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Psicopedagogia e Educação Inclusiva
Parte A
Sumário
Seções Principais
Introdução
A função da escola na 
Educação Inclusiva
Atendimento Educacional 
Especializado (AEE)
Público-alvo da Educação 
Especial
Salas de Recursos 
Multifuncionais
Acessibilidade e desenho 
universal
Adaptações curriculares
Papel do professor na 
inclusão
Tecnologia Assistiva
Políticas e Legislação
Política Nacional de 
Educação Especial
Diretrizes Nacionais para 
Educação Especial
Plano Nacional dos Direitos 
da Pessoa com Deficiência
Decretos e Resoluções 
Importantes
Evolução da legislação 
nacional
Decreto nº 7.611/2011
Resolução CNE/CEB nº 
4/2009
Ações e programas 
governamentais
Atores e Práticas
Papel da família na inclusão
Formação de professores
Atuação do psicopedagogo
Práticas pedagógicas 
inclusivas
Desafios da Educação 
Inclusiva
Educação Inclusiva ao Longo 
da Vida
Intersetorialidade e rede de 
apoio
Indicadores de qualidade
Referências Bibliográficas
Introdução
A Educação Inclusiva, como uma abordagem que visa a inclusão de todos os alunos, 
independentemente de suas necessidades educacionais, é um tema fundamental no 
contexto brasileiro. A Constituição Federal de 1988, a Lei de Diretrizes e Bases da 
Educação Nacional (LDB) e a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da 
Educação Inclusiva (2008) garantem o direito à educação para todos, incluindo alunos 
com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas 
habilidades/superdotação.
Ao longo dos anos, o Brasil tem avançado na construção de uma educação inclusiva, com 
a criação de leis, políticas e recursos para atender às necessidades específicas dos 
alunos com deficiência. No entanto, desafios permanecem, como a formação de 
professores, a adaptação das escolas e a superação de preconceitos e estigmas.
Nesse contexto, a Psicopedagogia emerge como um campo fundamental para promover 
a Educação Inclusiva, oferecendo suporte teórico e prático para compreender e atender 
as diversas necessidades de aprendizagem. Seu papel é essencial na identificação de 
barreiras educacionais, no desenvolvimento de estratégias pedagógicas personalizadas 
e na promoção de uma cultura escolar verdadeiramente inclusiva e acolhedora.
A função da escola na perspectiva da 
Educação Inclusiva
A escola constitui-se como um espaço essencial de aprendizagem e desenvolvimento 
humano, assumindo um papel fundamental na garantia do direito educacional universal. 
A Educação Inclusiva propõe uma transformação radical no papel institucional escolar, 
objetivando atender às singularidades de cada educando, reconhecendo e valorizando 
suas diferenças individuais. Esse modelo exige uma ressignificação profunda das 
práticas pedagógicas, visando desconstruir barreiras físicas, atitudinais e curriculares 
para promover uma aprendizagem verdadeiramente significativa e acessível a todos.
No contexto da escola inclusiva, o ambiente educacional deve ser concebido como um 
espaço de acolhimento e reconhecimento da diversidade, garantindo a participação 
plena e o desenvolvimento integral de todos os estudantes. A inclusão ultrapassa a mera 
inserção física, demandando uma participação ativa e substancial no processo 
educacional. Para efetivar essa proposta, são fundamentais estratégias como o 
Atendimento Educacional Especializado (AEE), recursos de Tecnologia Assistiva e uma 
formação docente continuada e crítica, comprometida com práticas pedagógicas 
verdadeiramente inclusivas.
Atendimento Educacional Especializado 
(AEE): definição e objetivos
O Atendimento Educacional Especializado (AEE) é um serviço educacional 
especializado, oferecido de forma complementar ou suplementar à escolarização 
regular, para atender às necessidades educacionais específicas de alunos com 
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação. 
O AEE visa promover a acessibilidade, a autonomia e a participação desses alunos no 
processo de ensino e aprendizagem.
O AEE deve ser oferecido em escolas públicas e privadas, de forma articulada com a 
escolarização regular, e pode ser realizado em salas de recursos multifuncionais, em 
outros espaços da escola, em instituições especializadas ou no domicílio do aluno, de 
acordo com a necessidade de cada um. O objetivo do AEE é atender às necessidades 
educacionais específicas dos alunos, complementando e/ou suplementando a 
escolarização regular, oferecendo recursos, serviços e estratégias pedagógicas 
adequadas para superar barreiras e promover a inclusão escolar.
Público-Alvo
Alunos com deficiência, 
transtornos globais do 
desenvolvimento e altas 
habilidades/superdotação
Modalidades de 
Atendimento
Salas de recursos, espaços 
escolares, instituições 
especializadas e atendimento 
domiciliar
Objetivos Principais
Promover acessibilidade, 
autonomia e participação no 
processo de ensino-
aprendizagem
Princípios Fundamentais
Individualização do atendimento, respeito às diferenças e promoção da aprendizagem significativa
Público-alvo da Educação Especial na 
perspectiva da Educação Inclusiva
O público-alvo da Educação Especial abrange estudantes com necessidades 
educacionais especiais, caracterizados por deficiências, transtornos globais do 
desenvolvimento e altas habilidades/superdotação. Essas necessidades podem ser 
classificadas como temporárias ou permanentes, manifestando-se em dimensões 
diversas: cognitiva, física, sensorial, social, emocional e comportamental.
A Educação Especial, fundamentada nos princípios da inclusão, objetiva assegurar o 
acesso, a participação e o desenvolvimento integral desses estudantes. O Atendimento 
Educacional Especializado (AEE) constitui-se como estratégia fundamental, 
proporcionando recursos pedagógicos personalizados que considerem as 
singularidades de cada aluno e promovam sua plena integração escolar e social.
Deficiências
Inclui deficiências físicas, 
intelectuais, auditivas, 
visuais e múltiplas que 
requerem adaptações 
específicas no ambiente 
educacional.
Transtornos Globais 
do Desenvolvimento
Abrange condições como 
Transtorno do Espectro 
Autista (TEA), que 
demandam estratégias 
pedagógicas especializadas 
e individualizadas.
Altas 
Habilidades/Superdot
ação
Contempla estudantes com 
potencial elevado em áreas 
como intelectual, artística, 
psicomotora ou específica, 
necessitando de 
enriquecimento curricular.
Salas de Recursos Multifuncionais: 
organização e funcionamento
As Salas de Recursos Multifuncionais (SRM) são espaços escolares estrategicamente 
equipados com recursos pedagógicos e tecnológicos especializados para atender alunos 
com necessidades educacionais especiais, representando um marco fundamental na 
implementação de práticas educacionais inclusivas.
Coordenadas por professores especializados em Educação Especial, as SRM 
desenvolvem atividades complementares, adaptam materiais didáticos e avaliam o 
progresso dos alunos, atuando como fundamental apoio para a inclusão escolar, 
garantindo que cada estudante tenha acesso a uma educação verdadeiramente 
personalizada e significativa.
Essas salas transcendem o modelo tradicional de atendimento especial, configurando-se 
como ambientes dinâmicos e inovadores que promovem a aprendizagem, o 
desenvolvimento integral e a autonomia dos estudantes com diferentes necessidades 
educacionais.
Propósito
Oferecer recursos 
pedagógicos e 
tecnológicos 
personalizados, criando 
estratégias educacionais 
que respondam às 
especificidades de cada 
estudante com 
necessidades especiais
Recursos
Conjunto abrangente de 
equipamentos 
especializados, incluindo 
jogos interativos, 
softwares educacionais 
adaptados, materiais 
táteis, recursos de 
comunicação alternativa 
e tecnologias assistivas
Profissionais
Equipe multidisciplinar 
de professores 
especializados, que não 
apenas colaboram com 
docentes regulares, masdesenvolvem estratégias 
colaborativas e 
formativas para 
promover uma cultura 
verdadeiramente 
inclusiva
Objetivo Final
Promover aprendizagem 
significativa, 
desenvolvimento 
integral e inclusão social, 
preparando estudantes 
com necessidades 
especiais para exercer 
sua cidadania plena
Adaptabilidade
Flexibilização contínua 
de metodologias, 
materiais e abordagens 
pedagógicas, garantindo 
uma resposta 
educacional dinâmica e 
personalizada
Tecnologia 
Assistiva
Implementação 
estratégica de recursos 
tecnológicos inovadores 
para superar barreiras, 
potencializar 
habilidades e facilitar 
processos de 
comunicação, 
aprendizagem e 
interação
Acessibilidade e desenho universal para a 
aprendizagem
Acessibilidade
A acessibilidade representa um princípio 
fundamental da educação inclusiva, configurando-
se como uma estratégia sistemática para eliminar 
barreiras físicas, comunicacionais e atitudinais no 
ambiente escolar.
Vai além de adaptações estruturais como rampas e 
elevadores, abrangendo recursos como sinalização 
tátil em braille, audiodescrição de materiais 
didáticos, comunicação em libras, e tecnologias 
adaptativas que garantem a participação plena de 
estudantes com diferentes necessidades.
Desenho Universal para Aprendizagem
O desenho universal para a aprendizagem 
configura-se como uma abordagem pedagógica que 
visa criar ambientes, métodos e materiais 
educacionais flexíveis e adaptáveis a diferentes 
perfis de aprendizagem.
Fundamenta-se em três princípios centrais: 
múltiplos meios de representação, múltiplos meios 
de expressão e múltiplos meios de engajamento, 
utilizando tecnologias assistivas para promover 
uma aprendizagem verdadeiramente inclusiva e 
personalizada.
A intersecção entre acessibilidade e desenho universal representa um paradigma 
contemporâneo na educação inclusiva, onde a diversidade não é apenas reconhecida, 
mas ativamente celebrada e integrada nas práticas pedagógicas. Essa abordagem 
holística transcende modelos tradicionais de ensino, promovendo uma cultura 
educacional que valoriza as diferenças individuais como potencialidades, e não como 
limitações, transformando o ambiente escolar em um espaço verdadeiramente 
democrático e equitativo.
A implementação efetiva da acessibilidade e do desenho universal na educação não 
constitui apenas uma estratégia pedagógica, mas representa um compromisso ético 
com a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva. Ao reconhecer e valorizar a 
diversidade como um recurso fundamental para o enriquecimento do processo 
educacional, essas abordagens contribuem para a formação de uma consciência social 
mais ampla, preparando não apenas os estudantes com necessidades especiais, mas 
toda a comunidade escolar para compreender, respeitar e promover a inclusão em 
todos os âmbitos da vida social.
Adaptações curriculares e flexibilização do 
ensino
As adaptações curriculares representam um instrumento estratégico essencial para 
atender às diversas necessidades educacionais de alunos com deficiência, transtornos 
globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação. Estas adaptações podem 
ser implementadas de forma personalizada nos conteúdos, metodologias de ensino, 
processos avaliativos, recursos pedagógicos e na dinâmica de organização temporal e 
espacial, sempre considerando as singularidades de cada estudante.
O propósito fundamental dessas adaptações é criar condições pedagógicas que 
potencializem a aprendizagem e o desenvolvimento integral desses alunos, assegurando 
seu acesso equitativo aos conteúdos curriculares e às oportunidades de aprendizagem.
A flexibilização do ensino constitui um princípio basilar da Educação Inclusiva, que 
permite ressignificar as práticas pedagógicas para adequá-las às necessidades 
individuais de cada aprendiz. Essa abordagem abrange estratégias diversificadas, como 
a utilização de materiais didáticos adaptados, reorganização do tempo e espaço 
pedagógico, integração de recursos tecnológicos assistivos e criação de atividades 
diferenciadas e personalizadas.
O objetivo central da flexibilização é construir um ambiente educacional 
verdadeiramente inclusivo, no qual cada estudante possa aprender de maneira 
significativa, respeitando suas características únicas e promovendo sua plena 
participação no processo educacional.
Papel do professor no processo de inclusão 
escolar
O professor desempenha um papel fundamental no processo de inclusão escolar, sendo 
o principal responsável por criar um ambiente de aprendizagem acolhedor, respeitoso e 
que promova a participação e o desenvolvimento de todos os alunos, 
independentemente de suas necessidades. O professor deve ter conhecimento sobre as 
necessidades educacionais específicas de cada aluno, com o objetivo de elaborar 
atividades e recursos que atendam às suas necessidades.
É fundamental que o professor esteja preparado para lidar com a diversidade, 
promovendo a inclusão social e a valorização das diferenças. A formação continuada 
dos professores para a prática inclusiva é essencial para que eles estejam preparados 
para atender às necessidades específicas dos alunos com deficiência, transtornos 
globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação.
Estratégias 
Pedagógicas 
Inclusivas
Desenvolver metodologias 
que permitam a participação 
de todos os alunos, 
adaptando recursos e 
atividades conforme as 
necessidades individuais.
Formação Contínua
Buscar constantemente 
capacitação e atualização 
em práticas pedagógicas 
inclusivas e conhecimentos 
sobre diferentes tipos de 
necessidades educacionais.
Acolhimento e 
Respeito
Criar um ambiente escolar 
acolhedor, que valorize a 
diversidade e promova o 
respeito mútuo entre os 
estudantes.
Colaboração Interdisciplinar
Estabelecer parcerias com outros profissionais, como psicólogos, terapeutas e coordenadores 
pedagógicos, para desenvolver estratégias integradas de apoio aos alunos com necessidades especiais e 
promover uma abordagem holística da educação inclusiva.
Tecnologia Assistiva como recurso de 
acessibilidade
A Tecnologia Assistiva (TA) é um recurso fundamental para garantir a acessibilidade e a 
participação de todos os alunos, independentemente de suas necessidades, no processo 
de ensino e aprendizagem. A TA engloba uma ampla gama de recursos e tecnologias, 
como softwares de leitura de tela, sintetizadores de voz, softwares de ampliação de tela, 
dispositivos de comunicação alternativa, adaptação de materiais didáticos, recursos de 
acessibilidade para computadores e tablets, entre outros. O objetivo da TA é superar 
barreiras e promover a autonomia e a inclusão dos alunos com deficiência.
O uso da TA nas escolas deve ser planejado e implementado de forma integrada ao 
processo de ensino e aprendizagem, com o objetivo de auxiliar os alunos a superar suas 
dificuldades e desenvolver suas habilidades. A TA deve ser utilizada de forma 
individualizada, de acordo com as necessidades específicas de cada aluno, com o 
objetivo de garantir a sua participação e o seu acesso aos conteúdos e atividades da 
escola.
Principais Benefícios da Tecnologia 
Assistiva
Recursos tecnológicos que promovem a 
inclusão e acessibilidade no ambiente 
educacional
Autonomia Educacional
Permite que alunos com diferentes 
necessidades possam acessar e interagir com 
materiais didáticos de forma independente
Adaptação Personalizada
Possibilita a criação de estratégias de 
aprendizagem específicas para cada tipo de 
necessidade especial
Desenvolvimento de Habilidades
Auxilia no desenvolvimento cognitivo, motor e 
comunicacional dos estudantes com deficiência
Integração Social
Promove a interação e comunicação entre alunos com e sem deficiência, reduzindo barreiras sociais no 
ambiente escolar
Avaliação na perspectiva da Educação 
Inclusiva
A avaliação na Educação Inclusiva transcende métodos tradicionais,buscando 
compreender os processos individuais de cada estudante. Este modelo diagnóstico 
mapeia não apenas o conhecimento, mas como o aluno aprende, interage e se 
desenvolve no ambiente educacional.
No contexto inclusivo, a avaliação é formativa e personalizada, utilizando estratégias 
como portfólios adaptados, registros descritivos e instrumentos que contemplem 
diferentes linguagens. Um aluno com deficiência visual pode ser avaliado através de 
narrativas orais, enquanto um estudante com autismo pode demonstrar aprendizado 
por tecnologias assistivas.
Os princípios fundamentais incluem flexibilidade metodológica, respeito à diversidade 
cognitiva e promoção da autonomia, garantindo que a avaliação seja um processo 
inclusivo e a serviço da aprendizagem.
1 Processo Individualizado
Avaliação que reconhece e valoriza as 
trajetórias únicas de aprendizagem de cada 
estudante, superando modelos padronizados.
2 Estratégias Múltiplas
Utilização de recursos avaliativos adaptáveis, 
como portfólios personalizados, narrativas 
descritivas e tecnologias assistivas.
3 Princípios de Equidade
Eliminação de barreiras metodológicas, 
garantindo que cada estudante possa 
expressar seu conhecimento de forma 
autêntica.
4 Objetivo Formativo
Compreensão ampliada do desenvolvimento, 
focando no potencial e no processo de 
aprendizagem, não apenas no resultado final.
A evolução da legislação nacional sobre 
AEE
A trajetória legal da Educação Especial no Brasil marca uma transformação 
fundamental: da segregação à inclusão. A Constituição Federal de 1988 foi o primeiro 
marco revolucionário, estabelecendo a educação como direito universal e igualitário. A 
Lei de Diretrizes e Bases (LDB) de 1996 posteriormente regulamentou esse princípio, 
garantindo atendimento especializado preferencialmente na rede regular de ensino.
Em 2008, a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação 
Inclusiva representou um divisor de águas, definindo claramente o público-alvo do AEE 
e estabelecendo diretrizes para sua implementação. O Decreto nº 7.611/2011 
aprofundou esse marco, instituindo o financiamento público para serviços de apoio 
especializado e definindo as responsabilidades dos sistemas de ensino.
O Plano Viver sem Limite (2015) significou outro avanço crucial, integrando ações de 
educação, saúde, assistência social e acessibilidade. A Resolução CNE/CEB nº 4/2009 
complementou esse processo, normatizando os procedimentos de identificação, 
avaliação e atendimento dos estudantes com necessidades especiais, consolidando um 
modelo verdadeiramente inclusivo de educação.
Essas transformações legislativas representam mais do que mudanças formais: 
simbolizam uma profunda ressignificação social sobre a educação especial, passando de 
um modelo assistencialista para uma perspectiva de direitos humanos, reconhecendo a 
diversidade como elemento enriquecedor do processo educacional e promovendo uma 
sociedade mais justa, equitativa e inclusiva.
Política Nacional de Educação Especial na 
Perspectiva da Educação Inclusiva
Publicada em 7 de janeiro de 2008 pelo Ministério da Educação, a Política Nacional de 
Educação Especial marca uma transformação fundamental no sistema educacional 
brasileiro. Superando décadas de práticas segregacionistas, o documento rompe 
definitivamente com modelos anteriores que marginalizavam estudantes com 
deficiência, fundamentando-se nos princípios constitucionais de igualdade, dignidade e 
direito universal à educação.
A política define estrategicamente o Atendimento Educacional Especializado (AEE) 
como serviço público essencial, abrangendo três categorias principais de estudantes: 
pessoas com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas 
habilidades/superdotação. Seus eixos de ação compreendem: formação continuada de 
professores, desenvolvimento de tecnologias assistivas, criação de salas de recursos 
multifuncionais, adaptações curriculares flexíveis e implementação de práticas 
pedagógicas verdadeiramente inclusivas.
Respaldada por dispositivos legais como a Resolução CNE/CEB nº 4/2009 e o Decreto 
nº 7.611/2011, a política visa transformar profundamente o sistema educacional. Seu 
objetivo central é ressignificar a diversidade não como limitação, mas como elemento 
enriquecedor do processo de ensino-aprendizagem, garantindo não apenas o acesso, 
mas a permanência, o desenvolvimento e a participação plena de todos os estudantes 
no ambiente educacional.
Diretrizes Nacionais para a Educação 
Especial na Educação Básica
As Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica representam um 
marco fundamental na construção de um sistema educacional inclusivo e democrático. 
Elas emergem como um instrumento normativo essencial que traduz os princípios 
constitucionais de igualdade e respeito à diversidade em práticas pedagógicas 
concretas, orientando instituições de ensino a desenvolverem estratégias que garantam 
o acesso, a permanência e o desenvolvimento pleno de estudantes com necessidades 
especiais em todos os níveis de educação.
1 Complemento da Política Nacional
Estabelece normas e diretrizes para o AEE na 
Educação Básica, desde a Educação Infantil 
até o Ensino Médio.
2 Adaptações e Recursos
Reforça a necessidade de adaptação 
curricular, utilização de tecnologias 
adaptadas, acessibilidade e desenho universal 
para a aprendizagem.
3 Participação e Articulação
Destaca a importância da participação 
familiar, articulação entre Educação Especial e 
Básica, e criação de redes de apoio à Educação 
Inclusiva.
4 Documento Orientador
Constitui-se como documento fundamental 
para implementação da Educação Inclusiva no 
Brasil, orientando ações de escolas e 
profissionais.
Em suma, as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica 
representam um avanço significativo na construção de um sistema educacional 
verdadeiramente inclusivo. Ao estabelecer princípios claros, promover adaptações 
pedagógicas e fomentar uma cultura de respeito à diversidade, essas diretrizes não 
apenas orientam práticas educacionais, mas também contribuem para a transformação 
social e o reconhecimento dos direitos fundamentais de todos os estudantes.
Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com 
Deficiência - Viver sem Limite
O Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência - Viver sem Limite (2015) é 
um plano estratégico que visa promover a inclusão social da pessoa com deficiência em 
todos os aspectos da vida, incluindo a educação. O plano estabelece objetivos, metas e 
ações para garantir o acesso, a participação, a autonomia e a cidadania da pessoa com 
deficiência, com o objetivo de construir uma sociedade mais justa e igualitária.
O Plano Nacional destaca a importância da Educação Inclusiva para a inclusão social da 
pessoa com deficiência, garantindo o acesso à educação de qualidade e a participação 
plena no processo de ensino e aprendizagem. O plano também aborda temas como 
acessibilidade, tecnologia assistiva, adaptação curricular, formação de professores, 
participação da família, serviços de apoio e proteção social, com o objetivo de promover 
a inclusão da pessoa com deficiência em todos os âmbitos da sociedade.
Lançado pelo Governo Federal, o Plano "Viver sem Limite" representa um marco 
histórico nas políticas públicas de inclusão no Brasil. Ele integra diferentes setores como 
saúde, educação, assistência social e acessibilidade, promovendo uma abordagem 
multidisciplinar e intersetorial. Sua implementação envolveu investimentos 
significativos em infraestrutura, formação profissional, desenvolvimento de tecnologias 
assistivas e criação de mecanismos legais que garantem os direitos das pessoas com 
deficiência.
1 Objetivo Principal
Promover a inclusão social 
integral da pessoa com 
deficiência
2 Focos de Atuação
Educação, acessibilidade, 
autonomia e cidadania
3 Estratégias Centrais
Garantir acesso,participação e 
desenvolvimento em todos 
os âmbitos sociais
4 Impacto Social
Transformar paradigmas e promover a inclusão plena e efetiva
Decreto nº 7.611/2011: dispõe sobre a 
Educação Especial e o AEE
O Decreto nº 7.611/2011 regulamenta a Política Nacional de Educação Especial na 
Perspectiva da Educação Inclusiva, definindo as responsabilidades do poder público, das 
escolas e dos profissionais da educação na organização e na oferta do AEE. O decreto 
estabelece diretrizes para a organização do AEE, incluindo a formação de professores, a 
acessibilidade, a adaptação curricular, a utilização de recursos e tecnologias adaptadas, 
a participação da família, a articulação entre a Educação Especial e a Educação Básica e 
a criação de redes de apoio à Educação Inclusiva.
O Decreto também define os critérios para a matrícula dos alunos no AEE, os serviços e 
os recursos que devem ser oferecidos, o acompanhamento e a avaliação do 
desenvolvimento dos alunos e as ações de apoio à família. O decreto nº 7.611/2011 é 
um marco legal importante para a implementação da Educação Inclusiva no Brasil, 
garantindo o acesso, a participação e o desenvolvimento de todos os alunos com 
necessidades educacionais especiais.
Objetivo Principal
Regulamentar a Política Nacional de Educação 
Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva
Principais Diretrizes
Definir responsabilidades, critérios de matrícula 
e serviços de apoio para alunos com 
necessidades especiais
Aspectos Fundamentais
Formação de professores, acessibilidade, 
adaptação curricular e tecnologias assistivas
Impacto Legal
Marco importante para garantir acesso, 
participação e desenvolvimento educacional 
inclusivo
Resolução CNE/CEB nº 4/2009: institui 
Diretrizes Operacionais para o AEE
A Resolução CNE/CEB nº 4/2009, publicada em 2 de outubro de 2009, complementa o 
Decreto nº 7.611/2011, estabelecendo diretrizes operacionais específicas para o 
Atendimento Educacional Especializado (AEE). A resolução define com precisão os 
marcos legais para a inclusão, determinando que cada escola deve criar um Projeto 
Político-Pedagógico que contemple estratégias para atender alunos com necessidades 
especiais de forma integral e personalizada.
Entre os aspectos fundamentais, a resolução detalha três dimensões cruciais do AEE: a 
identificação das necessidades específicas dos alunos, o planejamento individualizado 
de intervenções pedagógicas e a criação de ambientes educacionais verdadeiramente 
inclusivos. Destaca-se a obrigatoriedade de formação continuada para professores, a 
implementação de salas de recursos multifuncionais, e a garantia de adaptações 
curriculares que permitam o pleno desenvolvimento acadêmico e social dos estudantes 
com deficiência. A resolução reforça que o AEE não é um serviço substitutivo, mas 
complementar à educação regular, visando eliminar barreiras que impeçam a plena 
participação e aprendizagem.
Dimensões Fundamentais
Identificação de necessidades específicas, 
planejamento individualizado e criação de 
ambientes inclusivos
Formação e Recursos
Formação continuada de professores e 
implementação de salas de recursos 
multifuncionais
Abordagem Pedagógica
Adaptações curriculares para desenvolvimento 
acadêmico e social dos estudantes
Princípio Central
AEE complementar, não substitutivo, eliminando 
barreiras de participação e aprendizagem
Ações e programas governamentais de 
apoio ao AEE
O Governo Federal, por meio de diversos programas e ações, investe em ações de apoio 
ao AEE, com o objetivo de garantir o acesso, a participação, o desenvolvimento e a 
inclusão social de todos os alunos com necessidades educacionais especiais. O 
Programa Nacional de Inclusão de Pessoas com Deficiência na Educação - INCLUSÃO 
(2004) é um exemplo de programa que visa promover a inclusão escolar de alunos com 
deficiência, com foco na formação de professores, na adaptação curricular e na oferta 
de recursos e serviços para o AEE.
Outros programas e ações incluem o Programa de Acessibilidade na Educação Superior 
(PAES), o Programa Nacional de Apoio à Educação de Surdos - PROLIBRAS (2002), o 
Programa Nacional de Acessibilidade para Pessoas com Deficiência - PRONADE (2004) 
e o Programa de Apoio à Inclusão de Alunos com Deficiência no Ensino Superior - 
PAIDE (2005).
As ações e programas governamentais de apoio ao AEE contribuem significativamente 
para a implementação da Educação Inclusiva no Brasil, garantindo a oferta de recursos, 
serviços e materiais para atender às necessidades específicas dos alunos com 
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação. 
A participação do Governo Federal é fundamental para o sucesso da Educação Inclusiva, 
garantindo recursos e políticas públicas para promover a inclusão social de todos os 
alunos.
Papel da família no processo de inclusão 
escolar
Parceria Essencial
Atuar como parceira da escola na promoção do 
desenvolvimento e da aprendizagem do aluno 
com necessidades educacionais especiais.
Comunicação e Informação
Ser informada sobre o AEE e adaptações 
curriculares, participando ativamente do 
acompanhamento e avaliação do 
desenvolvimento do aluno.
Suporte e Orientação
Receber acolhimento e orientação da escola, 
com acesso a recursos para compreender as 
necessidades específicas do aluno.
Participação Ativa
Desenvolver estratégias para promover a 
inclusão e participação do aluno em todos os 
aspectos da vida escolar e social.
Apoio Emocional
Criar um ambiente acolhedor e de confiança, 
fortalecendo a autoestima e a resiliência do 
aluno com necessidades especiais.
Advocacia e Defesa
Defender os direitos do aluno, garantindo o 
acesso a recursos educacionais adequados e 
combatendo qualquer forma de discriminação.
A inclusão escolar efetiva depende de uma colaboração estreita e significativa entre 
família e escola. Ao assumir um papel ativo, acolhedor e propositivo, a família torna-se 
um agente fundamental na construção de um ambiente educacional verdadeiramente 
inclusivo, que respeita, valoriza e potencializa as capacidades de cada aluno, 
independentemente de suas especificidades.
Formação de professores para a Educação 
Inclusiva
A formação de professores é fundamental para a Educação Inclusiva, exigindo 
desenvolvimento de competências como conhecimento da legislação, adaptações 
curriculares e uso de tecnologias assistivas para criar ambientes de aprendizagem 
inclusivos.
A formação continuada permite aos professores acompanhar transformações 
educacionais, combinando teoria e prática por meio de estágios, workshops e grupos de 
estudos colaborativos.
As áreas de capacitação prioritárias incluem avaliação inclusiva, planos individualizados, 
comunicação alternativa e tecnologias adaptativas para promover a participação e 
aprendizagem de todos os estudantes.
A formação de professores para a Educação Inclusiva é um investimento estratégico 
que capacita educadores a desenvolverem práticas pedagógicas que garantam 
educação de qualidade para todos, respeitando as diferenças individuais.
Portanto, a formação docente para a Educação Inclusiva não é apenas uma necessidade 
pedagógica, mas um compromisso ético e social de transformar o ambiente educacional 
em um espaço verdadeiramente acolhedor, onde cada estudante possa desenvolver seu 
potencial pleno, independentemente de suas características ou necessidades 
específicas.
Competências 
Essenciais
Compreensão da legislação, 
adaptações curriculares e 
uso de tecnologias assistivas
Abordagem 
Multidisciplinar
Formação continuada com 
teoria e práticas práticas, 
desenvolvimento de 
empatia e flexibilidade
Áreas Prioritárias
Avaliação inclusiva, planos 
individualizados, 
comunicação alternativa e 
tecnologias adaptativas
Atuação do psicopedagogo na Educação 
Inclusiva
O psicopedagogo é essencial na inclusão escolar, colaborando com a equipe pedagógicapara atender alunos com necessidades educacionais especiais. Sua atuação estratégica 
envolve criar estratégias inovadoras, adaptar currículos e implementar tecnologias que 
garantam a participação efetiva de todos os estudantes.
Com um acompanhamento individualizado, o psicopedagogo identifica precisamente as 
dificuldades de aprendizagem e propõe intervenções pedagógicas. Sua abordagem 
integradora promove comunicação contínua entre família, professores e profissionais, 
construindo um ambiente escolar verdadeiramente inclusivo.
Dessa forma, o psicopedagogo se consolida como um profissional fundamental na 
transformação educacional, promovendo não apenas a inclusão, mas também o 
desenvolvimento integral e empoderamento de cada estudante, independentemente de 
suas especificidades ou desafios de aprendizagem.
1 Diagnóstico e Avaliação
Avaliações psicopedagógicas para identificar 
necessidades educacionais específicas
2 Estratégias Pedagógicas
Adaptações curriculares e metodologias de 
ensino personalizadas
3 Mediação Educacional
Articulação entre profissionais e família para 
suporte integral
4 Tecnologia Assistiva
Recursos tecnológicos que promovam 
acessibilidade e autonomia
Práticas pedagógicas inclusivas: relatos de 
experiência
As práticas pedagógicas inclusivas representam um avanço fundamental na 
transformação do ambiente educacional, visando garantir o direito à educação para 
todos os estudantes, independentemente de suas características ou necessidades 
específicas. Essas práticas não se limitam apenas a adaptações curriculares, mas 
compreendem uma abordagem holística que ressignifica o processo de ensino-
aprendizagem, promovendo respeito, equidade e valorização da diversidade no 
contexto escolar.
Transformação 
Metodológica
Estratégias baseadas no 
Desenho Universal para 
Aprendizagem (DUA), 
oferecendo múltiplos meios 
de representação, expressão 
e engajamento para 
diferentes estilos de 
aprendizagem.
Formação Docente 
Contínua
Desenvolvimento de 
competências para realizar 
diagnósticos 
psicopedagógicos, criar 
planos individualizados e 
utilizar tecnologias 
assistivas estrategicamente.
Recursos de 
Acessibilidade
Implementação de 
softwares de acessibilidade, 
tradução em Libras, 
materiais adaptados e 
recursos de comunicação 
aumentativa para promover 
inclusão.
Ecossistema Inclusivo
Abordagem sistêmica com rede de apoio 
integrada, envolvendo família, equipe 
multidisciplinar e gestão escolar para celebrar 
a diversidade.
Transformação Cultural
Investimentos em infraestrutura e formação 
continuada para superar barreiras atitudinais e 
construir uma educação verdadeiramente 
democrática.
A implementação de práticas pedagógicas inclusivas não é apenas uma meta 
educacional, mas um compromisso ético e social de construir um ambiente de 
aprendizagem que valorize, respeite e potencialize as capacidades únicas de cada 
estudante. Ao integrar metodologias inovadoras, tecnologias assistivas e uma cultura de 
empatia e colaboração, as instituições educacionais podem verdadeiramente 
transformar a educação em um espaço de acolhimento, desenvolvimento e 
empoderamento para todos.
Desafios e barreiras para a efetivação da 
Educação Inclusiva
Formação de Professores
Inadequação na preparação dos educadores para 
lidar com a diversidade e necessidades 
específicas dos alunos com deficiência.
Recursos e Investimentos
Insuficiência de investimentos financeiros para o 
Atendimento Educacional Especializado (AEE) e 
implementação de infraestrutura inclusiva.
Acessibilidade
Limitações no desenho universal para 
aprendizagem e na implementação de 
tecnologias assistivas que garantam participação 
plena.
Barreiras Socioculturais
Persistência de preconceitos, estigmas e baixa 
compreensão sobre a importância da educação 
inclusiva na sociedade.
A superação desses desafios exige uma ação conjunta e comprometida de todos os 
agentes envolvidos. Não se trata apenas de implementar políticas, mas de transformar 
mentalidades, quebrar paradigmas históricos de exclusão e construir uma sociedade 
verdadeiramente inclusiva.
Somente através de um esforço sistemático, contínuo e colaborativo entre Governo 
Federal, instituições educacionais, profissionais da educação, famílias e sociedade civil, 
poderemos construir um futuro onde a diversidade seja não apenas aceita, mas 
celebrada e valorizada como fonte de riqueza e aprendizado coletivo.
Indicadores de qualidade na Educação 
Inclusiva
Para avaliar a qualidade da Educação Inclusiva, é fundamental utilizar indicadores que 
reflitam a participação, o desenvolvimento e a inclusão social de todos os alunos, 
incluindo alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas 
habilidades/superdotação. Os indicadores de qualidade devem ser abrangentes, 
englobando diferentes dimensões, como a acessibilidade, a adaptação curricular, a 
formação de professores, o AEE, a participação da família, a comunicação, a interação 
social, a aprendizagem e o desenvolvimento dos alunos.
Indicadores Quantitativos
Taxa de matrícula de alunos com necessidades 
educacionais especiais
Percentual de aprovação de alunos com 
deficiência
Número de escolas com infraestrutura acessível
Proporção de professores especializados em 
educação inclusiva
Indicadores Qualitativos
Qualidade do Atendimento Educacional 
Especializado (AEE)
Nível de participação em atividades 
extracurriculares
Estratégias de adaptação curricular
Indicadores de interação social e inclusão
A utilização de indicadores de qualidade na Educação Inclusiva permite acompanhar o 
desenvolvimento e o progresso da inclusão escolar no Brasil, além de identificar os 
pontos fortes e os desafios a serem superados. Esses indicadores são essenciais para 
diagnosticar o atual estado da inclusão educacional, permitindo que gestores, 
educadores e políticos desenvolvam estratégias mais eficazes.
Os indicadores não são apenas métodos de mensuração, mas ferramentas fundamentais 
para o planejamento e a implementação de ações e programas de apoio à Educação 
Inclusiva. Eles possibilitam uma análise sistêmica que vai além dos números, revelando 
nuances importantes sobre a qualidade da inclusão, as barreiras existentes e as 
potencialidades de cada ambiente educacional.
É importante ressaltar que a avaliação da Educação Inclusiva deve ser contínua e 
participativa, envolvendo não apenas profissionais da educação, mas também alunos, 
famílias e a comunidade. Somente através de uma abordagem colaborativa e 
multidimensional podemos verdadeiramente compreender e aprimorar a qualidade da 
educação inclusiva.
Educação Inclusiva e a perspectiva da 
Educação ao Longo da Vida
A Educação Inclusiva é um processo dinâmico e contínuo que acompanha o indivíduo 
desde a primeira infância até a idade adulta e terceira idade, garantindo adaptações 
pedagógicas que permitam a participação social e o desenvolvimento integral. A 
perspectiva da Educação ao Longo da Vida não apenas facilita o acesso, mas também 
promove a adaptação curricular, considerando as necessidades individuais de cada 
estudante com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento ou altas 
habilidades.
Essa abordagem inclusiva deve se manifestar em diversos espaços educacionais, como 
escolas regulares, universidades, centros de formação profissional, bibliotecas 
adaptadas, museus com recursos de acessibilidade e plataformas digitais especializadas. 
A inclusão digital, nesse contexto, torna-se fundamental, exigindo recursos tecnológicos 
adaptados, como leitores de tela, software de tradução em LIBRAS, interfaces 
personalizáveis e tecnologias assistivas que garantam a autonomia e o protagonismo de 
todos os aprendizes, independentemente de suas condições específicas.
A concretização da Educação Inclusiva representa mais do que uma estratégia 
pedagógica: é um compromisso ético com a diversidadehumana, reconhecendo que 
cada indivíduo possui potencialidades únicas e direito fundamental à educação. Ao 
promover uma cultura de respeito, acolhimento e valorização das diferenças, a 
educação ao longo da vida transforma-se em um instrumento poderoso de emancipação 
social, rompendo barreiras históricas de exclusão e construindo uma sociedade 
verdadeiramente inclusiva e equitativa.
Articulação entre a Educação Especial e a 
Educação Básica
A articulação entre a Educação Especial e a Educação Básica é fundamental para a 
implementação da Educação Inclusiva, garantindo que os alunos com necessidades 
educacionais especiais tenham acesso aos serviços e recursos da Educação Especial, de 
forma integrada à escolarização regular. A articulação entre as duas áreas exige a 
criação de mecanismos de comunicação, de colaboração e de trabalho conjunto entre os 
profissionais da Educação Especial e da Educação Básica.
A escola deve criar mecanismos para garantir que os alunos com necessidades 
educacionais especiais tenham acesso ao AEE, com o objetivo de promover o 
desenvolvimento e a aprendizagem, além de garantir que os professores da sala de aula 
regular recebam apoio e orientação dos profissionais da Educação Especial para 
atender às necessidades específicas desses alunos. A articulação entre a Educação 
Especial e a Educação Básica é fundamental para a construção de uma escola inclusiva e 
de qualidade, que garanta o direito à educação para todos.
Portanto, a articulação entre a Educação Especial e a Educação Básica não é apenas 
uma estratégia pedagógica, mas um compromisso ético e social de transformação. Essa 
integração requer um esforço contínuo de diálogo, flexibilidade e respeito às diferenças, 
promovendo um ambiente educacional verdadeiramente inclusivo onde cada aluno 
possa desenvolver seu potencial pleno, independentemente de suas características ou 
necessidades individuais.
Intersetorialidade e rede de apoio à 
Educação Inclusiva
A intersetorialidade e a rede de apoio constituem pilares fundamentais para a 
efetivação da Educação Inclusiva, concebendo a inclusão social como um processo 
complexo e multidimensional. Esse modelo integrado envolve a articulação estratégica 
de diferentes setores - como saúde, assistência social, cultura e esporte - visando não 
apenas a inclusão educacional, mas o desenvolvimento integral de estudantes com 
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação.
O trabalho em rede representa uma abordagem colaborativa e sistêmica, reunindo 
instituições públicas e privadas, como escolas, universidades, centros de referência, 
serviços de saúde, organizações não governamentais e outros órgãos, com o propósito 
de criar um ecossistema de suporte consistente e personalizado. Essa articulação visa 
garantir não só o acesso, mas a qualidade do atendimento educacional, promovendo a 
comunicação efetiva, a troca de conhecimentos e a participação ativa de todos os 
agentes no processo de inclusão social e educacional.
Em última análise, a intersetorialidade e as redes de apoio não são apenas estratégias 
operacionais, mas expressões concretas de um compromisso social mais amplo com a 
dignidade, o respeito e o potencial de cada indivíduo. Ao promover uma abordagem 
holística e integrada, essas redes de colaboração transformam a Educação Inclusiva de 
um conceito abstrato em uma realidade vivenciada, onde cada estudante pode 
encontrar o suporte necessário para seu desenvolvimento pleno e sua participação 
ativa na sociedade.
Pesquisas e produção científica em 
Educação Inclusiva
As pesquisas científicas em Educação Inclusiva são essenciais para o avanço pedagógico 
e social, focando em áreas críticas como mapeamento de barreiras de acessibilidade em 
ambientes escolares, análise de estratégias de adaptação curricular para diferentes 
tipos de deficiência, e desenvolvimento de tecnologias assistivas. 
Investigações recentes têm se concentrado em compreender os impactos de 
metodologias inclusivas no desempenho acadêmico de estudantes com necessidades 
especiais, explorando temas como a implementação de salas de recursos 
multifuncionais, o papel da formação docente e as estratégias de superação de 
preconceitos no ambiente educacional.
Do ponto de vista metodológico, essas pesquisas adotam abordagens interdisciplinares, 
combinando métodos qualitativos e quantitativos. Estudos etnográficos, análises de 
caso, surveys longitudinais e pesquisas-ação são estratégias fundamentais para 
compreender a complexidade da Educação Inclusiva.
 Os pesquisadores utilizam instrumentos como entrevistas semiestruturadas, 
observações participantes, testes padronizados e análises de registros institucionais, 
buscando gerar conhecimento que subsidie políticas públicas, práticas pedagógicas 
inovadoras e a transformação social através da educação.
Políticas Públicas e financiamento da 
Educação Inclusiva
As políticas públicas e o financiamento da Educação Inclusiva são fundamentais para 
garantir o acesso, a participação, o desenvolvimento e a inclusão social de todos os 
alunos, incluindo alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e 
altas habilidades/superdotação.
 O Governo Federal deve investir em programas e ações que promovam a Educação 
Inclusiva, com o objetivo de garantir a oferta de recursos, serviços e materiais para 
atender às necessidades específicas dos alunos com necessidades educacionais 
especiais. As políticas públicas devem garantir a formação de professores para a 
Educação Inclusiva, a adaptação das escolas, a acessibilidade, a tecnologia assistiva, o 
AEE, a participação da família e a criação de redes de apoio à Educação Inclusiva.
O financiamento da Educação Inclusiva deve ser priorizado, com o objetivo de garantir a 
qualidade e a equidade na educação. O investimento em Educação Inclusiva deve ser 
visto como um investimento no futuro, com o objetivo de promover a inclusão social e o 
desenvolvimento de todos os alunos, garantindo que todos tenham acesso às 
oportunidades de aprendizagem e desenvolvimento.
Em suma, as políticas públicas e o financiamento da Educação Inclusiva representam um 
compromisso ético e social fundamental para construir um sistema educacional 
verdadeiramente democrático e equitativo. Tal abordagem não apenas beneficia os 
alunos com necessidades especiais, mas enriquece toda a comunidade escolar, 
preparando todos os estudantes para uma sociedade mais inclusiva, compreensiva e 
diversa.
Educação Inclusiva e as modalidades de 
ensino
A Educação Inclusiva é um imperativo transversal que deve ser implementada de forma 
contextualizada em cada modalidade de ensino. Na Educação Infantil, por exemplo, isso 
significa adaptar ambientes e metodologias para crianças com diferentes necessidades, 
como utilizar recursos lúdicos e sensoriais para crianças com deficiência visual ou 
auditiva, e promover atividades que favoreçam a interação e o desenvolvimento de 
todas as crianças. 
No Ensino Fundamental, a inclusão requer professores capacitados em estratégias 
pedagógicas diferenciadas, como o uso de tecnologias assistivas, adaptações 
curriculares e avaliações flexíveis que considerem os diferentes ritmos e capacidades de 
aprendizagem.
No Ensino Médio, a Educação Inclusiva deve focar na preparação para a vida acadêmica 
e profissional, garantindo que estudantes com deficiência tenham acesso a orientação 
vocacional especializada e apoio para superar barreiras de acessibilidade. Na Educação 
de Jovens e Adultos (EJA), é crucial desenvolver metodologias que respeitem a 
experiência de vida dos estudantes, utilizando materiais didáticos adaptados e 
considerando as especificidades de aprendizagem de pessoas com deficiência que 
historicamente foram excluídas do sistema educacional.
Na Educação Profissional, a inclusão significa não apenas garantir o acesso, mas criar 
condiçõesreais de permanência e sucesso, com ambientes formativos acessíveis, 
tecnologias adaptadas e parcerias com o mercado de trabalho para promover a real 
inserção profissional. Na Educação Superior, a inclusão demanda uma transformação 
institucional profunda, envolvendo desde a adaptação física dos espaços até a formação 
continuada de docentes, o desenvolvimento de práticas pedagógicas inclusivas e o 
fomento a políticas de permanência para estudantes com deficiência.
A implementação efetiva da Educação Inclusiva em todas as modalidades de ensino 
exige um compromisso sistêmico, envolvendo gestores, educadores, famílias e 
sociedade. Não se trata apenas de inserir, mas de criar um ambiente educacional 
verdadeiramente acolhedor, que reconheça e valorize a diversidade como elemento 
fundamental para uma educação de qualidade e para a construção de uma sociedade 
mais justa e equitativa.
Considerações finais e recomendações
A Educação Inclusiva requer a participação colaborativa de todos os agentes sociais 
para promover a aprendizagem e o desenvolvimento dos alunos. Esta transformação 
representa um compromisso ético de respeitar e valorizar a diversidade humana.
As políticas públicas devem garantir recursos e serviços específicos, com professores 
preparados para práticas inclusivas. A integração entre família, escola e comunidade é 
essencial para o sucesso da Educação Inclusiva.
Para consolidar os avanços, é crucial investir na formação continuada, desenvolver 
pesquisas inovadoras e criar mecanismos de avaliação. A tecnologia assistiva e as 
metodologias ativas são estratégias fundamentais para a participação efetiva dos 
estudantes.
A inclusão exige um esforço intersetorial que integre educação, saúde e assistência 
social. Mais do que uma política educacional, trata-se de um processo de transformação 
social que promove respeito e oportunidades para todos.
Referencias bibliograficas
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MEC/SEESP, 2008.
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MITTLER, Peter. Educação Inclusiva: Contextos Sociais. Porto Alegre: Artmed, 2003.
CARVALHO, Rosita Edler. Educação Inclusiva: Com os Pingos nos "Is". Porto Alegre: Mediação, 2004.
PACHECO, José. Caminhos para a Inclusão: Um guia para o aprimoramento da equipe escolar. Porto 
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STAINBACK, Susan; STAINBACK, William. Inclusão: Um guia para educadores. Porto Alegre: Artmed, 
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