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LICENCIATURA EM FÍSICA 
 
PRÁTICA DE ENSINO: TRAJETÓRIA DA PRÁXIS (PE:TP) 
 
 
 
 
 
 
POSTAGEM 1 
ATIVIDADE 1 - TEXTO DISSERTATIVO 
 
 
 
 
 
 
JOSÉ EDIVAL DA SILVA (RA)1806461 
 
 
 
 
 
 
 
 
PÓLO CAJAZEIRA-PB 
2020 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O PROFESSOR SOBRE AMEAÇA: COMO ENFRENTAR A 
VIOLÊNCIA? 
 
 
É de conhecimento geral, que a violência vem sendo um grande tabu a 
ser quebrado em todo mundo, e que cada vez mais está presente nas escolas. 
Não é de hoje, casos de violência contra crianças e adolescentes vem se 
alastrando no decorre dos anos; os professores porém não saem ilesos dessa 
constatação. A violência contra os professores é algum corriqueiro 
principalmente em escolas públicas onde o descaso dos governantes se 
apresenta maior. No Brasil todos sabem que, a educação não é prioridade e que 
a falta de respeito para com os professores ultrapassa a violência física, e que 
tanto a desvalorização quanto o desrespeito financeiros colaboram para esses 
tristes fatos. 
 
Muitos se tem discutido recentemente acerca de vários tipos de 
intolerância que os professores enfrentam na sua carreira acadêmica, seja por 
sua cor, etnia, opção sexual e até mesmo posição política, todos esses e outros 
não citados são fatores que impulsionam a violência vivida não apenas por 
professores mais também por profissionais ligado a educação. Como o professor 
tem um contato mais próximo com os alunos é evidente que a exposição a 
violência seja mais frequente. 
 
Ao examinar o caso do professor André, que trabalhava em uma 
renomada escola no interior de Minas Gerais, relatado em “Desafios reais do 
cotidiano escolar brasileiro”, ameaçado por Carlos um aluno do ensino médio de 
16 anos. Percebe-se que não é um caso insolado, pois muitos docentes já 
passaram por algum tipo de ameaça e até violência física ou moral, tanto na sala 
de aula quanto fora dela, como mencionado no parágrafo anterior; por diversos 
fatores: sua cor, sua etnia, sua opção sexual, posição política, a forma de se 
impor em meio as contradições, o próprio sistema educacional que não visa a 
proteção dos professores e as leis que não os defendes, que não empunir os 
agressores. 
 
Em consequência disso, vê-se, a todo instante relatos de professores 
sendo humilhados e agredidos por alunos, por pais de alunos e até mesmo pela 
a polícia em atos de protesto que na maioria são pacíficos. Esses casos são 
diariamente expostos em jornais e internet; um desrespeito que está se tornando 
infelizmente casos comum; não só no Brasil mais em todo o mundo. Segundo 
MERSETH (2018), ao conversar com seus colegas de trabalho André percebeu 
que a violência na escola é algo corriqueiro e que muitos professores já 
acostumaram com ela, comprovando assim que a violência em sala de aula vem 
ser tornando banal, e continuamente na vida dos profissionais da educação. 
 
Atualmente, observa-se que, o próprio sistema acadêmico contribuir para 
que ocorram essas violências; como no caso do Aluno Carlos. Segundo 
MERSETH (2018), na sua escola anterior, Carlos teria passado de ano sem 
saber ler e escrever direito e que isso era frequente no regime da escola, com 
intuído de ser livra do problema; fato que ocorre muito frequentemente, porém 
apenas adiam ou transfere o problema em vez de solucionar. 
 
Outra preocupação constante do professor André ainda segundo 
MERSETH (2018), foi em relatar o ocorrido a polícia, pois sabia que a represália 
só causaria mais revoltar em Carlos, e que mesmo o ECA (Estatuto da Criança 
e do Adolescente) o protegeria, pois o mesmo já passará muitas vezes pela 
polícia, e em pouco tempo ele estaria de volta à escola, que por motivos 
burocráticos a impediria de expulsa-lo; enfraquecendo assim a autoridade da 
escola. Dessa forma muitos professores evitam denunciar por medo de mais 
ameaças e possivelmente uma agressão de fato. 
 
Levando-se em consideração esses fatores agravante que muitos 
professores infelizmente presencia durante quase toda vida acadêmica; fica 
claro a insegurança e a incapacidade de lecionar da melhor forma possível. No 
dilema dessas condições que o professor se ver não só diante dos seus alunos 
mas também perante a sociedade; torna aquele que é o principal instrumento de 
formação do cidadão, invulnerável a tais circunstância. Logo o formador de 
pensamento e caratê que todos sabem de seu valor, deveria ser assegurado 
pelos seus direitos, respeitado pela sua profissão; se senti incapaz de realizar 
seu magistério por medo, e falta de apoio até mesmo da justiça. 
 
Entende-se que algo deve mudar, algo deve ser feito. Mas o que? Como 
lutar contra o sistema acadêmico, contra o ECA que assegura esses alunos 
problemáticos mais não os cuidam, como ensinar quando fora da sala de aula o 
crime é mais chamativo? Para um professor idealista que não desiste do seu 
aluno por mais problemático que ele seja, romper essas ameaças e mostrar o 
melhor caminho para ele é muito difícil, principalmente quando esse professor 
ser ver sozinho em sua luta sem ajuda dos pais e nem dos governantes; quando 
os mesmo tem que trabalhar vários turnos para ser manter. Portanto, a solução 
é lutar com as armas que tem, com dedicação, paciência e perseverança, 
mostrando independentemente do aluno que a educação é o melhor caminha 
para todas as mazelas deste país. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIA: 
 
MERSETH, Katherine K. O professor sobre ameaça: como enfrentar a violência? 
In. Desafios reais do cotidiano escolar brasileiro: 22 dilemas vividos por 
diretores, coordenadores e professores em escolas de todo o Brasil. 
Organização Instituto Península. São Paulo: editora Moderna, 2018. p. 93-99.

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