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Esquizofrenia: Aspectos Clínicos e Fatores de Risco

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UNIVERSIDADE PAULISTA
INSTITUTO DE CIENCIA HUMANA
CURSO DE PSICOLOGIA
CEPPE – CENTRO DE ESTUDOS E PESQUISAS EM PSICOLOGIA E EDUCAÇÃO
ESQUIZOFRENIA
Processos Psicológicos Básicos
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
SETEMBRO DE 2015
ASPECTOS CLINICOS 
Segundo VARELLA (2012), a esquizofrenia “é uma doença psiquiátrica endógena, que se caracteriza pela perda do contato com a realidade”. É uma doença crônica e complexa, sendo o tratamento necessário durante toda a vida do indivíduo. Os sintomas costumam a aparecer no sexo masculino entre os 20 e 25 anos e no sexo feminino aos 30 anos de idade, sendo considerado casos raros os que surgem na infância ou após os 45 anos de idade. Alguns desses sintomas que surgem são: Delírios, alucinações, pensamentos desorganizados, habilidade motora anormal, isolamento social, perda de interesse em atividades cotidianas, entre outros. Há alguns sintomas iniciais, porém, não são específicos da doença, que não permitem um diagnóstico precoce do transtorno. O início da esquizofrenia pode ser confundido com depressão, ansiedade generalizada, pânico, transtorno obsessivo-compulsivo, hiperatividade, déficit de atenção, desânimo e desinteresse generalizado. Em alguns casos, o indivíduo esquizofrênico desperta um grande interesse por temas exóticos, místicos, religiosos, filosóficos, entre outros.
Conforme PALMEIRA (2011 – 2015), o indivíduo esquizofrênico tem como aspecto presente a capacidade de perder a noção entre o que é real e o que é fantasia. Em quadros agudos, a pessoa é capaz de ter delírios com criações da própria mente. Esses delírios são chamados de surtos psicóticos, sendo estres criados espontaneamente, invadindo e dominando a mente da pessoa de maneira que esta perde a capacidade de vencer sozinha suas próprias ideias. Além disso, a pessoa também tem alucinações, podendo ouvir ou ver coisas que não existem ou não estão presentes. Há casos de alucinações olfativas, gustativas, táteis e nos órgãos internos (exemplo, sentindo o coração derreter), sendo estas alucinações também fora do controle do indivíduo. O esquizofrênico, muitas vezes, perde também algumas funções mentais, como a afetividade e a vontade, sendo vista por leigos no assunto como preguiça ou má vontade. Existem muitos sintomas para a esquizofrenia, sendo estes cognitivos, comportamentais, neurológicos, entre outros. 
FATORES GENETICOS
A esquizofrenia considerada um transtorno mental tem como sintomas a dificuldade na distinção entre as experiências reais e imaginárias interferindo no pensamento lógico, nas respostas emocionais normais e comportamento esperado em situações sociais. Ainda não se sabem as causas deste transtorno porem existem médicos que acreditam na combinação de fatores genéticos e ambientais que possam estar envolvidos no desenvolvimento deste distúrbio.
 Os genes da esquizofrenia são responsáveis por controlar as etapas importantes do desenvolvimento cerebral, bem como a produção de neurotransmissores (são substâncias químicas liberadas pelos neurônios e utilizadas para a transferência de informações entre eles.). Estes genes são ativados por fatores genéticos que geram alterações do desenvolvimento do cérebro que remetem a erros na comunicação entre um neurônio e outro podendo ser de diferentes áreas.
Se a esquizofrenia fosse causada por um gene dominante, então 50% da prole de um pai esquizofrênico deveriam ser esquizofrênicas, porém o valor observado é muito inferior. Se a esquizofrenia fosse causada por um gene recessivo, seria esperado que 100% dos filhos de dois pais esquizofrênicos deveriam ser esquizofrênicos, mas o valor observado é 36,6%. Fica claro que ainda não se tem uma resposta concreta sobre a transmissão dessa doença pela genética.
A Hereditariedade, segundo os pesquisadores não parece ser um dos fatores determinante, já que também é comum filhos de pais esquizofrênicos não desenvolverem a doença.
FATORES AMBIENTAIS
Do período da gestação à primeira infância, o cérebro é mais sensível, e por estar crescendo com rapidez e depender do ambiente para o aperfeiçoamento de suas funções, ou seja, está exposta constantemente, a todas as informações que influenciam na sua modelagem, a presença de variáveis genéticas da esquizofrenia, podem interferir em processos naturais do desenvolvimento. Por isso as questões ambientais podem influenciar o adoecimento nas etapas mais precoces do desenvolvimento cerebral.
Nesse mesmo período mulheres que tiveram Viroses, (influenza, rubéola, herpes) particularmente quando ocorrem no segundo trimestre de gravidez; Desnutrição materna; Morte do esposo; Catástrofes; Gravidez indesejada; Depressão durante a gravidez, causas que interferem o desenvolvimento do cérebro, tem a maior propensão do aparecimento do distúrbio metal 
 Não existe ao certo sobre quais seriam os fatores ambientais envolvidos, pois existem estudos que acreditam que a esquizofrenia é resultado de uma combinação de fatores genéticos e ambientais, ou seja, existem pessoas que já nascem com a tendência e que será exposta em determinada situação, mas estudos sugerem que infecções durante a gravidez (sangramentos, diabetes, incompatibilidade rH, (pré-eclâmpsia) e complicações no parto (atonia uterina, asfixia/hipóxia neonatal, parto cesáreo emergencial), podem contribuir para que uma criança nasça com uma vulnerabilidade para a esquizofrenia e venha a desenvolver a doença em um estágio posterior do desenvolvimento
Ao longo do crescimento, quando a criança é sujeita a doenças como meningite, encefalite, sarampo), ou até mesmo passaram por experiências psicológicas negativas, traumas, abuso físico e sexual, também corre o risco de desenvolver a esquizofrenia. Na adolescência pode considerar o uso de drogas, mais específico a maconha, mas isso é variável de pessoa a pessoa, ou seja, algumas pessoas que possuem determinado alelo de um gene relacionados à doença têm até 5 vezes mais risco de desenvolver psicose se usarem maconha aos 15 anos. Este é apenas um dos genes relacionados à esquizofrenia, que pode influenciar uma parcela de casos, já que muitos outros não têm relação com o uso de maconha, isso não significa que outras drogas não podem causar a doença.
Referência Bibliográfica
VARELLA, Dráuzio. Entrevista: Esquizofrenia. 2012. Disponível em: <http://drauziovarella.com.br/letras/e/esquizofrenia/>. Acesso em: 26/09/2015.
PALMEIRA, Leonardo. Entendendo a Esquizofrenia. 2011 – 2015. Disponível em: http://entendendoaesquizofrenia.com.br/website/?page_id=5708. Acesso em: 26/09/2015.
MINHA VIDA: Saúde, alimentação e bem-estar. Temas: Esquizofrenia. 2006 – 2015. Disponível em: http://www.minhavida.com.br/saude/temas/esquizofrenia Acesso em: 26/09/2015.
Rangel, Barbara Luiz e Adriana dos Santos. Revista Uninga. 2013. Disponível em: http://www.mastereditora.com.br/periodico/20131201_210447.pdf> Acesso em: 26/09/2015.
NICOLAU, Paula Fernando e NICOLAU, Carolina A. ENSINANDO E APRENDENDO SOBRE ESQUIZOFRENIA. Disponível em: < http://www.psiquiatriageral.com.br/esquizofrenia/aprendendo03.htm > Acesso em: 27/09/2015

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