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10a aula 10.10.2012

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UNIDADE V: Direito, Ideologia e Linguagem;
Conceito de Ideologia;
Ideologia e Direito;
Direito e Linguagem;
Monismo jurídico; Pluralismo jurídico.
CONCEITO DE IDEOLOGIA:
	Ideologia no senso comum: “conjunto de idéias, pensamentos, doutrinas e visões de mundo de um indivíduo ou de um grupo, orientado para suas ações sociais e principalmente, políticas". Para Karl Marx, ideologia é considerada um instrumento de dominação, que age através do convencimento, de forma prescritiva, alienando a consciência humana e mascarando a realidade.
	Destutt de Tracy publicou em 1801, um livro onde criou a palavra ideologia e lhe deu o primeiro de seus significados: ciência das idéias. Napoleão chamou De Tracy e seus seguidores de "ideólogos" no sentido de "deformadores da realidade"e ideologia ganhou o sentido pejorativo. Os pensadores da antiguidade clássica e da Idade Média já entendiam ideologia como o conjunto de idéias e opiniões de uma sociedade. 
	Karl Marx, em seu livro “A Ideologia Alemã”, publicado em 1926, entendeu a ideologia como consciência falsa, proveniente da divisão do trabalho manual e intelectual. Surgiram os ideólogos ou intelectuais que passam através de idéias impostas a dominar através das relações de produção e das classes que esses criam na sociedade, Karl Korsch e Georg Lukács, outros entenderam a ideologia como sendo sinônimo de "visão de mundo", Lênin, Karl Mannheim, Louis Althusser, Paul Ricoeur, Nildo Viana.
	O conceito de ideologia admite dois aspectos que são antagônicos: transformador e conservador, de maneira que ambos atuam nas formações sociais específicas como fator de legitimação. 
	Marilena Chauí entende ideologia, como produção intelectual, que como demonstra é produzida em três momentos fundamentais : [1: CHAUÍ, Marilena de Souza. O que é ideologia? 14 ed. Brasília: Editora Brasiliense, 1984, p. 119.]
a) se inicia como um conjunto sistemático de idéias de uma classe em ascensão cuidando para que os interesses desta legitime a representação de todos os interesses da sociedade por ela. Neste momento se está assim legitimando a luta da nova classe pelo poder.
b) no segundo momento se espraia no senso comum, ou seja, passa a se popularizar, passa a ser um conjunto de idéias e conceitos aceitos por todos que são contrários à dominação existente. Neste momento as idéias e valores da classe emergente são interiorizados pela consciência de todos os membros não dominantes da sociedade. 
c) uma vez assim sedimentada a ideologia se mantém, mesmo após a chegada da nova classe ao poder, que é então a classe dominante, os interesses de todos que eram os não dominantes passam a ser negados pela realidade da nova dominação. 
IDEOLOGIA E DIREITO
	 O Direito como uma criação humana, como produção da linguagem se encontra a todo o momento com a ideologia e desse encontro cabe uma reflexão filosófica dos contornos e potencialidades do próprio Direito enquanto fenômeno ideológico. Resta identificar o sentido da ideologia num ponto de vista individual, a partir do indivíduo, reforçando a questão da necessidade da ideologia e da ascensão ideológica.
	Para Ovídio Baptista a ideologia, sob o ponto de partida individualista deve ser observada sob dois aspectos:
a) atribuição aos nossos opositores à condição de ideológicos, na suposição que predispomos de um “Ponto de Arquimedes”, como se houvesse o acesso privilegiado à verdade absoluta;
b) uma conseqüência do primeiro, de que o “outro” não aceitasse nossa idéia por não conseguir atingir a nossa verdade, o que a determinaria como implicitamente válida, permanecendo como única.
	MANNHEIM divide a ideologia, em que o Direito como fenômeno ideológico, apresenta outros dois aspectos, um interno (é definir o Direito, em suas características historicamente aceitas pelo senso comum como essenciais) e outro externo (é vincular essa caracterização com as formas históricas dominantes do saber e atuar que se relacionam). 
	LUHMANN As ideologias pelo seu conteúdo de verdade e o direito positivo por sua justiça.
	PARSONS os conflitos sociais não passam de distúrbios ocasionais, que são incorporados e eliminados pela organização social.
	HABERMAS “para quem a verdade é algo inseparável da sociedade que a concebe e essencialmente animada por um interesse, nem sempre confessado, parte-se de uma concepção prévia, de certa forma considerada justa, de organização social, o que possibilita em caso de discrepância, a denúncia ideológica ou Ideologiekritik”
DIREITO E LINGUAGEM
 Direito e linguagem são indissociáveis, mantém uma relação de interdependência, visto que o direito se concretiza efetivamente por meio da linguagem, neste sentido Calmon de Passos (2001, p.63-64) declara que: 
[...] o Direito, mais que qualquer outro saber, é servo da linguagem. Como Direito posto é linguagem, sendo em nossos dias de evidência palmar constituir-se de quanto editado e comunicado, mediante a linguagem escrita, por quem com poderes para tanto. Também linguagem é o Direito aplicado ao caso concreto, sob a forma de decisão judicial ou administrativa. Dissociar o Direito da Linguagem será privá-lo de sua própria existência, porque, ontologicamente, ele é linguagem e somente linguagem.[2: CALMON DE PASSOS, J. J. Instrumentalidade do processo e devido processo legal. Revista de processo, v. 102, São Paulo, 2001.]
	A palavra, como signo, seja na forma escrita ou na falada, evoca em nossa mente, quando a lemos ou ouvimos, um conceito, ou seja, um significado. Um mesmo vocábulo, no entanto, pode ter vários significados convencionados em dicionário. Um significado pode ser representado por mais de um significante, ou seja, palavras sinônimas, ou quase sinônimas. Embora sejam palavras fisicamente diferentes, podem, em determinado casos, evocar a mesma idéia. Ex: pensar, arrazoar, refletir, raciocinar e ponderar.
	O Direito se manifesta como fenômeno ideológico e a crítica da ideologia no Direito se configura diante dos pressupostos críticos propostos pela Filosofia do Direito, que devem projetar o estudo do Direito, a mentalidade jurídica e o senso comum para uma justificação e efetividade de um Estado Democrático de Direito.
	A linguagem de Direito é: de poder e técnica. Necessita de interpretação.
TRABALHO PARA AULA D0 DIA 24.10.2012 –PONTUAÇÃO MÁXIMA 2,0.
TEMA: MONISMO JURÍDICO e PLURALISMO JURÍDICO 
ORIENTAÇÕES: 
	Elaborar um texto, dividido em introdução, desenvolvimento e conclusão pessoal, interagindo com o texto. 
	Mínimo 2 laudas, máximo 4 laudas. 
	Mencionar referências. 
	Observar as normas da ABNT: Digitado; espaço entre linhas 1,5cm; recuo 4cm, espaço entre linhas simples; fonte Arial 12; margem esquerda 3,0 superior, inferior 2,5, direita 1,5. Parágrafo justificado.
	Observar diretrizes da IES (capa, logotipo, identificação).

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