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PROTEÍNAS Bioquímica Prof. Amintas Lira Objetivos · Entender o processo de formação e as propriedades da ligação peptídica; · Compreender as variações estruturais das proteínas, de acordo com a composição de aminoácidos; · Caracterizar os diferentes níveis de organização proteicos, de acordo com as interações entre os aminoácidos, suas formas e solubilidade; · Relacionar estrutura proteica com suas funções; · Compreender as principais funções das proteínas. Proteínas Compostos orgânicos complexos de alto peso molecular; São polímeros formados por dezenas de aminoácidos ligados por ligações peptídicas; Apenas os estereoisómeros L dos aminoácidos constituem as proteínas (exceto a glicina); São as moléculas mais abundantes e com maior diversidade de funções nos organismos. FUNÇÃO ESPECÍFICA Tipos Exemplos Localização e Função Enzimas Ácido – graxosintetase Catalisa a síntese de ácidos graxos Reserva Albumina Clara de ovo Transportadoras Hemoglobina Transporta O2no sangue Protetoras no sangue Anticorpos Bloqueiam substâncias estranhas Hormonais Insulina Regula metabolismo da glicose Estruturais Colágeno Tendões, cartilagens, pelos Contráteis Miosina Constituíntesfibras musculares Necessidades nutricionais 15% das calorias totais QDR: 0,83 g por kg de peso QDR : latentes, crescimento, gravidez, lesões e treinamento DIGESTÃO E ABSORÇÃO Destino dos aas na célula Após absorção os AAs caem na corrente sanguínea “Blocos” para a síntese de peptídeos e proteínas Oxidação para formação de energia (fígado e músculo) A organização tridimensional das proteínas desde a sequência de aminoácidos, passando pelo enovelamento da cadeia polipeptídica até a associação de várias cadeias, pode ser descrita em níveis estruturais de complexidade crescente: Primário Secundário Terciário Quaternário Níveis de organização espacial Níveis de organização espacial Estrutura primária Sequência de AA existente em uma proteína; Não há orientação espacial da molécula; É o nível estrutural mais simples e mais importante, pois dele deriva todo o arranjo espacial da molécula; É específico para cada proteína. Estrutura primária Estrutura secundária Arranjo espacial de aminoácidos próximos entre si na sequência primária da proteína; Ocorre graças à possibilidade de rotação das ligações entre os carbonos alfa dos aminoácidos e os seus grupos amina e carboxila; Se mantém graças às ligações de hidrogênio. Estrutura Secundária α Hélice Laminar Estruturas Periódicas dos Esqueletos Protéicos Estrutura Secundária α Hélice Cadeia polipeptídica espiralada e compactada, com as cadeia laterais voltadas para fora; Ligações de hidrogênio intracadeia paralelas ao eixo da cadeia mantêm a conformação espacial da estrutura; As proteínas tem quantidades variáveis de estrutura em α-hélice; Ex.: Proteínas fibrosas como a queratina e colágeno. Estrutura Secundária Cada volta completa de uma α Hélice contém 3,6 aminoácidos; Os planos das ligações peptídicas são imóveis, apenas as ligações dos Cαs apresentam mobilidade α Hélice Estrutura Secundária α Hélice Estrutura Secundária Folha β Consiste de sequências polipeptídicas estendidas ligadas por pontes de hidrogênio; Podem pertencer à mesma molécula ou não. Estrutura Secundária Folha β As ligações de hidrogênio são perpendiculares ao eixo da cadeia. Estrutura Secundária Folha β Os “planos” das ligações peptídicas são rígidas, as “pregas” são formadas pelas ligações do Cα. Estrutura Secundária Folhas paralelas Folhas antiparalelas Estrutura Secundária Motivos São combinações da estrutura secundária. O mesmo motivo pode desempenhar função semelhante em proteínas diferentes. Estrutura Terciária Dobramento das estruturas secundárias, sendo estabilizada por interações entre os radicais dos AAs. Esta estrutura confere a atividade biológica às proteínas; Caracterizada por estruturas dobradas sobre si mesmas chamadas de domínios; Domínios: Unidades funcionais fundamentais, formado a partir de combinações de “motivos” Ex.: proteínas globulares como mioglobulina Estrutura Terciária Interações que mantem a Estrutura Terciária das proteínas Interações que mantem a Estrutura Terciária das proteínas Pontes ou Ligações dissulfeto É formada por dois resíduos de cisteina que oxidados estabelecem ligação entre os átomos de S; Raramente acontecem em enzimas intracelulares, sendo mais frequente em proteínas secretadas para o meio extracelular, como a insulina e queratina. Estrutura Terciária Estrutura Quaternária Refere-se ao modo pelo qual duas ou mais cadeias polipeptídicas interagem. Cada uma das cadeias apresenta os três níveis estruturais citados. É mantida principalmente por ligações iônicas, pontes de hidrogênio e por interações do tipo hidrofóbico Estrutura Quaternária Estrutura Quaternária Estrutura Quaternária Desnaturação Proteica Proteína nativa Proteína desnaturada Desnaturação Proteica É a perda da conformação nativa da proteína; Isso se dá pelo desdobramento e desorganização das estruturas secundárias, terciárias e, quando for o caso, quaternária das proteínas, pela ação de um agente desnaturante; A estrutura primária não é afetada; Desnaturação Proteica Agentes desnaturantes: calor, solventes orgânicos, agitação mecânica, ácidos ou bases fortes, detergentes e íons de metais pesados (ex.:chumbo e mercúrio); Em algumas condições a remoção do agente desnaturante permite a renaturação da proteína; Geralmente a proteína desnaturada não se renatura; Ex.: Durante o cozimento a albumina presente na clara do ovo se desnatura mudando seu estado físico 33 Consequências da Desnaturação Proteica As proteínas desnaturadas são frequentemente insolúveis, e, portanto, precipitam quando em solução;. Ficam mais expostas à ação enzimática e por isso são mais facilmente digeridas; E o mais importante, como a função da proteína está diretamente ligada à sua forma, com a perda da sua forma nativa a proteína perde a sua função. Classificação das Proteínas Quanto a conformação espacial - Globulares - Fibrosas Proteínas Globulares Forma globular Solúveis em H2O Multifuncionais - proteínas de transporte Hemoglobina Proteínas Fibrosas Forma cilíndrica Baixa solubilidade em H2O Funções estruturais - colágeno - queratinas - miosina Proteínas Fibrosas Classificação das Proteínas Quanto aos produtos da hidrólise - Simples - Conjugada São compostas apenas por AAs e, portanto, quando hidrolisadas liberam apenas AAs ou peptídeos. São também conhecidas como homoproteínas. São constituídas por AAs mais outro componente não-proteico, chamado grupo prostético. São também conhecidas como heteroproteinas. Proteínas Conjugadas Glicoproteínas Fosfoproteínas Lipoproteínas Metaloproteínas Proteínas Conjugadas 1 - Glicoproteínas Grupo prostético glicídeos ligados covalentemente Imunoglobulinas Produzidas pelos linfócitos B Efetivas contra bactérias e vírus Proteínas Conjugadas 2 - Fosfoproteínas Proteínas Conjugadas 3 - Lipoproteínas Proteínas Conjugadas 4 - Metaloproteínas Anidrase carbônica Anemia Falciforme Anemia Falciforme Anemia Falciforme Anemia Falciforme Acomete afrodescendentes; O “teste do pezinho” fornece o diagnostico para a doença; Comum a ocorrência de necrose asséptica (morte do tecido não relacionada à infecção), em ossos e articulações, particularmente na cabeça do fêmur; Não há cura, apenas tratamento paliativo. Osteogénese imperfeita (OI) Também conhecida como Doença de Lobstein, doença de Ekman-Lobstein, doença dos ossos quebradiços ou de vidro; Série de distúrbios de origem genética que acometem o tecido conjuntivo causado, principalmente, por defeitos estruturais ou quantitativos (10% dos casos) nas fibrilas de colágeno tipo I; 85% das mutações consistem das substituições dos resíduos de glicina por outros aminoácidos. Caracterizada pela fragilidade óssea, podendo estar acompanhada de comprometimento de outros tecidos conjuntivo, escleras azuis e surdez precoce. Osteogénese imperfeita Interações
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