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1 Electrotecnia Teorica I _2013 1 Tema 2: Circuitos de Corrente Alternada Sinusoidal Monofásica (C.A.) Electrotecnia Teorica I _2013 2 Introdução • Uma corrente alternada é aquela que é alternadamente positiva e negativa. No caso em que essa variação seja da forma sinusoidal, a corrente é designada alternada sinusoidal. • A nível da cadeia energética, se ao nível da utilização da energia eléctrica, um variado e significativo número de cargas funciona em corrente contínua, a sua produção, transporte ou distribuição é feita quase exclusivamente em corrente alternada 2 Electrotecnia Teorica I _2013 3 Grandezas e valores característicos )()2( tsenIt T senIi mm T f 22 T f 1 - ângulo de fase inicial; - frequência angular; T - período Electrotecnia Teorica I _2013 4 Valores médios e valores médios quadráticos das quantidades sinusoidais o valor médio da corrente durante metade do ciclo é: 2 0 2 2 1 T mmmed IdttsenI T I m m T m T I I dttsenI T dti T I 707,0 2 11 0 22 0 2 o médio quadrático ou valor eficaz da corrente num ciclo é: 3 Electrotecnia Teorica I _2013 5 Representação vectorial de quantidades sinusoidais Se representarmos num sistema cartesiano a posição do vector girante em cada instante, obtemos a representação instantânea da quantidade sinusoidal. Assim podemos concluir que uma quantidade sinusoidal pode ser representada por um vector de amplitude constante que roda a uma certa velocidade angular . Electrotecnia Teorica I _2013 6 Se introduzirmos um plano complexo no círculo trigonométrico, podemos representar a quantidade sinusoidal por um valor complexo. +1 +j I imagI realI .cos imagreal jIIsenIjII , IIForma polar: ,22 imarea III Forma rectangular: Forma exponencial: jeII 0, real real imag Ise I I arctg 0,º180 real real imag Ise I I arctg 4 Electrotecnia Teorica I _2013 7 Operações com valores complexos Consideremos dois números complexos: e 111 jbaZ 222 jbaZ Soma ou subtracção: .)()( 212121 bbjaaZZZ s Multiplicação: ,212121 ZZZZZ p ,2 1 2 11 baZ ,2 2 2 22 baZ )arg( 11 Z )arg( 22 Z Divisão: ,21 2 1 2 1 Z Z Z ZZ q Electrotecnia Teorica I _2013 8 Elementos armazenadores de energia Capacitores uCq A corrente i através de um capacitor é a taxa de variação da carga com o tempo: dt duC dt dqi 5 Electrotecnia Teorica I _2013 9 Associação de capacitores CA CB CCI uA uB uc u série ,CBA uuuu q u q u q u q u CBA .1111 CBA CCCC Electrotecnia Teorica I _2013 10 Associação de capacitores Paralelo CA CB CC I u A carga total é a soma das cargas de cada um dos condensadores: CBA qqqq . u q u q u q u q CBA Dividindo por u ambos membros: CBA CCCC Finalmente obtemos: 2 2 1 CUWC A energia é dada por: 6 Electrotecnia Teorica I _2013 11 Indutores , dt diLeL A f.e.m. Induzida é dada por: . dt diLuL A diferença de potencial sobre o indutor será: Electrotecnia Teorica I _2013 12 Associação de Indutores série I L1 L2 L3 u u1 u2 u3 321 uuuu A tensão sobre o conjunto é: dt diLLLu )( 321 Finalmente obtemos: .321 LLLL 7 Electrotecnia Teorica I _2013 13 Paralelo I L1 L2 L3 u Admitindo que os fluxos magnéticos das bobinas não interajam podemos escrever: 321 iiii Da equação da tensão numa bobina pode-se escrever: .111 321 dtu L dtu L dtu L i .)111( 321 dtu LLL i Já que a tensão é a mesma na ligação pode-se escrever: .1111 321 LLLL Finalmente: A energia é dada por: 2 2 1 ILWL Electrotecnia Teorica I _2013 14 Comportamento de alguns elementos em CA Resistência R UItsenI R tsenU R ui tsenUu m mm m m ; ; 8 Electrotecnia Teorica I _2013 15 Comportamento de alguns elementos em CA Bonina pura ou Indutância LLL m mm LLL m XjLjL I U I UZLX tsenItsen L Ut L Ui tdu L iCCdtu L i td idLu tsenUu 90 90 0; ;)90()90(cos ;10;1 ; Electrotecnia Teorica I _2013 16 Comportamento de alguns elementos em CA Capacidade pura CCC m C m m m Xj C j CI U I UZ C X tsenItsenUtCU td udCi tsenUu 1901 90 0;1 )90()90(cos ; 1 9 Electrotecnia Teorica I _2013 17 Comportamento de alguns elementos em CA LXL C XC 1 Dependência das reactâncias indutiva e capacitiva em função da frequência Electrotecnia Teorica I _2013 18 Impedância e admitância A impedância representa a relação entre o fasor da tensão e o fasor da corrente: I UZ A admitância é definida como sendo o inverso da impedância: Z Y 1 jXRZ jBGY G é a condutância e B susceptância. R é a resistência e X a reactância. 10 Electrotecnia Teorica I _2013 19 Impedância e admitância As impedâncias podem ser ligadas em série ou em paralelo ou ainda de forma mista. O cálculo da impedância e admitância equivalente obedece as mesmas regras aplicadas no caso de resistências nos circuitos de corrente contínua. As figuras abaixo mostram os triângulos de impedância e de admitância, respectivamente. Electrotecnia Teorica I _2013 20 Lei de Ohm na forma complexa Consideremos o circuito abaixo no qual a aplicação da lei de malhas em valores instantaneos resulta em: euuu CLR edti Cdt diLRi 1ou Em notação complexa temos mmmm E C jILjIRI )( 11 Electrotecnia Teorica I _2013 21 Lei de Ohm na forma complexa Resolvendo em ordem a corrente, resulta: C jLjR EI m m Em valores eficazes temos: Z E C jLjR EI A expressão anterior mostra-nos a lei de Ohm para circuitos sinusoidais Electrotecnia Teorica I _2013 22 Leis de Kirchoff na forma complexa De acordo com a 1ª Lei de Kirchoff, a soma algébrica das correntes em qualquer nó de um circuito é zero, ou 0I A 2ª Lei de Kirchoff estabelece que a soma das quedas de tensão ao longo de uma malha é igual a soma das f.e.m. ao longo da mesma malha: n k n k kkk EZI 1 1