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UERJ – Faculdade de Educação / Consórcio CEDERJ 
Licenciatura em Pedagogia 
Língua Portuguesa Instrumental 
Coordenadora: Professora Helena Feres Hawad 
Avaliação a Distância 1 – 2015.2 
 
 
Nesta atividade, você vai escrever um resumo do texto anexo a esta 
proposta de trabalho – “A escrita”, extraído, com adaptações, do livro 
Alfabetização e Linguística, de Luiz Carlos Cagliari. 
 
 
ATENÇÃO: Antes de fazer a AD1, é indispensável que você estude a Aula 
complementar 1, postada na sala de aula virtual. A avaliação de seu trabalho levará em 
conta a observância das orientações contidas na aula complementar. 
 
 
 
Observe as seguintes especificações sobre o formato do trabalho: 
 
O resumo deve ter, no mínimo, 250 palavras e, no máximo, 300 palavras, e deve 
se organizar em um único parágrafo. 
 
O título será simplesmente “Resumo do texto A escrita”. 
 
Apresente seu texto digitado em fonte Times New Roman 12 ou Arial 11 (como 
preferir), em espaço 1,5, alinhamento justificado, impresso com tinta preta sobre papel 
branco. Se não puder digitar e imprimir, faça o trabalho manuscrito, com caneta azul ou 
preta, em folha de papel almaço pautada. Nesse caso, certifique-se de que a caligrafia 
seja facilmente legível. 
 
Em qualquer dos dois casos, o trabalho deve ser precedido de um cabeçalho, 
para o qual você pode usar o seguinte modelo: 
 
 
 
UERJ – EDU / Consórcio CEDERJ 
Curso: Licenciatura em Pedagogia 
Polo: --- 
Disciplina: Língua Portuguesa Instrumental 
Avaliação a Distância 1 
Data: --- 
Aluno/a: --- 
 
 
 
Entregue seu trabalho no polo até a data prevista no cronograma do curso: 
11/8/2015. 
 
A data é uma terça-feira. Então, se você só pode ir ao polo no fim de semana, 
organize-se para entregar a AD até o último sábado antes dessa data. 
 
Lembre-se de que, se optar por enviar o trabalho pelo correio, isso deve ser feito 
no mínimo cinco dias antes da data para entrega no polo. 
 
IMPORTANTE: 
 
Na disciplina Língua Portuguesa Instrumental, não é permitida a entrega de ADs 
por meio da plataforma. 
 
 
 
 
 
 Critérios de avaliação: 
 
 O valor total do trabalho é de dez pontos, que serão assim atribuídos: 
 
 
1. Conteúdo e desenvolvimento (fidelidade às ideias do texto original, boa 
seleção dos conteúdos incluídos, observância dos limites mínimo e máximo de 
tamanho) – 4,0 pontos 
 
2. Correção ortográfica e gramatical (pontuação, ortografia, concordância, 
regência, colocação, estruturação das frases, seleção vocabular) – 3,0 pontos 
 
3. Organização e clareza (coerência, coesão, impessoalidade da linguagem) – 
2,0 pontos 
 
4. Capricho com a apresentação (observância do formato gráfico estipulado na 
proposta, limpeza e cuidado com o aspecto físico do trabalho, existência de um 
cabeçalho adequado) – 1,0 ponto 
 
 
 
 
 
ATENÇÃO: 
 
 Trabalhos que fujam inteiramente à proposta feita receberão nota zero. 
 
 Trabalhos em que se caracterize cópia do trabalho de outras pessoas (outros 
alunos do curso, sites da internet ou quaisquer outras fontes) receberão nota zero. 
 
 Na disciplina Língua Portuguesa Instrumental, as AD´s têm peso 2, e as AP´s 
têm peso 8 na composição da N1 e da N2. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANEXO – Fragmento adaptado de 
 
CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização e Linguística. São Paulo: Scipione, 
1997. p. 103-105. 
 
 
A escrita 
 
 A escrita, seja ela qual for, tem como objetivo primeiro permitir a leitura. A 
leitura é uma interpretação da escrita que consiste em traduzir os símbolos 
escritos em fala. Alguns tipos de escrita se preocupam com a expressão oral e 
outros simplesmente com a transmissão de significados específicos, que devem 
ser decifrados por quem é habilitado. Nesse caso, os aspectos fonológico, 
lexical, sintático, que marcam a linearidade do discurso linguístico, não têm 
indicação específica, ficando a cargo do leitor encontrar a maneira mais 
adequada de realizá-los. Muitas vezes esse tipo de escrita se serve de palavras-
chave para a sua decifração. Seus exemplos mais comuns dão os sinais de 
trânsito. 
 Uma placa com um triângulo tem uma palavra-chave atribuída 
convencionalmente à sua interpretação: preferencial. Porém essa placa pode 
ser lida de outras maneiras, todas elas exprimindo exatamente o que a placa 
significa: “Você está entrando numa estrada (rua) cujo tráfego tem prioridade de 
movimento sobre você”; “Cuidado com o próximo movimento de seu veículo, por 
causa do fluxo de tráfego da estrada (rua) para onde você está se dirigindo”; ou 
simplesmente: “Deixe os veículos da estrada à sua frente passarem primeiro”; 
“Estrada mais importante à sua frente” etc. 
 A placa se constitui numa escrita que procura não ter relação direta com 
a expressão sonora linguística, apresentando compromisso apenas com o valor 
semântico da mensagem, isto é, com seu significado. Por essa razão, esse 
sistema pode ser usado internacionalmente, de maneira igual, em regiões de 
cultura e língua completamente diferentes. Em outras palavras, esse tipo de 
escrita se baseia só no significado, e não no significante dos signos linguísticos, 
ou até mesmo em fatos que não precisam estar diretamente relacionados com o 
fenômeno linguístico propriamente dito. Nesse momento a escrita sai da 
expressão linguística, referindo-se a um pensamento não necessariamente de 
natureza linguística. 
 Algo semelhante pode acontecer quando se dá o inverso, ou seja, quando 
a escrita representa o significante (isto é, o som das palavras), sem revelar nada 
do significado. Uma transcrição fonética de uma língua desconhecida evidencia 
esse fato. Quer num caso extremo, quer noutro, a escrita permite uma leitura, 
mas seu valor como código linguístico desaparece, uma vez que nesses casos 
não ocorre mais o signo linguístico (uma combinação de som e significado), mas 
somente parte dele, ou seja, só o significado ou só o significante. Obviamente 
as escritas que se colocam nesses extremos são muito restritivas e têm um uso 
bastante específico e limitado. 
 Um desenho não participa necessariamente de um tipo de escrita. A 
escrita, para ser qualificada como tal, precisa de um objetivo bem definido, que 
é fornecer subsídios para que alguém leia. Um desenho não precisa ser feito 
necessariamente para que alguém o leia. É evidente que se pode entender o 
valor dos termos leitura, ler, dizendo que se pode “ler” a natureza, o mundo, as 
pessoas etc. Nesse sentido, qualquer desenho ou fotografia pode ser decifrado, 
comentado linguisticamente, sem que seja necessariamente um sistema de 
escrita, sem que ocorra uma leitura propriamente dita. 
 A escrita deve ter como objetivo essencial o fato de alguém ler o que está 
escrito. 
 Ler é um ato linguístico diferente da produção espontânea de fala sobre 
um assunto qualquer. Ler é condicionado pela escrita, mesmo que a restrição 
seja somente semântica. É exprimir um pensamento estruturado por outra 
pessoa, não pelo leitor falante. 
 Um desenho pode se transformar facilmente num tipo de escrita. Muitas 
placas de trânsito se baseiam em desenhos. A indicação de banheiros masculino 
e feminino em geral é feita por desenhos, o que pressupõe que os usuários leiam 
essas placas. Uma placa desse tipo e outros sinais só são considerados escrita 
quando alguém os interpreta e relaciona expressões de fala às formas gráficas, 
motivado pelo que interpretou. A simples indicação é uma representação com 
significado, mas não é escrita. Escrita se refere especificamente ao signo 
linguístico (às palavras da língua) e à atividade de fala. 
Quando se faz o desenho de uma casa para representar o objeto casa, 
não se produz uma escrita. Mas, ao desenhar uma casa para que se diga casa, 
então está se escrevendo a palavra casa. Aí está claramente exemplificada a 
diferença entre desenhar e escrever.Historicamente, muitos sistemas de escrita se desenvolveram a partir de 
desenhos. A escrita começou a existir no momento em que o objetivo do ato de 
representar pictoricamente tinha como endereço a fala e como motivação fazer 
com que através da fala o leitor se informasse a respeito de alguma coisa. É 
claro que as motivações da escrita não se restringem apenas à informação do 
leitor. A função informativa é a primeira cronologicamente, mas não é a única e 
nem sempre a principal. 
 A escrita se diferencia de outras formas de representação do mundo, não 
só porque induz à leitura, mas também porque essa leitura é motivada, isto é, 
quem escreve, diferentemente por exemplo de quem desenha, pede ao leitor 
que interprete o que está escrito, não pelo puro prazer de fazê-lo, mas para 
realizar algo que a escrita indica. Por exemplo: separar o banheiro dos homens 
do das mulheres; no caso das placas de trânsito, disciplinar o tráfego; no caso 
de um texto tradicional, informar o leitor a respeito de seu conteúdo etc. 
A motivação da escrita é sua própria razão de ser; a decifração 
constitui apenas um aspecto mecânico de seu funcionamento. Assim a 
leitura não pode ser só decifração; deve, através da decifração, chegar à 
motivação do que está escrito, ao seu conteúdo completo. Por isso é que a 
leitura não se reduz à somatória dos significados individuais dos símbolos 
(letras, palavras etc.), mas obriga o leitor a enquadrar todos esses elementos no 
universo cultural, social, histórico etc. em que o escritor se baseou para escrever.