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Exame Físico Geral - Estado geral, consciência, fala e linguagem, fácies, atitudes e marcha

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Exame Físico 
Geral 
O exame físico pode ser dividido em: 
exame físico geral (somatoscopia ou 
ectoscopia) e o exame físico dos 
diferentes sistemas e aparelhos. 
O pct pode ser examinado em decúbito, 
sentado, de pé ou andando. 
Preferencialmente: pct sentado na beira do 
leito e o examinador de pé. 
Se em decúbito for mais confortável pro 
exame ser realizado, também é aceitável. 
Avaliação do Estado Geral: avaliação 
subjetiva relacionada ao que “aparenta o 
paciente” 
A nomenclatura usada: estado geral 
bom/regular/ruim. 
Usado para compreender como a doença 
atingiu o organismo como um todo 
Avaliação do Nível de Consciência: 
avaliação neurológica e psiquiátrica. 
 - Estado de Vigília: percepção consciente 
do mundo externo e de si 
- Obnubilado: pct com distúrbios de 
ideação e confusão mental 
- Sonolento: pct na iminência de dormir, 
olhos fechados, esclera avermelhada 
- Torpor: diminuição da sensibilidade e do 
movimento. Pct não sustenta a abertura 
ocular. 
- Coma: consciência comprometida com 
pouca ou nenhuma reação à estímulos 
Alguns fatores devem ser levados em conta 
nesse exame: perceptividade, reatividade, 
deglutição e reflexos 
 Fala e Linguagem: alterações possíveis: 
- Disfonia ou Afonia: alteração do timbre 
da voz (rouca, fanhosa ou bitonal) 
- Dislalia: alterações menores da fala, 
comum em crianças (ex: troca de “casa” 
por “tasa”) 
- Disritmolalia: distúrbios no ritmo da fala 
(Ex: gagueira e taquilalia). 
- Disartria: alterações nos músculos da 
fonação, podendo ter como causas 
incoordenação cerebral (voz arrastada), 
hipertonia parkinsoniana (voz baixa, 
monótona e lenta) ou perda do controle 
piramidal (paralisia pseudobulbar) 
- Disfasia: pode ser receptiva ou sensorial 
(pct não entende o que se diz a ele); ou de 
expressão ou motora (o pct entende mas 
não consegue se expressar); ou mista. 
Avaliação do estado de hidratação: leva-se 
em conta: alteração abrupta no peso, 
alterações cutâneas (elasticidade, turgor 
ou umidade), alterações mucosas 
(umidade),fontanelas (em crianças), 
alterações oculares e estado geral. 
A desidratação caracteriza-se por: sede, 
diminuição abrupta do peso, pele seca com 
elasticidade e turgor diminuídos, mucosas 
secas, enoftalmia (“olhos afundados”) , 
olhos hipotônicos, fontanelas deprimidas, 
estado geral comprometido, excitação 
psíquica ou abatimento e oligúria. 
Medidas antropométricas: altura, peso, 
IMC, circunferência abdominal, relação 
cintura-quadril. 
Fácies: conjunto de dados exibidos na face 
do pct. Exemplos: 
- Normal ou atípica: mesmo quando não 
há traços que possam levar a alguma das 
fácies descritas abaixo, deve-se observar 
sinais de tristeza, medo, ansiedade, etc. 
- Hipocrática: olhos fundos, parados e 
inexpressivos; nariz afilado; suor; palidez 
cutânea; discreta cianose labial. Indica 
doença grave e estados agônicos. 
- Renal: edema ao redor dos olhos; palidez 
cutânea. Síndrome nefrótica e 
glomerulonefrite difusa aguda. 
- Leonina: Pele espessa com lepromas, 
queda do supercílio, nariz espessa-se e 
alarga-se, lábios mais grossos e 
proeminentes, nódulos nas bochechas e no 
mento, barba escasseia. Hanseníase. 
- Adenoidianas: nariz pequeno e afilado, 
boca entreaberta. Hipertrofia adenoidiana 
- Parkisoniana: cabeça inclinada pra frente, 
imóvel nessa posição. Olhar fixo, 
supercílios elevados e fronte enrugada = 
expressão de espanto. 
-Basedowniana: exoftalmia, olhos 
brilhantes; rosto magro; bócio; 
Hipertireoidismo. 
- Mixedematosa: rosto arredondado, nariz 
e lábios grossos, pele seca, espessada e 
com acentuação em seus sulcos; pálpebras 
infiltradas e enrugadas; supercílios 
escassos; cabelos secos e sem brilho; 
desânimo e apatia. Hipotireoidismo. 
- Acromegálica: saliência das arcadas 
supraorbitárias, proeminência das maçãs 
do rosto e maior desenvolvimento do 
maxilar inferior, nariz, lábios e orelhas. 
Marfan. 
- Cushingoide ou de lua cheia: 
arredondamento do rosto, atenuação dos 
traços faciais, acne. Síndrome de Cushing 
ou uso de corticóides. 
- Sindrômica Downiana: prega cutânea na 
fenda palpebral, que torna os olhos 
oblíquos, distantes um do outro. Rosto 
redondo, boca entreaberta. Síndrome de 
Down. 
- Depressão: expressividade do rosto: 
cabisbaixo, olhos com pouco brilho e fixos 
em um ponto distante ou no chão; sulco 
nasolabial se acentual, queda do canto da 
boca; indiferença, tristeza e sofrimento 
moral. Transtornos de humor. 
- Pseudobulbar: súbitas crises de choro ou 
riso, involuntárias, mas conscientes, que 
leva o pct tentar contê-las . Paralisia 
pseudobulbar (aterosclerose cerebral). 
- Miastênica: ptose palpebral bilateral, 
testa franzida e cabeça levantada. 
Miastenia gravis e outras miopatias. 
- Etílica: olhos avermelhados, ruborização 
da face; hálito etílico, voz pastosa, sorriso 
indefinido 
- Esclerodérmica: imobilidade facial, 
endurecimento da pele, repuxamento 
labial, afinamento do nariz, imobilização 
das pálpebras. “Fácies de múmia”. 
Atitude e posição preferida no leito: 
-Voluntárias: ortopneica (sentado, pés no 
chão, mãos apoiadas no colchão – falta de 
ar); genupeitoral (“prece maometana” – 
facilita o enchimento do coração); cócoras 
(cardiopatia congênita cianótica); 
parkinsoniana (semiflexão da cabeça, 
tronco e membros inferiores; parece correr 
atrás do próprio eixo de gravidade); 
decúbito lateral (dor de origem pleurítica); 
decúbito dorsal com pernas fletidas sobre 
as coxas (inflamações retroperitoniais); 
decúbito ventral (cólica intestinal); 
decúbitos com variados graus de flexão da 
coluna (lombalgias – posição antálgica). 
- Involuntárias: passiva (pct fica na posição 
em que é colocado no leito – paciente 
inconsciente); ortótono (troncos e 
membros rígidos, sem se curvarem); 
opistótono (contratura da musculatura 
lombar, corpo arqueado – tétano e 
meningite); emprostótono (corpo com 
concavidade voltada para frente – tétano, 
meningite e raiva); pleurostótono (corpo se 
curva lateralmente – tétano, meningite e 
raiva); posição em gatilho (hiperextensão 
da cabeça, flexão das pernas sobre as coxas 
e encurvamento do tronco com 
concavidade para diante – irritação 
meníngea). 
Marcha: o modo de andar do pct 
- solicite o pct a andar uma distância acima 
de 5m, descalço, com olhos abertos e 
fechados 
- Marcha Ceifante (hemiplégica): flexão 
do membro superior e extensão do 
membro acometido (pct não consegue 
fazer a flexão da coxa, extensão da perna e 
dorsiflexão do pé). Ao andar, pct leva o 
membro estirado para fora e depois para 
frente (movimento de circundação ao 
redor da coxa). Pcts com quadros 
neurológicos. Ex: AVC 
- Marcha atáxica (cerebelar/ ébria): base 
alargada, pernas pra frente e pros lados, 
movimentos largos e imprecisos. 
Apresentam desequilíbrios e olhar voltados 
para os membros inferiores. Lesões 
cerebelares. 
_ Marcha Escarvante: arrasta a ponta dos 
pés no solo (fraqueza na dorsiflexão). O pct 
tenta compensar, elevando os joelhos. 
Lesões de nervos periféricos, radiculites, 
polineurites e poliomielites. 
- Marcha Tabética: base alargada, olhar 
para o solo, perda de propriocepção faz 
com que pct arremesse o pé para diante e 
bata com força no solo. Perda das 
informações sensoriais dos membros 
inferiores. Neurossífilis. 
- Marcha Parkinsoniana (festinante): 
rigidez muscular generalizada, pct se acha 
“preso ao solo”. Passos curtos, cabeça e 
tórax inclinados para frente. Antebraçose 
joelhos rígidos em discreta flexão. S/ 
balanço dos braços. 
- Marcha Claudicante: ao caminhar, pct 
manca para um dos lados. Insuficiência 
arterial periférica e lesão no AP. locomotor. 
- Marcha em Tesoura (espástica): os dois 
membros inferiores enrijecidos e 
espásticos permanecem semifletidos, os 
pés se arrastam e pernas se cruzam uma na 
frente da outra. Paralisia Cerebral 
Fonte:  Semiologia Médica - Celmo 
Celeno Porto - 7ª Edição. Editora 
Guanabara e Koogan. 2014

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