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ROTEIRO CAP. 6 E 7 A.E.C

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“Estímulos discriminativos não eliciam respostas, eles estabelecem a ocasião para a emissão de respostas”. Discuta essa colocação tendo em vista a noção de determinismo do comportamento.
R.: O comportamento operante não é completamente determinista. Podemos ver isso com base no controle de estímulos, pois esse controle não é total, é uma questão de probabilidade. Ou seja, o estímulo discriminativo estabelece a ocasião adequada para que o organismo emita a resposta, mas não necessariamente ela terá que ocorrer. Diferente do condicionamento clássico ou respondente, no condicionamento operante não vai haver eliciação da resposta, apenas a alta probabilidade de sua ocorrência. 
Em geral, as relações de contingência da tríplice contingência são expressas esquematicamente, assim: SD – R – SR. Este modo linear de representar essas relações seria o mais adequado? Por que?
R.: Não. O modo mais adequado de representar a tríplice contingência é em forma de um triângulo, ou seja, deve haver ligação também entre o SD e o SR. Isso deve ser feito pelo fato de que o estímulo discriminativo não tem uma função a priori, ou seja, ele não tem essa função antes da Resposta ter ocorrido na presença do estímulo reforçador. Depois de uma ou mais ocorrências da resposta seguida do reforço, é que o estímulo discriminativo passa a desempenhar essa função. 
“A dispersão do efeito do reforço na presença de um estimulo para outros estímulos não-correlacionados com o reforço é chamado de generalização”. Usando palavras diferentes, explique o processo de generalização operante e de 2 exemplos.
R.: A generalização operante ocorre quando o organismo emite uma mesma resposta na presença de estímulos parecidos fisicamente com o SD específico para aquela resposta. Por exemplo, quando uma criança aprende a dizer “au au” na presença de um cachorro, é provável que ela diga “au au” quando se deparar com outros cachorros, ou até mesmo com outros animais parecidos com o primeiro cachorro ao qual fora exposta na primeira vez. Quando aprendemos a mexer em nosso computador, quando formos mexer no computador de nossos amigos, ou no computador da faculdade, por mais que não seja o mesmo, saberemos nos virar sem dificuldades, pois estamos generalizando. 
No tópico do texto que trata do procedimento de fading ou esvanecimento, há uma questão extremamente bem colocada: “do mesmo modo que a modelagem requer que algum comportamento esteja disponível para ser modelado, o esvanecimento requer que algum comportamento sob controle discriminativo esteja disponível para ser mudado no controle de uma nova dimensão do estimulo”. Explique o que você entende com esta consideração, colocando-a em outras palavras e usando exemplos para ilustrar, se necessário.
R.: Para q	ue a técnica do fading seja aplicada, é necessário que o indivíduo já discrimine o estímulo que será utilizado, para que depois ele possa ser colocado sob controle de uma dimensão diferente e mais relevante daquele estímulo. No exemplo da criança que confunde as letras “p” e “b”, ela já discrimina esses estímulos, mas está sob controle da dimensão menos relevante, por isso confunde as letras. É necessário que sua atenção seja voltada para a parte arredondada da letra e sua posição, para que consiga diferenciá-las. Nesta técnica, a parte redonda de cada uma delas vai ficando escura aos poucos, para que a criança aprenda a ficar atenta a essa dimensão das letras.
Esquemas ou programas de reforço
Nem sempre o nosso comportamento é reforçado. Desse modo, podemos dizer que, em geral, o comportamento é reforçado de modo intermitente, segundo duas grandes variáveis (tempo ou razão). De 2 exemplos que ilustrem essa afirmação e relacione com o tipo de variável que predomina no esquema.
R.: Um homem tem costume de jogar numa máquina de caça-níqueis. Todos os dias ele coloca uma moeda na máquina, mas não é sempre que é reforçado, ou seja, só de vez em quando ele consegue ganhar algum prêmio, mas o número de vezes que precisa jogar para que isso ocorra é incerto. Esse homem está respondendo sob um esquema de razão variável (VR). Um trabalhador vai para o ponto de ônibus depois de um longo dia de trabalho. Seu horário de saída é às 17h, e o horário previsto para o ônibus chegar no ponto mais próximo ao seu local de trabalho é às 17:10h. Se ele chegar antes disso, não será reforçado com o ônibus, pois ele só chega 17:10h. Por outro lado, se chegar 17:11h, já não poderá mais receber o reforço, pois o ônibus terá ido embora. Ou seja, está respondendo sob um esquema de intervalo fixo (FI), com disponibilidade do reforço limitada (menos de um minuto). 
Convém lembrar que dificilmente os casos da vida cotidiana ilustram corretamente os conceitos de laboratório sobre os programas de reforço. Desse modo, ainda que nosso interesse geralmente seja o dia a dia das pessoas, os conceitos básicos não devem de modo algum ser preteridos. Tendo isso em vista, descreva de modo operacional o que seja um FR30; um FI 10s; um VR5; um VI 15s.
R.: Um esquema de Razão Fixa 30 (FR30), é um esquema em que o organismo deve responder 30 vezes antes de receber o reforço. A cada 30 respostas, 1 reforço. No esquema de Intervalo Fixo de 10 segundos (FI 10s), o organismo deve responder após um intervalo de espera de 10 segundos para obter o reforço. Após 10 segundos, 1 reforço estará disponível, caso o organismo responda após esse tempo. Já no esquema de Razão Variável 5 (VR5), o organismo tem que responder, em média, 5 vezes para obter o reforço. O programador vai calcular o número de vezes em cada rodada que o organismo deve responder para obter o reforço, mas sempre em torno da média 5. O esquema de Intervalo Varíavel de 15 segundos (VI 15s) consiste em um tempo médio de 15 segundos, em que o organismo deve responder após esse intervalo, em média, podendo receber o reforço, caso responda. O programador deve calcular o tempo em cada rodada para que gire em torno dessa média. 
Haveria alguma relação entre o esquema de reforço em vigor e o sentimento experienciado pelo organismo submetido a tal esquema?.. Defenda seu argumento com um pequeno texto ilustrado com exemplos.
R.: Sim. Alguns tipos de esquema podem estar relacionados com alguns sentimentos, como a ansiedade, por exemplo. Um organismo submetido a um esquema de razão variável, poderá se sentir ansioso, se o reforço tiver um valor alto. No caso de um homem viciado em jogos de azar, ele joga sempre que pode, pois espera ganhar muito dinheiro, pois nunca sabe quando “terá sorte”ou não. Ou seja, ele responde sem pausas e em altas taxas, pois nunca discrimina quando o reforço virá. Com o rato submetido ao mesmo tipo de esquema, também é assim. Mas o rato não pode nos dizer como se sente. O homem, se nos dissesse, provavelmente diria que fica ansioso ao jogar. 
Explique a diferença entre um esquema de reforço FI 10s e um esquema de reforço DRL 5s. Como seriam as curvas do responder sob cada esquema?
R.: No esquema FI 10s, o organismo receberá o reforço quando se passarem 10 segundos e ele emitir uma resposta. Por outro lado, se ele responder antes disso, não será reforçado, mas o tempo continuará correndo até que ele possa receber o reforço. Já no esquema DRL 5s, o organismo só receberá o reforço após passado esse tempo e, caso responda antes do tempo, o cronômetro é zerado e ele perde o reforço que viria se tivesse ficado sem responder. Portanto o DRL reforça respostas espaçadas, e no tempo certo.A curva do FI é bem característica, produzindo longas pausas após o reforço , e um aumento gradual do responder, até produzir uma aceleração nas respostas, chamada de scalop, quando está próximo de receber o reforço. Já a curva do DRL contém taxa baixa de respostas, com longas pausas após reforço.As pausas são sempre maiores que a duração do DRL.

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