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Modelo de Relatório

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Prévia do material em texto

Informações sobre laboratório Física II – exemplo de relatório 
(Adaptado da apostila de Física A da UFS, elaborada pelos professores ANA FIGUEIREDO MAIA, 
MÁRIO ERNESTO GIROLDO VALÉRIO e ZÉLIA SOARES MACEDO) 
 
 
As disciplinas de laboratório consistem em diversos experimentos com 
os quais se espera poder desenvolver no aluno o comportamento crítico 
diante dos fenômenos físicos. Os trabalhos de laboratório têm a finalidade de 
ilustrar os assuntos abordados no curso teórico e também de ensinar os 
rudimentos da técnica de observação dos fenômenos físicos, ou seja, como 
efetuar medidas, analisá-las e como apresentar os resultados obtidos. 
É importante também que o aluno venha para a aula já sabendo qual é 
a experiência que irá realizar e quais os seus fundamentos teóricos. Isso é 
efetivado com a confecção do pré-relatório. O aluno deve aprender a prestar 
atenção no equipamento experimental disponível, procurando entender como 
este funciona, quais suas limitações, suas imperfeições e como isso tudo 
influi no modelo físico que se quer testar. 
As características fundamentais de um relatório são a objetividade e a 
clareza. Ele deve ser escrito de forma que outra pessoa, apoiando-se nele, 
possa repetir o experimento sem necessitar do roteiro ou de que o autor do 
texto esteja presente para decifrá-lo. O relatório deve respeitar sempre certos 
aspectos e normas indispensáveis para que o leitor possa entender 
imediatamente os pontos essenciais do trabalho feito na sala de aula. Sem 
ser prolixo, ele deve conter o maior número possível de informações sobre o 
que foi feito, como foi feito e quais os resultados alcançados. 
O relatório é um texto contínuo, organizado e dividido em tópicos, e 
não uma sequência de respostas ás perguntas do roteiro. Deve, porém, 
conter todas as informações pedidas no roteiro. 
 
Sugestão de organização para o relatório: 
 
1. Identificação: Deve conter a indicação clara do título do 
trabalho, os nomes dos componentes do grupo, a turma de 
laboratório, o número da bancada e a data da realização da 
experiência. 
Exemplo: 
Bancada A3 - 25/12/2012 
Ronaldo Macedo 
Clara Dias 
José Maria 
Ciro Freire 
 O pêndulo físico 
 
2. Introdução: Deve-se expor nesta parte o contexto do trabalho, 
a importância do tema, um pequeno histórico (se for o caso) 
e os aspectos teóricos. Deve-se descrever a teoria envolvida 
e as correlações com outros assuntos. É importante que a 
introdução e os aspectos teóricos do relatório não sejam 
cópias da introdução da apostila. Pesquise outras fontes! 
Exemplo: 
Qualquer corpo rígido, oscilando em um plano horizontal a 
partir de um eixo que passa pelo corpo, é chamado de 
pêndulo físico. A regularidade do deslocamento de um 
pêndulo foi estudada pela primeira vez por Galilei no século 
XV e essa propriedade é utilizada, por exemplo, para medir o 
tempo (relógio de pêndulo). Um pêndulo físico é uma 
generalização do pêndulo simples, onde um cabo sem peso 
sustenta uma única partícula. A figura 1 mostra um esquema 
de um pêndulo físico, onde um corpo de forma irregular é 
preso por um ponto O e deslocado de sua posição de 
equilíbrio de um ângulo θ. CM é o ponto onde se localiza o 
centro de massa, onde o peso (p=Mg) atua. A distância de O 
a CM é d. O torque exercido pela gravidade, que irá gerar a 
oscilação, é dado por: 
θτ Mgdsenz −= (1), 
Onde M é a massa do objeto. Sabendo que ••= θτ Iz , com I 
sendo o momento de inércia rotacional, tem-se a equação 
diferencial: 
θθ MgdsenI −=
•• (2). 
Para linearizar essa equação e resolvê-la no modelo de 
oscilador harmônico, consideram-se pequenas oscilações, de 
forma que θθ =sen . Obtém-se, então: 
θθ MgdI −=
••
 (3), 
cuja solução é: 
)cos( tA ωθ = (4), 
onde A é o ângulo inicial, e ω é dado por: 
I
Mgd
=ω e o 
período de oscilação é 
Mgd
IT pi2= (5). 
 
 
 
 
Figura 1 – esquema de pêndulo físico 
 
3 . Objetivos: Nesta parte deve-se apresentar, de forma bem sucinta, 
os objetivos da prática experimental. É mais fácil escrever os objetivos em 
forma de itens, que devem ser sempre iniciados com um verbo no infinitivo. 
 Exemplo: 
Neste experimento, a dinâmica de um pêndulo físico de 
momento de inércia determinado será estudada para o cálculo 
da aceleração local da gravidade g. 
 
Ou 
 Os objetivos do experimento são: 
 1 – estudar a dinâmica do pêndulo físico e 
 2 – determinar a aceleração da gravidade local. 
 
 
 4 . Materiais: Esta parte é dedicada à apresentação dos materiais e 
equipamentos utilizados, enumerados claramente. 
 Exemplo: 
1 - Pêndulo físico em forma de haste uniforme com momento de 
inércia I=25,0X10-4kg.m2, massa m=100g e comprimento 
0,20m; 
 2 – Haste de suporte para o pêndulo e 
 3 – Cronômetro digital. 
 
 5 . Métodos e procedimentos: Nesta parte deve-se fazer uma 
descrição dos arranjos experimentais montados e uma explicação minuciosa 
dos procedimentos experimentais adotados. É aconselhável mostrar um 
esboço do aparato utilizado, para facilitar a compreensão do leitor. 
Diagramas de montagens são sempre bem-vindos. 
 Exemplo: 
O pêndulo físico foi montado na haste de suporte, de acordo 
com o esquema da Figura 2. Para o cálculo de g, utilizou-se a 
equação 5 na forma: 
2
24
mdT
Ig pi= (6), 
Com erro TT
md
Ig δpiδ 3
24
−
= . Para utilizar a equação 6 e o erro 
correspondente, é necessário medir o período de oscilação T. 
Para isso, o pêndulo foi deslocado de sua posição de equilíbrio 
de um ângulo de aproximadamente dez graus - para que a 
linearização da equação 4 seja válida – e foi medido o tempo de 
dez oscilações, com cronômetro digital. Esse procedimento de 
medida foi adotado para minimizar os erros provenientes do 
acionamento manual do cronômetro e, além disso, foi repetido 
seis vezes. A tabela 1 contém os resultados obtidos. 
 
Figura 2 – montagem experimental do pêndulo físico 
 
6. Resultados e discussão: Nesta parte é apresentada, 
primeiramente, uma tabela com os dados obtidos. Em seguida, vêm os 
cálculos, gráficos e discussões. É importante salientar que é obrigatória a 
apresentação das equações utilizadas, de forma que todos os valores 
apresentados possam ser recalculados pelo leitor. Não serão considerados 
resultados apresentados sem a devida explicação. 
 Exemplo: 
A tabela 1 contém os resultados obtidos. 
10T (s) T (s) 
11,12 1,112 
9,15 0,915 
10,12 1,012 
12,52 1,252 
8,55 0,855 
9,04 0,904 
Tabela 1 – medida do período de oscilação do pêndulo 
 
Fazendo-se uma média dos valores de T da tabela obtém-se: 
sT 0096667,1= 
O erro associado à medida do período é: 22 alesisT σσδ += , 
onde sisσ é o erro sistemático, proveniente do erro ao acionar o 
cronômetro, e aleσ é o erro aleatório. O tempo de reação para 
acionar o cronômetro foi medido acionando-o e desligando-o 
imediatamente, obtendo-se 0,17s. Como esse erro está 
associado à medida de dez oscilações, tem-se que ssis 017,0=σ 
para um período. O erro aleatório foi calculado a partir de 
2
1
1
2 1
)1(
1






−
−
= ∑∑
=
=
n
i
i
n
i iale
T
n
T
nn
σ (7), 
com os valores da tabela 1, obtendo-se sale 061438,0=σ . Tem-
se então, sT 0637,0=δ . Escrevendo o valor obtido com o 
número correto de algarismos significativos, tem-se: 
( )sT 06,001,1 ±= 
Calculando g pela equação 6, obtém-se: 
22
2
2
2
2
/06798345,10/
009667,110,0100,0
00250,044
smsm
mdT
Ig =
××
×
==
pipi
 e 
23
2
/634,04 smTT
md
Ig == − δpiδ . O resultado encontrado é, então: 
( ) 2/6,01,10 smg ±= . 
 
 
7. Conclusões: Esta parte é dedicada à apresentação sucinta dos 
principais resultados e das conclusões obtidas no trabalho. 
Exemplo: 
Neste experimento, foi calculado o valor da aceleração da 
gravidade através da medida do período de um pêndulo físico, 
obtendo-se ( ) 2/6,01,10 smg ±= . O valor encontrado é, 
aproximadamente, 3% maior do que o valor esperado, de 
9,8m/s2. Esse desvio pode ser proveniente da subestimação do 
tempo de reação para a ativação do cronômetro ao se mediro 
tempo de dez oscilações. Mesmo assim, observa-se a eficiência 
do método e a validade da linearização da equação diferencial 
que rege o movimento do pêndulo físico, descrevendo o 
movimento como harmônico simples. 
 
8 . Bibliografia: Todo relatório deve conter uma bibliografia, onde 
são listadas todas as referências consultadas. É importante que a lista de 
referência tenha uma formatação uniforme e que sejam apresentadas as 
seguintes informações essenciais: 
 
a) Para livros: Autor(es), título, edição, editora, local onde foi editado, 
ano. Exemplo: Helene, O.A.M. e Vanin, V.R., “Tratamento 
Estatístico de dados”, 2a. edição, Edgard Blucher, São Paulo 
(1981). 
 
b) Para artigos de revistas: Nome(s) do(s) autor(es), título (optativo), 
título da revista, volume, número, página e ano de publicação. 
Exemplo: A.A. Gusev, T. Kohno, W. N. Spjeldvik, I. M. Martin, G. I. 
Pugacheva, A. Turtelli, Dynamics of the low altitude secondary 
proton radiation belt, “Advances in Space Research”, Vol.21, N.12, 
pp. 1805-1808 (1998). 
 
c) Para texto de internet: Nome(s) do(s) autor(es), título, endereço 
eletrônico em que está disponível e data de acesso. Exemplo: 
Blackwell, Bases de dados, disponível em: 
<http://www.periodicos.capes.gov.br/>, acesso em 22/03/2004. 
 
d) Para outros tipos de referências, consulte a norma NBR 10520, da 
ABNT (ABNT, Informação e documentação - Apresentação de 
citações em documentos, NBR 10520, 2001). 
 
Atenção! Os exemplos citados acima são apenas ilustrativos, não 
determinando o que deve ser escrito em um relatório ou mesmo a 
extensão do mesmo. Esses fatores dependem da experiência a ser 
realizada e dos tópicos a serem discutidos no roteiro de laboratório. 
 
Cada aluno deve desenvolver seu próprio relatório no caderno 
brochurão, de tamanho grande. Nada deve ser apagado do caderno: se você 
cometeu um erro, risque-o com um traço e continue a escrever. Use sempre 
caneta!! As análises e conclusões apresentadas devem ser discutidas em 
conjunto. Além disso, todas as partes do relatório, inclusive a introdução, 
devem ser redigidas com palavras próprias dos alunos. É importante que os 
alunos não se prendam aos roteiros ou à bibliografia sugerida. Sempre que 
possível, expanda seus questionamentos e conhecimentos procurando textos 
na internet (seja sensato!) ou em livros diversos.

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