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Disciplina: Comportamento humano nas organizações Prof.a Dr.a Ana Flávia de Moraes Moraes UNIDADE I – FUNDAMENTOS TEÓRICOS SOBRE O TRABALHO 1. O significado do trabalho/Os sentidos do trabalho 2. O trabalho e suas implicações na qualidade de vida Poder Executivo Ministério da Educação Universidade Federal do Amazonas Faculdade de Estudos Sociais Departamento de Administração Fonte: Google Imagens O SIGNIFICADO DO TRABALHO Fonte: Google Imagens Fonte: Google Imagens Fonte: Google Imagens Fonte: Google Imagens A palavra “ trabalho ” é oriunda do latim vulgar tripiliare, derivado de tripalium, um instrumento de tortura e castigo para escravos. Também do latim laborare – balançar o corpo sobre uma carga pesada – caracteriza o sofrimento e o mau-trato do escravo. ENTENDENDO AS CONOTAÇÕES DO TRABALHO . . . Fonte: Google Imagens Em tempos passados, o trabalho era tão pouco gratificante que os aristocratas procuravam não fazê-lo absolutamente e a Bíblia consegue explicá-lo apenas como punição pelo pecado original. (De Masi, 2003) ENTENDENDO AS CONOTAÇÕES DO TRABALHO . . . Fonte: Google Imagens O trabalho para Marx é atividade vital, isto é, a essência do homem. Vendendo-o, transformando-o em mercadoria. O trabalhador vende, comercializa, aliena a si mesmo. Por isso, “no seu trabalho, ele não se firma, mas se nega, não se sente satisfeito, mas infeliz, não desenvolve uma energia livre, física e espiritual, mas definha o seu corpo e destrói o espírito”. O trabalho para Marx (Marx apud De Masi, 2003) O trabalho e suas implicações na qualidade de vida Duas sensações: Pode ser agradável, relacionado com atividades criativas, desenvolvimento, aplicação de conhecimentos ... Pode ser desagradável, relacionado a situações de sobrevivência, suportar os ambientes inóspitos, torturas psicológicas, desgaste físico ... Fonte: Google Imagens Fonte: Google Imagens Os Sentidos do Trabalho Ao mesmo tempo que milhares de pessoas sofrem por falta de uma vaga, outras sofrem pelo fato de terem que trabalhar excessivamente. Fonte: Google Imagens Fonte: Google Imagens CARACTERÍSTICA DO TRABALHO ESTADOS PSICOLÓGICOS RESULTADOS As dimensões básicas do trabalho (Hackman e Oldham) Variedade das tarefas Identidade do trabalho Significado do trabalho Inter-relacionamento Autonomia Feedback Intrínseco e Extrínseco Significância do trabalho Responsabilidade Conhecimento dos resultados Satisfação geral Forte motivação Alto desempenho Baixo absenteísmo Baixa rotatividade SATISFAÇÕES: supervisão, remuneração, crescimento, segurança no trabalho, ambiente social FORÇA NECESSIDADE DE CRESCIMENTO Fatores relevantes no trabalho na visão de Emery e Trist Salário justo Estabilidade no emprego Variedade e desafios Adequação dos processos Autonomia Reconhecimento e apoio Aprendizagem contínua Futuro desejável Defesa contra a angústia Contribuição social Erick Trist (1909/1993) – Psicólogo, criador do Tavistock Institute for Social Research – Londres. Frederick Emery (1925/1997) – Australiano; Pioneiro nos estudos de DO; Dr. pela Melbourne University; parceiro de Trist no Tavistock Institute. Fonte: Google Imagens Pressupostos de Emery e Trist sobre o trabalho ... A insatisfação dos trabalhadores estava mais relacionada com a organização do trabalho do que com o salário recebido para realização de suas tarefas, o que influenciava o comprometimento e o desempenho individual Apresentam a seguinte conclusão: O trabalho ocupa lugar central na vida das pessoas e das sociedades industrializadas (ANTUNES, 1995;1999; BAUMAN, 1998; BECK, 1999; CASTELLS, 1999; SENNET, 1999; RIFKIN, 1995.) Estudos sobre o trabalho . . . PERGUNTA: Se você tivesse bastante dinheiro para viver o resto da vida sem trabalhar, o que você faria em relação ao seu trabalho? Mais de 80% das pessoas pesquisadas responderam que trabalhariam mesmo assim. Principais razões apresentadas para continuar trabalhando: Relacionar com outras pessoas; Ter o sentimento de vinculação; Ter algo para fazer; Evitar o tédio, e Ter um objetivo na vida. Precisa fazer sentido para o sujeito, seus pares e sociedade. Assume o sentido de transformação do sofrimento, tornado-se um canalizador das angústias e necessidades dos indivíduos. O prazer no trabalho é fundamental para a manutenção da normalidade e da saúde. A visão do trabalho... O trabalho acrescenta valor a alguma coisa O trabalho é central na vida das pessoas O trabalho é uma atividade que beneficia os outros O trabalho não é agradável O trabalho é exigente física e mentalmente O trabalho é uma atividade regular remunerada Pesquisa sobre os sentidos do trabalho (MOW - Meaning of Work International Research Team, 1987) Apresenta seis padrões básicos: Pesquisas mais recentes sobre o sentido do trabalho Morin (1996, 1997, 2002) constatou que um trabalho que realmente tem sentido apresenta as seguintes características: É eficiente e produz resultado útil Propicia prazer na sua realização Permite autonomia É fonte de relações humanas satisfatórias Mantém o indivíduo ocupado É moralmente aceitável Trabalho: visão das partes – são contraditórias? Organizações Sobrevivência Crescimento Lucratividade Produtividade Qualidade produtos e serviços Redução de custos Participação no mercado Novos mercados Competitividade Imagem Empregados Melhores salários e benefícios Estabilidade no emprego Segurança no trabalho Qualidade de vida no trabalho Satisfação no trabalho Consideração e respeito Oportunidade de crescimento Liberdade para trabalhar Liderança liberal Orgulho da organização O trabalho e suas implicações na qualidade de vida O que fornece sentido ao trabalho? “O trabalho e a desocupação apresentam desdobramentos paradoxais. Milhões de pessoas se desesperam por estarem excluídas do exercício de alguma atividade da qual entretanto não gostam, que às vezes até detestam, que muitas vezes são aviltantes de tão inúteis, mas que as estatísticas oficiais consideram como “trabalho”. E têm bons motivos para se desesperar, porque a organização social atual faz depender mesmo do exercício daquelas atividades, isto é, do trabalho, o direito de obter uma retribuição. Isso é, o direito de viver de um modo decente e independente, ter uma casa e filhos, ser bem aceito no convívio social (DE MASI, 2003, p. 12). O trabalho e suas implicações na qualidade de vida Relações de trabalho “ A flexibilidade, raciocínio lógico e capacidade de adaptação, de aprendizado, de comunicação, de trabalhar em equipe, de tomada de decisões, de avaliação dosresultados e de identificação e solução de problemas” são os aspectos mais considerados nos processos de seleção de funcionários nas organizações modernas, pois são esses trabalhadores que tornaram seus locais de trabalho mais competitivos no mercado (NOGUEIRA et al., 1999, p. 35) . O trabalho e suas implicações na qualidade de vida Relações de trabalho “Entretanto, para obter esse novo tipo de trabalhador, as empresas não podem depender exclusivamente da oferta do mercado de trabalho. As organizações têm a possibilidade de formar internamente os profissionais com o perfil ideal, preparando-os para lidar com as mudanças intrínsecas ao novo processo produtivo. Através de treinamento atualizado, os funcionários tornam-se mais adaptáveis às mudanças, criando condições para sua permanência na empresa e para concorrência com a mão- de-obra externa” (NOGUEIRA et al., 1999, p. 35). . O trabalho e suas implicações na qualidade de vida O mundo do trabalho atual se caracteriza: pela frieza e hostilidade do ambiente de trabalho; pelo elevado grau de exigência por parte das organizações; pela dificuldade para se alcançar o sucesso; pela falta de dedicação e comprometimento com o trabalho, e pela descrença e falta de envolvimento com o trabalho e a organização. O trabalho e suas implicações na qualidade de vida Conseqüências: 1. Desgaste físico e emocional dos trabalhadores; 2. Desencontro dos valores pessoais com os valores organizacionais e econômicos; 3. Excesso de trabalho. Se faz muito em pouco tempo e recursos reduzidos; 4. Dupla ou mais jornadas de trabalho; 5. Falta de controle em relação ao próprio trabalho; 6. Perda do reconhecimento íntimo; 7. Falta de união entre os colegas de trabalho, e 8. Falta de equidade salarial e de trabalho. DE MASI, Domenico. O futuro do trabalho: fadiga e ócio na sociedade pós- industrial. 8. ed., Rio de Janeiro: José Olympio, 2003. MASLACH, Christina; LEITER, Michael P. Trabalho: fonte de prazer ou desgaste? guia para vencer o estresse na empresa. Campinas: Papirus, 1999. MORIN, Estelle M. Os sentidos do trabalho. In: RAE: Revista de Administração de Empresas. São Paulo: FGV/EAESP. v. 41, n. 3, jul./set. 2003. p. 1 – 19. MORIN, E.M, TONELLI, M. J; PLIOPAS, A. L. O trabalho e seus sentidos. Anais: XXVIII Enanpad, São Paulo: 2003. (CD-ROM) MORIN, E.M. Os Sentidos do Trabalho. IN: RAE: – Revista de Administração de Empresas, EAESP/FGV, São Paulo: v. 41, n. 3, Julho/setembro, 2001, p. 8-19. NOGUEIRA, Aguinaldo Heber et al. Globalização: reestruturação produtiva e impacto na gestão de recursos humanos. In: PIMENTA, S. (org.). Recursos Humanos: uma dimensão estratégica. Belo Horizonte: UFMG/FACE/CEPEAD, 1999. p. 25 – 40. REFERÊNCIAS Disciplina: Comportamento humano nas organizações Prof.a Dr.a Ana Flávia de Moraes Moraes UNIDADE I – FUNDAMENTOS TEÓRICOS SOBRE O TRABALHO 3. Assédio moral e as relações no trabalho Poder Executivo Ministério da Educação Universidade Federal do Amazonas Faculdade de Estudos Sociais Departamento de Administração Fonte: Google Imagens Comportamentos hostis e rudes? Produzem efeito de humilhação, ofensa e constrangimento? Para deixar claro que não se trata de algo eventual, esporádico, é de consenso entre os autores tratar-se de uma prática recorrente e persistente. O assédio moral é visto como tendo potencial para causar efeitos danosos e até devastadores na pessoa-alvo, sendo mencionados vários tipos de danos, físicos e psicológicos. O assédio moral pode ser visto ou como uma forma severa de estresse no trabalho, ou como um conflito social não resolvido que aumentou muito com crescente disparidade de forças. Ele é considerado um estressor social severo. Fonte: Google Imagens Um caso de assédio moral no trabalho é tipicamente desencadeado por um conflito relacionado ao trabalho. Em alguns casos, o clima social do trabalho se torna mais do que amargo e cria conflitos que podem escalar para conflitos mais personificados. O assédio moral no trabalho vem crescendo no mundo todo, na esteira das transformações e das pressões no mundo do trabalho. Além dos danos que pode trazer ao indivíduo assediado e aos colegas de trabalho (testemunhas), há um reconhecimento de que o assédio moral é nocivo à funcionalidade do local de trabalho. Fonte: Google Imagens É a dimensão temporal, isto é, a duração e a frequência que caracterizam a agressão sistemática e de longo prazo. Entretanto, não há consenso entre os autores consultados em relação a qual frequência e duração considerar, podendo ser desde um único ato negativo até ter uma incidência semanal. Igualmente, a duração é variável entre os autores consultados, mas predomina como critério a duração superior a 6 meses. Fonte: Google Imagens ASPECTOS DEFINIDORES DO ASSÉDIO MORAL NO TRABALHO ASPECTO QUALIFICADORES Assédio moral enquanto comportamento. Condutas abusivas Ato negativo Tentativas persistentes Comportamento hostil Temporal: frequência. Recorrente (sem precisar números)? De vez em quanto ou semanalmente? Um único ato negativo (em certas circunstâncias)? Temporal: duração. Prolongada, mas um período predefinido? Pelo menos seis meses? Pelo menos 12 meses? Acima de 15 meses? ASPECTOS DEFINIDORES DO ASSÉDIO MORAL NO TRABALHO ASPECTO QUALIFICADORES Efeitos na saúde. Menos energia e vitalidade Tensões musculares, impossibilidade de descansar, palpitações e tontura Doenças físicas Aumento do nível de estresse do indivíduo Ansiedade e depressão Incapacidade para o trabalho e suicídio Assediado se percebe sem condições de se defender. _ Processo: composto de fases de progressiva gravidade. _ Intencionalidade. _ Formas de ocorrência do assédio moral: o Vertical: no contexto da hierarquia, que pode ser descendente ou ascendente. o Horizontal: entre colegas de trabalho. Fonte: Google Imagens ESTRATÉGIAS DO AGRESSOR (continua): Escolher a vítima e isolar do grupo; Impedir de se expressar e não explicar o porquê; Fragilizar, ridicularizar, inferiorizar, menosprezar em frente aos pares; Culpabilizar/responsabilizar publicamente, podendo os comentários de sua incapacidade invadir, inclusive, o espaço familiar; Fonte: Google Imagens ESTRATÉGIAS DO AGRESSOR (conclusão) : Desestabilizar emocional e profissionalmente. A vítima gradativamente vai perdendo simultaneamente sua autoconfiança e o interesse pelo trabalho; Destruir a vítima (desencadeamento ou agravamento de doenças pré- existentes). A destruição da vítima engloba vigilância acentuada e constante. A vítima se isola da família e amigos, passando muitas vezes a usar drogas, principalmente o álcool; Impor ao coletivo sua autoridade para aumentar a produtividade. Fonte: Google Imagens A EXPLICITAÇÃO DO ASSÉDIO MORAL (continua): Gestos, condutas abusivas e constrangedoras, humilhar repetidamente, inferiorizar, amedrontar, menosprezar ou desprezar, ironizar, difamar, ridicularizar por meio de risinhos, suspiros, piadas jocosas relacionadas ao sexo; Ser indiferente à presença do outro; Estigmatizar os adoecidos pelo trabalho, colocá-los em situações vexatórias, falar baixinho acerca da pessoa, olhar enão ver, ou ignorar sua presença; Rir daquele que apresenta dificuldades, não cumprimentar, sugerir que peçam demissão; Fonte: Google Imagens A EXPLICITAÇÃO DO ASSÉDIO MORAL (conclusão): Dar tarefas sem sentido ou que jamais serão utilizadas ou mesmo irão para o lixo, dar tarefas através de terceiros ou colocar em sua mesa sem avisar; Controlar o tempo de idas ao banheiro, tornar público algo íntimo do subordinado, e Não explicar a causa da perseguição, difamar, ridicularizar. Fonte: Google Imagens OS ENVOLVIDOS NO ASSÉDIO MORAL: O AGRESSOR Grau de perversidade expandido pela educação que não ensinou valores morais; Necessidade de poder para chegar a certo equilíbrio e mascarar suas incompetências; Não enxerga a diferença do outro como complementar, mas como inimigo que possa desmascarar suas fraquezas ou obstáculo para sua obtenção do poder; Nega aos outros a agressão, e Acha seu comportamento normal (a incompetência do outro justifica). Fonte: Google Imagens OS ENVOLVIDOS NO ASSÉDIO MORAL: AS VÍTIMAS E OS EXPECTADORES A vítima: medroso; sensível; introvertido; camarada; seguro de si; severo; distraído. Os expectadores o Passivos o Ativos Fonte: Google Imagens O QUE PODE LEVAR AO ASSÉDIO MORAL: A recusa da distinção (o grupo não aceita o diferente); Inveja, ciúme, rivalidade (destruir para sobressair); Medo (atacar antes de ser atacado); O inconfessável (o que fala o que não vai bem, é colocado às margens). Fonte: Google Imagens A melhor resposta seria mais buscar as causas do que os efeitos do assédio moral. Ao invés de buscar uma solução única, adequada a qualquer situação ou problema, a gama completa de causas que geram o assédio moral deveria ser analisada e uma variedade de estratégias de intervenção adotada. Para a prevenção e a administração efetiva das situações de violência psicológica nas relações de trabalho, as intervenções devem ser direcionadas tanto para os indivíduos, quanto para a estrutura organizacional. A base do gerenciamento do assédio moral é a tolerância zero para todos os tipos de violência, física ou psicológica, provenientes de fora ou de dentro do local de trabalho. Fonte: Google Imagens Existem três enfoques básicos para a gestão do assédio moral: a prevenção primária, a secundária e a terciária. o As intervenções primárias são proativas por natureza, visando à redução dos riscos. Elas incluem, por exemplo, políticas e planos de ação antiassédio moral, registro de incidentes violentos e um replanejamento do ambiente psicossocial de trabalho. o As intervenções secundárias (reações oportunas) visam aumentar os recursos individuais. Incluem, por exemplo: treinamento, inquérito dos trabalhadores e resolução de casos de conflito. o As intervenções terciárias têm por alvo a redução e a cura dos danos causados pelo assédio moral e a violência. Incluem, entre outros, acordos corporativos, aconselhamento e terapia. Fonte: Google Imagens Para as vítimas do assédio moral no trabalho: aconselhamento, grupo de apoio, estratégias de reabilitação e retorno ao trabalho, ouvidoria. o É essencial planejar bem o programa de retorno ao trabalho de um indivíduo que se afastou em razão do assédio moral ou pelos danos à saúde mental dele decorrentes. É primordial que as fontes de assédio moral e os problemas de saúde mental sejam eliminados para que a pessoa possa retornar às atividades ocupacionais. Para assediadores: coaching, reabilitação, transferência ou desligamento. Os assediadores, assim como as vítimas, podem necessitar de reabilitação se a situação de assédio continuar. O agressor deve ser transferido para uma posição onde haja menos oportunidade para assediar outros . Fonte: Google Imagens Para assediados e assediadores: mediação, arbitragem e ouvidoria. As ações de negociação incluem as tentativas de esclarecer com a outra parte as desavenças que produzem o conflito, por vezes apoiando-se em terceiros (representantes do Departamento de Recursos Humanos ou de níveis superiores da hierarquia), buscando conseguir uma arbitragem por parte dos responsáveis pela organização. Os processos de mediação podem dar às partes a oportunidade de construir uma solução “sob medida” para o problema. Esta estratégia pode fornecer ótimos resultados se aplicada no início dos conflitos, antes de se configurar uma situação grave e crônica. Fonte: Google Imagens As principais intervenções no nível organizacional, de acordo com a literatura científica, envolvem rever aspectos da organização do trabalho que favorecem o assédio moral, tais como: o autonomia no trabalho, o critérios de estabelecimento de metas, o desenho dos cargos, o carga de trabalho, o controle sobre o trabalho, o ritmo de trabalho, o reconhecimento no trabalho, o dimensionamento das equipes e dos métodos de trabalho, e o estilo gerencial. É inegável a necessidade de aconselhamento ou grupos de apoio às testemunhas de situações de assédio moral no trabalho, dado que estas também podem sofrer repercussões na saúde mental. A negação por parte da organização de que o assédio moral possa existir ou efetivamente exista nela serve apenas para reforçar a natureza silenciosa e invisível desse risco ocupacional. Para o assédio moral no trabalho ocorrer, seus elementos devem existir em uma cultura organizacional que permite e até recompensa tais tipos de comportamento. O assédio moral só ocorre quando o assediador acredita ter o apoio ou pelo menos a permissão implícita dos superiores para assediar. A tolerância organizacional ao assédio moral é comunicada pela ausência de sanções em relação às pessoas que violam normas e valores ou pela existência e cumprimento de políticas antiassédio moral. Fonte: Google Imagens REFERÊNCIAS BARRETO, M. S. Uma jornada de humilhações. São Paulo: PUC/SP, 2000. FILHO, A. M. e SIQUEIRA, M. V. S. Assédio moral e gestão de pessoas: uma análise do assédio moral nas organizações e o papel da área de gestão de pessoas. Gestão de Pessoas e Relações de Trabalho – Anais XXXI Reunião Anual da ANPAD. Rio de Janeiro-RJ, setembro de 2007. GUEDES, M. N. Terror psicológico no trabalho. São Paulo: Ltr, 2003. HIRIGOYEN, Marie-France. Mal-estar no trabalho: redefinindo o assédio moral. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2006. HIRIGOYEN, Marie-France. Assédio moral: a volência perversa no cotidiano. Rio de Janeiro: Editora Bertrand Brasil, 2000. PELI, Paulo e TEIXEIRA, Paulo. Assédio moral: uma responsabilidade coorporativa. São Paulo: Ícone, 2006.
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