoas nas ruas que buscam saber as relações que ocorrem nos interiores de tais casas, afirmando que ‘o desejo de desvendar esses mistérios é análogo à curiosidade sociológica’.
A respeito do ‘problema sociológico’ BERGER afirma que ‘é importante compreender que um problema sociológico é uma coisa muito diferente de um problema social’, em um estudo de caso comparativo com diversas formas de apresentar ou de confundir o estudo sociológico com os problemas das sociedades de um ponto de vista superior para o inferior, o autor busca desmitificar as diferentes nuances que tomam corpo dentro da sociologia a respeito de ambos os casos de ‘problemas sociológicos’ e ‘problemas sociais’, esses últimos nem sempre serão objetos de estudos da sociologia, portanto afirma BERGER ‘o problema sociológico consiste menos em determinar porque algumas coisas saem erradas do ponto de vista das autoridades do que conhecer como todo o sistema funciona, quais são seus pressupostos e como ele se mantém coeso’.
A instigação sociológica não pode se basear em pressupostos já definidos dentro do ‘senso comum’, portanto dentro da analise sociológica não cabe a visão conservadora mesmo do sociólogo, sendo levado a considerar quesitos para serem levados em conta quanto as afirmações conservadores e conformistas.
Para BERGER, ‘a percepção sociológica é refrataria a ideologias revolucionárias, não porque traga consigo alguma espécie de preconceito conservador, e sim porque ela enxerga não só através das ilusões do status quo atual como também através das expectativas o costumeiro alimento espiritual dos revolucionários’, logo, em maior ou menor grau o sociólogo logo abandonará os pressupostos não analisados da sua sociedade. A compreensão sociológica é sempre potencialmente perigosa aos olhos de policiais e outros guardiães da ordem publica, uma vez que ela tendera sempre a relativizar a pretensão de absoluta correção em que tais pessoas gostam de repousar o espírito.
Finalizando o capitulo de estudo, BERGER, analisa o comportamento tradicional, chamado por ele de ‘espirito’, com o do homem moderno, afirmando que no espírito tradicional é observado o enrijecimento do modus operanti et intendenti do homem com máxima de que se é imutável, em outras palavras ‘o homem é o que se é’,já para o comportamento moderno ou espírito moderno é concebida a ideia de facilmente possível a mudança. Por conseguinte, ‘as sociedades tradicionais conferem identidade definidas e permanentes a seus membros. Na sociedade moderna, a própria identidade é incerta e mercurial’. Viver, portanto, nas sociedades modernas significa viver em constantes mutações. O homem moderno que vive nessa sociedade moderna, logo, é um misto de dúvidas e inquietações, tanto a sua própria natureza quanto ao universo em que vive. Logo, segundo o autor ‘a consciência da relatividade, que com toda probabilidade, em toda as épocas da História, foi monopólio de um pequeno grupo de intelectuais [o que podemos chamar de espírito tradicional], hoje se apresenta como um amplo fato cultural que se estende até a camadas inferiores do sistema social’.
Por fim, cabe salientar a analise do autor sobre as visões que cada grupo tem sobre si mesmo, ‘a escolha do ponto de vista determinará a maneira como o individuo olhará sua própria biografia’.
BIBLIOGRAFIA:
BERGER, Peter. “A sociologia como forma de consciência” in: Perspectivas Sociológicas: Uma visão humanística. 25 Edição. Petropolis: Vozes, 2002. p. 35-64.
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