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Ituiutaba - MG 2015 MARIANA MAIA BRÁS COBO PEREIRA RODRIGO ALVES CLAUDINO SILVANIA APARECIDA DIAS VANESSA SILVA ALVES WESLEY ODELIO SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS ESTUDO DA PESQUISA DE CLIMA ORGANIZACIONAL: Homeogarvil – Homeopatia e Manipulação Ituiutaba 2015 ESTUDO DA PESQUISA DE CLIMA ORGANIZACIONAL: Homeogarvil – Homeopatia e Manipulação Trabalho interdisciplinar apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média semestral nas disciplinas de Comportamento, clima e cultura organizacional, Metodologia Cientifica, Psicologia Organizacional e Gestão de Pessoas. Orientador: Prof. Elizete A. Z. de Oliveira, Edinei H. Suzuki, Gisleine B. Fregoneze, Ana Celi Pavão, Monica M. Silva, Luiz Claudio Perini, Rinaldi J. B. Lima. MARIANA MAIA BRÁS COBO PEREIRA RODRIGO ALVES CLAUDINO SILVANIA APARECIDA DIAS VANESSA SILVA ALVES WESLEY ODELIO SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 3 2 DIRETRIZES EMPRESARIAIS ............................................................................ 4 2.1 RELACIONAMENTO E CONDUTA NO TRABALHO ....................................... 5 2.2 VALORIZAÇÃO DA FUNÇÃO E INCENTIVO A MOTIVAÇÃO NO TRABALHO 7 2.2.1 PLANO DE CARREIRA ................................................................................ 8 2.2.2 DESEMPENHO INDIVIDUAL ENTRE FUNÇÕES ...................................... 10 2.2.3 INCENTIVO A QUALIFICAÇÃO ................................................................. 11 2.3 COMUNICAÇÃO INTERNA ............................................................................ 12 2.4 O QUE É A COMUNICAÇÃO INTERNA? ...................................................... 12 2.4.1 A SALA DE REUNIÕES .............................................................................. 13 2.5 RELOGIO DE PONTO .................................................................................... 14 3 CONCLUSÃO .................................................................................................... 16 4 REFERÊNCIAS .................................................................................................. 18 3 1 INTRODUÇÃO Nos princípios básicos das metodologias de Análise de Problemas e Tomada de Decisão, o Diagnóstico é o primeiro passo para a solução de um problema e assim como em qualquer sistema, isto também se aplica aos Recursos Humanos. Antes de iniciarmos qualquer planejamento de ações corretivas nos processos de Administração de Pessoas, é necessário saber exatamente qual é a situação, como estamos, realmente o que é problema e, até mesmo, o que achamos que é um problema, se realmente é. Dentro deste contexto, uma das ferramentas mais eficazes no diagnóstico na área de Recursos Humanos é a Pesquisa de Clima Organizacional. Através dela podemos mapear e analisar a situação em que a empresa está e utilizar estes dados como base para ações corretivas. No intuito de identificar erros e melhorar o ambiente de trabalho, a empresa Homeogarvil – Homeopatia e Manipulação decidiu aplicar uma pesquisa de clima organizacional aos seus quarenta e quatro colaboradores. A empresa tem a atividade econômica de Farmácia de Manipulação e Homeopatia e é exclusiva no ramo de manipulação e homeopatia da região do triangulo mineiro, já que as demais empresas deste ramo são também Farmácias e drogarias de medicamentos químicos. A pesquisa foi aplicada aos quarenta e quatro colaboradores através de um questionário criado em meio digital no site avalio.com.br, onde foi criado um link para que o questionário fosse aplicado aos colaboradores. Foi disponibilizado uma sala e um computador dentro da empresa para que o link pudesse ser acessado e respondido com tempo e calma pelos colaboradores. Sendo assim, foi possível evidenciar diversos problemas, e entre esses problemas os de maior relevância foram: a necessidade de motivação dos colaboradores, a necessidade valorização das funções, a localização e carência do relógio de ponto, o incentivo a qualificação e comunicação interna, os quais serão apresentados ao longo deste trabalho com possíveis soluções. Esta pesquisa poderá trazer a empresa uma melhoria na motivação e desempenho dos colaboradores e poderá proporcionar aos colaboradores melhorias no ambiente de trabalho e mais reconhecimento do seu trabalho. 4 2 DIRETRIZES EMPRESARIAIS Ao se pensar em estratégia, lembramos logo de objetivos estratégicos e das etapas de planejamento e execução da estratégia na empresa, as quais começam nos alicerces necessários para a construção de uma estratégia bem-sucedida que sempre seguirão as diretrizes empresariais: Missão, Visão e Valores de uma organização. Na análise dos resultados obtidos nas respostas dos colaboradores, foi identificado que alguns dos colaboradores da empresa pesquisada, se mostram insatisfeitos com o modo como são levadas as diretrizes empresarias, onde na maioria das vezes eles entendem que elas funcionam conforme a empresa necessita. Para se obter êxito na aplicação das diretrizes empresariais dentro de uma organização, é necessário que sejam apresentadas aos colaboradores no ato de sua integração à empresa, explicando a esses novos colaboradores o objetivo das diretrizes empresariais. É muito comum que algumas empresas imponham aos seus colaboradores que decorem essas diretrizes empresariais, quando seria necessário realmente, apenas sua compreensão. Segundo Kaplan e Norton (2004, p. 36) a missão de uma organização é uma declaração concisa e com foco interno da razão de ser da organização, do propósito básico para o qual direcionam suas atividades e dos valores que orientam as atividades dos colaboradores. A missão também deve descrever como a organização espera competir no mercado e fornecer valores aos clientes. A empresa pesquisada tem como Missão, “Manipular e comercializar produtos e serviços que promovam a saúde e o bem-estar, com padrões éticos e inovadores, oferecendo aos clientes a máxima qualidade com o melhor atendimento. Assim, fazer as pessoas mais felizes”. Segundo Kaplan e Norton (2004, p. 37) a visão da organização é uma declaração concisa que define as metas a médio e longo prazo da empresa e deve representar a percepção externa, deve ser orientada para o mercado e deve expressar, geralmente em termos motivadores ou “visionários”, como a organização quer ser percebida no mundo. 5 A Visão da empresa pesquisada está pautada em se tornar um referencial em qualidade e em eficiência de resultados, com caráter inovador no mercado de farmácias de manipulação e homeopatia de Minas Gerais. Além da visão e missão, toda empresa tem também seus valores éticos, ou seja, os propósitos e as normas e regras gerais que devem também ser passadas aos novos colaboradores no momento da sua integração à empresa e é importante que a empresa leve sempre à risca esses valores para auxiliar no cumprimento de sua missão empresarial. Os valores da organização correspondem aos ideais e crenças, determinando uma conduta das pessoas na empresa. Envolve também a cultura das pessoas que na organização atuam,podendo assim influenciar no alcance dos objetivos (BETHLEM, 2004), e a empresa pesquisada tem seus valores fundamentados na credibilidade, responsabilidade, transparência, ética, espírito de equipe, competência, resiliência, inovação e responsabilidade social. Missão, visão e valores empresariais, fazem parte de uma estrutura empresarial e é importante ter conteúdos que possibilitem o processo de melhoria contínua da qualidade na organização (STADLER, 2006). 2.1 RELACIONAMENTO E CONDUTA NO TRABALHO Atualmente, vive-se em um mundo dinâmico, onde as organizações têm vivenciado mudanças profundas e complexas no seu contexto organizacional, havendo assim a necessidade de adquirir novas formas de trabalho mais ágeis, flexíveis e que valorize as relações humanas. O termo comprometimento organizacional tem evoluído conceitualmente desde a década de 70 e início dos anos 80. Com isso, os estudos sobre comprometimento têm se concentrado tanto na identificação dos tipos e focos de comprometimento, quanto na busca de seus antecedentes correlatados e no seu poder de predizer os aspectos de comportamento do colaborador. Assim, Bastos (1994) afirma que diferentes aspectos podem interferir no comprometimento do indivíduo, tanto internos como externos, como a organização em que ele trabalha, seu grupo de amigos, sua profissão, sua função, metas a serem cumpridas e também família, religião, cultura, etc. As relações entre essas variáveis podem ser conflitantes ou harmônicas (AZEVEDO, 2006). 6 Rocha e Bastos (1999) entendem que o comprometimento do trabalhador sofre influência direta da adaptação cotidiana, na qual as empresas têm de superar os desafios impostos pelas transformações. Consequentemente, estas mudanças propostas podem interferir diretamente no modo de agir do colaborador que é o principal responsável pelo sucesso na implementação dos processos organizacionais. Observa-se na análise do questionário aplicado aos colaboradores da empresa, que muitos deles questionam a questão do comprometimento de um colaborador ou outro com o seu trabalho e também a relação entre eles, que muitas vezes é abalada por conversas paralelas. Para que a organização tenha sucesso na gestão de pessoas, é preciso saber lidar com a sinergia dos colaboradores, visando o benefício coletivo, tornando o ambiente mais agradável e facilitando o convívio entre os colaboradores. Observa-se a necessidade de as organizações priorizarem as condições necessárias para auxiliar no desenvolvimento e crescimento dos seus colaboradores. A organização tem um grande significado para o colaborador, o indivíduo precisa identifica-se com ela, envolver-se nos processos e assumir uma postura de lealdade, a fim de contribuir para o crescimento da organização. Estes são quesitos fundamentais para a integração dentro da organização e para permanecerem na empresa porque assim desejam. A empresa pesquisada, oferece a seus colaboradores um ambiente agradável para realização de suas funções, porém seria interessante um profissional da área de Recursos Humanos para fazer um estudo mais a fundo da personalidade de cada colaborador, utilizando para esse estudo, as ferramentas do comportamento organizacional, psicologia organizacional e gestão de pessoas para que cada grupo de colaborador seja entendido e que a convivência entre esses grupos seja harmônica, trabalhando com cada colaborador para que ele entenda que se não tiver o comprometimento com seu serviço, ele poderá atrapalhar o serviço do colega de trabalho que depende do seu serviço para realização do dele. 7 2.2 VALORIZAÇÃO DA FUNÇÃO E INCENTIVO A MOTIVAÇÃO NO TRABALHO A relação da motivação com o comportamento e desempenho de um indivíduo, é estabelecida espontaneamente tanto pelos cientistas como pelas pessoas leigas. O comportamento é percebido como sendo provocado e guiado por metas da pessoa, que realiza um esforço para atingir determinado objetivo. A motivação humana é como um processo psicológico estreitamente relacionado com o impulso ou com a tendência a realizar com persistência determinados comportamentos. A motivação no trabalho, por exemplo, manifesta-se pela orientação do colaborador para realizar com presteza e precisão as suas tarefas e persistir na sua execução até conseguir o resultado previsto ou esperado. Geralmente, salientam-se três componentes na motivação: o impulso, a direção e a persistência do comportamento (Mitchell, 1982; Kanfer, 1990, 1992; Katzel e Thompson, 1990; Locke e Lathan, 1990; Vallerand e Thill, 1993).A motivação está totalmente ligada a valorização da função e o reconhecimento da função, que foi um dos pontos que ficou negativo na pesquisa realizada. O estudo da motivação no trabalho recebe interesse considerável na literatura internacional devido, provavelmente, à sua estreita relação com a produtividade individual e organizacional. O problema da motivação no trabalho situa-se, inevitavelmente, no contexto da interação dos interesses da organização com os interesses do colaborador. As duas partes envolvem-se numa parceria, na qual cada uma delas apresenta, explicita e/ou implicitamente, as suas exigências e demandas. Em questão da organização pesquisada, existem demandas explícitas e bastante precisas em relação ao desempenho do colaborador e às normas de comportamento na empresa. Quanto ao desempenho, a empresa exige que os seus membros executem tarefas bem delimitadas, em períodos determinados de trabalho e com padrões de quantidade e qualidade previamente estabelecidos. Todas estas atividades fazem parte do papel atribuído ao colaborador e são, geralmente, regidas pelo próprio contrato de trabalho. Para a execução das tarefas, a empresa pesquisada fornece aos seus colaboradores o equipamento e o material necessário, este último, podendo muitas vezes, não corresponder às exigências das tarefas e da própria organização. 8 As demandas do colaborador no ambiente organizacional referem- se, fundamentalmente, em ser tratado e respeitado como ser humano e a encontrar na organização oportunidades para satisfazer as suas necessidades e atingir os seus objetivos e expectativas por meio da própria atividade do trabalho. Entre a pessoa e a organização onde ela trabalha, existe uma verdadeira dinâmica que é fundamental para a obtenção dos objetivos tanto da organização como do colaborador. Esta dinâmica é determinada pelas exigências do próprio trabalho e da organização e pelas demandas do colaborador (Peiró e Prieto, 1996). O equilíbrio entre as duas fontes desta dinâmica (o trabalho/empresa e a pessoa) tem consequências positivas tanto para a organização quanto para o colaborador. Os benefícios para a organização manifestam-se na qualidade e na quantidade de trabalho executado pelo colaborador. As consequências para ele situam-se principalmente no nível da realização pessoal, da satisfação, do bem-estar e da autoestima. Para Erez (1997), colaboradores insatisfeitos não apresentam disposição para dedicar esforço, conhecimentos e habilidades pessoais no seu trabalho. Portanto é fundamental que a organização valorize, eficientemente, os seus colaboradores, se quiser manter um lugar de destaque no mercado altamente competitivo de hoje. 2.2.1 PLANO DE CARREIRA Todo o colaborador que ingressa em uma organização, almeja seguir uma carreira profissional estabelecendo objetivos e metas para o seu sucesso, isso não é diferente na empresa pesquisada, pois os colaboradores sentem que falam oportunidades de crescimento dentro da empresa, e todos colaboradores querem atuar em uma área que proporcione crescimento eaprendizado profissional, motivação, uma remuneração que os satisfaça e tarefas que os estimulem a exercer sua criatividade. Segundo Castro (2015) em seu artigo publicado no sítio rh.com.br, o plano de carreira é entendido da seguinte forma: [...] Basicamente, o planejamento é composto por três partes: a primeira diz respeito a onde você se encontra atualmente, com 9 relação ao cargo ocupado, remuneração, competências que possui, formação acadêmica e histórico profissional. A segunda, é relacionada a onde se quer chegar, quais seus objetivos em curto, médio e longo prazos. Por exemplo: "ser o diretor de uma grande empresa", ou "ser o dono do meu próprio negócio". E a terceira, quais os passos necessários para que seus objetivos sejam atingidos, ou seja, o caminho a ser percorrido. O plano de carreira funciona como um guia elaborado entre o colaboradores e a empresa, onde o colaborador irá identificar o momento em que se encontra, quais são seus objetivos profissionais e quais passos são necessários para atingir seus sonhos. Tendo metas definidas, o colaborador saberá exatamente o que deverá fazer para alcançar seus objetivos, além de saber quais posições ele pode conseguir dentro da empresa em que trabalha. Vale ressatar que um dos problemas encontrados é a alta rotatividade de colaboradores, pois atualmente, não é apenas o salário que se torna um atrativo para os colaboradores e sim um ambiente que possibilite desenvolvimento contínuo. Deste modo é de extrema importância que a empresa pesquisada elabore um plano de carreira para os colaboradores para que garanta a retenção de talentos para que tenha uma equipe motivada que se empenhe na busca por resultados. Dessa maneira, os colaboradores estarão mais alinhados com o crescimento da empresa e não precisarão buscar por oportunidades em outros lugares. É importante resaltar que para a empresa desenvolver um plano de carreira elaborar a descrição de cargos e salários, as competencias de cada cargo, a complexidade das funções, responsabilidades, bem como as condições ambientais de cada área em que será executada alguma atividade. Tais atributos são necessários para a construção do caminho do colaborador para determinada função que o mesmo almeja alcançar, e para isso, devem ser levantadas todas as funções dentro da organização. Deste modo, o plano de carreira é usado para atrair e manter colaboradores qualificados, fazendo com que o mesmo saiba quanto tempo vai levar para escalar os degraus na hierarquia corporativa e quais as competências a companhia espera dele. 10 2.2.2 DESEMPENHO INDIVIDUAL ENTRE FUNÇÕES Para que todos os serviços sejam executados dentro da empresa em foco, a empresa depende dos colaboradores, desde o atendimento ao cliente, passando pelo laboratório para manipulação do medicamento ou outro produto até a entrega ao cliente e esse processo deve ser feito por meio do trabalho em equipe. Porém, se um colaborador da equipe deixar de fazer sua parte, isso comprometerá todo o restante, dessa forma, fica bem claro que é de extrema importância o desempenho individual de cada colaborador em sua função. Este foi um dos assuntos levantados nesta pesquisa, onde observa- se que alguns colaboradores consideram que outros colaboradores se preocupam com o serviço do colega e deixam a desejar as atribuições da sua função e isso gerou algumas insatisfações na opinião dos pesquisados. A tendência para Ribeiro (2006), é que as empresas passem a administrar com as pessoas, ou seja, unir a organização, colaboradores e parceiros internos em prol de um objetivo comum. Igualmente, as pessoas deixam de ser consideradas recursos organizacionais e passam a ser parceiros organizacionais, uma vez que, não são mais seres passivos no processo decisório e passam a ser vistos como sujeitos ativos, dotado de inteligência e ideias, tornando-se, portanto, empreendedores. Rocha e Bastos (1999) afirmam que é de extrema importância que as organizações considerem a forma de como ajustar o indivíduo a função adequada. A função exercida deve estar adaptada, a fim de permitir a utilização da vocação e habilidades do colaborador, proporcionando um melhor desempenho individual. O indivíduo, ao ter a percepção que irá realizar o trabalho em uma área na qual se identifica, tem seus valores pessoais fortalecidos juntamente com sua mensuração pela importância do trabalho, e isso pode interferir diretamente nos padrões de comprometimento desse colaborador. A total sintonia desse colaborador com os interesses da empresa se torna fundamental para o crescimento de ambos, pois existe uma relação de dependência entre eles. Contudo, as empresas precisam de colaboradores satisfeitos e motivados e às vezes pode ser difícil adquirir esse nível de motivação. Um 11 colaborador motivado pode motivar a outros e um profissional capacitado na área de Recursos Humanos poderá elaborar formas de motivação aos colaboradores e poderá auxiliar na busca da fonte dos problemas. 2.2.3 INCENTIVO A QUALIFICAÇÃO O mercado de trabalho no Brasil, vem exigindo cada vez mais qualificação técnica e profissional e a falta de mão de obra qualificada é um dos grandes problemas do mercado. As organizações para que consigam ter esses profissionais em sal equipe, estão investindo cada vez mais no desenvolvimento e qualificação de seus colaboradores com treinamentos, cursos, palestras e até custeando o ensino superior dos seus colaboradores. A empresa pesquisada, oferece a seus colaboradores treinamentos quase que mensais de forma interna e subsidia cursos externos em parceria com o SEBRAE, FIEMG, CDL e outros aos seus colaboradores. Estes cursos são subsidiados em cinquenta por cento do valor, mas os colaboradores almejam um incentivo de cem por cento e gostariam de ter um apoio maior em um curso superior. Observa-se no entanto, a falta de cursos e ensino especializado na nossa região para ampliar o conhecimento específico de algumas áreas de conhecimento em uma organização e para que se mantenha competitiva no mercado é preciso investir na qualificação dos seus colaboradores. Diante da dificuldade e do alto custo de treinamentos dos colaboradores, seria de grande valia que empresas da região e do mesmo segmento se unissem e formassem uma parceria para conseguir oferecer aos seus colaboradores cursos e treinamentos, assim o custo para cada empresa seria menor. Contudo, muitos trabalhadores almejam alcançar promoções dentro de uma organização, mas nem sempre se emprenham o suficiente para esta conquista, e fazer um curso superior gratuito traria grandes oportunidades na empresa. Sabendo da atual situação da nossa atual economia, uma empresa tem altos custos para proporcionar aos colaboradores uma universidade particular. Portanto, palestras de motivação e incentivo aos colaboradores em buscar um curso superior em universidades públicas seria um ponto positivo para esses colaboradores. 12 2.3 COMUNICAÇÃO INTERNA É possível ter muitas formas de obter informações e conhecimentos, mas não estar se comunicando, pois existe grande diferença entre comunicação e informação e em uma empresa não é diferente. Muitas informações são produzidas e causam impacto na vida dos colaboradores, mas nem sempre geram mudanças de atitudes, porque podem causar confusão por não terem sido divulgadas de forma adequada, cabe ao gestor identificar a essência comunicativa de determinado fato. De acordo com o questionário aplicado nesta pesquisa, possivelmente ocorre um desvio na comunicação interna. Seria necessário um feedback para identificar falhas decomunicação. Contudo, no próximo tópico os tipos de comunicação interna e seus objetivos serão detalhados para um melhor entendimento sobre o assunto. 2.4 O QUE É A COMUNICAÇÃO INTERNA? Para Marchiori (2006) “a busca da valorização da comunicação interna deve ser entendida como estratégia básica dos empresários que desejam a efetividade de sua organização. Chega a ser irônico pensar que neste novo mundo, altamente tecnológico, com tantas transformações, o sucesso de um empreendimento continua a estar centrado nas pessoas. É por meio da comunicação que uma organização recebe, oferece, canaliza informação e constrói conhecimento, tomando decisões mais acertadas”. A Comunicação Interna envolve as interações, os processos de trocas e os relacionamentos dentro de uma empresa ou instituição, sendo responsável por fazer circular as informações e o conhecimento, de forma vertical, ou seja, da Direção para os níveis subordinados; e horizontal, entre os colaboradores de mesmo nível de subordinação. Segundo Bueno (2010) em relação a Comunicação Interna, “ela é de suma importância numa organização porque cada pessoa de uma organização tem um papel a desempenhar na comunicação interna e não só o "staff" profissional de comunicação”. Temos como meio de comunicação interna os comunicados, jornal mural, revistas, intranet e newsletter que trazem vários benefícios para a 13 organização, pois os empregados são parceiros e, quanto mais bem informados estiverem, mais envolvidos estarão com aquela empresa, sua missão e seu negócio. A Comunicação interna amplia a visão do colaborador, dando-lhe um conhecimento sistêmico do processo. Kunsch (1997) entende que a comunicação interna não é uma área periférica, mas que é aliada aos demais setores, sendo uma ferramenta imprescindível para a obtenção de resultados. Os empregados são os “melhores porta-vozes” da instituição em que trabalha. Sua opinião sobre a organização vale muito para quem está de fora porque ele faz a propaganda de sua organização e Bueno (2010) ainda afirma que investir no clima organizacional, é investir em comunicação interna e em marketing da organização (BUENO, 2010). Então é importante que o processo de comunicação interna seja valorizado e os canais que ele dispõe, disponibilizados de forma eficaz e atrativa para que realmente cumpram sua missão de integrar todo o quadro funcional da uma organização. Pois, comunicar é mais que informar, é atrair, é envolver. E neste processo, todos os colaboradores possuem seu valor e atuam de forma a tornar uma organização bem informada ou não. 2.4.1 A SALA DE REUNIÕES Uma reunião pode ser definida como um processo de decisão coletiva, através do qual os envolvidos, após exposição e discussão de suas ideias conseguem chegar a uma conclusão capaz de atingir as expectativas e objetivos de todos os que mantinham interesse em seus resultados. Ela também é uma oportunidade de compartilhar com as pessoas informações e comunicados da empresa. Há um significativo número de profissionais que criticam a reunião ou instrução de serviço, no entendimento desses profissionais é uma forma improdutiva de se tomar decisões, toda via, percebe-se que os erros das reuniões, em geral, não estão no evento em si, mas nas atitudes que são tomadas por seus participantes, sendo essencial a reflexão sobre as qualidades de nossas atitudes, posturas, comportamentos, antes, durante e depois das reuniões. O cuidado com a qualidade da comunicação em processos de decisão pode ser resumido da seguinte maneira: 14 1. Pense muito antes de falar, verbalize seus argumentos cuidadosamente, fique atento as palavras que irá utilizar, especialmente quando for analisar ou criticar a opinião de outros ou posição contraria a sua; 2. Antes de comunicar algo, explique claramente como você enxerga os o problema ou assunto que vai tratar, isto ajuda os outros a compreender melhor a sua posição; 3. Aceite a discussão como uma necessidade, pois o debate pode ser o momento mais produtivo de uma reunião se estiver e um lugar adequado e que não vá causar transtorno para os colaboradores; Se a empresa tem uma sala de reuniões disponível para uso, utilize- a não somente para reuniões mensais com a equipe, mas também nas resoluções de problemas ocorridos no dia a dia da organização com seus respectivos departamentos. A sala de reuniões pode ser utilizada também em reuniões semanais com as equipes de cada departamento para que sejam passadas novas instruções, informações de serviços que ficaram pendentes ou até mesmo um resumo dos ocorridos da semana que acabou e o que deverá ser feito na semana que irá começar, e se possível, ao final da reunião colocar todos os participantes para assinar uma ata, contendo os assuntos discutidos e conclusões que chegaram, assim, todos ficarão cientes de que a partir daquele momento está o que foi decidido deve ser seguido. 2.5 RELOGIO DE PONTO Para se controlar os horários de entrada e saída de um funcionário em uma organização, bem como determinados contratempos e ocorrências, uma empresa precisa utilizar-se do relógio de ponto, que é um equipamento eletrônico, que tem que estar dentro das normas da portaria 1510/09 MTE, que regulamenta o Sistema de Registro Eletrônico de Ponto (SREP) Dentro da organização em foco, existem dois relógios digitais de marcação diária de ponto, sendo um situado na entrada da empresa e outro no laboratório da empresa. Foi possível identificar na pesquisa realizada, que ocorre 15 uma dificuldade de acesso ao relógio de ponto para alguns colaboradores, devido este ficar em uma sala que um colaborador específico tem acesso. Causando assim, no atraso deste colaborador, marcações em atraso e perda de banco de horas por parte dos outros colaboradores que utilizam este relógio de ponto. Outro ponto que demonstra a insatisfação dos colaboradores, é a carência de atrasos na marcação do ponto, pois quando os colaboradores chegam na empresa antes do horário da jornada de trabalho e fazem a marcação no ponto, não é considerado hora extra ou hora positiva para o banco de horas, mas quando chegam na empresa alguns minutos de atraso, esse é computado como hora negativa para o banco de horas. Em relação a localização do relógio de ponto não há lei especifica a determine, mas sim, que é necessário ser instalado em local de fácil acesso para os colaboradores, portanto, seria melhor que o relógio de ponto do laboratório fosse do lado de fora do mesmo, facilitando a sua marcação e evitando que o colaborador faça a marcação com atraso, por falta de abertura do local de trabalho. A CLT (1943) em seu artigo 58, estabelece em seu parágrafo primeiro que “Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário no registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários.”, onde entende-se que o colaborador pode demorar cinco minutos para registrar seu ponto pela manhã e mais cinco minutos para registrar o ponto na parte da tarde, observando assim o limite máximo de dez minutos por dia. Sendo assim esse tempo de cinco minutos deve ser entendido como de tolerância para o registro do ponto, e não regra geral para atrasos do empregado. O atraso em referência não pode, por exemplo, ser exercido todos os dias ou na maioria dos dias da semana pelo empregado, sobretudo nas empresas que não possuam qualquer problema de tráfego no registro do ponto. Atrasar todos os dias pode ser considerado pelo empregador como desídia, levando à aplicação de advertência ao empregado e na reincidênciaaté mesmo levando a punições mais severas. Sendo assim, a empresa pesquisada poderia adotar na apuração do relógio de ponto, a carência de dez minutos diários, sendo esses dez minutos tanto para horas negativas, quando positivas diariamente. 16 3 CONCLUSÃO As soluções propostas vêm não somente para melhorar o ambiente de trabalho e as condições de trabalho, como também melhorar o desempenho dos colaboradores em suas funções, fazendo com que colaboradores trabalhem satisfeitos e a empresa tenha sua produção ou serviço executado com maior desempenho. As diretrizes empresariais são a linha que uma empresa deve seguir, portanto, ter essas diretrizes e segui-las, demonstra que a empresa possui um planejamento, ou seja, o ponto ao qual se quer chegar ou alcançar. Então, seria interessante que essas diretrizes fossem repensadas e se necessário até refaze-las, podendo facilitar à empresa alcançar seus objetivos propostos e conseguir passa-los aos seus colaboradores. De acordo com os estudos realizados na empresa, observou-se uma deficiência no relacionamento, motivação e desempenho nas funções. Estes devem ser trabalhados por meio uma análise detalhada desses pontos e para esta análise a assessoria de um profissional de recursos humanos poderia possibilitar a identificação dos problemas que envolvem o relacionamento, motivação e desempenho dos colaboradores em suas funções. A elaboração do plano de carreira pode induzir os colaboradores a necessidade de alcançar um cargo ou função superior e isto pode influenciar diretamente na motivação dos colaboradores. Assim, terão em mente que a empresa para a qual trabalham reconhece seus talentos humanos e fará recrutamentos internos para ocupar vagas de um nível maior na hierarquia de cargos. Uma boa comunicação é bastante apreciada e útil dentro de qualquer organização e suas falhas podem trazer pontos negativos no desenvolvimento serviços propostos e objetivos desejados pela organização, pois é importante que a comunicação seja clara e concisa. Para tanto, as falhas de comunicação devem ser corrigidas em tempo hábil. Como é observado, o relógio de ponto é um facilitador para a empresa no controle da jornada de trabalho de cada colaborador. Mas, ao mesmo tempo que é um facilitador, exige muito conhecimento e atenção de um assistente de departamento de pessoal com um bom treinamento sobre este trabalho. Em suma, através deste trabalho, foi possível identificar os pontos 17 positivos e negativos quanto a questão organizacional e a gestão de pessoas, como também o nível de satisfação dos colaboradores em relação a empresa, entendendo como são abordadas estas questões. Sugere-se à empresa que seja feito um estudo mais aprofundado por um profissional da área de recursos humanos para obter os resultados positivos sugeridos por esta pesquisa. 18 4 REFERÊNCIAS ALVARÃES, R. A. Pesquisa de clima organizacional: Medindo a temperatura da empresa. Disponivel em <www.rh.com.br/Portal/Motivacao/Artigo/3263/pesquisa-de- clima-organizacional-medindo-a-temperatura-da-empresa.>. Acesso em 26/03/2002 AZEVEDO, L. P. S. Comprometimento e Bases de Poder como Preditores de Impacto de Treinamento no Trabalho em Contact Center. 2006, 86 f. Dissertação (Programa de Pós-Graduação em Psicologia – Mestrado). Instituto de Psicologia, Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2006. BASTOS, A.V.B. O Conceito de Comprometimento: sua natureza e papel nas explicações do comportamento humano no trabalho. Organização e Sociedade, Salvador, 1994. BAUREN, I. M. Gerenciamento da Informação: um recurso estratégico no processo de gestão empresarial. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2000. BETHLEM, A. S. Estratégia empresarial: conceitos, processo e administração estratégica. 5ª ed. São Paulo: Atlas, 2004. BRASIL. Consolidação das Leis do Trabalho. Texto do Decreto-Lei n.º 5.452, de 1 de maio de 1943, http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del5452.htm. BUENO, W. C. Contexto educação a distância - Curso de Comunicação Interna- 2.htm – acessado em 20/10/2015. CASTRO, C. A. Afinal, o que é planejamento? Disponivel em: <http://www.rh.com.br/Portal/Carreira/Artigo/8752/afinal-o-que-e-plano-de-carreira.> Acessado em: 19/10/2015. KAPLAN, R. S.; NORTON, D. P. Mapas estratégicos: balanced scorecard: convertendo ativos intangíveis em resultados tangíveis. Tradução: Afonso Celso da Cunha Serra. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. KUNSCH, M. M. K. As organizações modernas necessitam de uma comunicação integrada. São Paulo. Revista Mercado Global, ano XXIV, nº 102, 2º trimestre de 1997, página 20. LACOMBE, F. J. M. Recursos Humanos: princípios e tendências. 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