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Poder_Legislativo._2015.1(1)

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Estrutura
 Poder Legislativo Federal (bicameral)
 Congresso Nacional (art. 44, caput, CF):
 Câmara dos Deputados
 Senado Federal 
 Poder Legislativo Estadual (unicameral)
 Assembléia Legislativa (art. 27, CF)
 Poder Legislativo Distrital (unicameral)
 Câmara Legislativa (art. 32, CF)
 Poder Legislativo Municipal (unicameral)
 Câmara Municipal (art. 29, CF)
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 Representantes do povo:
 eleitos em cada Estado, no Distrito Federal e nos Territórios, pelo sistema proporcional (art. 45, caput, CF)
 Composição:
 Número total de Deputados (513) e representação por Estado/DF, proporcionalmente à população (LC 78/93)
 Critério puro da proporcionalidade atenuado:
 Representação mínima: 8 Deputados (art. 45, § 1º, CF)
 Representação máxima: 70 Deputados (art. 45, § 1º, CF)
 ajustes necessários, no ano anterior às eleições
 Representação dos Territórios: 4 Deputados (art. 45, § 2º, CF)
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 Representantes das entidades federativas
 eleitos pelos Estados e Distrito Federal, segundo critério majoritário puro (art. 46, caput, CF) 
 Composição:
 Os Estados e o Distrito Federal elegerão 3 Senadores, cada qual com 2 suplentes (art. 46, § 3º, CF)
 O território (se for criado) não elegerá nenhum Senador
 A representação de cada Estado e do Distrito Federal será renovada de quatro em quatro anos, alternadamente, por um e dois terços (art. 46, § 2º, CF)
IMPORTANTE: A legislatura marca o início e o término do mandato dos Deputados, que terá a duração de quatro anos (art. 44, parágrafo único, CF). Os Senadores da República são eleitos para um mandato de 8 anos (art. 46, § 3º, CF). 
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Sistemas Eleitorais
 Sistema Proporcional
 todos os partidos (que atinjam o quociente eleitoral) são representados proporcionalmente à votação recebida
 Sistema Majoritário
 representantes definidos pela maioria de votos (majoritário puro e maioria absoluta)
 quociente eleitoral (número de votos necessários para ocupar uma vaga)
 quociente partidário (número de candidatos a ser eleito por cada partido)
 distribuição das sobras eleitorais (lugares que não foram preenchidos pela aplicação do quociente eleitoral)
 método da maior média
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Sessão Legislativa
 Sessão ordinária (art. 57, caput, CF): 
 Sessão extraordinária (art. 57, § 6º, CF):
 1º período: 2 de fevereiro a 17 de julho; 
 2º período: 1º de agosto a 22 de dezembro. 
 Matérias: O Congresso Nacional somente deliberará sobre a matéria para a qual foi convocado
 Exceção: as medidas provisórias em vigor na data da convocação extraordinária serão automaticamente incluídas na pauta de convocação (art. 57, § 8º, CF)
 Jeton: É vedado o pagamento de parcela indenizatória, em razão da convocação (art. 57, § 7º, CF)
 Hipóteses: 1) Estado de defesa; intervenção federal; estado de sítio; compromisso/posse do Presidente da República e Vice; 2) Urgência ou interesse público relevante
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Mesas Diretivas
Art. 57, § 5º, CF
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Competências
 O Congresso deve dispor sobre todas as matérias da União, as quais devem ser submetidas à sanção presidencial (art. 48 c/c art. 84, IV, primeira parte, CF). 
 A relação contida no art. 48 não é exaustiva
 A Constituição fixa algumas matérias que devem ser tratadas tão-somente no âmbito do Congresso (exclusivas), mediante Decretos-Legislativos (art. 49). 
 O elenco previsto no art. 49 é numerus clausus e indelegável
 Os artigos 51 e 52 da Constituição tratam, respectivamente, das competências privativas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, as quais não permitem delegação.
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Comissões Parlamentares
 As Comissões (permanentes ou temporárias) da Câmara, do Senado ou do Congresso (Mista):
 representam o Congresso no recesso (art. 58, § 4º, CF)
 participam do processo legislativo, exercem função fiscalizadora e realizam outras atribuições previstas na Constituição, no respectivo regimento e no ato de criação (art. 58, caput, § 2º, CF):
 discussão e votação de projetos de lei;
 realização de audiências públicas;
 convocação de Ministros de Estado;
 recebimento de queixas contra autoridades ou entidades;
 solicitação de depoimento de autoridade ou cidadão;
 apreciação/emissão de parecer sobre programas e planos.
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Comissões Parlamentares de Inquérito 
 CPI ou CPMI: constituída pela Câmara e Senado, em conjunto ou separadamente (art. 58, § 3º, CF): 
 requerimento de 1/3 da Câmara e/ou do Senado; 
 apuração de fato determinado;
 Função: tem poderes de investigação próprios das autoridades judiciais (não exerce função jurisdicional) 
 prazo certo.
 Fim: conclusões encaminhadas ao Ministério Público para que promova a responsabilidade civil ou criminal
Não esquecer! A CPI pode investigar outros fatos que se ligam, intimamente, com o fato principal.
Atenção! É possível prorrogações sucessivas dentro da legislatura.
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Possibilidades (STF)
 A CPI pode, independentemente de ordem judicial:
 Quebrar o sigilo bancário, fiscal e telefônico (de dados), através de decisão devidamente fundamentada; 
 Ouvir investigados, indiciados e testemunhas, inclusive com a possibilidade de condução coercitiva; 
 Realizar perícias e exames necessários à dilação probatória, bem como requisitar documentos e busca de todos os meios de provas legalmente admitidos.
Atenção! Com a quebra do sigilo telefônico, tem-se acesso aos dados sobre as ligações realizadas, mas não à escuta da conversa (interceptação telefônica). 
Não esquecer! 1) Permanecer calado é direito legítimo. 2) Não configura o crime de falso testemunho, quando a pessoa depondo como testemunha, ainda que compromissada, deixa de revelar fatos que possam incriminá-la. 
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Possibilidades (STF)
 A CPI não pode, por ato próprio:
 Decretar prisão, salvo em flagrante delito (art. 5º, LXI, CF); 
 Realizar diligência de busca e apreensão de documentos, que necessite invadir domicílio para sua concretização (art. 5º, XI, CF, prevê a possibilidade de invasão domiciliar durante o dia, por determinação judicial); 
 Determinar a interceptação ou escuta das comunicações telefônicas de pessoas sob investigação (art. 5º, XII, CF, estabelece a possibilidade de interceptação telefônica, por ordem judicial); 
 Determinar a indisponibilidade de bens, arrestos, seqüestro e hipoteca judiciária; 
 Proibir ou restringir a assistência jurídica aos investigados. 
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Exemplo:
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Imunidades Parlamentares
 Prerrogativa institucional:
 garantias funcionais para assegurar o livre desempenho do ofício dos membros do Poder e para evitar desfalques no quorum necessário para deliberações. 
 Imunidade material ou inviolabilidade parlamentar:
 irresponsabilidade penal, civil, disciplinar ou política dos Deputados e Senadores, por quaisquer das suas opiniões, palavras ou votos (art. 53, caput, CF)
 manifestações no exercício do mandato legislativo ou em conseqüência deste (pertinência temática com o ofício)
 dentro ou fora do recinto da Casa Legislativa
 mesmo depois do término da legislatura
Atenção! Os Vereadores têm apenas a inviolabilidade na circunscrição do Município (art. 29, VIII, CF).
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Imunidades Parlamentares
 Imunidade formal (Emenda Constitucional nº 35/2001):
 Imunidade formal em relação à possibilidade de prisão;
 Imunidade formal em relação à sustação do processo. 
 Imunidade formal (possibilidade de prisão):
 Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. 
Atenção! Os autos serão remetidos dentro de 24 horas à Casa respectiva, para que, pelo voto aberto da maioria de seus membros, resolva se deverá ser mantido preso ou não (art. 53, § 2º, CF). 
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Imunidades Parlamentares
 Imunidade formal processual:
Procedimentos: O STF comunica o recebimento da denúncia à Casa respectiva, a qual poderá sustar o andamento da ação (art. 53, § 3º, CF), observado o prazo
improrrogável de 45 dias do recebimento do pedido pela Mesa Diretora (art. 53, § 4º, CF). 
 Requisitos:
Necessidade de licença da Casa para a instauração do processo.
Possibilidade de sustação do processo, até a sua decisão final. 
 O crime ter sido praticado após a diplomação do parlamentar; 
 Um partido político com assento na Casa Legislativa ofereça representação à Mesa Diretora; 
 A casa Legislativa resolva por decisão absoluta de seus membros determinar a sustação do processo. 
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Prerrogativa de foro
 STF (art. 53, § 1º c/c art. 102, I, b, CF):
 Os Deputados e Senadores, desde a expedição do diploma, somente poderão ser processados e julgados, nas infrações penais comuns, pelo Supremo Tribunal Federal. 
 Havendo a eleição do investigado/réu durante o inquérito policial/ação penal, com a sua diplomação os autos serão remetidos ao STF para o prosseguimento do feito.
Regra da contemporaneidade do crime com o mandato (Súmula 394 do STF)
Regra da atualidade do mandato
 Encerrado o mandato parlamentar, os autos devem ser remetidos ao juízo comum, sendo válido todos os atos praticados pelo STF.
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Outras imunidades
(art. 53, §§ 6º e 7º, CF)
 Imunidade à obrigatoriedade de incorporação às Forças Armadas (art. 143, CF), embora militares e ainda que em tempo de guerra.
 Imunidade à obrigatoriedade de testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles receberam informações. 
Exceção: É possível a incorporação no caso de prévia licença.
Importante: 1) O parlamentar não pode renunciar às imunidades, pois são prerrogativas institucionais, de ordem pública. 2) O parlamentar que se licenciar para o exercício de outro cargo fora do Parlamento (art. 56, I, CF), apesar de não perder o mandato, perderá as imunidades (cancelada a Súmula STF nº 04). 
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Incompatibilidades
(art. 54, I e II, CF)
 Situações incompatíveis (funcionais, negociais, políticas ou profissionais) com o exercício parlamentar.
 Firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes;
 São vedados, desde à expedição do diploma:
 Aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que sejam demissíveis ad nutum, em pessoas jurídicas de direito público, autarquia, empresas públicas, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público.
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Incompatibilidades
(art. 54, I e II, CF)
 Ser proprietário, controlador ou diretor de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada; 
 São vedados comportamentos e atividades, desde a posse:
 Ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis ad nutum, em pessoas jurídicas de direito público, autarquia, empresas públicas, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público;
 Exceção: Ministro, Governador de Território, Secretário de Estado, do Distrito Federal, de Território, de Prefeitura de Capital ou chefe de missão diplomática temporária (art. 56, CF). 
 Patrocinar causa em que seja interessada pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público; 
 Ser titular de mais de um cargo ou mandato público eletivo. 
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Perda do mandato
(art. 55, CF)
 Não comparecimento, em cada sessão legislativa, a 1/3 das sessões ordinárias da Casa a que pertencer, salvo licença ou missão por esta autorizada; 
 Hipóteses de extinção do mandato (art. 55, III, IV e V, CF):
 Perda ou suspensão dos direitos políticos (art. 15, CF), exclusive condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos; 
 Decretação pela Justiça Eleitoral, nos casos previstos pela Constituição Federal. 
Procedimentos: A Mesa Diretora da respectiva Casa reconhecerá – de ofício, mediante provocação de qualquer de seus membros ou de partido político representado no Congresso Nacional – a ocorrência do ato ou fato, declarando a perda do mandato do parlamentar, após assegurar a ampla defesa. 
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Perda do mandato
(art. 55, CF)
 Infringência das incompatibilidades (art. 54, CF); 
 Hipóteses de cassação do mandato (art. 55, I, II e VI, CF):
 Procedimento declarado incompatível com o decoro parlamentar; 
 Condenação criminal em sentença transitada em julgado. 
Procedimentos: A Câmara dos Deputados ou o Senado Federal – mediante provocação da Mesa Diretora da respectiva Casa ou de partido político representado no Congresso Nacional – decidirá, por voto secreto e maioria absoluta, sobre a perda do mandato parlamentar, assegurada ampla defesa. 
Atenção! “(...) a condenação criminal por si só, e ainda quando transitada em julgado, não implica a suspensão dos direitos políticos, só ocorrendo tal se a perda do mandato vier a ser decretada pela Casa a que ele pertencer.” (STF – Pleno – Rextr. nº 179.502-6/SP)
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Sistema Remuneratório dos Congressistas 
 Os detentores de mandato eletivo (Deputados Federais e Senadores) são remunerados exclusivamente por subsídios (art. 39, § 4º, CF):
 fixados pelo próprio Congresso Nacional, no exercício de competência exclusiva (art. 49, VII, CF); 
 fixados em valores idênticos (art. 49, VII, CF); 
 não podem exceder o subsídio mensal pago, em espécie, aos Ministros do Supremo Tribunal Federal (art. 37, XI, CF); 
 não podem ter tratamento tributário privilegiado (arts. 150, II, 153, III, e § 2º, I, CF).

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