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PULSÃO DE MORTE

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1° Dualismo: Pulsão de autoconservação X Pulsões sexuais
2° Dualismo: Pulsão de Vida X Pulsão de Morte
 Inclui uma nova pulsão. Não vem das zonas erógenas.
“Mais Além”: o objetivo de toda vida é a morte. Quem atrasa a morte é a mãe que ao cuidar da criança erotiza a pulsão sexual que irá resistir e impedir que a pulsão de morte atinja seu objetivo que é a morte.
PULSÃO DE VIDA( P. sexual + P. de autoconservação): representação é a idéia. Barulhenta. Princípio de Constância.
PULSÃO DE MORTE: busca o retorno ao estado inorgânico, o silêncio, destruição.
Destruição, agressividade, hostilidade, sadismo, masoquismo. Pode estar voltada para fora (sadismo, homicídio) ou para dentro do indivíduo (autodestruição, masoquismo).
	A pulsão de vida e a pulsão de morte necessitam estar ligadas, amalgamadas. Quando se desligam, o suicídio se faz presente. No homicídio estão unidas, pois o indivíduo mata o outro, mas preserva a sua vida (expressão da pulsão de morte para fora, para o outro).
COMPULSÃO À REPETIÇÃO
	Freud vai falar da Pulsão de Morte presente na transferência.
	A transferência é o amor, é a atualização do inconsciente. Na análise onde o inconsciente é atualizado pelo Complexo de Édipo. Este é revisitado, atualizado pela transferência na análise.
	Freud em seu texto Mais além do Princípio do Prazer, nos diz que o paciente não pode recordar a totalidade do que nele se acha recalcado. Então o paciente é obrigado a repetir o material recalcado como se fosse uma experiência contemporânea, atual. Essas reproduções têm como tema o Complexo de Édipo e são atuadas na esfera da transferência, sendo assim a compulsão à repetição é o recalcado inconsciente.
	A resistência é do ego que busca evitar o desprazer que seria produzido pela liberação do recalcado. A compulsão à repetição traz a luz as moções (pulsões) pulsionais recalcadas, por isso causa desprazer no ego.
	A compulsão à repetição surge durante o tratamento psicanalítico. O inconsciente, ou seja, o recalcado não oferece resistência alguma. A resistência durante o tratamento origina-se no ego. O que constitui desprazer para o sistema (inconsciente/ego) traz simultaneamente satisfação para o outro.
	Existe no psiquismo uma compulsão à repetição que sobrepuja o Princípio de Prazer. A repetição é mais primitiva, mas elementar e mais pulsional. Repetir essas experiências desagradáveis porque a repetição traz um prazer (gozo: prazer na dor). As experiências mais penosas podem ser sentidas como prazerosas.
PULSÃO DE MORTE = PULSÃO AGRESSIVA = PULSÃO DE DESTRUIÇÃO
	Essa pulsão trabalha diabolicamente em silêncio em nosso interior e busca o retorno ao estado inanimado. Fusionada a pulsão de vida dissolve organizações para dar lugar às novas e ruidosas manifestações das pulsões de vida. O equilíbrio entre a pulsão de vida e a pulsão de morte é absolutamente imprescindível ao sujeito e a civilização, porque no caso de a fusão vir a se desfazer, a pulsão de morte configura-se como destruição em estado puro. Quando dirigida ao exterior do sujeito, se prestará a lógica do aniquilamento do outro, o que é a base de todas as guerras e do assassinato (homicídio), a pulsão de destruição dissolve e destrói tudo o que a vida e a cultura constrói.
	Freud partiu do pressuposto de que o psiquismo em qualquer situação busca encontrar e reencontrar o prazer e evitar o desprazer. Essa seria a tendência fundamental do psiquismo e a ela Freud deu o nome de Princípio de Prazer (até 1920 – 1° tópica). A partir de 1920 - Mais além do Princípio de Prazer. 2° tópica.
	Entretanto, a neurose traumática com os sonhos traumáticos foi o primeiro fenômeno que representou um problema para essa concepção da hegemonia de Princípio de Prazer.
	Sonhos: embora o traumatizado não costume pensar no trauma em seu dia-a-dia e evite qualquer situação que possa evocar o trauma, subitamente ele é assaltado por uma rememoração desse trauma de modo intenso e vívido (forte) que é quase equivalente a sofrê-lo novamente. Trata-se de uma memória que não se comporta como tal, ou seja, apenas lembrança. Sabemos que a rememoração, a recordação, costuma ocorrer quando se precisa da lembrança para alguma coisa, nessas situações a memória é então evocada e depois deixada de lado. Já o reviver da situação traumática se estabelece de forma súbita e evasiva, ou seja, quando menos se espera, interrompendo os pensamentos e as atividades a que se estava entregue e causando forte angústia.
	A repetição incessante da experiência traumática e dolorosa seja por rememorações ou sonhos, convence Freud a postular que não é sempre que o psiquismo busca obter o prazer e a evitar o desprazer. Freud admitirá que há uma compulsão à repetição que tem importante papel no psiquismo e que é anterior ao Princípio de Prazer. O psiquismo busca submeter seus processos ao Princípio de Prazer, mas nem sempre obtém sucesso. Concluindo, a repetição nos caminhos do sofrimento.
	Transferência: Freud observava como seus pacientes estabeleciam a transferência analítica, ou seja, a relação com o seu analista. E que a transferência seguia os padrões de suas relações infantis com os pais que haviam sido profundamente desagradáveis. Esses pacientes se apegavam ao sofrimento ligado à neurose e quando o tratamento chegava a resultados que deveriam lhes proporcionar alguma melhora estes pacientes, parecendo recusar-se a conseguir algum alívio através do tratamento, entravam em uma fase de forte oposição a análise, muitas vezes interrompendo o tratamento ou até mesmo piorando seus sintomas. Freud chamou isso de REAÇÃO TERAPÊUTICA NEGATIVA, um intenso apego inconsciente ao sofrimento. Essas pessoas estão presas a uma necessidade inconsciente de castigo e que o sofrimento proporcionado pelo sintoma alivia, espia o sentimento inconsciente de culpa.
	A repetição presente nos sonhos traumáticos, na reação terapêutica negativa (transferência), pode ser tomada como um maior impasse no tratamento psicanalítico pela irresistível atração pelo sofrimento que as caracteriza e essas manifestações foram o estopim para maior reformulação da teoria freudiana, aquela que introduziu a segunda tópica e no seio da nova teoria pulsional, a pulsão de morte. A tentativa de encontrar e reencontrar o prazer e de evitar o desprazer é uma tendência fundamental do psiquismo, mas às vezes o que domina é a compulsão à repetição que empurra, arrasta para a repetida atualização das mesmas vivências dolorosas. A compulsão à repetição é algo mais básico no psiquismo que o Princípio de Prazer e que algo responde as situações traumáticas, dolorosas, causadoras de grande sofrimento.
	Brincar infantil: A criança que viveu alguma experiência dolorosa, como uma cirurgia, passa a encenar e a repetir essas situações em suas brincadeiras. Dessa maneira, busca transformar o que foi assustador, o que doloroso em motivo de prazer. Ao invés de sofrer o desconforto passivamente, agora é ela quem está dirigindo ativamente a cena que repete com seus brinquedos e seus amigos. É através da brincadeira que a sensação de perplexidade e desamparo que outrora a tomou quando não entendia o que estava ocorrendo e o porquê e a faziam sofrer é amenizada. Na repetição lúdica ela pode ir bordando com palavras a experiência outrora desagradável. Os sonhos também podem desempenhar essa mesma função, ao sonhar com um fato doloroso pode-se gradativamente submeter o vivido ao Princípio de Prazer, ela faz cada vez a angústia se atualizar como no fato original, isto é, como um disco quebrado que entoa sempre a mesma nota musical, aquilo que menos se quer saber, retorna como uma memória excessivamente vívida ou como um sonho terrível (sonho de angústia) que a faz querer acordar e não mais dormir.
Repetição do mesmo desfecho
Exemplos:
1º Benfeitores que são rancorosamente abandonados;
2° Homens que são sempre traídos pelos amigos;
3° Indivíduos que elevam outra pessoa a condição de grande autoridade para si e depois destitui elespróprios essa autoridade;
4° Amantes cuja a relação amorosa percorre sempre as mesmas fases e conduz ao mesmo fim.
	Concluindo, eterno retorno do mesmo. Repetição das mesmas vivencias.
OBSERVAÇÃO: A compulsão à repetição é maior que o Princípio de Prazer.
		Com o novo dualismo, Freud muda a tópica para ID, EGO e SUPEREGO. Para pensar em um lugar para a Pulsão de Morte.

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