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FISIOLOGIA DA DIGESTÃO QUÍMICA NOS ANIMAIS DOMÉSTICOS PROFª TATIANA CHRYSOSTOMO SANTOS •Decomposição de moléculas alimentares em suas subunidades menores. DIGESTÃO • Passagem dos produtos finais digeridos para a corrente sanguínea e para a linfa. ABSORÇÃO O PROCESSO QUÍMICO DA DIGESTÃO A digestão química ocorre através da ação de enzimas digestivas que hidrolisam as macromoléculas do alimento (como proteínas, amido e lipídeos), quebrando-as em moléculas menores (como aminoácidos, açúcares simples e ácidos graxos) passíveis de serem absorvidas através da membrana das células do TGI. DIGESTÃO QUÍMICA NA BOCA A digestão química do alimento se inicia na cavidade oral, onde a amilase salivar, secretada pelas glândulas salivares, hidrolisa moléculas de amido em oligossacarídeos de amido (dextrinas) como maltose e maltotriose. Amilase salivarAMIDO = POLISSACARÍDEO FORMADO POR MOLÉCULAS DE GLICOSE QUEBRA O AMIDO EM... MALTOSE MALTOTRIOSE A SALIVA • O alimento é misturado às secreções salivares facilitando a deglutição. Além disso, a saliva pode ter funções antibacterianas, digestivas e de resfriamento evaporativo, dependendo da espécie. • A saliva de algumas espécies, também, contém enzima que digere gordura, conhecida como lipase lingual. Essa enzima é, frequentemente, encontrada em animais jovens, como bezerros em amamentação; a enzima desaparece assim que os animais se tornam adultos. • Nos animais onívoros, como ratos e porcos, a saliva contém uma enzima que digere amido, conhecida como amilase salivar. Geralmente essa enzima não está presente na saliva dos animais carnívoros, como os gatos. • Algumas aves possuem amilase salivar que é ativa no ambiente do papo. DIGESTÃO QUÍMICA NO ESTÔMAGO No estômago, existe uma importante proteinase, a pepsina. Esta enzima é produzida pelas glândulas gástricas do estômago e hidrolisa proteínas que contenham os aminoácidos leucina ou fenilalanina ou triptofano ou tirosina. A pepsina é muito ativa em pH ácido, neste pH, a amilase salivar não é ativa. RENINA → enzima presente no suco gástrico dos filhotes → coagula as proteínas do leite. RELEMBRANDO... =PIG COMPOSIÇÃO DO SUCO GÁSTRICO Células principais Células tipo enterocromafim Estímulo para liberação A SECREÇÃO DO ÁCIDO CLORÍDICO PELAS CÉLULAS PARIETAIS DO ESTÔMAGO A LIBERAÇÃO DE H+ PELAS CÉLULAS PARIETAIS DO ESTÔMAGO Histamina BLOQUEADORES DA PRODUÇÃO DE H+ • OMEPRAZOL → liga-se à enzima ATPase trocadora de H+/K+ (bomba de prótons) nas células parietais gástricas promovendo a supressão da liberação de íons H+. Desta forma, não haverá produção de HCl (ácido clorídrico). ase ase OMEPRAZOL BLOQUEADORES DA PRODUÇÃO DE H+ • CIMETIDINA, RANITIDINA, FAMOTIDINA, NIZATIDINA → ligam-se aos receptores H2 de HISTMINA, nas células parietais gástricas BOQUEANDO A VIA DO AMPcíclico e, consequentemente, a ação da ATPase. Desta forma, não haverá produção de HCl (ácido clorídrico). CIMETIDINA PROTEÍNA = CONJUNTO DE AMINOÁCIDOS = 2AAS DIGESTÃO DE PROTEÍNAS DIGESTÃO QUÍMICA NO DUODENO A DIGESTÃO DO QUIMO PELAS ENZIMAS PANCREÁTICAS NO INTESTINO DELGADO. APÓS A PASSAGEM DA DIGESTA PELO ESTÔMAGO... • Os movimentos peristálticos e o relaxamento do piloro carregam a digesta através do duodeno e para outra porção do intestino delgado: jejuno-íleo. • A digestão química do alimento prossegue nesta região através da ação de várias enzimas que são secretadas pelo pâncreas e chegam ao duodeno pelo ducto pancreático. • Assim, as lipases quebram moléculas de lipídeos em glicerol e ácidos graxos. • As proteinases (como tripsina, quimotripsina e carboxipeptidases) quebram proteínas em oligopeptídeos). • A amilase pancreática quebra amido em oligossacarídeos. • A fase final da digestão química, a qual irá resultar em moléculas simples (monômeros), ocorre no intestino delgado, já próximo dos locais de absorção. • Nesta região, a membrana plasmática das células epiteliais são diferenciadas, formando um bordo em escova, ou microvilosidades. Nessa membrana, existem enzimas como maltase e outras dissacaridases que irão terminar a quebra dos oligossacarídeos, produzindo açúcares simples, como glicose e frutose. • Da mesma forma, oligopeptidases, como aminopeptidases, também são enzimas encontradas nestas células e realizam a quebra de oligopeptídeos em aminoácidos. • Os monômeros resultantes do processo de digestão química são absorvidos pela membrana do epitélio ao longo do intestino delgado. DIGESTÃO DAS PROTEÍNAS por ação de enzimas pacreáticas ASPECTO DAS VILOSIDADES INTESTINAIS: À ESQUERDA, VILOSIDADES DESTRUÍDAS; À DIREITA, VILOSIDADES EM SEU ASPECTO NORMAL. AS VILOSIDADES INTESTINAIS: ABSORÇÃO NO INTESTINO DELGADO A ABSORÇÃO DOS NUTRIENTES DIGERIDOS • Açúcares simples, como a glicose, são absorvidos através de uma proteína de membrana (GLUT = PROTEÍNA TRANSPORTADORA DE GLICOSE), que carrega a molécula de açúcar juntamente com um íon Na+ para o interior da célula epitelial do intestino delgado (difusão facilitada). • Os aminoácidos, também, são absorvidos pelas células epiteliais do intestino delgado. O mecanismo é semelhante ao descrito acima para glicose, mas as proteínas transportadoras envolvidas no processo são bem diferentes. • A digestão de proteínas resulta em diferentes aminoácidos e, destes, cerca de 20 são passíveis de serem absorvidos (existem cerca de 300 aas na natureza). VILOSIDADES INTESTINAIS E LÂMINA BASAL DE TEC. CONJUNTIVO VILOSIDADES INTESTINAIS VILOSIDADES: SÃO FORMADAS POR CÉLULAS DE ABSORÇÃO (ENTERÓCITOS), CÉLS. PRODUTORAS DE MUCO E DE ENZIMAS DIGESTIVAS ENTERÓCITOS: APRESENTAM MICROVILOSIDADES BORDA EM ESCOVA: VILOSIDADES +MICROVILOSIDADES microvilosidades ABSORÇÃO DE MONOSSACARÍDEOS PROVENIENTES DA DIGESTÃO DE CARBOIDRATOS SGLT1 = PROTEÍNA DE TRANSPORTE Na+ / GLICOSE GLUT= PROTEÍNA TRANSPORTADORA DE GLICOSE OU FRUTOSE BORDA DA ESCOVA INTESTINAL = No estômago • as proteínas são parcialmente digeridas no estômago em oligopeptídeos (pequenos grupos de aminoácidos). No duodeno • no duodeno, os oligopeptídeos são quebrados em di e tripeptídeos por ação das enzimas tripsina e quimiotripsina (ambas do suco pancreático). No jejuno e íleo • Os di e tripeptídeos são, finalmente, quebrados em aminoácidos, por ação das di e tripeptidases existentes no interior dos enterócitos. DIGESTÃO DE PROTEÍNAS ABSORÇÃO E DIGESTÃO FINAL DE OLIGOPEPTÍDEOS PROVENIENTES DA DIGESTÃO DE PROTEÍNAS A AÇÃO DA BILE ABSORÇÃO DE LIPÍDEOS • Os ácidos graxos, glicerol, colesterol e outros produtos da quebra dos lipídeos têm, em comum, uma forte característica hidrofóbica. Assim, eles podem atravessar a membrana das células epiteliais do intestino delgado por difusão simples. • Estas moléculas formam micelas mistas com outros lipídeos, como colesterol saem para o espaço intersticial e se incorporam aos vasos linfáticos. MICELA DIFUSÃO SIMPLES SECREÇÕES DO TGI: UMA SÍNTESE E COMPLEMENTAÇÃO • As glândulas salivares produzem a amilase, que inicia a digestão de amido. O pH da saliva varia entre 6,0 e 7,4, pH ótimo de funcionamento da amilase. • O estômago produz pepsinogênio, que funciona em pH ácido. As células parietais do estômago também secretam íons HCL, acidificando o meio e transformando o pepsinogênio na sua forma ativa, a pepsina. • O pâncreas produz SUCO PANCREÁTICO, que contém amilase, tripsina, quimotripsina e lipase. Estas enzimas passam pelo duto pancreático e são ativas no intestino delgado, em pH levemente alcalino. O ajuste do pH nesta região é feito através de secreção de bicarbonato pelo próprio pâncreas e pelo fígado. • A vesícula biliar armazena e secreta sais biliares produzidos pelo fígado FORMANDO A BILE, que EMULSIONA OS LIPÍDEOS. PRINCIPAIS ENZIMAS DIGESTIVAS NÃO HÁ DIGESTÃO NO CÓLON • O cólon não tem enzimas luminais e, da borda em escova, absorve apenaságua, íons e ácidos graxos voláteis. Slide 1: FISIOLOGIA DA DIGESTÃO QUÍMICA NOS ANIMAIS DOMÉSTICOS Slide 2 Slide 3: O processo químico da digestão Slide 4: Digestão química na boca Slide 5 Slide 6: A SALIVA Slide 7: Digestão química no estômago Slide 8 Slide 9: Relembrando... Slide 10 Slide 11 Slide 12: A SECREÇÃO DO ácido clorídico PELAS CÉLULAS PARIETAIS DO ESTÔMAGO Slide 13: A liberação de h+ PELAS CÉLULAS PARIETAIS DO ESTÔMAGO Slide 14: Bloqueadores da produção de h+ Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19: Digestão química no duodeno Slide 20 Slide 21: A digestão do quimo pelas enzimas pancreáticas no intestino delgado. Slide 22 Slide 23: APÓS A PASSAGEM DA DIGESTA PELO ESTÔMAGO... Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28: A Absorção dos nutrientes digeridos Slide 29 Slide 30 Slide 31 Slide 32: vilosidades: são formadas por células de absorção (enterócitos), céls. produtoras de muco e de enzimas digestivas Slide 33: Borda em escova: vilosidades +microvilosidades Slide 34: Absorção de monossacarídeos provenientes da digestão de carboidratos Slide 35 Slide 36 Slide 37 Slide 38: Absorção E DIGESTÃO FINAL de oligopeptídeos provenientes da digestão de proteínas Slide 39 Slide 40 Slide 41 Slide 42: A AÇÃO DA BILE Slide 43 Slide 44 Slide 45 Slide 46 Slide 47 Slide 48: Absorção de lipídeos Slide 49: SECREÇÕES DO TGI: UMA SÍNTESE E COMPLEMENTAÇÃO Slide 50: PRINCIPAIS ENZIMAS DIGESTIVAS Slide 51: Não há digestão no cólon