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O positivismo de Auguste Comte como nova forma de pensar os fatos sociais Apresentação Nessa Unidade de Aprendizagem, vamos estudar sobre Auguste Comte (1798-1857), pensador que cunhou a palavra sociologia; o positivismo e o objetivo da ciência, bem como o pensamento positivista em relação à evolução social. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Identificar a importância de Auguste Comte para a Sociologia.• Relacionar Positivismo e a nova forma de pensar os fatos sociais.• Explicar a lei dos três estágios de Comte.• Desafio Comte sugere que os valores religiosos influenciaram significativamente os valores da sociedade e acabaram criando um conjunto de regras morais que norteiam e guiam a ação do homem. Estas regras foram aos poucos contaminando os indivíduos, levando-os a pensar sobre a ideia da salvação individual, e por fim ao individualismo. Cada um por si. Porém, Auguste Comte considera essa ideia não muito correta. Para ele, a solidariedade deveria superar o individualismo em nossa sociedade. O homem deveria buscar a felicidade como um bem público, remetendo à ideia de que a necessidade coletiva deve vir em primeiro lugar, ou seja, a solidariedade coletiva era um sentimento a ser propagado, porque o homem era um ser solidário por natureza. Será que o pensamento de Comte era correto? Para responder a esse desafio, recorra a sua memória do seu dia a dia, sobre sua vivência e informações que recebe através das mídias e busque uma situação que confirme ou contrarie o pensamento de Auguste Comte. Escreva de 10 a 15 linhas. Infográfico Auguste Comte também ficou conhecido pelo desenvolvimento da ciência positivista. Para ele, a ciência da sociedade é essencialmente semelhante à ciência natural. Logo, sua abordagem positivista baseava-se no princípio da observação sistemática, generalizada e universal, por exemplo as leis (GIDDENS, 2012). A filosofia positivista de Comte foi claramente inspirada pelos princípios régios da ciência natural e do pensamento iluminista da época. Veja o infográfico a seguir. Conteúdo do Livro Auguste Comte (1798-1857) é referenciado como criador da palavra sociologia, buscando descrever a disciplina que desejava estabelecer. Seus pensamentos e trabalhos refletiam o contexto do seu tempo: Revoluções Francesa e Industrial. Seu desejo era de que a Sociologia fosse uma "ciência positiva". Por meio da lei dos três estágios ou estados, Comte busca compreender o mundo e a realidade que o cerca e ao final da sua carreira cria planos ambiciosos para reconstrução da sociedade francesa, em especial. Preocupava-o, bastante, as desigualdades resultantes, principalmente, da industrialização da sociedade que ameaçavam a harmonia social. Numa perspectiva positivista, esse pensador fala sobre sua teoria (o Positivismo) e a evolução social. Acompanhe os trechos selecionados do livro Sociologia, de Anthony Giddens, e aprofunde os seus conhecimentos sobre Comte. Boa leitura. Anthony Completamente revisada e atualizada, esta referência única oferece um panorama esclarecedor sobre os últimos acontecimentos globais e sobre as novas ideias no campo da sociologia. Os debates clássicos também são minuciosamente abordados, explicando até as ideias mais complexas de maneira clara e envolvente. Escrito de forma fluente e com um estilo atraente, esta obra consegue ser ao mesmo tempo intelectualmente rigorosa e perfeita- mente acessível a todos os públicos. Sociologia é um livro empolgante e envolvente, que busca ajudar os leitores a compreender o valor de pensar sociologicamente. Destaques da 6ª edição: • Novos conteúdos sobre educação, mídia, teoria social, desigualdades, política e governo; e um capítulo inteiramente novo sobre guerra e terrorismo. • Maior aprofundamento e atualização em todos os capítulos. • Foco especial dado à sociologia global e à imaginação sociológica. • Novas seções de “Estudos Clássicos” examinam em detalhes as pesquisas empíricas mais influentes. • Seções adicionais de “Reflexão Crítica” foram inseridas ao texto para estimular a compreensão e o entendimento dos leitores. • Imagens especialmente selecionadas procuram captar o drama cotidiano do mundo social. Livro-texto campeão de vendas por mais de 20 anos, a 6ª edição estabelece o padrão para o estudo introdutório da sociologia. Fonte ideal para estudantes de sociologia e certamente uma inspiração para a nova geração de sociólogos. ANTHONY GIDDENS é Ex-Diretor da London School of Economics. PROFESSORES VISITE A ÁREA DO PROFESSOR E FAÇA DOWNLOAD DE POWERPOINTS PRONTOS PARA SEREM UTILIZADOS EM SALA DE AULA. ALUNOS ENTRE NO SITE PARA TESTAR SEUS CONHECIMENTOS E TER ACESSO A MATERIAL COMPLEMENTAR. ÁREA DO PROFESSOR CONTEÚDO ONLINE Anthony Giddens Sociologia A n th ony G idd en s Sociolog ia 02516 _Giddens_Sociologia.indd 1 13/03/2017 15:10:32 G453s Giddens, Anthony. Sociologia / Anthony Giddens ; tradução: Ronaldo Cataldo Costa ; revisão técnica: Fernando Coutinho Cotanda. – 6. ed. – Porto Alegre : Penso, 2012. 847 p. : il. color. ; 28 cm. ISBN 978-85-63899-26-2 1. Sociologia. I. Título. CDU 316 Catalogação na publicação: Ana Paula M. Magnus – CRB 10/2052 Anthony Giddens é ex-diretor da London School of Economics. Philip W. Sutton é professor na University of Leeds e na Robert Gordon University. _Livro_Giddens.indb ii_Livro_Giddens.indb ii 03/04/17 10:1903/04/17 10:19 Sociologia 23 Os fundadores da sociologia Nós, seres humanos, sempre fomos curiosos em relação às fontes do nosso próprio comportamento, mas, por milhares de anos, nossas tentativas de entender a nós mesmos basea- ram-se em modos de pensar transmitidos de geração para geração, expressados muitas vezes em termos religiosos. Por exemplo, antes da ascensão da ciência moderna, muitas pes- soas acreditavam que os deuses ou espíritos eram a causa de fenômenos naturais, como terremotos e outros desastres natu- rais. Embora os escritores de períodos anteriores apresentas- sem visões do comportamento humano, o estudo sistemático da sociedade é um avanço relativamente recente, cujo começo data do final do século XVIII e começo do XIX. A base das origens da sociologia está na série de mudanças avassaladoras trazidas pela Revolução Francesa e pela Revolução Industrial em meados do século XVIII na Europa. O desmantelamento de modos de vida tradicionais causado por essas mudanças resultou nas tentativas de pensadores de entender e explicar como elas ocorreram e quais seriam suas consequências pro- váveis. Para tal, os estudiosos foram levados a desenvolver no- vas compreensões dos mundos social e natural. Um desenvolvimento-chave foi a utilização ciência em vez da religião para entender o mundo. Os tipos de questões que os pensadores do século XIX tentavam responder – o que é a natureza humana? Por que a sociedade é estruturada como é? Como e por que as sociedades mudam? – são quase os mesmos que os sociólogos tentam responder hoje em dia. Todavia, nosso mundo moderno é radicalmente diferente do mundo do passado, e é tarefa da sociologia nos ajudar a en- tender este mundo e o que o futuro provavelmente nos trará. Augusto Comte Nenhum indivíduo único pode fundar um campo inteiro de estudo, havendo muitos colaboradores no pensamento sociológico inicial. Todavia, geralmente, atribui-se especial proeminência ao autor francês Augusto Comte (1798-1857), mesmo que apenas por ter inventado a palavra “sociologia”. Comte originalmente usara o termo “física social” para des- Augusto Comte (1798-1857). _Livro_Giddens.indb 23_Livro_Giddens.indb 23 03/04/17 10:1903/04/17 10:19 Anthony Giddens24 crever o novo campo, mas alguns de seus rivais intelectuais da época também estavam usando esse termo. Comte queria dis- tinguir as suas ideias das deles e, então, cunhou o termo “so- ciologia” para descrever a disciplina que desejava estabelecer. O pensamento de Comte refletiaos acontecimentos tur- bulentos da sua era. A Revolução Francesa de 1789 mudou a sociedade francesa significativamente, enquanto a dissemina- ção da industrialização estava alterando as vidas tradicionais da população. Comte tentou criar uma ciência da sociedade que pudesse explicar as leis do mundo social, assim como a ciência natural explicava o funcionamento do mundo físico. Ainda que Comte reconhecesse que cada disciplina científica tem o seu próprio objeto de estudo, ele argumentava que esse estudo poderia ser feito usando-se a mesma lógica comum e método científico adotados para revelar leis universais. Assim como a descoberta de leis no mundo natural nos permitira controlar e prever os acontecimentos ao nosso redor, descobrir as leis que governam a sociedade humana poderia nos ajudar a moldar o nosso destino e melhorar o bem-estar da humani- dade. Comte argumentava que a sociedade agia conforme leis invariáveis, da mesma forma que o mundo físico. A visão de Comte para a sociologia era de que ela se tornasse uma “ciência positiva”. Ele queria que a sociologia aplicasse os mesmos métodos científicos rigorosos ao estudo da sociedade que os físicos e químicos usam para estudar o mundo físico. O positivismo sustenta que a ciência deve se preocupar apenas com entidades observáveis que sejam co- nhecidas pela experiência direta. Com base em observações cuidadosas, pode-se inferir leis que expliquem a relação en- tre os fenômenos observados. Compreendendo as relações causais entre os fatos, os cientistas podem então prever como serão os acontecimentos futuros. Uma abordagem positivista à sociologia visa a produção de conhecimento sobre a socie- dade com base em evidências empíricas obtidas com observa- ção, comparação e experimentação. A lei dos três estágios de Comte assinala que as tentativas humanas de entender o mundo passam por estágios teológi- cos, metafísicos e positivos. No estágio teológico, o pensamen- to era guiado por ideias religiosas e pela crença de que a socie- dade era expressão da vontade divina. No estágio metafísico, que tomou frente por volta da época da Renascença, a socieda- de passou a ser vista em termos naturais, e não sobrenaturais. O estágio positivo, anunciado pelas descobertas e realizações de Copérnico, Galileu e Newton, estimulou a aplicação de téc- nicas científicas ao mundo social. De acordo com essa visão, Comte considerava a sociologia como a última ciência a se desenvolver – com base na física, na química e na biologia – mas também como a mais significativa e complexa de todas as ciências. No final da sua carreira, Comte criou planos ambiciosos para a reconstrução da sociedade francesa em particular e para as sociedades humanas em geral, com base em seu ponto de vista sociológico. Ele clamava pelo estabelecimento de uma “religião de humanidade” que abandonaria a fé e o dogma, em favor de um embasamento científico. A sociologia esta- ria no centro da nova religião. Comte estava bastante ciente do estado da sociedade em que vivia, ele se preocupava com as desigualdades produzidas pela industrialização e a ameaça que elas representavam para a coesão social. A solução de lon- go prazo, em sua visão, era a produção de um novo consenso moral, que ajudasse a regular, ou manter a integridade da so- ciedade, apesar dos novos padrões de desigualdade. Embora a visão de Comte para a reconstrução da sociedade nunca tenha se realizado, sua contribuição para a sistematização e unifica- ção da ciência da sociedade foi importante para a profissiona- lização da sociologia como uma disciplina acadêmica. Emile Durkheim Os escritos de outro sociólogo francês, Emile Durkheim (1858-1917), tiveram um impacto mais duradouro na socio- logia moderna do que os de Comte. Embora Durkheim tenha se baseado em certos aspectos da obra de Comte, ele pensava que muitas ideias de seu predecessor eram especulativas e va- gas demais, e que Comte não havia conseguido implementar seu programa – estabelecer a sociologia com uma base cien- tífica. Durkheim considerava a sociologia uma nova ciên- cia, que poderia ser usada para elucidar questões filosóficas tradicionais, mediante análise empírica. Como Comte antes dele, Durkheim argumentava que devemos estudar a vida so- cial com a mesma objetividade que os cientistas estudam o mundo natural. Seu famoso primeiro princípio da sociologia era “estudar os fatos sociais como coisas”. Com isso, ele queria dizer que a vida social pode ser analisada de forma tão rigo- rosa quanto os objetos ou fenômenos da natureza. Emile Durkheim (1858-1917). _Livro_Giddens.indb 24_Livro_Giddens.indb 24 03/04/17 10:1903/04/17 10:19 Anthony Giddens64 Positivismo e evolução social Augusto Comte considerava a ciência da sociedade (que deno- minou “sociologia”) essencialmente semelhante à ciência natu- ral. Sua abordagem positivista baseava-se no princípio da ob- servação direta, que podia ser explicado por afirmações teóricas baseadas no estabelecimento de generalizações causais, como leis. A tarefa da sociologia, segundo Comte, era adquirir conhe- cimento seguro sobre o mundo social para fazer previsões so- bre ele e, com base nessas previsões, intervir para moldar a vida social de maneira progressista. A filosofia positivista de Comte foi claramente inspirada pelo, segundo ele, fabuloso poder pre- ditivo das ciências naturais. Qualquer pessoa que já tenha assis- tido (provavelmente na televisão) os ônibus espaciais da NASA decolarem e passarem dias em órbita ao redor da Terra antes de _Livro_Giddens.indb 64_Livro_Giddens.indb 64 03/04/17 10:2003/04/17 10:20 Sociologia 65 aterrissarem como um avião testemunhou esse poder preditivo em ação. Pensar sobre os diferentes tipos de conhecimento exa- to que são necessários para realizar esse feito da ciência e da en- genharia mostra por que as ciências naturais são tão veneradas. Porém, será que é possível obter esse conhecimento pre- ditivo confiável em relação aos seres humanos? A maioria dos sociólogos atualmente acredita que não, e poucos usariam o termo “positivista” para descrever o seu próprio trabalho. Pro- vavelmente, a principal razão por que tantos sociólogos rejei- tam o positivismo de Comte é que eles consideram a ideia de moldar e controlar as pessoas impossível, potencialmente pe- rigosa, ou ambas. Críticos dizem que os seres humanos, que têm consciência de si mesmos, não podem ser estudados da mesma maneira que, digamos, os sapos, pois são capazes de agir de maneira que frustram nossas previsões sobre eles. Po- rém, mesmo se Comte estivesse certo e os humanos pudessem ser estudados cientificamente, seu comportamento fosse pre- visto e fossem realizadas intervenções para direcioná-lo em direções positivas, quem decidiria o que constitui uma “dire- ção positiva”? Os próprios cientistas? Políticos? Autoridades religiosas? O século XX assistiu a muitas tentativas de contro- lar populações humanas, incluindo as de regimes comunistas linha-dura baseados no “marxismo científico” e em governos fascistas baseados em teorias de “racismo científico” para jus- tificar assassinatos em massa. Os cientistas sociais não podem desconhecer as horrorosas consequências humanas desse uso de teorias científicas, e existe um ceticismo crescente sobre a noção de Comte da sociologia como uma ciência preditiva. Entretanto, embora Comte não seja particularmente es- timado pela maioria dos sociólogos atualmente, é importante lembrar seu papel formativo em estabelecer o argumento em favor de uma ciência da sociedade. Ver o Capítulo 1, “O que é sociologia?”, para uma discussão mais ampla das ideias de Comte.» As ideias de Comte foram extremamente influentes, e sua teoria do desenvolvimento das ciências foi uma inspira- ção para outros pensadores que trabalhavam com teorias do desenvolvimento social evolutivo. Comte considerava que a ciência atravessa três estágios: o teológico (ou religioso), o metafísico (ou filosófico) e, finalmente, o positivo(ou cientí- fico), e cada estágio representava uma forma de desenvolvi- mento mental humano. Ele argumentava que a história das ciências demonstrava esse padrão de movimento, com a vida social sendo a última área a adentrar o estágio positivo, e a sociologia como a disciplina final. O filósofo e sociólogo inglês Herbert Spencer (1820-1903) baseou-se nas ideias de Comte e foi um dos primeiros a dizer que, assim como o mundo da natureza estava sujeito à evolução biológica, as sociedades estavam sujeitas à evolução social. Esta assumia a forma de diferenciação estrutural – pela qual as so- ciedades simples se transformam com o tempo em formas cada vez mais complexas, com uma variedade cada vez maior de ins- tituições sociais separadas; e adaptação funcional – a maneira em que as sociedades se adaptam ao seu ambiente. Spencer ar- gumentava que era por meio da diferenciação estrutural que as sociedades se tornavam mais adaptadas no sentido funcional, e as sociedades industriais do século XIX essencialmente esta- vam demonstrando uma forma de evolução social, emergindo das sociedades mais estáticas e hierárquicas que as precederam. Spencer também acreditava que o princípio da “sobrevivência do mais forte” se aplicava à evolução social tanto quanto à bioló- gica, e não concordava com a intervenção estatal para amparar os vulneráveis ou desprivilegiados (Taylor, 1992). Embora a teoria de Spencer da evolução social seja am- plamente conhecida e seus livros fossem bem recebidos na sua época, como muitas outras teorias evolutivas em socio- logia, no final do século XX, sua obra caiu em declínio na disciplina, e poucos cursos de sociologia hoje fazem mais do que uma referência rápida a ele. Seu destino está em ní- tido contraste com outro grande teórico do século XIX, Karl Marx, cuja influência, não apenas na sociologia, mas também na própria história do mundo, é difícil de subestimar. _Livro_Giddens.indb 65_Livro_Giddens.indb 65 03/04/17 10:2003/04/17 10:20 Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual da Instituição, você encontra a obra na íntegra. Dica do Professor Assista ao vídeo a seguir sobre o Positivismo de Comte. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/d8eaec62d5c9e4b13ae3e803e5cf903c Exercícios 1) Segundo Giddens, o pensamento de Auguste Comte (1798-1857) refletia o contexto de transformações em que vivia. Assinale a alternativa que trás os acontecimentos considerados turbulentos e que marcaram essa época: A) A Revolução Francesa em 1789, e a Revolução Industrial ocorrida no período de 1760 a 1860. B) As Grandes Navegações que ocorreram entre os séculos XVIII e XIX e a Revolução Industrial ocorrida no período de 1760 a 1860. C) A Revolução Francesa em 1789, e a passagem do feudalismo para a modernidade. D) Início da Revolução Científica e Revolução Industrial. E) Revolução do Porto (1820) e Revolução Industrial, ocorrida no período de 1760 a 1860. 2) As Revoluções Francesa e Industrial mudaram a sociedade francesa de maneira significativa. O objetivo de Comte, ao criar a Sociologia, estava diretamente relacionado a essas transformações. Assinale a alternativa que descreve esse objetivo: A) A tentativa de Comte, ao criar a sociologia era criar uma ciência que compreendesse os fenômenos teológicos, que para ele eram fundamentais ao desenvolvimento da sociedade. B) A tentativa de Comte, ao criar a sociologia, era criar uma ciência que pudesse explicar as leis do mundo social, assim como a ciência natural explicava o funcionamento do mundo físico. C) A tentativa de Comte, ao criar a Sociologia, era elaborar uma ciência que abrangesse, sobretudo, a economia. D) A tentativa de Comte, ao criar a Sociologia, para entender melhor a solidariedade social e moral. E) A tentativa de Comte, ao criar à Sociologia, era compreender o Nazismo e o Movimento fascista, ocorridos na Alemanha. De acordo com a visão de Comte, a Sociologia seria a última ciência a se desenvolver - com base na física, na química e na biologia - também seria a mais significativa e complexa de 3) todas as ciências. Assim, para Comte, as tentativas humanas de entender o mundo atravessam três estágios. Assim sendo, marque a alternativa que apresenta CORRETAMENTE esses três estágios e seus conceitos: A) Racional, relacionado às questões filosóficas sobre os fenômenos da natureza e da sociedade./ Empírico, relacionado às práticas científicas./ Positivo, relacionado aos fenômenos da fé teológica. B) Teológico, relacionado às questões filosóficas./ Metafísico, relacionado à visão sobrenatural da sociedade e não natural./ Positivo, relacionado a aplicação intuitiva da razão sobre a ciência. C) Monárquico, a sociedade deve seguir um poder legitimado./ Republicano, estágio em que a sociedade se encontra com capacidade de reconhecer sua autonomia na sociedade./ Positivismo, em que o Estado se funde com as ideias de progresso e ordem. D) Ordem e Progresso, somente com o desenvolvimento da ciência industrial, a sociedade desenvolveria suas estruturas econômicas./ Absolutismo, o governo deveria ser absoluto sobre o poder de desenvolvimento social e econômico europeu./ Centralizador, em que o governo deveria ter o poder centralizado em suas mãos, pois, somente assim, poderia decidir quais ações deveriam ser realizadas. E) Teológico (ou religioso), o pensamento era guiado por ideias religiosas./ Metafísico (ou filosófico) em que a sociedade passou a ser vista em termos naturais e não sobrenaturais. / Positivo (ou científico), marcado por descobertas científicas e pela aplicação de técnicas científicas ao mundo social. 4) Segundo Giddens (201, desde a segunda metade do século XIX, o Positivismo refletiu a euforia burguesa, resultado do desenvolvimento da industrialização capitalista, bem como do crescente aperfeiçoamento técnico-científico que acompanhava o sistema. Com esse progresso o positivismo se estabeleceu e ganhou confiança científica e política. Logo, podemos afirmar que, segundo o pensamento de Comte, a industrialização e a força capitalista, amparados na técnica e na ciência, estariam: A) levando a sociedade ao caos e ao conflito, uma vez que a base da industrialização é a exploração da mão de obra operária. B) criando uma nova política de desenvolvimento econômico, voltada para a expansão comercial na América. C) predeterminados a promover o bem estar do maior número possível de indivíduos. D) dando os primeiros passos para a tomada do poder inglês, uma vez que os ingleses eram contra ao processo de industrialização na Europa. E) fomentando a sociedade a uma revolução social, onde os direitos de igualdade, fraternidade e liberdade seriam parte de seus ideais políticos-sociais. 5) Segundo Auguste Comte, o Positivismo representaria o ápice do pensamento humano. Nele a sociedade se encontraria num estágio de perfeição científica, social e política. Para tanto, sua observação sobre os fenômenos sociais deveriam seguir os mesmos rigores atribuídos aos experimentos das ciências naturais, ou seja: A) usaria a observação, a experimentação, a comparação e a classificação como métodos para a compreensão da realidade social. B) usaria a intuição natural do observador social sobre os objetos, a experimentação para situações específicas da sociedade para se alcançar a compreensão da realidade social. C) usaria uma métrica capaz de mensurar a capacidade humana através do desempenho na produção nas empresas. D) promoveriam as transformações sociais que levariam às revoltas populares na França e na Inglaterra. E) promoveriam grandes revoltas na sociedade industrial, tais como o ludismo, o grevismo e o cartismo. Na prática Comte acreditava, dentre outras coisas, que o homem era um ser previsível, daí a sua crença de que a Sociologia poderiaser como as outras ciências, ou seja, a vida social poderia ser analisada com rigor científico, e esses estudos permitiriam ao homem prever acontecimentos e planejar melhor o bem estar futuro da humanidade. O positivismo floresceu na América, inclusive no Brasil, por volta de 1850. Vamos a um exemplo simples de como no Brasil Republicano o Positivismo foi incorporado. Saiba mais Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: 1984 RADFORD, Michael 1984. Ficção científica. Reino Unido, 1984. 1 DVD (113 min). Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://www.youtube.com/embed/UEQnp_jdhiI