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Espécies de jurisdição

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	A jurisdição é una e indivisível, porém, a doutrina classifica a jurisdição em espécies.
	Dessa forma, a jurisdição pode ser:
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1. Espécies de jurisdição:
1.1. Jurisdição voluntária:
A modernidade trouxe situações em que as pessoas podem livremente transacionar, somente sendo necessária a homologação das vontades contratuais, surgindo dessa forma a jurisdição voluntária.
Ex.: atos que constituem verdadeiros pronunciamentos judiciais (divórcio condensual).
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Dessa forma os procedimentos especiais de jurisdição voluntária são aquelas ações em que não havendo controvérsias entre as partes não é necessária a intervenção do juiz como árbitro, mas que ao mesmo tempo tenha validade jurídica.
Refere-se à homologação de pedidos que não impliquem litígio.
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A jurisdição voluntária não resolve conflitos, mas apenas tutela interesses.
Não existe uma lide, ou seja, não há conflito de interesses entre duas pessoas, mas apenas um negócio jurídico, com a efetiva presença do juiz.
Não se pode falar em partes, no sentido em que esta palavra é tomada na jurisdição contenciosa.
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1.2. Jurisdição contenciosa: 
É marcada pela existência de partes em pólos antagônicos: de um lado o autor, pretendendo obter uma resposta judicial ao conflito de interesses; do outro, o réu, a pessoa que a pretensão da tutela jurisdicional é formulada. 
Na jurisdição contenciosa, existem partes, processo judicial e sentença traumática, em que favorece a uma das partes, em detrimento da outra, sempre existindo litigiosidade.
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Ela é substitutiva, no sentido de que substitui a vontade dos litigantes, e a sentença proferida pelo juiz é obrigatória para as partes.
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2. Espécies de jurisdição pelo critério do seu objeto:
	
	2.1. Penal: causas penais, pretensões punitivas;
	Exercida por: juízes estaduais comuns; Justiça Militar Estadual e Federal; Justiça Federal; Justiça Eleitoral.
	
	OBS¹.: Justiça do Trabalho desprovida de competência penal.
	
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2.2. Civil: por exclusão, causas e pretensões não-penais.
	Exercida por: Justiça Estadual e Federal, Trabalhista e Eleitoral.
	OBS².: Justiça Militar desprovida de competência civil.
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 OBS³.: Substancialmente, o ilícito penal não difere do ilícito civil, apenas a sanção que é diferente.
	Ex.: Crime de furto (art. 155 do CP).
	Natureza cível: obrigação de restituir o objeto furtado;
	Natureza penal: pena do art. 155, CP. 
 
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Interação entre a jurisdição penal e civil:
	
 a) suspensão prejudicial do processo: suspende o processo crime à espera da solução no processo cível - Ex.: Bigamia;
	b) sentença penal condenatória com trânsito em julgado com eficácia no cível: tornar certa a obrigação de indenizar o dano resultante do crime;
	c) prova emprestada: certidões utilizadas no processo crime podem ser utilizadas no processo cível contra o mesmo réu e vice-versa.
 
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 Jurisdição especial e comum: 
	
	a) especial: a CF atribui competência para causas de determinada natureza.
	
	Justiça Militar: (art. 122-125, CF);
 
 Art. 124. À Justiça Militar compete processar e julgar os crimes militares definidos em lei.
	
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	Justiça do Trabalho: (111-116, CF);
 Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:  
 I - as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; 
 II - as ações que envolvam exercício do direito de greve;
	Justiça Militar Estadual: (125, §3º, CF);
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	b) comum: conhece de qualquer matéria não contida na competência especial.
	
 Justiça Federal: (106-110);
 Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:
	VIII - os mandados de segurança e os "habeas-data" contra ato de autoridade federal, excetuados os casos de competência dos tribunais federais;
 Justiça Estadual Ordinária (125-126).
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	 Justiça Superior e Inferior:
	
	a) inferior: competência originária – exercida pelos juízes que ordinariamente conhecem o processo desde o início.
	b) superior: exercida por órgãos a que cabem os recursos contra as decisões de juízes de 1º grau. 
	
	OBS.: Órgão máximo - STF. 
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 Jurisdição de direito ou de equidade
	a) de direito: decisões impostas pela precisa regulamentação legal.
	b) de equidade: decisões sem as limitações legais, contudo, os juízes só podem decidir por equidade, nos caos previstos em lei – art. 127, CPC.
 
 Art. 127. O juiz só decidirá por eqüidade nos casos previstos em lei.

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