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ALIANDRA PARREIRA ANA CLARA FERRAZ CLÉBER ISAC DE ALMEIDA GISELE CRISTINA ATAÍDE MARIA JOSÉ KELLIANE GLEICE CHUMBO E MERCÚRIO. ABSORÇAO, METABOLISMO E PREJUÍZOS À SAÚDE Ipatinga 2015 FARMÁCIA – 5º PERÍODO 2 ALIANDRA PARREIRA ANA CLARA FERRAZ CLÉBER ISAC DE ALMEIDA GISELE CRISTINA ATAÍDE MARIA JOSÉ KELLIANE GLEICE CHUMBO E MERCÚRIO. ABSORÇAO, METABOLISMO E PREJUÍZOS À SAÚDE Trabalho interdisciplinar apresentado como exigência parcial para conclusão do 5° período do Curso de Farmácia da Faculdade Única de Ipatinga. Prof. Orientador: Arilton Januário Barcelar Júnior Ipatinga 2015 3 LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Metal Usado na Produção de Utensílios __________________________ 9 Figura 2 - Trabalhadores da produção de chumbo. _________________________ 10 Figura 3 - Principais Sintomas da Contaminação Por Chumbo ________________ 11 Figura 4 - Veia Porta Hepática e suas tributárias. __________________________ 11 Figura 6 - Veias que formam a Cava Superior e o Sistema Porta-Hepático ______ 12 Figura 6 - Veias que formam a Veia Porta (Sistema Porta Hepático) ___________ 12 Figura 7 - Sistema Mesentérico ________________________________________ 12 Figura 8 - Como o Chumbo Reage no Corpo Humano ______________________ 13 Figura 9 - Tecido Hematopoiético ______________________________________ 14 Figura 10 - Tecido Hematopoiético _____________________________________ 14 Figura 11 - Fontes de Mercúrio: Industrial / Mineração ______________________ 15 Figura 12 - Contaminação por Mercúrio __________________________________ 16 Figura 13 - Mercúrio líquido ___________________________________________ 17 4 LISTA DE SIGLAS a.C – Antes de Cristo CO2 – Gás carbônico DMT1 - Divalent Metal Transporter1. DNA – Ácido Desoxirribonucleico O2 – Oxigênio OMS – Organização Mundial de Saúde PbS - Galena PbCO3 - Cerussita PbSO4 – Anglesita UNIFIEO – Centro Universitário FIEO UNIG – Universidade Iguaçu UNICAMP – Universidade Estadual de Campinas USP – Universidade São Paulo TGI – Trato Gastrointestinal SNC – Sistema Nervoso Central ZPP – Zinco porfirina 5 Sumário 1 INTRODUÇÃO ______________________________________________ 7 1.1 Contextualização ________________________________________ 7 1.2 Objetivo ________________________________________________ 8 1.3 Metodologia ____________________________________________ 8 1.4 Interdisciplinaridade _____________________________________ 8 2 O CHUMBO ________________________________________________ 9 2.1 Contaminação e seus efeitos _____________________________ 10 2.2 O Chumbo e a Porta Hepática _____________________________ 11 2.2.1 Efeitos do Chumbo na Metabolização _____________________ 13 2.2.2 Efeitos Hematopoiéticos _______________________________ 14 2.2.3 Efeitos Hepáticos _____________________________________ 15 3 MERCURIO _______________________________________________ 15 3.1 A CONTAMINAÇÃO POR MERCÚRIO ______________________ 16 3.2 A Toxicocinética do Mercúrio _____________________________ 18 3.2 A Toxicodinâmica do Mercúrio ____________________________ 18 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ___________________________________ 20 5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ____________________________ 21 6 RESUMO A intoxicação por metais pesados, também chamado de envenenamento por metais pesados, ocorre pela acumulação do metal, em quantidades acima do suportado, nos tecidos moles do corpo, que são todos aqueles tecidos que interligam, apoiam ou protegem outras estruturas e órgãos do corpo humano, como músculos, tendões, gordura, vasos sanguíneos e nervos. O conjunto de sintomas oriundos da intoxicação por metais pesados depositados no corpo humano são decorrentes do tipo de metal a que se fica exposto. A maioria destes metais são essenciais para o funcionamento do corpo humano, entretanto se a quantidade destes metais excede o necessário, ele migra de necessidade para toxicidade, podendo causar sérias e graves lesões aos tecidos moles do corpo. O chumbo, mercúrio, arsênico e cádmio são os metais pesados mais comumente associados com intoxicação de seres humanos, sendo o chumbo e o mercúrio os objetos de estudo deste trabalho. A exposição industrial, água contaminada, alimentos contaminados, medicamentos, recipientes ou tintas à base de chumbo, são os principais vilões que aumentam os indicies epidemiológicos da intoxicação por metais pesados. Palavras-chave: Toxicidade, Metais Pesados, Tecidos Moles do Corpo. ABSTRACT The heavy metal poisoning, also called heavy metal poisoning occurs by metal accumulation in amounts above supported in the soft tissues of the body, which are all those tissues that connect, support or protect other structures and organs of the human body such as muscle, tendon, fat, blood vessels and nerves. The set of symptoms resulting from the poisoning by heavy metals are deposited in the human body due to the type of metal to which it is exposed. Most of these metals are essential to the functioning of the human body, however the amount of these metals exceeds necessary, it migrates need for toxic and can cause serious and severe injury to the soft tissues of the body. Lead, mercury, arsenic and cadmium are heavy metals most commonly associated with poisoning of humans, and lead and mercury the objects of study of this work. The industrial exposure, contaminated water, contaminated food, medicines, containers or lead-based paints are the main villains that increase the epidemiological indicies of heavy metal poisoning. Keywords: Toxicity, Heavy Metals, Soft Body Tissues. 7 1 INTRODUÇÃO 1.1 Contextualização Embora não haja uma definição clara do que é um metal pesado, a densidade é na maioria dos casos tomadas para ser o fator decisivo entre benefícios e malefícios. Os metais pesados geralmente são definidos como aqueles possuindo uma densidade específica de mais de 5 g/cm3. Estes metais têm sido extensivamente estudados e seus efeitos sobre a saúde humana regularmente revistas por organismos internacionais como a OMS (WEI.et al.2011). Classificados em elementos essenciais, micro-contaminantes ambientais, e elementos essenciais e micro-contaminantes, os metais pesados se tornam ameaça ao homem, dependendo da dose e da forma química deste metal, de onde depende também a toxicidade e seus efeitos. A humanidade tem se acostumado a conviver com estes metais a ponto de não discernir entre um e outro. Sódio, potássio, cálcio, ferro, zinco, cobre, níquel, magnésio, arsênico, chumbo, cádmio, mercúrio, alumínio, titânio, estanho e tungstênio, cromo, zinco, ferro, cobalto, manganês e níquel. Dentre estes, O chumbo e o mercúrio são os mais invasivos. Os efeitos tóxicos destes metais podem comprometer todo o organismo, afetando vários órgãos (NAKANO; AVILA- CAMPOS.2012). Anualmente, milhões de toneladas de resíduos contaminantes são produzidos no Brasil, ao passo que apenas 22% de todas estas toneladas de resíduos recebem tratamentos necessário. Como agravante tem-se o constante crescimento da geração de resíduos, e que não tende a diminuir, pelo contrário, a tendência natural é a do crescimentoconstante dos lixões que continuam a contaminar o solo, as águas e o ar com metais como o zinco, o cádmio, o mercúrio e o chumbo principalmente, que continuam incidindo sobre a população males como tumores hepáticos, tumores da tireoide, alterações neurológicas, dermatoses, disfunções gastrointestinais e pulmonares, sendo tratadas como males naturais e não como contaminação do organismo por metais pesados dispensados na natureza (ABETRE.ORG.BR.2013). Embora os efeitos adversos para a saúde de metais pesados são conhecidos desde há muito tempo, a exposição a metais pesados continua e é mesmo um aumento em algumas áreas. Por exemplo, o mercúrio ainda é usado em mineração de ouro em muitas partes da América Latina. O arsênico é ainda comum em 8 conservantes de madeira e chumbo tetraetila continua a ser um aditivo à gasolina comum, embora esse uso tem diminuído nos países desenvolvidos (WEI.et al.2011). 1.2 Objetivo O objetivo do trabalho, é apresentar os males e prejuízos à saúde oriundos da contaminação por estes metais pesados, chumbo e mercúrio, tanto na porta hepática como no ciclo celular respectivamente. 1.3 Metodologia Um assunto pouco discutido em território pátrio, com poucas e raras informações atualizadas que dissertem o tema proposto. O presente trabalho fundamentou-se em pesquisas e novos estudos elaborados pela Universidade de Oxford, e nos estudos de algumas Universidades nacionais como USP, UNIFEO, UNIG e UNICAMP. Foram utilizados todos os métodos de pesquisas possíveis em livros e revistas científicas, artigos e literaturas monográficas existentes afim de apresentar uma revisão literária concernente ao tema proposto, bem atualizado. 1.4 Interdisciplinaridade Buscando aplicar conhecimentos e aprimorar aquisição de dados relevantes sobre metais pesados, a Toxicologia se torna o carro-chefe na lista interdisciplinar deste conteúdo, aplicando seus princípios e norteando a direção a seguir com os estudos e pesquisas. A Fitoquímica com suas fórmulas e formas conceitua o assunto assinalando a toxicidade exposta de alguns elementos, apresentando função antagonista vindo das plantas e vegetais. Operações Unitárias traduz o loco de ação principalmente nos sítios de biotransformação que são os citocromos p450, como unidade de processamento e de transformação de matéria. O estudo seletivo de biotransformação e metabolização de metais pesados a luz da Toxicologia, da Fitoquímica e das Operações Unitárias facilita o entendimento e a compreensão acerca do conteúdo. 9 2 O CHUMBO Desde os primórdios o chumbo(Fig.1) tem sido utilizado pelo homem. Com data de 3.800 anos a.C, este metal está representado no Museu Britânico por uma peça que conta a história da extração deste mineral que já esteve presente na história, principalmente nos históricos dos generais romanos, cujos produtos consumiam cerca de 100.000 toneladas do metal ao ano, que podem ser associados a outros elementos dando origem aos compostos do chumbo (Tabela1). A extração deste material se dá a partir da galena (PbS), da cerussita (PbCO3) e da anglesita (PbSO4), cujos maiores produtores são Austrália, China, EUA, Perú, Canadá e México que respondem por 82% da produção mundial. (PRADA, OLIVEIRA.2010). O chumbo tetravalente é instável, sendo o íon Pb4+ inexistente em soluções, devido à hidrólise ao dióxido (Pb4+ + 2H2O PbO2 + 4H+). Os complexos de Pb2+ são estáveis. Dentre os compostos inorgânicos de Pb destacam-se: acetato de Pb bivalente Pb(CH3COO)2 (pode ser anidro, tri-hidratado ou decaidratado); cloreto de Pb (PbCl2) oucotumita; óxido de Pb bivalente (PbO) ou litárgio; sulfeto de Pb bivalente (PbS) ou galena; sulfato de Pb bivalente (PbSO4) ou anglesita; carbonato de Pb bivalente (PbCO3) ou cerusita; cromato de Pb(PbCrO4) ou crocoíta. Existem numerosos compostos orgânicos de chumbo, sendo os mais utilizados o chumbo tetraetila e tetrametila, líquidos incolores, oleosos e voláteis. Alguns microorganismos podemmetilar os compostos inorgânicos e orgânicos de chumbo, produzindo o chumbo tetrametila. (RIBEIRO.2012). Figura 1 - Metal Usado na Produção de Utensílios e Redução de Acidez do Vinho. Fonte: http://www.crq4.org.br/a_importancia_do_chum bo_na_historia Tabela 1 - Compostos de chumbo e seus principais usos Fonte: http://www.crq4.org.br/a_importancia_do_chumbo_na_historia 10 2.1 Contaminação e seus efeitos Existem duas classes de compostos de chumbo: os inorgânicos, que são os formados por sais e óxidos de chumbo, e os orgânicos que são os chumbo tetraetila e o chumbo tetrametila. Uma vez absorvidos, todos os compostos inorgânicos atuam no organismo da mesma forma. Os compostos orgânicos são lipossolúveis e podem ser absorvidos pela pele sã e por via respiratória. Por serem lipossolúveis haverá um predomínio dos transtornos nervosos. A absorção do chumbo pelo corpo humano é lenta e depende não só da dose como também de fatores tais como a idade do indivíduo, condições fisiológicas e nutricionais e possivelmente fatores genéticos (MAVROPOULOS.1999). A contaminação se dá pela exposição ao metal, sem que o indivíduo tome as devidas precauções, vindo a desenvolver sintomas que variam de acordo com o grau da exposição. O indivíduo afetado geralmente tende a desenvolver estes sintomas em um espaço de três a seis semanas, podendo também ser assintomático. A gravidade neste caso é que quando os sintomas surgirem poderão ser os de lesões profundas e irreversíveis pelo auto grau e tempo de exposição ao metal contaminante. Trabalhadores da produção de chumbo(Figura2), soldadores, trabalhadores em fábricas de baterias são os indivíduos mais suscetíveis a desenvolver os sintomas provocados pela exposição ao chumbo; dentre eles cita-se: cefaleia, vômitos, dor na região abdominal, falta de apetite, obstipação, alucinação, insônia, perda de habilidades recém-adquiridas, disartria, alterações na função renal, hiperproteinemia (valores elevados de proteína no sangue), palidez devido ao nível muito baixo de ferro nas células vermelhas do sangue traduzindo o quadro de anemia. Sintomas neurológicos também estão associados à exposição excessiva de chumbo tais como a ataxia, lesão cerebral (encefalopatia), convulsões, inchaço do nervo óptico (papiledema) (ABC.MED.2013). Em se tratando de crianças, a superexposição infantil ao chumbo pode acarretar outros sintomas como ser menos brincalhão, desajeitado, irritável e letárgico, além dos supra citados. Em alguns casos a evolução dos sintomas podem Figura 2 - Trabalhadores da produção de chumbo. Fonte: www.revistaecologico.com.br/noticia.php?id=1995 11 incluir a diminuição da força muscular, gota de pulso, mudanças comportamentais, hostilidade, depressão e/ ou ansiedade. Em regra geral, o chumbo é excretado pela urina e fezes, podendo aparecer nos cabelos, unhas, suor, saliva e leite materno (KLAASSEN; WATKINS.2012). O chumbo é um metal que tem seus órgãos-alvo, cujos órgãos são extremamente determinantes pelos sintomas desenvolvidos (Fig. 3). São eles: o cérebro, os rins, o sistema hematopoiético (medula óssea, baço, linfonodos, timo, fígado, tubo digestivo e rins) e o sistema nervoso periférico (constituído por fibras (nervos), gânglios nervosos e órgãos terminais). Dentre eles o que atinge o estado mais crítico é o cérebro, mesmo em baixas concentrações, conforme a intensidade da exposição já é causa de cefaleia, perda de memória e concentração, alterações de humor, irritabilidade, depressão, sonolência e insônia (KOSNET.2014). A absorçãode chumbo pode induzir à redução do desenvolvimento cognitivo e do desempenho intelectual das crianças e aumentar a pressão sanguínea e as doenças cardiovasculares nos adultos. A população em geral é exposta ao chumbo a partir do ar e alimentos, em proporções aproximadamente iguais. Durante o último século, as emissões de chumbo no ar ambiente causaram poluição considerável, principalmente devido a emissões de chumbo da gasolina (NETO.2015). 2.2 O Chumbo e a Porta Hepática O Sistema Porta Hepática, muitas vezes chamada apenas de veia porta, (Fig. 4) comporta todos os vasos capilares que drenam o sangue do tubo digestivo na parte abdominal, incluindo o baço, pâncreas e vesícula biliar que transportam o sangue para o fígado através da veia porta, excetuando a parte inferior do reto (Fig. 5). Quando chega no fígado, a veia porta se ramifica e dá origem aos Figura 3 - Principais Sintomas da Contaminação Por Chumbo Fonte: http://www.ecologiamedica.net/2012/10/exposicao- ambiental-ao-chumbo-um.html Figura 4 - Veia Porta Hepática e suas tributárias. Fonte: http://www.bartleby.com/107/illus591. html 12 vasos sinusóides que continuam o transporte venoso até a veia cava inferior. Este complexo começa pela anastomose da veia esplênica à mesentérica superior logo após se anastomosar com a mesentérica inferior, constituindo a veia porta com cerca de 8 cm de comprimento, formado ao nível da segunda vértebra lombar pela junção do mesentérica superior com a mesentérica inferior, cercado pelo plexo hepático de veias (Fig. 6), e acompanhada por numerosos vasos e algumas glândulas linfáticas. O ramo direito da veia porta entra no lobo direito do fígado. O ramo esquerdo, mais longo, mas de menor calibre do que a direita, entra no lobo esquerdo do fígado (Fig. 5) (DANGELO, FATINI.2007). No fígado a veia porta se ramifica dando origem às vênulas e capilares que formam a rede capilar hepática que vai se reduzindo a tamanhos cada vez menores, para, posteriormente se reunirem e dar origem às veias hepáticas que desembocam na veia cava inferior, levando para todo o corpo o sangue ainda venoso, mas transportando metabólitos. Assim sendo, torna-se sabido que a principal função do sistema mesentérico é de drenar os órgãos que fazem parte da cavidade abdominal (Fig. 7) levando o sangue enriquecido nutricionalmente ao fígado para a metabolização dos nutrientes e, ou, fármacos. Fonte: upload.wikimedia.org/wikipedi a/commons/6/62/Gray534.png Figura 7 - Sistema Mesentérico Figura 6 - Veias que formam a Cava Superior e o Sistema Porta-Hepático Fonte: NETTER, Frank H. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. Fonte: NETTER, Frank H. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre:, 2000. Figura 6 - Veias que formam a Veia Porta (Sistema Porta Hepático) 13 Posteriormente, são levados cada um metabólito ao seu local de ação, para qual foi criado e preparado pela metabolização hepática (DANGELO, FATINI.2007). A veia mesentérica superior drena sangue do intestino delgado e partes do intestino grosso, estômago e pâncreas. A veia esplênica drena sangue do estômago, pâncreas e partes do intestino grosso. A veia mesentérica inferior, que deságua na veia esplênica, drena partes do intestino grosso. O fígado recebe sangue arterial (artéria hepática própria) e venoso (veia porta hepática) ao mesmo tempo. Por fim, todo o sangue sai do fígado pelas veias hepáticas que deságuam na veia cava inferior (SALES.2012). 2.2.1 Efeitos do Chumbo na Metabolização Os efeitos derivados da contaminação por chumbo na circulação sanguínea mesmo em baixas concentrações, são conhecidos como efeitos hepáticos e efeitos hematopoiéticos, além dos neurológicos. Tais efeitos se divergem quanto à crianças e adultos, tanto na intensidade quanto nos tipos de efeitos a ocorrer (Tab. 2). Eles são oriundos de uma síndrome decorrente da exposição ao metal contaminante, que interferem diretamente nos processos de biotransformação, provocados exatamente pela presença do chumbo no sistema mesentérico, que também tem sua inferência no processo de eritropoiese, ou seja, o processo de formação de hemácias, um dos principais constituintes sanguíneos, levando o indivíduo a um quadro de anemia profunda (SRISUMA; LAVONAS; WANANNUKUL.2015). A contaminação por chumbo atinge os sistema nervoso central, os rins, o nervo ótico e auditivo, causando hipertensão, fraqueza e inibição da ação de cálcio e proteínas (Fig.8). A síndrome mais comum em casos de contaminação por chumbo é a síndrome neurológica que envolve uma polineuropatia, em que as fibras motoras ficam comprometidas, Tabela 2 - Resumo de concentrações mais baixas em que os efeitos à saúde relacionados ao chumbo são observados Fonte: KLAASSEN; WATKINS.2012 Fonte: http://assets.cimm.com.br/noticias/imag em/Image/chumbo(1).jpg Figura 8 - Como o Chumbo Reage no Corpo Humano 14 atingindo os nervos mais distais do corpo humano. Esta síndrome acarreta sérios problemas com os movimentos, principalmente os de pronação e supinação devido à neuropatia radial resultando na abertura do pulso (SRISUMA; LAVONAS; WANANNUKUL.2015). 2.2.2 Efeitos Hematopoiéticos O sangue é basicamente formado por uma parte líquida e outra sólida. Formado por água (91%), proteínas e substancias como excretas, gases hormônios entre outros, o plasma, líquido de cor amarelada, é o responsável pelo transporte de todo nutriente, medicamento e outros produtos, até mesmo os tóxicos, para todo o corpo. (HEMOSC.ORG.BR.2011). Este sistema de formação de sangue é o Hematopoiético, com duas fontes de produção; os linfoides (no baço, timo e gânglios linfáticos) e mieloides (principalmente nos ossos longos) (Fig.10). Este é o processo responsável pela formação, desenvolvimento e maturação dos constituintes sanguíneos, os elementos figurados (Fig.9). A ação do chumbo sobre este sistema inibe principalmente a eritropoiese, a formação de hemácias, provocando anemias em seus vários graus de intensidade e importância. Este quadro depende de uma severa deficiência férrica; isto porque o chumbo compete com o ferro pela sua ligação à proteína transportadora, a DMT1, Divalent Metal Transporter1. Assim sendo, a intoxicação por chumbo se torna muito mais perigosa e severa pela interferência no transporte de O2 e CO2, comprometendo tanto o aparelho respiratório quanto o metabolismo celular. (LOCARNO.2010). Outro fator importante na contaminação por chumbo é o fato deste metal agir nos eritroblastos, os precussores dos eritrócitos. A ação do Figura 9 - Tecido Hematopoiético Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/ Figura 10 - Tecido Hematopoiético 15 chumbo nos eritroblastos inibe a hemessintetase, enzima responsável pela biossíntese do grupamento heme. Com sua inibição, o ferro da protoporfirina é substituído pelo zinco dos reticulócitos, dando origem à zinco porfirina que se liga à globina, e não à protoporfirina que se liga a hemoglobina para o transporte do oxigênio. O aumento de ZPP no organismo indica desde anemias, até infecções crônicas ou malignas (CAMARGO; MANHAS.2010). 2.2.3 Efeitos Hepáticos Os efeitos hepáticos sãos os efeitos cuja síndrome tem origem no fígado. Após passar pela porta hepática, os elementos nutricionais ou fármacos, elementos citotóxicos ou não, são levados aos centros de operações unitárias do fígado, a saber, os citocromos p450; onde pela ação da biotransformação as substancias e moléculas são convertidos em metabólitose seguem o seu curso normal para que foi elaborado. A contaminação por chumbo promove uma redução drástica na concentração hepática de Citocromo p450 e consequentemente uma inibição da atividade da glutation-S-tranferase, fazendo com que se desenvolva uma hepatite caracteristicamente tóxica. Geralmente estes efeitos são observados nos casos de intoxicações mais severas. 3 MERCURIO Um metal prateado e brilhante encontrado na crosta terrestre, principalmente na floresta Amazônica, o mercúrio (Hg) ocorre tanto no ar, quanto no solo e na água. Suas formas químicas se diferem em metálico, inorgânico, sais de mercúrio (HgCl2, HgS) e mercúrio orgânico. Os orgânicos, em regra geral está associado aos radicais de carbono metilmercúrio e etilmercúrio. Na sua forma elementar, o mercúrio pode permanecer estável na atmosfera por muitos meses e anos até. O seu vapor pode se converter na forma solúvel, e descer ao solo junto com as chuvas, provocando Figura 11 - Fontes de Mercúrio: Industrial / Mineração Fonte: http://www.clubedaquimica.com/ 16 outras reações químicas permitindo que o metal volte à forma elementar e retorne para a atmosfera (Fig.10), ou sofra metilação pela presença de microorganismos aquáticos dando formas ao metilmercúrio, a forma mais eficiente de contaminação do metal, exatamente pela sua afinidade com a água, que possibilita a contaminação de lençóis freáticos e pescados (MMA.GOV.BR.2014). A principal forma de exposição da população humana é a dieta, em particular o consumo de pescados contaminados por metilmercúrio. Também podem ser observados níveis elevados de mercúrio em atividades econômicas, como fábricas de cloro-soda, mineração de ouro, minas de mercúrio, fábricas e recicladoras de lâmpadas fluorescentes, fábricas de termômetros, refinarias, clínicas dentais e fábricas de pilhas, sendo estas as principais vias de exposição ocupacional (MMA.GOV.BR.2014). O mercúrio é um metal largamente utilizado na área da saúde, por profissionais como enfermeiros, médicos, dentistas e higienistas bucais, químicos; e, seus efeitos estão estampados no dia-a-dia da população. Sinais como disfunções do SNC, dormência nos braços e pernas, irritabilidade, letargia entre outros sintomas são tratados como sintomas de outras doenças, com o risco de evoluir para distúrbios motores, retardamento mental e até mesmo a paralisia geral, além do risco de falência multipla dos orgãos. Outro fator agravante; o mercúrio nas mulheres grávidas, interferem no desenvolvimento fetal, podendo acarretar má formação congênita (MMA.GOV.BR.2014). Minamata, cidade litorânea japonesa, foi palco da pior contaminação por mercúrio de toda uma população em 1950, pelo derramamento do metal pesado nas aguas do mar circundante, contaminando os peixes da região (Fig.11). O que para muitos era um tipo de doença infectocontagiosa, na verdade era a contaminação por mercúrio que estava assolando a cidade (SOUZA.2011). 3.1 A CONTAMINAÇÃO POR MERCÚRIO O mercúrio concentra-se nos rins, fígado, sangue, medula óssea, intestinos, aparelho respiratório, mucosa bucal, glândulas salivares, cérebro, ossos e pulmões. A intoxicação aguda, se inalatória, pode provocar Figura 12 - Contaminação por Mercúrio Tomoko Uemura, de 17 anos, repousa no colo da mãe. Fonte: www.brasilescola.com/upload/e/contaminacao%2 0por%20mercurio%20-%20B.E.jpg 17 alguns dos seguintes sintomas: bronquite, edema pulmonar, salivação excessiva, gosto metálico na boca, lesões renais, tremores, convulsões, sede, dor abdominal, vômito, diarreia, alucinações, irritabilidade, perda de memória, confusão mental, anormalidades nos reflexos, coma e morte. Na pele pode surgir irritação cutânea, edema epústula ulcerosa. Na exposição prolongada (crônica) pode ocorrer inflamação da gengiva, amolecimento dos dentes, inchação das glândulas salivares, excesso de saliva, tremores, vertigem, rubor, irritabilidade, perda de memória, alucinações, perda do controle muscular, insônia, depressão, pesadelos e lesões na pele. (ABC.MED.BR. 2013) O cinábrio, um sulfeto trigonal composto de mercúrio (HgS), muito usado nas pinturas da Grécia antiga, bem como na tentativa de curar a sífilis e ainda como diuréticos e enchimentos de amalgamas dentárias. Atualmente o mercúrio (Fig. 12) é largamente usado na medicina legal em aparelhos como termômetros, barómetros e instrumentos para medir a pressão arterial. Na indústria, no processo eletroquímico de fabricação de cloro, é usado como um eletrodo. Entretanto, o maior risco da saúde humana no contato com o mercúrio, são: as amalgamas dentárias e a intoxicação alimentar, principalmente através dos peixes e frutos do mar. Geralmente o mercúrio excretado pela urina são compostos inorgânicos de mercúrio, enquanto que o metil- mercúrio, composto orgânico do metal é mais exposto na amostra sanguínea. O mercúrio relacionado à exposição crônica, é mais encontrado nos cabelos, porém pode ser encontrado nos tecidos, nas amostras sanguínea, urina e plasma sanguíneo. Este fator determina a dificuldade de estimar uma contaminação potencial por mercúrio a longo prazo (MASEREJIAN.et al.2012). A facilidade de se converter em orgânico confere a este metal a capacidade de se acumular na cadeia alimentar. Entretanto, não existe relação de envolvimento do mercúrio com o SNC; fato explicado pela existência da barreira hematoencefálica que o metal não consegue transpor. Enquanto isto a exposição aguda ao metal desencadeia danos como os pulmonares, neurológicos e psicológicos. Os efeitos mais comuns são tremores, agitação, distúrbios do sono, tratativas depressivas entre outros, podendo cessar a partir do momento em que cessar a exposição ao metal pesado. Sendo o mercúrio uma substância de características alérgenas, ela pode causar afecção caracterizada Figura 13 - Mercúrio líquido Fonte: http://www.abc.med.br/p/sinais.-sintomas-e- doencas/351414/intoxicacao+por+mercurio+causas+s inais+e+sintomas+diagnostico+tratamento+prevenca o.htm 18 por reação inflamatória com formação de escamas e prurido. Como o mercúrio ainda é usado na fabricação de amálgamas dentárias, o uso destas amálgamas pode desencadear no surgimento da líquen oral, uma doença inflamatória mucocutânea que, devido a contaminação por mercúrio, afeta a cavidade bucal com um incômodo de longa duração provocado pela ferida. Apesar de não ter respaldo científico para tal, acredita-se que cessando o uso de tais amálgamas, cessa-se também a infecção por ela provocada (JARUP.2003). O maior perigo de contaminação por este metal é a sua forma orgânica. O metilmercurio apresenta seus sintomas até um mês após a exposição aguda ao metal. Os primeiros sintomas desta contaminação atingem o SNC, apresentando um quadro de dormência nos membros superiores e inferiores e parestesias, uma sensação desagradável que acontece sobre a pele traduzindo formas de queimação, dormência, coceira. Os estudos concluídos em Minamata no Japão definiram que a população não está exposta a riscos significativos pela contaminação do metilmercúrio, ficando fora desta afirmativa aquele grupo populacional que tem sua alimentação baseada no produto da pesca (KEHRIG et al, 2011). 3.2 A Toxicocinética do Mercúrio Sendo o mercúrio um elemento mais hidrossolúvel, ele é muito pouco absorvido tanto no TGI quanto pela pele, se concentram no plasma sanguíneo e excretado por via renal. Entretanto seus compostos são mais lipossolúveis, tendo afinidade de absorção no TGI, alvéolos e na pele. Estes compostos organomercuriais tem a facilidade de transpora barreira hematoencefálica, e se depositar no sistema nervoso. Porém, ambos, orgânico e inorgânico, tem o poder de atravessar a barreira placentária e se concentrar nos órgãos do bebê (ABC.MED.BR.2013) 3.2 A Toxicodinâmica do Mercúrio A citotoxicidade mercurial interfere diretamente no padrão de função celular através da inativação das sulfidrilas das enzimas. Esta ação acarreta uma desintegração de tecido celular pela inibição das ações enzimáticas responsáveis pela oxidação. Isto é muito perigoso durante o período gestacional por afetar diretamente o feto, promovendo contaminação tóxica no córtex cerebral. Esta toxicidade do mercúrio é explicado pela afinidade que o metal tem com os grupos carboxílicos, 19 amida, amina e a fosforilação de enzimas. A estas alterações induzidas pelo mercúrio está correlacionados a permeabilidade da barreira hematoencefálica, a inibição da formação dos microtúbulos, a interferência na síntese de proteína e na replicação do DNA, desregulação do sistema imunitário e principalmente mudanças na homeostase do cálcio, interferência da DNA polimerase e no processo fosforilação-desfosforilação; podendo ocorrer de forma isolada ou em cadeias. Além destes fatores, o mercúrio promove a degradação de elementos essenciais (depleção) de algumas proteínas principalmente a glutationa-S-transferase, deixando a célula mais exposta ao stress oxidativo, recebendo orientação à apoptose. Além disto o mercúrio pode induzir a peroxidação lipídicas, alterando o metabolismo do grupo heme e a despolarização da membrana interna mitocondrial. Todas as mudanças bioquímicas ocorrem a partir do dano oxidativo renal, inclusive a porfirinúria (excreção em excesso de porfirinas na urina) resultante tanto do aumento da formação de radicais livres quanto da peroxidação lipídica causada pela presença do mercúrio na grande circulação (ABC.MED.BR.2013). 20 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS Chumbo e mercúrio são metais pesados que a humanidade se habituou em conviver com eles como parte de seu dia a dia. Estes metais pode ser responsabilizados por inúmeras complicações da saúde que ficam sem explicações plausíveis. Alguns alcançam a cura, outros navegam em águas de sofrimento por anos até desfalecerem, tratando os sintomas, mas ainda em convívio com a fonte contaminadora de sua saúde. O chumbo, dotado do poder de afetar a síntese do heme, o sistema hematopoiético e a homeostase do cálcio, se fixa nos tecidos mineralizados e ficam por muito tempo até que um processo bioquímico o torne à ação novamente, afetando adversamente sistemas e órgãos do corpo humano, produzindo seus efeitos, principalmente os hepáticos comprometendo a metabolização de substratos e nutrientes. A capacidade de ultrapassa a barreira placentária indica que ele pode causar sérios danos ao feto, podendo causar comprometimentos com a viabilidade fetal, até mesmo com seu desenvolvimento. Este fato leva a crer que este metal pode sim cooperar para o aumento do risco de nascimento prematuro de bebês, mesmo sob exposição a níveis baixos de chumbo. Por outro lado, o mercúrio, um metal altamente citotóxico, tem seu papel destruidor ligado às ações enzimáticas celular. Inibindo a função de certas proteínas, entre elas a glutationa-S-transferase, o mercúrio consegue expor ferozmente a célula ao stress oxidativo, convidando esta célula ao processo de apoptose. Toda esta toxicidade mercurial tem sua explicação na afinidade que o metal tem com grupos carboxílicos, amida, amina e a fosforilação de enzimas, que facilita a sua recaptação no lugar da excreção do metal. Diante da severidade do quadro e da importância das complicações imposta pela contaminação por estes metais, compete aos órgãos competentes o alerta sobre o processo de contaminação. Evitando o contato, ganha a população que não vai adoecer, e muito mais o sistema que não vai gastar para restaurar a saúde do contaminado. O que resta diante de tudo isto, é a esperança de que um dia nossas empresas e o sistema político se conscientizem de que poluindo o ar, os rios, o meio ambiente, estamos derramando sobre nossas cabeças as brasas que irão nos corroer pelo calor da contaminação, que muito bem poderia ser evitada. 21 5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ABC.MED. Intoxicação por chumbo ou saturnismo: o que vem a ser isso? 2013. Disponível em: <http://www.abc.med.br/p/sinais.-sintomas-e- doencas/351404/intoxicacao-por-chumbo-ou-saturnismo-o-que-vem-a-ser-isso.htm>. Acesso em: 21 out. 2015. ABC.MED.BR. Intoxicação por mercúrio: causas, sinais e sintomas, diagnóstico, tratamento, prevenção. 2013 Disponível em: <http://www.abc.med.br/p/sinais.-sintomas-e-doencas/351414/intoxicacao-por- mercurio-causas-sinais-e-sintomas-diagnostico-tratamento-prevencao.htm>. Acesso em: 24 out. 2015. ABETRE.GOV.BR. 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