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Turma isolada de conhecimentos específicos para técnico do seguro social Aula 00 – demonstrativa Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 1 APRESENTAÇÃO Prezados candidatos, futuros servidores do INSS, sejam bem-vindos. É um prazer estar aqui com vocês novamente nos cursos online do site do Ponto dos Concursos. A partir desse momento nosso objetivo em comum é a busca da tão sonhada vaga no serviço público. O grande desafio do curso online é aproximar-se de um curso presencial. Para que esta meta seja alcançada serei bastante objetivo a fim de orientá-los quanto ao conteúdo programático desse concurso organizado pela Fundação Carlos Chagas – FCC. Porém, é necessário que todos participem efetivamente das aulas, não hesitem em tirar suas dúvidas através dos fóruns, tendo em vista que este é um grande diferencial em relação ao material escrito (livros e apostilas). Antes de iniciarmos nossas aulas, farei uma breve exposição da minha experiência profissional, principalmente como professor e sobre o curso oferecido. Sou o professor Paulo Roberto Fagundes, ministro aulas para concursos públicos em cursos presenciais desde 1989 em Teresina. Na minha trajetória de concursando fui aprovado para vários cargos públicos: banco do Brasil; Força AULA DEMONSTRATIVA – PENSÃO POR MORTE. Turma isolada de conhecimentos específicos para técnico do seguro social Aula 00 – demonstrativa Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 2 Aérea Brasileira; professor de direito da UFPI; oficial de justiça avaliador (atual execução de mandados) do TRF 1ª Região; oficial de justiça avaliador do TRT da 22ª Região (PI); assessor jurídico do TCE/PI; delegado da Polícia Federal; procurador do Banco Central; procurador do INSS; auditor fiscal da Previdência Social, dentre outros. Atualmente, exerço os cargos de auditor fiscal da Receita Federal do Brasil (1998), e de professor efetivo do Curso de Ciências Jurídicas da Universidade Federal do Piauí (1990). Também sou professor de pós-graduação em Direito Público na Escola Superior da Magistratura do Estado do Piauí – ESMEPI, na Escola Superior de Advocacia do Estado do Piauí- ESAPI, na Escola de Defensoria Pública do Estado do Piauí – ESDEPI, além de ministrar aulas em cursos preparatórios para concursos. O Direito Previdenciário sempre fez parte da minha rotina profissional como professor e servidor público. Ministro esta disciplina na Universidade Federal do Piauí e nos cursos preparatórios para concursos. Quando exerci o cargo de Auditor Fiscal do INSS fui Instrutor de Legislação Previdenciária dos servidores do INSS e para o público externo (advogados, contadores, prefeitos). Não é por acaso que esta matéria foi o tema do meu trabalho final de mestrado pela Universidade Federal de Pernambuco – UFPE, em 2003. A AUTORIZAÇÃO DO CONCURSO A espera terminou. O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) foi autorizado no dia 29 de junho, a realizar o seu concurso. Conforme o artigo 4º da portaria nº 251, publicada no Diário Oficial da União (DOU), o INSS poderá preencher 950 vagas, sendo 800 de técnico do seguro social, de nível médio, e 150 de analista do seguro social, para graduados em Serviço Social. A autarquia tem até seis meses para publicar o edital, o que não deverá demorar para ocorrer, tendo em vista a grande carência de pessoal do instituto. O cargo de técnico proporciona remuneração inicial de R$4.620,91, e o de analista, de R$7.504,45. Veja abaixo a Portaria do MPOG que autorizou a realização desse concurso tão aguardado. O prazo para publicação do edital é de até seis meses, contado da data da publicação dessa Portaria. PORTARIA Nº 251, DE 26 DE JUNHO DE 2015 O MINISTRO DE ESTADO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO, no uso de suas atribuições e tendo em vista a delegação de competência prevista nos arts. 10 e 11 do Decreto nº 6.944, de 21 de agosto de 2009, resolve: Art. 1º Turma isolada de conhecimentos específicos para técnico do seguro social Aula 00 – demonstrativa Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 3 Autorizar, a nomeação de 150 (cento e cinquenta) candidatos aprovados para o cargo de Analista do Seguro Social, no concurso público realizado pelo Instituto Nacional do Seguro Social, autorizado pela Portaria MP nº 240, de 4 de julho de 2013. Art. 2º A nomeação dos cargos a que se refere o art. 1º se efetivará a partir de julho de 2015, e está condicionado à: I - existência de vagas na data da nomeação; e II - declaração do respectivo ordenador de despesa sobre a adequação orçamentária e financeira da nova despesa com a Lei Orçamentária Anual e a sua compatibilidade com a Lei de Diretrizes Orçamentárias, demonstrando a origem dos recursos a serem utilizados. Art. 3º A responsabilidade pela nomeação dos cargos de que trata o art. 1º será �do Presidente do INSS, a quem caberá baixar as respectivas normas, mediante a publicação de portarias ou outros atos administrativos necessários. Art. 4º Autorizar a realização de concurso público para o provimento de 800 (oitocentos) cargos de Técnico do Seguro Social e de 150 (cento e cinquenta) Analista do Seguro Social, com formação em serviço social, da Carreira do Seguro Social, do Quadro de Pessoal do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS. Art. 5º O provimento dos cargos a que se refere o art. 4º depende de prévia autorização, e está condicionado à: I - existência de vagas na data de publicação do edital de abertura de inscrições para o concurso público; e II - declaração do respectivo ordenador de despesa sobre a adequação orçamentária e financeira da nova despesa com a Lei Orçamentária Anual e a sua compatibilidade com a Lei de Diretrizes Orçamentárias, demonstrando a origem dos recursos a serem utilizados. Art. 6º Caberá ao Presidente do INSS a realização do concurso público e a verificação das condições prévias para a nomeação dos candidatos aprovados, sendo responsável por baixar as respectivas normas, mediante a publicação de editais, portarias ou outros atos administrativos necessários. Art. 7º O prazo para a publicação do edital de abertura do concurso público será de até seis meses, contado da data de publicação desta Portaria. Art. 8º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação. Turma isolada de conhecimentos específicos para técnico do seguro social Aula 00 – demonstrativa Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 4 NELSON BARBOSA O CONCURSO ANTERIOR A Fundação Carlos Chagas, foi a organizadora do último concurso, criada em 1964, durante a sua existência já realizou milhares de concursos em todo o país. Atualmente, pode ser considerada como uma das três mais respeitadas instituições que organizam concursos públicos. Contudo, embora seja uma instituição tradicional entre as organizadoras, não é muito afeita à mídia e com canais de comunicação burocráticos. Com o decorrer dos anos, a FCC está adquirindo bastante experiência em concursos específicos que envolvam o direito previdenciário. Seu estilo na formulação das provas em geral é bem conhecido. A prova da FCC tem preferência por questões literais, “letra da lei”. O principal destaque das provas de direito é a cobrança do que chamamos de texto da lei seca. Entretanto, se observarmos atentamente os últimos concursos, vamos perceber que a FCC está inserindo também muitas questões práticas, caracterizando uma mudança de estilo, ou, pelo menos, uma maior flexibilidade. Em suas provas,a FCC distribui, na medida do possível, as questões por todos os itens do edital. É necessário que o candidato estude todo o conteúdo do edital, pois não há itens que não tenham chances de serem cobrados. Assim, é interessante estudar todo o programa do concurso e não somente os tópicos principais. Também é importante resolver as questões dos concursos anteriores. Nas provas da Fundação Carlos Chagas, os enunciados das questões às vezes são longos, mas as alternativas são diretas. O importante é o candidato buscar o entendimento do conteúdo legal, sempre acompanhado da solução de muitos exercícios. Quanto mais o candidato for organizado e obstinado, maiores serão as suas chances nos concursos dessa organizadora. O cargo de Técnico do Seguro Social requer o nível médio e proporciona uma excelente remuneração. O concurso anterior constou de provas objetivas. A avaliação teve 60 questões, sendo 20 Conhecimentos Gerais (Ética no Serviço Público, Regime Jurídico Único, Noções de Direito Constitucional, Noções de Direito Administrativo, Língua Portuguesa, Raciocínio Lógico e Noções de Informática) e 40 sobre Conhecimentos Específicos (Legislação Previdenciária). A aprovação esteve condicionada à obtenção Turma isolada de conhecimentos específicos para técnico do seguro social Aula 00 – demonstrativa Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 5 de, pelo menos, 30% de acertos em Conhecimentos Gerais, 30% em Conhecimentos Específicos e 40% do total de pontos da prova. CONTEÚDO DO CONCURSO ANTERIOR CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS: 1 Seguridade Social. 1.1 Origem e evolução legislativa no Brasil. 1.2 Conceituação. 1.3 Organização e princípios constitucionais. 2 Legislação Previdenciária. 2.1 Conteúdo, fontes, autonomia. 2.3 Aplicação das normas previdenciárias. 2.3.1 Vigência, hierarquia, interpretação e integração. 3 Regime Geral de Previdência Social. 3.1 Segurados obrigatórios, 3.2 Filiação e inscrição. 3.3 Conceito, características e abrangência: empregado, empregado doméstico, contribuinte individual, trabalhador avulso e segurado especial. 3.4 Segurado facultativo: conceito, características, filiação e inscrição. 3.5 Trabalhadores excluídos do Regime Geral. 4 Empresa e empregador doméstico: conceito previdenciário. 5 Financiamento da Seguridade Social. 5.1 Receitas da União. 5.2 Receitas das contribuições sociais: dos segurados, das empresas, do empregador doméstico, do produtor rural, do clube de futebol profissional, sobre a receita de concursos de prognósticos, receitas de outras fontes. 5.3 Salário-de-contribuição. 5.3.1 Conceito. 5.3.2 Parcelas integrantes e parcelas não-integrantes. 5.3.3 Limites mínimo e máximo. 5.3.4 Proporcionalidade. 5.3.5 Reajustamento. 5.4 Arrecadação e recolhimento das contribuições destinadas à seguridade social. 5.4.1 Competência do INSS e da Secretaria da Receita Federal do Brasil. 5.4.2 Obrigações da empresa e demais contribuintes. 5.4.3 Prazo de recolhimento. 5.4.4 Recolhimento fora do prazo: juros, multa e atualização monetária. 6 Decadência e prescrição. 7 Crimes contra a seguridade social. 8 Recurso das decisões administrativas. 9 Plano de Benefícios da Previdência Social: beneficiários, espécies de prestações, benefícios, disposições gerais e específicas, períodos de carência, salário-de-benefício, renda mensal do benefício, reajustamento do valor dos benefícios. 10 Manutenção, perda e restabelecimento da qualidade de segurado. 11 Lei n.° 8.212, de 24/07/1991 e alterações posteriores. 12 Lei n.º 8.213, de 24/07/1991 e alterações posteriores. 13 Decreto n.° 3.048, de 06/05/1999 e alterações posteriores; 14 Lei de Assistência Social – LOAS: conteúdo; fontes e autonomia (Lei n° 8.742/93 e alterações posteriores; Decreto nº. 6.214/07 e alterações posteriores). O NOVO CONCURSO Em momentos de crise todos nós ficamos mais atentos a qualquer oportunidade que possa surgir. Diante desse cenário, o concurso para o Turma isolada de conhecimentos específicos para técnico do seguro social Aula 00 – demonstrativa Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 6 Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) promete uma disputa bastante acirrada. Portanto, o que vai garantir o resultado no concurso do INSS é a preparação de cada um. É natural que muitos candidatos fiquem aguardando a autorização e divulgação do edital para iniciar seus estudos, o que acaba sendo um fator negativo para eles, porém um fator positivo para os demais concorrentes. Essa é a seleção natural na fase de preparação, afinal quando o edital for publicado não haverá vagas para todos mesmo. METODOLOGIA E CRONOGRAMA DO CURSO As aulas serão apresentadas na seguinte ordem: parte teórica, questões da FCC e de outras organizadoras, questões sem comentários e os gabaritos, conforme o quadro abaixo. As datas serão divulgadas pela coordenação do Ponto dos Concursos. Aula Conteúdo Programático Data Demo Pensão por morte. 01 Seguridade Social. Conceituação. Organização e princípios constitucionais. Origem e evolução legislativa no Brasil. Legislação Previdenciária. Conteúdo, fontes, autonomia. Aplicação das normas previdenciárias. Vigência, hierarquia, interpretação e integração. 02 Regime Geral de Previdência Social. Segurados obrigatórios, Filiação e inscrição. Conceito, características e abrangência: empregado, empregado doméstico, contribuinte individual, trabalhador avulso e segurado especial. Segurado facultativo: conceito, características, filiação e inscrição. Trabalhadores excluídos do Regime Geral. 03 Empresa e empregador doméstico: conceito previdenciário. Financiamento da Seguridade Social. Receitas da União. Receitas das contribuições sociais: das empresas, do empregador doméstico, do produtor rural, do clube de futebol profissional, sobre a receita de concursos de prognósticos, receitas de outras fontes. 04 Receitas das contribuições sociais dos segurados. Turma isolada de conhecimentos específicos para técnico do seguro social Aula 00 – demonstrativa Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 7 Salário-de-contribuição. Conceito. Parcelas integrantes e parcelas não-integrantes. Limites mínimo e máximo. Proporcionalidade. Reajustamento. 05 Arrecadação e recolhimento das contribuições destinadas à seguridade social. Competência do INSS e da Secretaria da Receita Federal do Brasil. Obrigações da empresa e demais contribuintes. Prazo de recolhimento. Recolhimento fora do prazo: juros, multa e atualização monetária. Decadência e prescrição. Crimes contra a seguridade social. Recurso das decisões administrativas. 06 Plano de Benefícios da Previdência Social: beneficiários, espécies de prestações, disposições gerais, períodos de carência, salário-de-benefício, renda mensal do benefício, reajustamento do valor dos benefícios. Manutenção, perda e restabelecimento da qualidade de segurado. 07 Plano de Benefícios da Previdência Social: espécies de benefícios. Sumário 01. PENSÃO POR MORTE (antes da MP 664/2014) .................................................................... 8 01.1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................................................... 8 01.2. DEFINIÇÃO .............................................................................................................................................. 9 01.3. PENSÃO PROVISÓRIA ............................................................................................................................9 01.4. DEPENDENTES ........................................................................................................................................ 9 01.5. RATEIO.................................................................................................................................................. 10 01.6. HABILITAÇÃO ....................................................................................................................................... 10 01.7. UNIÃO HOMOAFETIVA ........................................................................................................................ 11 01.8. SEPARAÇÃO OU DIVÓRCIO .................................................................................................................. 11 01.9. FILHO OU IRMÃO INVÁLIDO ................................................................................................................ 11 01.10. VEDAÇÕES .......................................................................................................................................... 11 01.11. VALOR ................................................................................................................................................ 11 01.12. EXTINÇÃO ........................................................................................................................................... 12 02. PENSÃO POR MORTE (após a vigência da MP 664/2014) .............................................. 12 Turma isolada de conhecimentos específicos para técnico do seguro social Aula 00 – demonstrativa Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 8 02.1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................................................... 12 02.2. DEFINIÇÃO ............................................................................................................................................ 12 02.3. TEMPO MÍNIMO DE CASAMENTO OU CONVIVÊNCIA ........................................................................ 13 02.3. VEDAÇÕES ............................................................................................................................................ 13 02.4. NOVO VALOR ....................................................................................................................................... 14 02.5. NOVA FORMA DE RATEIO .................................................................................................................... 14 02.6. DURAÇÃO DO BENEFÍCIO .................................................................................................................... 15 03. PENSÃO POR MORTE (a partir da Lei 13.135/2015) ....................................................... 16 03.1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................................................... 16 03.2. DEFINIÇÃO ............................................................................................................................................ 16 03.3. TEMPO MÍNIMO DE CASAMENTO OU CONVIVÊNCIA ........................................................................ 17 03.4. VEDAÇÕES ............................................................................................................................................ 17 03.5. DURAÇÃO DO BENEFÍCIO .................................................................................................................... 18 03.5.1. PARA O SEGURADO QUE NÃO TENHA RECOLHIDO 18 CONTRIBUIÇÕES OU SE O CASAMENTO TIVER OCORRIDO EM MENOS DE 2 ANOS DA MORTE DO SEGURADO ................................................... 18 03.5.2. PARA O SEGURADO QUE RECOLHEU 18 CONTRIBUIÇÕES E O CASAMENTO OCORREU A MAIS DE 2 ANOS DA MORTE DO SEGURADO .................................................................................................... 18 03.6. REVOGAÇÃO DO NOVO VALOR ........................................................................................................... 18 4. QUESTÕES COMENTADAS ........................................................................................................................ 19 5. QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS ............................................................................................................... 29 6. GABARITO ................................................................................................................................................. 33 01. PENSÃO POR MORTE (antes da MP 664/2014) 01.1. INTRODUÇÃO O conteúdo dessa aula demonstrativa é menor (teoria e questões) do que o das aulas normais. Turma isolada de conhecimentos específicos para técnico do seguro social Aula 00 – demonstrativa Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 9 Nesse tópico vamos analisar o benefício da pensão por morte de acordo com as regras vigentes no período anterior as mudanças introduzidas pela MP 664/2014, denominada de Reforma da Previdência. 01.2. DEFINIÇÃO A pensão por morte será devida ao conjunto dos dependentes do segurado que falecer, aposentado ou não, a contar da data: do óbito, quando requerida até trinta dias depois deste; do requerimento do benefício, quando requerida após o prazo de trinta dias; da decisão judicial, no caso de morte presumida. 01.3. PENSÃO PROVISÓRIA Em caso de morte presumida a pensão será concedida provisoriamente nas seguintes hipóteses: mediante sentença declaratória depois de seis meses de ausência, expedida por autoridade judiciária, a contar da data de sua emissão; em caso de desaparecimento do segurado por motivo de catástrofe, acidente ou desastre, a contar da data da ocorrência, mediante prova hábil. Verificado o reaparecimento do segurado, o pagamento da pensão cessa imediatamente, ficando os dependentes desobrigados da reposição dos valores recebidos, salvo má-fé. 01.4. DEPENDENTES São beneficiários da pensão por morte, na condição de dependentes do segurado: CLASSE I O cônjuge, o(a) companheiro(a) e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou Turma isolada de conhecimentos específicos para técnico do seguro social Aula 00 – demonstrativa Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 10 relativamente incapaz, assim declarado judicialmente. CLASSE II Os pais. CLASSE III O irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente. Os dependentes na previdência social são divididos em três classes. Os dependentes de uma mesma classe concorrem em igualdade de condições entre si, mas a existência de dependente de qualquer das classes anteriores exclui do direito às prestações os das classes seguintes. O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho (classe I) mediante declaração do segurado e desde que comprovada a dependência econômica. A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida, exceto enteado e tutelado, e a das demais classes deve ser comprovada. 01.5. RATEIO A pensão por morte, havendo mais de um pensionista da mesma classe, será rateada entre todos, em partes iguais, sendo revertido em favor dos demais dependentes a parte daquele cujo direito à pensão cessar, atentando-seque o pagamento da cota individual da pensão por morte cessará quando da perda da qualidade de dependente. Excepcionalmente, a lei de benefícios estabelece que, a parte individual da pensão do dependente com deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente, que exerça atividade remunerada, será reduzida em 30%, devendo ser integralmente restabelecida em face da extinção da relação de trabalho ou da atividade empreendedora. 01.6. HABILITAÇÃO Pelas regras vigentes, os dependentes não são mais inscritos pelo segurado. Portanto, os próprios dependentes devem habilitar-se perante a Previdência Social quando ocorrer a morte do segurado. Porém, a concessão da pensão por morte não será protelada pela falta de habilitação de outro possível dependente, e qualquer inscrição ou habilitação posterior que Turma isolada de conhecimentos específicos para técnico do seguro social Aula 00 – demonstrativa Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 11 importe em exclusão ou inclusão de dependente só produzirá efeito a contar da data da inscrição ou habilitação. 01.7. UNIÃO HOMOAFETIVA É garantido o direito à pensão por morte ao companheiro ou companheira do mesmo sexo, para óbitos ocorridos a partir de 5 de abril de 1991, desde que atendidas todas as condições exigidas pela legislação para o reconhecimento do direito a esse benefício. 01.8. SEPARAÇÃO OU DIVÓRCIO O cônjuge separado de fato, divorciado ou separado judicialmente, terá direito à pensão por morte, mesmo que este benefício já tenha sido requerido e concedido à companheira ou ao companheiro, desde que beneficiário de pensão alimentícia. 01.9. FILHO OU IRMÃO INVÁLIDO O dependente que recebe pensão por morte na condição de menor que se invalidar antes de completar vinte e um anos ou de eventual causa de emancipação, exceto na hipótese de colação de grau em ensino superior, deverá ser submetido a exame médico-pericial, não se extinguindo a respectiva cota se confirmada a invalidez, independentemente da invalidez ter ocorrido antes ou após o óbito do segurado. 01.10. VEDAÇÕES O direito à pensão por morte não se estende para: I - o menor sob guarda; e II - a pessoa designada como dependente pelo segurado. 01.11. VALOR Turma isolada de conhecimentos específicos para técnico do seguro social Aula 00 – demonstrativa Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 12 O valor mensal da pensão por morte será de cem por cento do valor da aposentadoria que o segurado recebia ou daquela a que teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data de seu falecimento. 01.12. EXTINÇÃO pela morte do pensionista; para o filho, a pessoa a ele equiparada ou o irmão, de ambos os sexos, pela emancipação ou ao completar vinte e um anos de idade, salvo se for inválido ou com deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente; para o pensionista inválido pela cessação da invalidez e para o pensionista com deficiência intelectual ou mental, pelo levantamento da interdição. 02. PENSÃO POR MORTE (após a vigência da MP 664/2014) 02.1. INTRODUÇÃO Como foi amplamente divulgado pela mídia em geral, o Governo Federal, por meio da Medida Provisória nº 664, de 30 de dezembro de 2014, alterou aspectos relevantes do plano de Benefícios do Regime Geral de Previdência Social com o objetivo de realizar ajustes considerados necessários, inclusive em relação à pensão por morte no âmbito desse regime de previdência. Como essa reforma trouxe medidas impopulares e foi imposta por Medida Provisória no final do ano de 2014 sem muito debate, a reação da sociedade foi adversa, inclusive contando com o apoio do Poder Legislativo. Houve muito questionamento quanto ao conteúdo de algumas novas regras e até mesmo acerca da existência de relevância e urgência que pudesse justificar a edição de uma MP. No aspecto pertinente à pensão por morte, vamos analisar apenas as principais alterações promovidas na legislação previdenciária pela MP 664/2014. 02.2. DEFINIÇÃO Turma isolada de conhecimentos específicos para técnico do seguro social Aula 00 – demonstrativa Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 13 A pensão por morte, observada a carência exigida, quando for o caso (24 meses), a partir da MP 664/2014 será devida ao conjunto dos dependentes do segurado que falecer, aposentado ou não. O primeiro ponto de destaque da reforma é a inclusão de carência de 24 (vinte e quatro) meses para gozo do benefício da pensão por morte, ressalvadas, obviamente, algumas hipóteses prevista na Medida Provisória. Antes da MP esse benefício não possuía carência. 02.3. TEMPO MÍNIMO DE CASAMENTO OU CONVIVÊNCIA Na tentativa de impedir fraudes através da formalização de relações afetivas, seja pelo casamento ou pela união estável, de pessoas mais idosas ou mesmo acometidas de doenças terminais, com o objetivo exclusivo de que o benefício previdenciário recebido pelo segurado em vida seja transferido a outra pessoa, a MP 664/2014 inovou também ao exigir do cônjuge, companheiro ou companheira um tempo mínimo de dois anos de casamento ou união estável para a concessão do benefício da pensão por morte, salvo nos casos em que: I - o óbito do segurado seja decorrente de acidente posterior ao casamento ou ao início da união estável; II - o cônjuge, o companheiro ou a companheira for considerado incapaz e insuscetível de reabilitação para o exercício de atividade remunerada que lhe garanta subsistência, mediante exame médico-pericial a cargo do INSS, por doença ou acidente ocorrido após o casamento ou início da união estável e anterior ao óbito. Assim, vamos supor que a mulher do segurado sofra um acidente ficando incapacitada e insuscetível de reabilitação seis meses após o casamento e que nos mês seguinte ocorra o falecimento do seu marido, segurado do INSS. Nessa situação, mesmo que o casamento ainda não tenha 24 meses de duração a mulher do segurado fará jus a pensão por morte. 02.3. VEDAÇÕES Turma isolada de conhecimentos específicos para técnico do seguro social Aula 00 – demonstrativa Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 14 Além das hipóteses já previstas anteriormente, (menor sob guarda e pessoa designada), a MP 664/2014 veda também o direito à concessão da pensão por morte para o condenado pela prática de crime doloso de que tenha resultado a morte do segurado. 02.4. NOVO VALOR A partir da MP 664/2014, o valor mensal da pensão por morte passou a ser de cinquenta por cento do valor da aposentadoria que o segurado recebia ou daquela a que teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data de seu falecimento, acrescido de tantas cotas individuais de dez por cento do valor da mesma aposentadoria, quantos forem os dependentes do segurado, até o máximo de cinco, observado o limite máximo do salário-de-contribuição. Antes da MP 664/2014 esse valor era de cem por cento, rateado entre todos os dependentes de uma mesma classe, independentemente da quantidade. 02.5. NOVA FORMA DE RATEIO Pelas novas regras inseridas pela MP 664/2014 o valor da pensão por morte ficou dividido entre dois tipos de cotas: a cota geral principal de 50% que é comum a todos os dependentes de uma mesma classe, e a cota individual de 10%. Portanto, no caso de concessão para um dependente apenas, obeneficio será de 60% resultante da cota geral de 50% acrescida da cota individual de 10%. Por outro lado, se forem 5 dependentes o valor é de 100% correspondente à 50% da cota geral e 50% das cinco cotas individuais. Em relação à cota geral, reverterá em favor dos demais a parte daquele cujo direito à pensão cessar, mas sem o acréscimo da corresponde cota individual de 10%. A cota individual de 10% cessa com a perda da qualidade de dependente. Portanto essa cota é intransferível em decorrência do seu caráter Turma isolada de conhecimentos específicos para técnico do seguro social Aula 00 – demonstrativa Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 15 personalíssimo e não será revertida em favor dos demais quando ocorrer a perda da qualidade de dependente. Na prática essa nova regra introduzida pela MP 664/2014 funciona da seguinte forma: o segurado faleceu e deixou dois dependentes, a mulher e um filho menor de 21 anos. O valor da pensão será de 70% correspondente a 50% da cota geral e 20% das duas cotas individuais. O valor da cota geral será dividido pelos dois dependentes (25%) acrescido de 10% da cota individual. Portanto, cada um dos dependentes terá direito a 35%. À medida que o dependente do segurado perde essa qualidade a sua cota individual cessa por ser intransferível enquanto que a sua parcela da cota geral será redistribuída entre os demais dependentes. A MP 664/2014 admite a adição de cota extra de 10% na hipótese de filho órfão. Portanto, no caso de falecimento do segurado ficando o filho dependente do segurado sem o pai e a mãe, fará jus ao acréscimo de 10%, exceto quando devida mais de uma pensão ao dependente do segurado. Com a extinção da cota do último pensionista da mesma classe, a pensão por morte será encerrada. 02.6. DURAÇÃO DO BENEFÍCIO Outra novidade inserida pela MP 664/2014 é a fixação de prazo para o gozo da pensão por morte para o cônjuge ou companheiro (a) do segurado, dependendo da expectativa de vida do dependente no momento do óbito do segurado, extinguindo o seu caráter vitalício, salvo quando forem considerados incapazes e insuscetíveis de reabilitação durante o recebimento do benefício. A nova regra está demonstrada na tabela abaixo: Turma isolada de conhecimentos específicos para técnico do seguro social Aula 00 – demonstrativa Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 16 Vamos considerar dois exemplos extremos da tabela. Caso uma dependente viúva tenha uma expectativa de vida grande, superior a 55 anos por ser muito jovem, terá direito ao benefício por apenas três anos. Porém, para a viúva dependente do segurado com idade mais avançada e expectativa de vida inferior a 35 anos, terá direito ao benefício de forma vitalícia. 03. PENSÃO POR MORTE (a partir da Lei 13.135/2015) 03.1. INTRODUÇÃO Assim como ocorre com um projeto de lei, também existe a possibilidade de apresentação de emendas parlamentares ao texto original da medida provisória editada pelo Presidente da República. O Congresso Nacional, aprovando a medida provisória com alterações, estará transformando-a em projeto de lei de conversão, que será remetido ao Presidente da República, para que o sancione ou vete, no exercício discricionário (conveniência e oportunidade) de suas atribuições constitucionais. Durante a tramitação da MP 664/2014 pelo Congresso Nacional, o governo aceitou recuar em alguns pontos para facilitar a aprovação da lei de conversão e com isso, a medida provisória passou a ter um texto mais ameno comparado ao enviado pela presidente Dilma Rousseff. Nesse contexto, a MP 664/2014 foi aprovada de forma apertada e com várias alterações que não constavam no seu texto original. Vamos analisar agora nessa última etapa as principais modificações promovidas pelo Congresso Nacional no texto da MP 664/2014 que resultou na Lei 13.135/2015. 03.2. DEFINIÇÃO Turma isolada de conhecimentos específicos para técnico do seguro social Aula 00 – demonstrativa Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 17 A pensão por morte será devida ao conjunto dos dependentes do segurado que falecer, aposentado ou não, a contar da data: do óbito, quando requerida até trinta dias depois deste; do requerimento do benefício, quando requerida após o prazo de trinta dias; da decisão judicial, no caso de morte presumida. A medida provisória original determinava um mínimo de dois anos de casamento e dois anos de contribuição para o benefício. A Lei 13.135/2015 aprovada pelo Congresso Nacional, não faz qualquer referência à necessidade de carência. Contudo, determinou que, quando o período do casamento for inferior a dois anos ou houver menos de 18 contribuições mensais anteriores ao óbito, a pensão terá a duração temporária de apenas quatro meses. 03.3. TEMPO MÍNIMO DE CASAMENTO OU CONVIVÊNCIA Vimos anteriormente que, na tentativa de impedir fraudes a MP 664/2014 inovou ao exigir do cônjuge, companheiro ou companheira um tempo mínimo de dois anos de casamento ou união estável para a concessão do benefício da pensão por morte. Porém, assim como ocorreu com a carência, a Lei 13.135/2015 também não estabelece tempo mínimo (dois anos) de casamento ou união estável como requisito para a concessão da pensão por morte. Portanto, ao converter a MP 664/2014 na Lei 13.135/2015, o Congresso Nacional optou por trocar o tempo mínimo de carência (18 meses) e o período mínimo de duração do casamento por um benefício temporário de curtíssimo prazo (quatro meses), caso essas condições não sejam cumpridas. Essa novidade já está sendo denominada de pensão parcial. 03.4. VEDAÇÕES A MP 664/2014 vedou também o direito à concessão da pensão por morte para o condenado pela prática de crime doloso de que tenha resultado a morte do segurado. A lei 13.135/2015 manteve esse preceito e Turma isolada de conhecimentos específicos para técnico do seguro social Aula 00 – demonstrativa Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 18 acrescentou a necessidade do trânsito em julgado da sentença condenatória. 03.5. DURAÇÃO DO BENEFÍCIO 03.5.1. PARA O SEGURADO QUE NÃO TENHA RECOLHIDO 18 CONTRIBUIÇÕES OU SE O CASAMENTO TIVER OCORRIDO EM MENOS DE 2 ANOS DA MORTE DO SEGURADO Nesse caso o Congresso adotou a estratégia de não exigir carência e tempo mínimo de casamento ou união estável, porém a duração temporária da pensão por morte será de apenas quatro meses. 03.5.2. PARA O SEGURADO QUE RECOLHEU 18 CONTRIBUIÇÕES E O CASAMENTO OCORREU A MAIS DE 2 ANOS DA MORTE DO SEGURADO Apesar de ter mantido, como regra, a duração temporária do benefício, a Lei 13.135/2015 estabeleceu que essa duração deverá variar de acordo com a idade do beneficiário na data do óbito do segurado. Pelas regras da MP 664/2014 a fixação de prazo para o gozo da pensão por morte para o cônjuge ou companheiro (a) do segurado estava vinculada a expectativa de vida do dependente no momento do óbito do segurado. Através da Lei 13.135/2015, o Congresso Nacional mudou também as faixas etárias que determinam a validade da pensão, da seguinte forma: DURAÇÃO DO BENEFÍCIO IDADE DO BENEFICIÁRIO 3 anos Menos de 21 de idade 6 anos Entre 21 e 26 de idade 10 anos Entre 27 e 29 de idade 15 anos Entre 30 e 40 de idade 20 anos Entre 41 e 43 de idade Vitalício A partir de 44 de idade 03.6. REVOGAÇÃO DO NOVO VALOR A MP 664/2014 havia reduzido o valor mensal da pensãopor morte que passou a ser de cinquenta por cento do valor da aposentadoria que o segurado recebia ou daquela a que teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data de seu falecimento, acrescido de tantas cotas individuais de Turma isolada de conhecimentos específicos para técnico do seguro social Aula 00 – demonstrativa Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 19 dez por cento do valor da mesma aposentadoria, quantos forem os dependentes do segurado, até o máximo de cinco, observado o limite máximo do salário-de-contribuição. A partir da Lei 13.135/2015 a pensão por morte voltou ao seu valor original de cem por cento do salário-de-benefício, rateado entre todos os dependentes de uma mesma classe, independentemente da quantidade. Essa lei revogou também o dispositivo que previa o redutor de 30% da pensão do dependente com deficiência intelectual ou mental que exercia atividade remunerada. 4. QUESTÕES COMENTADAS (defensor público DPE-PE Cespe 2015) Pedro mantém vínculo com o Regime Geral da Previdência Social (RGPS) há doze anos e quatro meses, em função do exercício de atividade laboral na condição de empregado de empresa privada urbana. Pedro é viúvo e mora em companhia de seu único filho, Jorge, de dezenove anos de idade. Com referência a essa situação hipotética, julgue o seguinte item. 01 Se Pedro vier a falecer no presente mês, seu filho Jorge terá direito a pensão por morte, que consiste em renda mensal correspondente a 91% da média aritmética simples dos maiores salários-de-contribuição de Pedro. Comentários De acordo com a legislação previdenciária, filho é considerado dependente do segurado até completar 21 anos de idade. Portanto, pelo enunciado da questão verifica-se que Jorge, filho do segurado Pedro é o seu único dependente. Assim sendo, a princípio, Jorge faz jus a percepção da pensão pela morte de Pedro. Entretanto, em relação à renda mensal, a partir da Lei 13.135/2015 a pensão por morte voltou a ser de cem por cento do valor da aposentadoria Turma isolada de conhecimentos específicos para técnico do seguro social Aula 00 – demonstrativa Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 20 que o segurado recebia ou daquela a que teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data de seu falecimento. Gabarito: errado 02. (analista judiciário – oficial de justiça TRF 3ª Região FCC 2014) Considere as seguintes hipóteses: I. Pensão por morte requerida no vigésimo dia após o óbito. II. Pensão por morte requerida no trigésimo quinto dia após o óbito. III. Pensão por morte requerida no décimo quinto dia do óbito. IV. Pensão por morte requerida após sessenta dias do óbito. De acordo com a Lei no 8.213/91, a pensão por morte será devida a partir da data do requerimento APENAS nas hipóteses (A) I, II e IV. (B) II e III. (C) I. (D) II e IV. (E) I e III. Comentários No aspecto pertinente ao início da concessão, a pensão por morte será devida ao conjunto dos dependentes do segurado que falecer, aposentado ou não, a contar da data: do óbito, quando requerida até trinta dias depois deste; do requerimento do benefício, quando requerida após o prazo de trinta dias. Gabarito: d 03. (analista judiciário – área judiciária TRF 4ª Região FCC 2014) Glória Mercedes era companheira do segurado Rui Barbosa, por meio de união estável comprovada, com quem teve dois filhos menores. Rui Barbosa desapareceu e teve a morte presumida, declarada por meio de decisão judicial. Glória requer o benefício da pensão por morte, a seu favor, bem como de seus dois filhos. Turma isolada de conhecimentos específicos para técnico do seguro social Aula 00 – demonstrativa Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 21 De acordo com a Lei no 8.213/1991, em relação ao direito e eventuais prazos do benefício para os autores, uma vez preenchidos os requisitos legais, (A) apenas os filhos menores terão o direito ao benefício, a partir da data do óbito. (B) Glória e seus filhos terão direito ao benefício, a partir da data da decisão judicial. (C) se, entre o prazo do óbito de Rui Barbosa e o requerimento administrativo de Glória, transcorreram mais de 30 dias, o marco inicial do benefício em relação à autora deve ser fixado a partir da data do protocolo administrativo. (D) Glória e os seus filhos terão direito ao benefício a partir da data do óbito, quando requerido até trinta dias depois deste. (E) Glória não terá direito ao benefício, pois não era legalmente casada com o segurado Rui Barbosa. Comentários A alternativa “A” está incorreta porque Glória e seus filhos são dependentes de classe I, e nessa situação concorrem em igualdade de condições no rateio. A alternativa “B” está correta porque todos são dependentes da mesma classe. Além disso, quando se trata de morte presumida, a data do início do benefício é a data da decisão judicial. A alternativa “C” está incorreta porque no caso de morte presumida a data do início da concessão corresponde à data da decisão judicial. A alternativa “D” está incorreta pelo mesmo motivo da “C”. A alternativa “E” está incorreta porque a companheira (união estável) também é considerada dependente do segurado no Regime Geral de Previdência Social – RGPS. Gabarito: b 04. (analista judiciário TRT 5ª Região FCC 2013) Finalmente, conseguiram terminar o velório de Joaquim, e o enterraram, na presença dos amigos e familiares. Os que mais pareciam sofrer eram Gabriela, sua esposa, Tieta e Pedro, seus filhos de 15 e 20 anos, respectivamente. A pensão por morte que Turma isolada de conhecimentos específicos para técnico do seguro social Aula 00 – demonstrativa Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 22 os três receberam monta em R$ 110,00 para cada um. Pedro, solteiro, cursa o terceiro ano de Direito e está desempregado. Se essa situação permanecer, quando ele completar 21 anos: a) nada se alterará, porque, com menos de 24 anos e estudando, o rapaz mantém o direito ao benefício. b) Pedro deixará de receber seu benefício, que será dividido em partes iguais entre Gabriela e Tieta. c) cessa sua parcela da pensão, em razão de ser Pedro solteiro. d) a pensão de Pedro será incorporada ao benefício de Tieta, que passará a receber R$ 220,00, até completar 21 anos. e) apenas o benefício recebido por Gabriela aumentará para R$ 165,00, cessando o pagamento do restante. Comentários A esposa (viúva) e os dois filhos de qualquer condição até completarem 21 anos de idade, por serem dependentes da mesma classe, concorrem em igualdade de condições. Todavia, Pedro, ao completar 21 anos de idade, mesmo que esteja cursando uma faculdade (nível superior), perderá a condição de dependente e a sua parte reverterá em favor dos demais dependentes remanescentes (Gabriela e Tieta). É importante recordar que, pelas regras inseridas pela MP 664/2014, o valor da pensão por morte era dividido entre dois tipos de cotas: a cota geral principal de 50%, comum a todos os dependentes de uma mesma classe, e a cota individual de 10%. Porém, a Lei 13.135/2015 restabeleceu o seu valor original de cem por cento do salário-de-benefício, rateado entre todos os dependentes de uma mesma classe, independentemente da quantidade. Vale lembrar também que é comum a confusão que muitos fazem quanto à condição de dependentes do Regime Geral de Previdência Social (INSS) em relação a outros dependentes dos Regimes Próprios de Previdência dos servidorespúblicos, ou até mesmo de dependentes em outras relações jurídicas sem natureza previdenciária, como por exemplo, do imposto de renda pessoa física. Outras normas têm autonomia para estabelecer que a pessoa mantenha a condição de dependente mesmo que já tenha completado 21 anos, caso esteja cursando nível superior. Porém, essa ressalva não se aplica ao Regime Geral de Previdência Social. Turma isolada de conhecimentos específicos para técnico do seguro social Aula 00 – demonstrativa Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 23 Gabarito: b 05. (analista judiciário TRT 5ª Região FCC 2013) Com o passamento de Antonio, Sheila, sua esposa de 47 anos, Carlos e Giulia, seus filhos de 17 e 18 anos, respectivamente, passaram a receber pensão por morte, no valor de R$ 226,00, cada um. Quando Giulia, estudante universitária, desempregada e solteira, completar 21 anos a) o valor de sua pensão continuará sendo pago, porque ela está estudando. b) a pensão cessará, em razão da idade máxima de 21 anos, considerando que ela não é inválida, nem incapaz, transferindo-se o valor para Carlos, ainda com 20 anos. c) a pensão de Sheila passará a R$ 452,00, tendo em vista que, aos 21 anos, ainda que desempregada e estudante universitária, Giulia perde o direito à pensão por morte. d) a pensão de Sheila passará a R$ 339,00, tendo em vista que, aos 21 anos, ainda que desempregada e estudante universitária, Giulia perde o direito à pensão por morte. e) metade da pensão de Giulia será direcionada a Carlos e a outra metade deixará de ser paga pelo sistema, em razão da idade limite de 21 anos. Comentários Conforme analisamos na questão anterior, a esposa (viúva) e os filhos de qualquer condição, até completarem 21 anos de idade, por serem dependentes da mesma classe, concorrem em igualdade de condições. Ao completar 21 anos de idade, mesmo cursando uma faculdade (nível superior), Giulia perderá a condição de dependente e a sua parte (R$ 226,00) reverterá em favor dos demais dependentes remanescentes, na seguinte proporção: R$ 113,00 para Sheila (mãe), e R$ 113,00 para Carlos (irmão). Em resumo, tanto Sheila como Carlos passarão a receber R$ 339,00 de pensão, resultante da soma do valor anterior R$ 226,00 acrescido de R$ 113,00. Gabarito: d 06. (analista judiciário TRT 5ª Região FCC 2013) Pedro, Chico, Nino e Zeca, pescadores, saíram em noite de tempo ruim, para trabalhar e buscar peixe bom. Pedro retornou sozinho, dizendo que era verdade o alerta de sua mãe Turma isolada de conhecimentos específicos para técnico do seguro social Aula 00 – demonstrativa Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 24 “com um tempo desses não se sai, quem vai pro mar, não vem”. Chico, Nino e Zeca jamais voltaram. O corpo de Chico foi encontrado dois dias depois, na praia; sua esposa, diligente, após sete dias de luto, requereu a pensão por morte. O corpo de Nino foi encontrado trinta dias depois da noite fatídica, no barranco de um rio, que fica próximo da praia; seus filhos, chamados de outras paragens, primeiro cuidaram de enterrar o pai, cumpriram o luto de dez dias, e, só então, fizeram o requerimento do benefício da pensão por morte. A família de Zeca não conseguiu enterrá-lo, porque ele nunca foi encontrado. Sob orientação de Margareth, amiga da família, ajuizaram uma ação declaratória de morte presumida, que ainda se encontra em andamento. Nesse quadro, é correto dizer que a pensão por morte aos dependentes de Chico, Nino e Zeca é devida, respectivamente, desde, a) o óbito; o requerimento; a data fixada para a morte, pela sentença declaratória. b) o óbito; o óbito; o trânsito em julgado da sentença declaratória de morte presumida. c) sessenta dias depois do requerimento; trinta dias depois do requerimento; trinta dias depois do trânsito em julgado da decisão na ação declaratória. d) o requerimento; o óbito; a data fixada para a morte, pela sentença declaratória. e) o óbito; o requerimento; o requerimento Comentários De acordo com a legislação previdenciária vigente, a pensão por morte será devida ao conjunto dos dependentes do segurado que falecer, aposentado ou não, a contar da data: do óbito, quando requerida até trinta dias depois deste; do requerimento do benefício, quando requerida após o prazo de trinta dias; da decisão judicial, no caso de morte presumida. Em relação ao segurado Chico a pensão será devida a contar da data do óbito porque o requerimento ocorreu em 9 dias. Turma isolada de conhecimentos específicos para técnico do seguro social Aula 00 – demonstrativa Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 25 Quanto ao segurado Nino, deve ser considerada a data da entrada do requerimento porque o pedido do benefício só ocorreu 40 dias após a sua morte. Finalmente, em relação a Zeca, como o corpo não foi encontrado, a morte é presumida. Nesse caso, a data de início corresponde à data da decisão judicial. Gabarito: a (procurador AGU Cespe 2013) Acerca do RGPS, julgue o item a seguir. 07 Se um segurado da previdência social falecer e deixar como dependentes seus pais e sua companheira, o benefício de pensão por sua morte deverá ser partilhado entre esses três dependentes, na proporção de um terço para cada um. Comentários São beneficiários da pensão por morte, na condição de dependentes do segurado: CLASSE I O cônjuge, o(a) companheiro(a) e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente. CLASSE II Os pais. CLASSE III O irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente. Os dependentes na previdência social são divididos em três classes. Os dependentes de uma mesma classe concorrem em igualdade de condições entre si, mas a existência de dependente de qualquer das classes anteriores exclui do direito às prestações os das classes seguintes. Portanto, nesse caso, a existência da companheira (classe I) exclui o direito dos pais (classe II). Turma isolada de conhecimentos específicos para técnico do seguro social Aula 00 – demonstrativa Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 26 Gabarito: errado 08. (juiz do trabalho TRT 4ª Região FCC 2012) Após trabalhar como empregado por 20 anos para uma mesma empresa e por 16 anos para outra (com todas as contribuições previdenciárias oportunamente recolhidas), segurado do INSS fica desempregado e sem recolher qualquer contribuição por mais de 5 anos, ao final dos quais vem a falecer, deixando esposa (que é empregada) e sua mãe (de 66 anos de idade). Nessa situação, a lei prevê, quanto ao benefício pensão por morte, que a) sua mãe, por ser idosa, e sua mulher, se seu salário for de baixa renda, terão direito ao benefício, que será rateado em partes iguais. b) nenhuma delas terá direito ao benefício, porque foi perdida a qualidade de segurado pelo instituidor no momento do óbito. c) somente sua mulher terá direito, desde que comprove que dependia parcialmente do segurado. d) somente sua mulher terá direito, independentemente de comprovação de dependência econômica. e) somente sua mãe terá direito, independentemente de comprovação de dependência econômica, por se tratar de pessoa idosa. ComentáriosA princípio, a pensão por morte somente é devida ao conjunto de dependentes do segurado que ostente essa condição, isto é, perdida a qualidade de segurado os dependentes não terão direito ao benefício quando ocorrer a sua morte. Todavia, o Superior Tribunal de Justiça – STJ reconheceu que os dependentes terão direito à pensão mesmo que o falecido tenha perdido a condição de segurado antes da sua morte, desde que em vida tenha alcançado todos os requisitos necessários para a concessão da aposentadoria. De acordo com o enunciado da questão, o segurado possuía os requisitos necessários para a aposentadoria por tempo de contribuição (35 anos) e embora tenha perdido a condição de segurado, os dependentes não perderão o direito à pensão por morte, conforme o entendimento do STJ acima citado. Turma isolada de conhecimentos específicos para técnico do seguro social Aula 00 – demonstrativa Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 27 Por outro lado, em se tratando da ordem de preferência, a esposa é dependente da classe I que, além de preferencial em relação às demais classes, tem dependência econômica presumida. Portanto, a mãe, ainda que comprovada a dependência econômica, não terá direito à pensão. Gabarito: d 09. (analista judiciário TRF 2ª Região FCC 2012) Joaquim, segurado da previdência social, faleceu deixando apenas sua esposa Gabriela. Manoel, também segurado da previdência social, faleceu deixando apenas sua esposa Fábia. Considerando que Gabriela requereu o benefício previdenciário da pensão por morte no décimo sexto dia após óbito de Joaquim e Fábia o requereu no trigésimo sexto dia do óbito de Manoel, a pensão por morte será devida a contar a) da data do óbito. b) da data do óbito e da data do requerimento, respectivamente. c) da data do requerimento. d) do dia seguinte à data do óbito. e) do dia seguinte à data do óbito e da data do deferimento da concessão, respectivamente. Comentários De acordo com a legislação previdenciária vigente, a pensão por morte será devida ao conjunto dos dependentes do segurado que falecer, aposentado ou não, a contar da data: do óbito, quando requerida até trinta dias depois deste; do requerimento do benefício, quando requerida após o prazo de trinta dias. Gabarito: b 10. (perito médico do INSS FCC 2012) Cecília filiou-se pela primeira vez à Previdência Social na qualidade de segurada empregada em razão de contrato de trabalho firmado com a empresa Alfa Comunicações. Após 11 (onze) meses de labor, Cecília pediu demissão para cursar pós-graduação no exterior, com Turma isolada de conhecimentos específicos para técnico do seguro social Aula 00 – demonstrativa Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 28 duração de 3 (três) anos. Durante o curso Cecília não contribuiu para a Previdência Social. Um mês antes do término do curso, Cecília veio a falecer. Passados 2 (dois) anos do óbito de Cecília, seu marido Joaquim requereu administrativamente o benefício da pensão por morte, sendo indeferido o seu pedido. Neste caso, o indeferimento do benefício da pensão por morte se justifica em razão de que (A) apenas a esposa pode postular o benefício da pensão por morte do marido. (B) Cecília já havia perdido a qualidade de segurada antes da solicitação do benefício. (C) Joaquim não era segurado do Regime Geral da Previdência Social. (D) Joaquim não comprovou a sua dependência econômica em relação à Cecília. (E) não foi cumprido o período de carência previsto em lei para ser concedido o benefício da pensão por morte. Comentários A legislação previdenciária considera o cônjuge como dependente do segurado, essa dependência econômica é presumida, e a pensão por morte não exige carência. Contudo, na situação descrita na questão, Cecília já havia perdido a qualidade de segurada quando faleceu, tendo em vista que manteve a qualidade de segurada após o pedido de demissão por até 12 meses (período de graça), sem direito a prorrogação. De acordo com a legislação previdenciária, a qualidade de segurado, aferida no momento da ocorrência do evento determinante, é um requisito essencial para a habilitação e concessão da pensão por morte aos dependentes, salvo quando segurado já havia cumprido as condições para a concessão da aposentadoria (STJ). Como a segurada só havia contribuído durante 11 meses, não tinha direito à aposentadoria, e perdida a sua condição de segurada os dependentes também não terão direito à pensão por morte. Gabarito: b Turma isolada de conhecimentos específicos para técnico do seguro social Aula 00 – demonstrativa Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 29 5. QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS (defensor público DPE-PE Cespe 2015) Pedro mantém vínculo com o Regime Geral da Previdência Social (RGPS) há doze anos e quatro meses, em função do exercício de atividade laboral na condição de empregado de empresa privada urbana. Pedro é viúvo e mora em companhia de seu único filho, Jorge, de dezenove anos de idade. Com referência a essa situação hipotética, julgue o seguinte item. 01 Se Pedro vier a falecer no presente mês, seu filho Jorge terá direito a pensão por morte, que consiste em renda mensal correspondente a 91% da média aritmética simples dos maiores salários-de-contribuição de Pedro. 02. (analista judiciário – oficial de justiça TRF 3ª Região FCC 2014) Considere as seguintes hipóteses: I. Pensão por morte requerida no vigésimo dia após o óbito. II. Pensão por morte requerida no trigésimo quinto dia após o óbito. III. Pensão por morte requerida no décimo quinto dia do óbito. IV. Pensão por morte requerida após sessenta dias do óbito. De acordo com a Lei no 8.213/91, a pensão por morte será devida a partir da data do requerimento APENAS nas hipóteses (A) I, II e IV. (B) II e III. (C) I. (D) II e IV. (E) I e III. 03. (analista judiciário – área judiciária TRF 4ª Região FCC 2014) Glória Mercedes era companheira do segurado Rui Barbosa, por meio de união estável comprovada, com quem teve dois filhos menores. Rui Barbosa desapareceu e teve a morte presumida, declarada por meio de decisão judicial. Glória requer o benefício da pensão por morte, a seu favor, bem como de seus dois filhos. De acordo com a Lei no 8.213/1991, em relação ao direito e eventuais prazos do benefício para os autores, uma vez preenchidos os requisitos legais, (A) apenas os filhos menores terão o direito ao benefício, a partir da data do óbito. Turma isolada de conhecimentos específicos para técnico do seguro social Aula 00 – demonstrativa Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 30 (B) Glória e seus filhos terão direito ao benefício, a partir da data da decisão judicial. (C) se, entre o prazo do óbito de Rui Barbosa e o requerimento administrativo de Glória, transcorreram mais de 30 dias, o marco inicial do benefício em relação à autora deve ser fixado a partir da data do protocolo administrativo. (D) Glória e os seus filhos terão direito ao benefício a partir da data do óbito, quando requerido até trinta dias depois deste. (E) Glória não terá direito ao benefício, pois não era legalmente casada com o segurado Rui Barbosa. 04. (analista judiciário TRT 5ª Região FCC 2013) Finalmente, conseguiram terminar o velório de Joaquim, e o enterraram, na presença dos amigos e familiares. Os que mais pareciam sofrer eram Gabriela, sua esposa, Tieta e Pedro, seus filhos de 15 e 20 anos, respectivamente. A pensão por morte que os trêsreceberam monta em R$ 110,00 para cada um. Pedro, solteiro, cursa o terceiro ano de Direito e está desempregado. Se essa situação permanecer, quando ele completar 21 anos: a) nada se alterará, porque, com menos de 24 anos e estudando, o rapaz mantém o direito ao benefício. b) Pedro deixará de receber seu benefício, que será dividido em partes iguais entre Gabriela e Tieta. c) cessa sua parcela da pensão, em razão de ser Pedro solteiro. d) a pensão de Pedro será incorporada ao benefício de Tieta, que passará a receber R$ 220,00, até completar 21 anos. e) apenas o benefício recebido por Gabriela aumentará para R$ 165,00, cessando o pagamento do restante. 05. (analista judiciário TRT 5ª Região FCC 2013) Com o passamento de Antonio, Sheila, sua esposa de 47 anos, Carlos e Giulia, seus filhos de 17 e 18 anos, respectivamente, passaram a receber pensão por morte, no valor de R$ 226,00, cada um. Quando Giulia, estudante universitária, desempregada e solteira, completar 21 anos a) o valor de sua pensão continuará sendo pago, porque ela está estudando. b) a pensão cessará, em razão da idade máxima de 21 anos, considerando que ela não é inválida, nem incapaz, transferindo-se o valor para Carlos, ainda com 20 anos. Turma isolada de conhecimentos específicos para técnico do seguro social Aula 00 – demonstrativa Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 31 c) a pensão de Sheila passará a R$ 452,00, tendo em vista que, aos 21 anos, ainda que desempregada e estudante universitária, Giulia perde o direito à pensão por morte. d) a pensão de Sheila passará a R$ 339,00, tendo em vista que, aos 21 anos, ainda que desempregada e estudante universitária, Giulia perde o direito à pensão por morte. e) metade da pensão de Giulia será direcionada a Carlos e a outra metade deixará de ser paga pelo sistema, em razão da idade limite de 21 anos. 06. (analista judiciário TRT 5ª Região FCC 2013) Pedro, Chico, Nino e Zeca, pescadores, saíram em noite de tempo ruim, para trabalhar e buscar peixe bom. Pedro retornou sozinho, dizendo que era verdade o alerta de sua mãe “com um tempo desses não se sai, quem vai pro mar, não vem”. Chico, Nino e Zeca jamais voltaram. O corpo de Chico foi encontrado dois dias depois, na praia; sua esposa, diligente, após sete dias de luto, requereu a pensão por morte. O corpo de Nino foi encontrado trinta dias depois da noite fatídica, no barranco de um rio, que fica próximo da praia; seus filhos, chamados de outras paragens, primeiro cuidaram de enterrar o pai, cumpriram o luto de dez dias, e, só então, fizeram o requerimento do benefício da pensão por morte. A família de Zeca não conseguiu enterrá-lo, porque ele nunca foi encontrado. Sob orientação de Margareth, amiga da família, ajuizaram uma ação declaratória de morte presumida, que ainda se encontra em andamento. Nesse quadro, é correto dizer que a pensão por morte aos dependentes de Chico, Nino e Zeca é devida, respectivamente, desde, a) o óbito; o requerimento; a data fixada para a morte, pela sentença declaratória. b) o óbito; o óbito; o trânsito em julgado da sentença declaratória de morte presumida. c) sessenta dias depois do requerimento; trinta dias depois do requerimento; trinta dias depois do trânsito em julgado da decisão na ação declaratória. d) o requerimento; o óbito; a data fixada para a morte, pela sentença declaratória. e) o óbito; o requerimento; o requerimento (procurador AGU Cespe 2013) Acerca do RGPS, julgue o item a seguir. 07 Se um segurado da previdência social falecer e deixar como dependentes seus pais e sua companheira, o benefício de pensão por sua morte deverá ser Turma isolada de conhecimentos específicos para técnico do seguro social Aula 00 – demonstrativa Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 32 partilhado entre esses três dependentes, na proporção de um terço para cada um. 08. (juiz do trabalho TRT 4ª Região FCC 2012) Após trabalhar como empregado por 20 anos para uma mesma empresa e por 16 anos para outra (com todas as contribuições previdenciárias oportunamente recolhidas), segurado do INSS fica desempregado e sem recolher qualquer contribuição por mais de 5 anos, ao final dos quais vem a falecer, deixando esposa (que é empregada) e sua mãe (de 66 anos de idade). Nessa situação, a lei prevê, quanto ao benefício pensão por morte, que a) sua mãe, por ser idosa, e sua mulher, se seu salário for de baixa renda, terão direito ao benefício, que será rateado em partes iguais. b) nenhuma delas terá direito ao benefício, porque foi perdida a qualidade de segurado pelo instituidor no momento do óbito. c) somente sua mulher terá direito, desde que comprove que dependia parcialmente do segurado. d) somente sua mulher terá direito, independentemente de comprovação de dependência econômica. e) somente sua mãe terá direito, independentemente de comprovação de dependência econômica, por se tratar de pessoa idosa. 09. (analista judiciário TRF 2ª Região FCC 2012) Joaquim, segurado da previdência social, faleceu deixando apenas sua esposa Gabriela. Manoel, também segurado da previdência social, faleceu deixando apenas sua esposa Fábia. Considerando que Gabriela requereu o benefício previdenciário da pensão por morte no décimo sexto dia após óbito de Joaquim e Fábia o requereu no trigésimo sexto dia do óbito de Manoel, a pensão por morte será devida a contar a) da data do óbito. b) da data do óbito e da data do requerimento, respectivamente. c) da data do requerimento. d) do dia seguinte à data do óbito. e) do dia seguinte à data do óbito e da data do deferimento da concessão, respectivamente. 10. (perito médico do INSS FCC 2012) Cecília filiou-se pela primeira vez à Previdência Social na qualidade de segurada empregada em razão de contrato Turma isolada de conhecimentos específicos para técnico do seguro social Aula 00 – demonstrativa Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 33 de trabalho firmado com a empresa Alfa Comunicações. Após 11 (onze) meses de labor, Cecília pediu demissão para cursar pós-graduação no exterior, com duração de 3 (três) anos. Durante o curso Cecília não contribuiu para a Previdência Social. Um mês antes do término do curso, Cecília veio a falecer. Passados 2 (dois) anos do óbito de Cecília, seu marido Joaquim requereu administrativamente o benefício da pensão por morte, sendo indeferido o seu pedido. Neste caso, o indeferimento do benefício da pensão por morte se justifica em razão de que (A) apenas a esposa pode postular o benefício da pensão por morte do marido. (B) Cecília já havia perdido a qualidade de segurada antes da solicitação do benefício. (C) Joaquim não era segurado do Regime Geral da Previdência Social. (D) Joaquim não comprovou a sua dependência econômica em relação à Cecília. (E) não foi cumprido o período de carência previsto em lei para ser concedido o benefício da pensão por morte. 6. GABARITO 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 E D B B D A E D B B Até a próxima aula e bons estudos a todos.
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