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Abordagens idiográficas e nomotéticas Texto de referência: (1) FIGUEIREDO, L. C. M. Matrizes do pensamento psicológico. Petrópolis: Vozes, 2003. Abordagem nomotéticas • Ordem natural → “ordem independente de cada um dos sujeitos que experimentam.” (1) (p.42) Hipóteses processos de indução, abdução ou invenção (procedimentos experimentais de teste) confrontação com o esperado aceitar ou refutar a hipótese 2 Abordagem nomotéticas • Sistemas classificatórios → que “descrevam da maneira mais conveniente ou mais aproximada as relações entre os fenômenos.” (1) (p.44) • Ordem nas aparências: “A prática científica pode propor-se como objetivo a mera organização dos dados aparentes sem qualquer pretensão a representar a ordem objetiva.” (1)(p.44) • Ordem natural: “exclui o sensível para trabalhar apenas com o inteligível, com o puramente racional.” (1)(p.46) 3 Abordagem nomotéticas “O mundo da experiência quotidiana saturado de significados, de valores afetivos e estéticos, de intenções, necessidades e desejos, o mundo colorido, pitoresco e qualitativo é substituído, para fins de pesquisa e teorização, por um universo geométrico e mecânico, matematizado e homogeneizado.” (1) (p.46) 4 Abordagem nomotéticas • A ordem natural dos fenômenos psicológicos e comportamentais: “A possibilidade de submeter os fenômenos psíquicos aos procedimentos matemáticos, de forma a criar-se uma psicologia empírica, foi expressamente negada por Kant com a alegação de que estes fenômenos não se prestavam à analise e à observação e só tinham uma dimensão, a temporal, quando a mensuração de um processo exige duas dimensões, a temporal e a espacial.” (1) (p.48) ► Wolff – século XVIII, projeto de psicometria – mensuração de graus de prazer/desprazer, perfeição/imperfeição, certeza/ incerteza. 5 Abordagem nomotéticas ► Buck, Mendelssohn, Ploucquet, Mérian e Lambert – “a matematização da psicologia se faria a partir da medição de qualidades intensivas dos fenômenos mentais.” (1) (p.49) ►Século XVIII – encaminhamento da ideia de controle e medição do ambiente físico (sensações, imagens, atenção, etc.) para o fornecimento de índices quantitativos dos fenômenos psíquicos. “na proposta de medida das sensações reconhece-se um projeto semelhante ao que mais tarde daria nascimento à psicofísica de Weber e Fechner, enquanto que nas propostas para medir a capacidade de memorização reconhece-se o esboço do trabalho posterior de Ebbinghaus.” (1) (p.49) 6 Abordagem nomotéticas • Coube a FECHNER, a criação de uma “nova ciência”: a psicofísica, “a ciência exata das relações funcionais de dependência entre o mundo físico e o psíquico” (1) (p.51) • “enquanto as intensidades do estímulo crescem geometricamente, as sensações correspondentes crescem aritmeticamente.” (1) (p.52) • WUNDT – Laboratório de Leipzig – “objetivava medir os fenômenos mentais em si.” (1) (p.53) • EBBINGHAUS – estudos experimentais e quantificados da dos processos psíquicos, com ênfase na memória associativa (velocidade, permanência, apresentação, quantidade, etc.) 7 Abordagem nomotéticas • As raízes socioculturais da quantificação psicológica • “ as interações sociais do indivíduo com os outros indivíduos e com toda a comunidade exibiam um caráter pessoal e imediato.” (1) (p.56) • Sociedade pré capitalista – indivíduo – bem de produção, dominação e exploração. • Práticas legitimadas → determinismo do comportamento e da psique ↔ sociedade alienada. 8 Abordagem idiográficas • Subjetivismo em contraponto ao objetivismo. • Rompimento com o dogmatismo e o mecanicismo científico. • Ciência: singular e descritiva. • Prima-se pela identidade entre sujeito e objeto. • Os fenômenos são tomados como formas expressivas e estruturais de um sistema linguístico. 9 Abordagem idiográficas • Goethe - conceitos básicos para a matriz compreensiva em psicologia (forma, conflito e expressão) . - Forma: “dado imediato da experiência que não deve ser ultrapassado ou negado pela ciência.” (1) (p.143) • O processo compreensivo psicológico precisa individualizar o sujeito, buscando o sentido de sua história. • O desvendar científico não é abstrativo mas intuitivo, pela observação. 10
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