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� HYPERLINK "http://www.direitofacil.com" ��www.direitofacil.com� Teste seus conhecimentos – Tipo Penal – Márcia Pelissari TESTE SEUS CONHECIMENTOS TIPO PENAL O que é tipo penal? Como se constituem os tipos penais? Quais as funções do tipo penal? Quando ocorre a tipicidade? O que estatuem os tipos penais? Para que servem os tipos penais? Como deve ser definida a conduta criminosa em observância ao princípio da legalidade? O que são elementares? Para que servem as elementares? Quais as espécies de elementares ou elementos? O que são circunstâncias do tipo penal? Como se classificam os tipos penais? Explique. RESPOSTAS Tipo penal é uma norma que descreve, em abstrato, as condutas penais proibidas. Os tipos penais constituem-se de um preceito primário – que é a descrição da conduta proibida – e um preceito secundário – que é a descrição da sanção para pratica da conduta proibida –. O tipo penal tem três importantes funções: a) garantidora (garante que só haverá punição para os casos expressamente previstos em lei); b) fundamentadora (é aquela na qual o Estado fundamenta o seu direito de punir); c) selecionadora de condutas (selecionar as condutas que serão proibidas pela lei penal sob pena de sanção). Quando há perfeita adequação entre a conduta do agente e o tipo descrito na lei penal. Proibições de condutas na vida em sociedade. Os tipos penais são modelos criados pela lei, por meio das quais o legislador busca extirpar ou reprimir condutas consideradas indesejáveis pelo senso comum, descrevendo-as taxativamente como crimes. Em observância ao princípio da legalidade a conduta criminosa deve ser descrita e não apenas proibida. São elementos fundamentais da figura típica, sem o qual os quais o crime não existe. As elementares são dados essenciais da figura típica, sem as quais ocorre atipicidade relativa (quando pela ausência de uma elementar ocorre a desclassificação do fato para outra figura típica, v.g., a mãe que logo após o parto mata o filho não estando sob o efeito do estado puerperal, nesta hipótese não haverá infanticídio [123] mas homicídio [121]) ou absoluta (quando faltar elementar indispensável ao tipo, a conduta será atípica, v.g. subtração de guarda chuva pressupondo-o de outrem, não há delito de furto, uma vez que ausente a elementar coisa alheia móvel). Elementos do tipo podem ser: Objetivos: VERBO – referem-se ao aspecto material do fato. Existem concretamente no mundo dos fatos e só precisam ser descritos pela norma. São elementos objetivos: o objeto do crime, o lugar, o tempo, os meios empregados, o núcleo do tipo (verbo), etc. Normativos: = JUÍZO DE VALOR – seu significado não se extrai da mera observação, sendo imprescindível um juízo de valoração jurídica, social, cultural, histórica, política, religiosa, bem como de qualquer outro campo do conhecimento humano. Classificam-se em jurídicos quando exigem juízo de valoração jurídico, e em extrajurídicos ou morais, quando pressupõem um exame social, cultural, histórico, religioso, político, etc. Aparecem sob a forma de expressões como “sem justa causa”, “indevidamente”, “documento”, “funcionário público”, “mulher honesta”, “dignidade”, “decoro”, “fraudulentamente”, etc. Por exemplo, a expressão “mulher honesta” tem um determinado significado em uma grande metrópole e outro em um vilarejo fincado no sertão, sendo necessária uma avaliação sociológica do lugar em que ocorreu o crime para saber se a vítima pode ser considerada honesta ou não. Por esta razão, os tipos que possuem elementos normativos são considerados anormais: alargam muito o campo de discricionariedade do julgador, perdendo um pouco de sua característica básica de delimitação. Subjetivos: ESPECIAL FIM DE AGIR – são os que pertencem ao campo psíquico-espiritual e ao mundo da representação do autor. Encontram-se, antes de tudo, nos denominados “delitos de intenção”, em que uma representação especial do resultado ou do fim deve ser acrescentada à ação típica executiva como tendência interna transcendente; assim, por exemplo, a intenção de se apropriar do assaltante, a intenção de enriquecimento do estelionatário, etc. No elemento subjetivo do tipo, o legislador destaca uma parte do dolo e a insere expressamente no tipo penal. Essa parte é a finalidade especial, a qual pode ou não estar presente na intenção do autor. Quando o tipo incriminador contiver elemento subjetivo, será necessário que o agente, além da vontade de realizar o núcleo da conduta (o verbo), tenha também a finalidade especial descrita explicitamente no modelo legal. Embora o dolo seja elemento da conduta e não do tipo, o legislador pode destacar uma parte do dolo e inseri-la expressamente no tipo, fazendo com que uma conduta só seja típica se aquela estiver presente. Essa parte do dolo é a finalidade especial do agente, o seu fim específico. OBS: Coexistência dos elementos – nada impede a coexistência de elementos normativos, subjetivos e objetivos no mesmo tipo penal. Ex.: art. 219 – raptar (objetivo), mediante violência, grave ameaça ou fraude (normativo), mulher honesta (normativo), para fim libidinoso (subjetivo). São dados acessórios da figura típica cuja ausência não a elimina (pois são apenas dados acessórios). Sua função não é constituir o crime, mas tão-somente influir no montante da pena. São as causas agravantes e atenuantes. Classificam-se em: Tipo anormal:contém elementos normativos e elementos subjetivos que demanda análise do juiz para cada caso concreto. Tipo normal:contém somente elementos normativos. Tipo fechado:não exige nenhum juízo de valor por parte do juiz. Tipo aberto: exige juízo de valor por parte do juiz, v.g., crimes culposos, em que o juiz, para decidir se houve ou não a pratica do crime, deve comparar a conduta do réu com a conduta que teria, nas mesmas condições, o homem de médio discernimento e prudência. Questões de concursos 01 Constituem elementos do fato típico culposo, exceto: A) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> resultado voluntário; B) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> previsibilidade objetiva; C) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> tipicidade; D) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> resultado. 02 (OAB-MG / 2006) Leia com atenção o texto abaixo e, a seguir, assinale a alternativa correta: “Na matéria, de que se ocupa este trabalho, os bons costumes manifestam-se pelo pudor, e os escritos, objetos, representações teatrais e exibições cinematográficas podem ser obscenidades que ofendem o pudor. (...) Que é o pudor, que é ofendido pelo obsceno? O pudor é um sentimento do homem individualmente considerado. Variando, porém, de homem a homem, surge, ao projetar-se na vida social, como o sentimento comum aos que socialmente vivem. Não é o sentimento vulgar do incivil, nem a pruderie do afetado, nem a visão da vanguarda. É o sentimento do bonus paterfamilias. A vergonha, verecundia, diante das coisas do sexo, pudenta. Bem da civilização, varia no tempo e no espaço, o sentimento de pudor. Sempre existe, porém, onde quer que exista civilização, entre hindus e árabes, ou entre aqueles helenos como no mito de Acteon castigado por contemplar Diana a banhar-se.” (CUNHA LUNA, Everardo da. A arte e o obsceno. Justitia, n. 52, out./dez. 1990). O texto citado refere-se essencialmente ao crime de escrito ou objeto obsceno. Quando o legislador, na descrição de um tipo penal, deseja que o intérprete proceda a uma especial valoração cultural para determinar o conteúdo de uma expressão contida na norma incriminadora, ele se vale dos chamados: a) elementos subjetivos do tipo. b) elementos descritivos do tipo. c) elementos normativos do tipo. d) elementos psicológicos do tipo. 03 (OAB/MG-2004) OS ELEMENTOS NORMATIVOS DO TIPO SÃO AQUELES QUE dispensam valoração para a apreensão do seu significado. quando inseridos no tipo, reforçam a garantia do princípio da reserva legal. exigem uma especial valoração para a apreensão do seu significado. não se encontram previstos na legislação penal brasileira. 1 – A 2 – C 3 – C �PAGE � �PAGE �1�
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