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resenha o principe de maquiavel E ESPIRITO DAS LEIS

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VANUSA DE OLIVEIRA ALVES
MAT : 2015.0133.7122
CIÊNCIA POLÍTICA
PRFa: CLAUDIA MATSUDA
RESENHA O PRÍNCIPE DE MAQUIAVEL
Em 1512, o italiano havia sido exilado e destituído de suas funções públicas após a tomada do poder de Florença pela família Médici. Como uma forma de conquistar a graça dos novos governantes e, assim, retomar o seu antigo posto, Maquiavel escreve “O Príncipe” em dedicatória a Lourenço de Médici.
Tento em seus primeiros capítulos o livro, que assume a forma de um manual do bom governante, se inicia como uma classificação dos tipos de governo e da melhor maneira de conquistá-los. Apresenta dois tipos de principados o hereditário e o adquirido, e apontam quais são as duas formas de como o governante chega ao poder uma pela virtude e outra pela fortuna.
Maquiavel fala que a dificuldade de se manter um estado novo é maior do que a de se manter um estado hereditário, pois quanto a este último, o povo já está acostumado com a soberania de uma família, de uma linhagem. A necessidade de manter os costumes, regras e modos para a manutenção de um estado. O novo governante tem que defender os fracos e debilitar os mais poderosos, para que com isso não crie inimigos poderosos que possam incentivar alguma revolta.
Quando se trata de tomar para si outro governo o monarca deve sempre procurar estar bem com o povo, pois este último tendo consciência ou não, é sempre a força maior; apesar de sempre ser a classe inferior. Quando tomado com sua própria força se torna mais fácil de manter o poder, quando conquistado com forças alheias este governante chega despreparado, alheio a situação que o espera, correndo o risco de perder o estado.
Na obra também cita a tomada de governo através de atos criminosos, estes em sua virtude são cruéis e na maioria levam desaprovação de seus
habitantes, mas se este só foi usado para tomar o governo e após isso o governante se torna gentil este pode chegar ate a ser querido pelo povo.
Quem chegar ao poder deve sempre manter a estima do povo, isso será conseguido o protegendo. O povo é quem está com o príncipe na adversidade, quando o povo está com ele, é difícil derrubá-lo do poder.
Fica claro que no inicio da obra que o governante precisa ser aceito pelo povo presente no estado, o povo é o poder do governante, este é o responsável em manter a união e prosperidade deste povo, com o apoio do povo mesmo quando atacado por outro governo, o príncipe pouco sofrera em vista que este será defendido pelo seu povo. O Príncipe mesmo estando próximo do povo deve sempre manter sua identidade, nunca se esquecendo de que este possui o poder e deve ser respeitado pelo mesmo, ficando clara a sua soberania sobre o povo.
Ate o momento à obra serve de instrumento para formação de um governante, e que este só existe graças ao poder emanado pelo povo, ou seja, só existe governo porque o povo quer.
Na metade do livro começa a explicação do poder do estado, sua necessidade de possuir um exercito. E que este exercito deve ser sempre formado de pessoas de confiança do governante, o exercito deve ser de forca própria do estado, sendo nacional este ficara a disposição a qualquer eventualidade e levara o conflito ate os limites de sua capacidade bélica. Para isso o exercito deve ser formado por pessoas dispostas a morrer pelo seu governante, os que buscam fins financeiros em um conflito nunca trarão segurança pra o monarca, pois estes valorizam mais suas próprias vidas do que todo o governo. Mas a seguir Maquiavel relata que todo exercito deve ser sempre bem treinado, mesmo em tempos de paz sempre haverá a necessidade de manter tropas preparadas, para evitar qualquer invasão ou infortúnio futuro.
Sobre as características de um Príncipe, Maquiavel fala as razões pelas quais os homens, especialmente os Príncipes, são louvados ou vituperados. Onde o príncipe pode ter boas ou más qualidades, mas como ele as administra e que faz a diferença, ou seja, um príncipe bondoso deve saber usar a crueldade quando preciso ela for. Nessa parte o autor fala que todos os Príncipes devem preferir ser considerados clementes, e não cruéis. 
Porém deve se saber usar essa clemência. Quando o objetivo é manter o povo unido e leal, o Príncipe não deve se importar em agir de forma cruel. O amar vem de acordo com cada homem, mas o temor lhes é imposto; sendo assim o Príncipe deve fazer o uso do que lhe tem nas mãos, e não no que depende da vontade alheia.
            O Príncipe deve sempre se manter alerto com suas decisões, estas tem que ser irrevogáveis, e que as sustente de tal forma que a ninguém ocorra enganá-lo ou deslocá-lo. Mas este deve sempre manter em mente que suas decisões devem ser favoráveis ao povo, e nunca contra os grandes, evitar entrar em confronto com aqueles que possuem poder para abalar o governo e sempre necessário, então o Príncipe deve sempre tomar cuidado para não injuriar alguém de cujos serviços se utilizem. Em cada ação o Príncipe deve procurar atrair fama de grandeza e excelência. Sendo que quando algum cidadão faz algo extraordinário, bom ou ruim, o Príncipe deve lhe dar um recompensa ou uma punição que seja amplamente comentada pelo povo. Castigos e recompensas devem estar em perfeito equilíbrio; um superior não pode valer-se apenas de um ou de outro. Com isso o povo terá sempre prazer em ter tal como seu soberano e sempre estará ao seu lado.
            O Príncipe deve sempre tomar cuidado com os homens que o cercam, para conhecer um Príncipe, basta tomar conhecimento dos homens que o cercam. Estes homens devem sempre pensar no melhor para o governo, deixando de lado ganhos próprios, fama, ou qualquer outra grandeza. Podemos dizer que se conhece o superior através de seus subordinados. Sendo assim um Príncipe cercado de homens sábios será sábio, cercado de grandes homens será um grande homem.
            No final da obra Maquiavel vem deixar claro que nem sempre o governo seguira uma rota programada, que quase tudo dependera da sorte do Príncipe, mas este deve estar preparado para enfrentar qualquer imprevisto. O tempo vai determinar como que cada Príncipe deve agir, contudo deve-se agir no tempo certo e sempre preparado para quando a sorte variar, assim Maquiavel aconselha ser impetuoso e cauteloso com a sorte.
            Na obra Maquiavel tenta indicar o caminho para que o Príncipe consiga governar de uma forma unilateral e ate utópica. Claramente sabendo das impossibilidades geradas pelo próprio povo e estado, o autor ainda tenta avisar 
que mesmo seguindo as indicações por ele passada, o destino do Monarca não pode ser definido somente por suas próprias ações.
            Trazendo para nossa realidade podemos ver que a obra tem não só a função de manual para os governantes, mas também deveria servir para que o povo identificasse o seu governante. Essa identidade serviria para avaliar qual seria ser melhor representante. Pois através da leitura da obra fica claro que muitos dos Príncipes que estão no poder, possuem as características mais deploráveis relatadas por Maquiavel, visto que somente através dessas foi-se possível o alcance do poder.
 Na nossa política atual fica claro que os ensinamentos e estratégias políticas ministradas por Maquiavel em sua obra não sofreram com o efeito do tempo, ou seja, mesmo com o passar do tempo usar de ações malignas como mentir, usar a força, oprimir estão se tornando ainda mais comuns. Podem ate dizer que a única forma de se matar no governo hoje é enganando o povo.
VANUSA DE OLIVEIRA ALVES
MAT:2015.0133.7122
CIÊNCIA POLÍTICA
PRFa: CLAUDIA MATSUDA
RESENHA DO LIVRO ESPÍRITO DAS LEIS
No início do livro” O Espírito das Leis”, Montesquieu procura encontrar um significado para a palavra liberdade até chegar ao conceito de liberdade no sentido político, que seria o direito de fazer tudo o que as leis permitem (negativa). E argumenta: se um cidadão pudesse fazer tudo o que elas proíbem, não teria mais liberdade, porque os outros também teriam tal poder. E alerta: É verdade que nas democracias
o povo parece fazer o que quer; mas a liberdade política não consiste nisso A liberdade consiste em fazermos algo sem sermos obrigados assim agir. Pois, continua a pensar, numa sociedade em que há leis, a liberdade não pode constituir senão em poder fazer o que se deve querer e em não ser constrangido o que não se deve desejar.
Montesquieu insiste ainda a conceber a liberdade política limitada pela moderação do poder. Para ele, os sistemas democráticos e aristocráticos, essencialmente, não são livres exceto quando neles não se abusa do poder, o que para se conseguir é preciso que pela disposição das coisas o poder freie o poder. E ironiza: “Quem diria! A própria virtude tem necessidade de limites.” O homem que tem o poder é tentado a abusar dele. É preciso limitá-lo, frear seu desejo de comando. Só pode existir liberdade quando não há abuso do poder. Estabelece então, condições necessárias para a concretização da liberdade política como uma expressão de valor para a cidadania. E pensando na consolidação de um Estado livre, Montesquieu vai afirmar que somos livres porque somos governados por leis que orientam nossa vida em sociedade. A moderação do poder constitui princípio basilar da liberdade política. Pois, uma constituição pode ser de tal modo, que ninguém será constrangido a fazer coisas que a lei não obriga e a não fazer as que a lei permite.
A distinção entre governo moderado e governo não-moderado é provavelmente central no pensamento de Montesquieu. Permite integrar as considerações sobre a Inglaterra que se encontram no livro XI na teoria dos tipos de governo dos primeiros livros.
O texto essencial, a este propósito, é o capítulo 6 do livro XI, no qual Montesquieu estuda a constituição da Inglaterra. Este capítulo teve um tal eco que numerosos constitucionalistas ingleses têm interpretado as instituições do seu país segundo o que delas disse Montesquieu. O prestígio do gênio foi tal que os ingleses julgaram compreender-se a si próprios lendo O Espírito das Leis.
Montesquieu descobriu em Inglaterra por um lado um Estado que tem por objeto próprio a liberdade política, por outro lado o fato e a idéia da representação política.
“Embora todos os Estados tenham em geral um mesmo objeto que é o de se manterem, cada Estado tem contudo um outro que lhe é particular, escreve Montesquieu. A expansão era o objeto de Roma; a guerra o da Lacedemônia; a religião o das leis judaicas; o comércio o de Marselha... Há também uma nação no mundo que tem por objeto direto da sua constituição a liberdade política.” Quanto à representação, a sua idéia não figurava em primeiro plano na teoria da república. As repúblicas em que Montesquieu pensa são as repúblicas antigas nas quais existia uma assembléia do povo, e não uma assembléia eleita pelo povo e composta por representantes do povo. Foi só em Inglaterra que ele pôde observar, plenamente realizada, a instituição representativa.
Este governo, tendo por objeto a liberdade e onde o povo é representado pelas assembléias, tem por principal característica aquilo a que se chamou a separação dos poderes, doutrina que continua a ser atual e sobre a qual indefinidamente se tem especulado.
Montesquieu verifica que em Inglaterra um monarca detém o poder executivo. Uma vez que este exige rapidez de decisão e de ação, é bom que um só o detenha, ou seja, o rei. O poder legislativo é encarnado por duas assembléias: a Câmara dos Lordes, que representa a nobreza, e a Câmara dos Comuns, que representa o povo.
Estes dois poderes, executivo e legislativo, são detidos por pessoas ou corpos distintos. Montesquieu descreve a cooperação dos dois órgãos bem como analisa a sua separação. Mostra, com efeito, o que cada um desses poderes pode e deve fazer em relação ao outro.
Há ainda um terceiro poder, o poder de julgar. Mas Montesquieu precisa que “o poder de julgar, tão terrível entre os homens, não estando ligado nem a uma certa situação nem a uma certa profissão, torna-se por assim dizer, invisível e nulo”. O que parece indicar que o poder judiciário sendo essencialmente o intérprete das leis deve ter tão pouca iniciativa e personalidade quanto possível (o juiz é apenas a boca que pronuncia as sentenças da lei, sem moderar sua força ou rigor). Não é o poder de pessoas, é o poder das leis, “teme-se a magistratura e não os magistrados”.
O poder legislativo além de fazer as leis, coopera com o poder executivo; examinando em que medida estas foram corretamente aplicada por este último. Quanto ao poder executivo, , não poderá entrar no debate dos assuntos, mas deve estar em relação de cooperação com o poder legislativo, por aquilo a que Montesquieu chama a sua faculdade de impedir. Montesquieu acrescenta ainda que o orçamento dever se votado todos os anos. “Se o poder legislativo estatui, não de ano em ano, mas para sempre, sobre a arrecadação do dinheiro público, corre o risco de perder sua liberdade, porque o poder executivo não mais dependerá dele...”. O voto anual do orçamento é como que urna condição de liberdade.
O texto de Montesquieu tem sido aproximado dos textos de Locke sobre o mesmo tema; certos aspectos bizarros da exposição de Montesquieu explicam-se nos referirmos ao texto de Locke. 
Em particular, no início do capítulo 6, há duas definições do poder executivo. Este é definido primeiramente como sendo o que decide “das coisas que dependem do direito das gentes” (similar ao poder Federativo de Locke), o que parece limitá-lo à política externa. Um pouco mais longe, é definido como o que “executa as resoluções públicas” (vontade geral), o que lhe dá uma extensão muito maior. Montesquieu segue num dos casos o texto de Locke. Mas, entre Locke e Montesquieu, há uma diferença de intenção fundamental. O objetivo de Locke é limitar o pode real, mostrar que se o monarca ultrapassar certos limites ou faltar a certas obrigações, o povo, verdadeira origem da soberania, tem o direito de reagir. Em contrapartida, a idéia essencial de Montesquieu não é a separação dos poderes no sentido jurídico do termo, mas o que poderíamos chamar o equilíbrio das forçar sociais, condição da liberdade política.
Montesquieu, em toda a sua análise da constituição inglesa, supõe uma nobreza e duas câmaras, das quais uma representa o povo e a outra a aristocracia. Insiste em que os nobres só sejam julgados pelos seus pares. Com efeito,
“Os poderosos estão sempre expostos à inveja; e se fossem julgados pelo povo, não fruiriam do privilégio que, num Estado livre, o mais humilde cidadão possui de ser julgado pelos seus pares. Cumpre, portanto, que os nobres sejam levados, não diante dos tribunais ordinários da nação, mas diante da parte do corpo legislativo composta de nobres”
Em outras palavras, Montesquieu, na sua análise da constituição inglesa, visa redescobrir a diferenciação social, a distinção entre as classes e as categorias de acordo com a essência da monarquia, tal como a definiu, e indispensável à moderação do poder.
Um Estado é livre, quando nele o poder trava o poder. O que há de mais impressionante, para justificar esta interpretação, é que, no livro XI, depois de ter terminado o exame da constituição de Inglaterra, Montesquieu volta a Roma e analisa o conjunto da história romana em termos de relações entre a plebe e o patriciado. O que o interessa é a rivalidade entre as classes. Esta competição social é a condição do regime moderado porque as diversas classes são capazes de se equilibrar.
No que se refere à própria constituição, é bem verdade que Montesquieu indica em pormenor como cada um dos poderes tem este ou aquele direito e como devem os diferentes poderes cooperar. Mas esta formalização constitucional não é mais do que a expressão de um Estado livre, ou de uma sociedade livre, na qual nenhum poder pode alargar-se sem limites uma vez que é travado por outros poderes.
A concepção do consenso social é a de um equilíbrio das forças ou da paz estabelecida por ação e reação entre os grupos sociais.
Se esta análise for exata, a teoria da constituição inglesa encontra-se
no centro da sociologia política de Montesquieu, não por ser um modelo para todos os países, mas por permitir identificar o mecanismo constitucional de uma monarquia, os fundamentos de um Estado moderado e livre, graças ao equilíbrio entre as classes sociais, graças ao equilíbrio entre os poderes políticos.
Mas esta constituição, modelo de liberdade, é aristocrática e, de tal fato, têm sido propostas interpretações diversas.
Uma primeira interpretação, que foi durante muito tempo a dos juristas e que provavelmente era ainda a dos constituintes franceses de 1958, é uma teoria da separação, juridicamente concebida, dos poderes, no interior do regime republicano. O presidente da República e o primeiro-ministro por um lado, o Parlamento por outro têm direitos bem definidos, sendo o equilíbrio obtido no estilo ou na tradição de Montesquieu, precisamente por meio de uma ordenação precisa das relações entre os diversos órgãos.
Uma segunda interpretação insiste no equilíbrio das forças sociais, e acentua também o caráter aristocrático da concepção de Montesquieu. Esta idéia do equilíbrio das forças sociais supõe a nobreza, serve de justificação aos corpos intermédios do século XVIII, no momento em que estes estavam prestes a desaparecer. Nesta perspectiva, Montesquieu é um representante da aristocracia que reage contra o poder monárquico em nome da sua classe, que é uma classe condenada. Vítima da astúcia da história, levanta-se contra o rei, querendo agir em favor da nobreza, mas a sua polêmica apenas para a causa do povo será eficaz.
Montesquieu não concebia o equilíbrio das forças sociais, condição da liberdade, senão segundo o modelo de uma sociedade aristocrática. Pensava que os bons governos eram moderados, e que os governos só podiam ser moderados quando o poder travasse o poder, ou ainda quando nenhum cidadão tivesse que temer outro. Os nobres não podiam sentir-se em segurança a não ser que os seus direitos fossem garantidos pela própria organização política. A concepção social do equilíbrio que O Espírito das Leis expõe está ligada a uma sociedade aristocrática e no conflito do seu tempo sobre a constituição da monarquia francesa, Montesquieu pertence ao partido da aristocracia, e não ao do rei nem ao do povo.
Para além da formulação aristocrática da sua doutrina do equilíbrio das forças sociais e da cooperação dos poderes políticos, Montesquieu estabeleceu o princípio segundo o qual a condição do respeito das leis e da segurança dos cidadãos é que nenhum poder seja ilimitado. Tal é o tema essencial da sua sociologia política.

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