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Trabalho civil

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FUNDAÇÃO FRANCISCO MASCARENHAS
FACULDADES INTEGRADAS DE PATOS
BACHARELADO EM DIREITO 
ISOLDA DEOCLECIANO RAIMUNDO HIPOLITO
DOAÇÃO E LOCAÇÃO
PATOS-PB, 2015
DOAÇÃO
É uma modalidade contratual onde se entrega algo que possua valor patrimonial a alguém, essa entrega é feita de maneira livre. Diz-se ser uma transferência de bens em favor de outro. Conceitualmente, encontra respaldo jurídico no art. 538 do Código Civil. São sujeitos da relação de doação: o doador, pessoa que abre mão, que entrega o patrimônio e o donatário, pessoa que será alvo da transferência do patrimônio. É importante a ressalva de que é um ato entre vivos.
Caracterizando o conceito, podem-se concluir os seguintes elementos conceituais: natureza contratual, pelo próprio posicionamento dentro do capítulo referente aos contratos; aceitação de quem poderá ser beneficiado, este podendo aceitar ou não, no prazo estipulado, o silêncio poderá corresponder a uma aceitação ou não, a depender do tipo de doação que está se formando; transferência de bens do doador para o donatário, de certa forma seria uma perda para quem doa e um ganho para quem recebe; e o animus donandi, sendo este o intuito, a intenção de praticar a doação, com liberdade para tal ato. Como elementos de maior importância, extrai-se o último mencionado como sendo elemento subjetivo e o penúltimo como sendo o objetivo. 
Classificando, via de regra, o contrato de doação nos moldes da teoria geral, tem-se que ele é unilateral, quando apenas gera obrigação para uma das partes; gratuito, quando não é suportado nenhum ônus pelas partes; solene, pois a forma é encontrada disposta no código como sendo a forma escrita por escritura pública ou instrumento particular (art. 541, CC); e consensual, quando se aperfeiçoa com o mero consenso das partes. Todas as classificações comportam exceções, menos a unilateral. No tocante a promessa de doação, não vincula as partes da relação, pelo caráter de liberalidade, porém há divergências e a jurisprudência tem entendido que em doações que não são tão puras assim, podem vincular o doador com o donatário já nesse momento.
Aprofundando no que é concernente à aceitação, a grande questão é no toante ao silêncio. Segundo o art. 539 do CC, há a presunção de aceitação quando, fixado o prazo pelo doador e o beneficiário não manifestou aceitação e estando ciente do prazo. Poderá ocorrer nos termos do art. 539, CC, que é referente à doação pura; art. 543, quando se tratar de doação pura e o donatário for absolutamente incapaz, dispensa-se aceitação; e nos termos do art. 546, que se trata de casamento com pessoa certa e determinada, presume-se aceita a doação no momento que se efetiva o casamento. 
A doação pode ser: 
Pura e simples ou típica: é aquela praticada pelo doador de forma livre e sem ônus acompanhando o bem doado ao beneficiário;
Onerosa, modal, gravada ou com encargo: é aquela onde o beneficiário irá suportar uma incumbência, um peso, uma obrigação junto ao benefício recebido. Será observado o cumprimento dessa obrigação, o que dará causa a um possível desfazimento da doação. É importante saber que esse ônus a ser cumprido pelo donatário é sempre em relação a um terceiro alheio a relação. É um grande questionamento doutrinário, pois alguns o classificam como bilateral imperfeito, porém não o sendo em razão de que no momento em que o encargo é revertido em favor de terceiro, exclui o sinalagma, que é condição dos contratos bilaterais;
Remuneratória: aquela onde se busca doar em razão de certo merecimento por algum serviço prestado, que, em regra, não deverá ser remunerado, por não ser possível a cobrança pela outra parte da relação, seja em razão de dispositivo jurídico ou por razão moral ou social; 
Subvenção periódica: aquela feita em favor do donatário como forma de uma pensão paga que irá até a morte do doador, não se passando a obrigação a herdeiros, a menos que ele estipular ou com a morte do donatário;
Mista: é a modalidade que, de maneira mais acessível ao entendimento, disfarça-se de compra e venda, em razão de que a intenção era fazer a doação, porém, há a atribuição de um preço vil para que se caracterize como compra e venda;
Ao nascituro: poderão ser feitas doações ao nascituro. A aceitação será feita por seu representante legal e necessita de autorização legal e efetivação da doação será feita no momento em que este nascer com vida, enquanto isso, juntos com os seus outros direitos, fica salvaguardado desde o momento da concepção;
Casamento futuro: é o tipo de doação onde apenas se efetiva com a realização de casamento com pessoa certa e determinada. Caso não ocorra o casamento, a doação será cancelada;
Conjuntiva: doação de um bem, feita a mais de uma pessoa, ou seja, existência de mais de um donatário. Presume-se que o quinhão referente a cada pessoa é igual quando não for estipulado pelo doador;
Ascendente para descendente: poderá ocorrer, porém, como forma de proteger a porção hereditária dos herdeiros, concluirá que houve uma antecipação de herança, sendo, portanto, reduzido da parte que fazia jus ao beneficiado com a doação, por meio de colação observada pelo juiz no momento da partilha dos bens;
Feita a entidade futura: feita a entidades que ainda não existem no mundo jurídico. Deverá ser observado que essa doação caducará no prazo de 2 anos se não dado causa da existência da mesma;
Entre cônjuges: entende que será um adiantamento do que lhes cabe como herança, em razão de que um participa da sucessão do outro.
As doações possuem duas particularidades importantes de serem frisadas. A primeira é quanto a possível existência de uma cláusula de retorno ou reversão, que consiste na vivência da intenção de se doar a alguém e exclusivamente àquela pessoa, em razão do que ela representa para o doador. Quando se coloca essa cláusula, quer, com isso, proteger que aquela doação não passe da pessoa beneficiada, e caso o donatário chegue a falecer, obterá o retorno daquilo que foi doado, porém se o doador chegar a falecer antes, a cláusula será desconsiderada e efetivamente incorporada ao patrimônio do donatário.
A segunda é em relação à forma. Tem-se que a doação se dará de forma solene, porém, ela poderá ser feita verbalmente quando se tratar de bens móveis de pequeno valor e se efetiva com a tradição da coisa. Em geral, o parâmetro de comparação para a classificação como sendo de pequeno valor, é o patrimônio do doador, se essa doação não ultrapassar 20% do patrimônio dele, considera-se.
A lei traz algumas restrições à ocorrência da doação. Como a doação inoficiosa, aquela que não poderá exceder a 50% do total do patrimônio do doador, como forma de proteger os herdeiros necessários, se houver ocorrência, tornará-se nula, não produzindo mais efeitos no mundo jurídico. A doação universal, que seria a doação de tudo que tem, encontrando, assim limite para doar no montante necessário à sobrevivência. Doação por devedor já insolvente, cônjuge adultero a seu cúmplice, absolutamente incapaz. Há quem defenda que poderá valer a doação feita por relativamente incapaz. E por fim, doação de pessoa casada sem a autorização de seu cônjuge, salvo se o casamento for regido pelo instituto da separação total de bens.
São hipóteses de revogação: a inexecução do encargo, quando a pessoa a qual foi incumbido ao cumprimento de um ônus e não o fez; e a ingratidão, dada a falta de importância que se esperava do donatário. 
LOCAÇÃO
É o contrato onde uma parte, no caso o locador sede temporariamente e obrigatoriamente, por forma do tipo contratual, a ceder, por tempo determinado ou não, o uso e o gozo de um bem infungível a outra pessoa, que será o locatário, mediante remuneração. Conceituação feita nos molde do art. 565 do CC. A formação de um contrato fica condicionado a junção dos seguintes elementos, retirados do conceito: o consenso das partes, a existência do bem infungível (móvel ou imóvel) e o preço, referente a remuneração paga ao locador em contraprestaçãodo bem locado. Uma vez observada a existência desses, fica caracterizado o contrato de locação.
Possui natureza jurídica consensual, feito de forma livre, é oneroso e bilateral e possui execução continuada. Poderá ser feita por tempo determinado ou não.
Como obrigação geral gera das partes tem que: 
O locador: este tem como obrigação primeira, a entrega da coisa ao locatário, inclusive com acessórios, e perfeita para uso a que se destina, exceto se foi estipulado contrário, pelas partes. Assim como também será responsável pela conservação, de modo a arcar com os gastos que forem necessários para tal, a fim de evitar que o bem se perca ou deteriore, com a mesma ressalva feita anteriormente. O não cumprimento da responsabilidade do locador em casos de reparações necessárias poderá ensejar abatimento no preço da remuneração paga pelo locador ou ainda resultar na extinção contratual, de modo que o locatário deverá ser restituído se fez as reparações por conta própria, chama-se benfeitoria necessária, o que dá causa a uma possível retenção da coisa até que ele seja restituído do pagamento a estas, referente. O locador tem ainda o dever jurídico de garantir a posse tranquila da coisa ao locatário e a terceiros alheios a relação, a fim de garantir a paz e o sossego, ou seja, sem nenhum tipo de perturbação ou incômodo. E o dever de garantir que não existam vícios redibitórios que cheguem a tornar o bem impróprio para uso, pois será responsabilizado ainda que não saiba da existência dele, e sabendo e não informando ao locatário, responderá pelo vício e ainda deverá indenizar o locatário por eventuais perdas e danos. Responsabiliza-se também por evicção, que irá resultar na extinção contratual e indenização por danos sofridos. Os atos da administração pública, tais como desapropriação, condenação do edifício dentre outros também serão de responsabilidade do locador caso este tivesse ciência que essa providência estava tramitando antes de firmar o contrato de locação. Mas se o locatário é quem deu causa ao ato administrativo, é dele a responsabilidade, tendo o mesmo que indenizar o locador. O locador também é obrigado a indenizar o locatário por perdas e danos caso retire a coisa locada da posse do locatário antes de terminar o prazo estabelecido no contrato de locação;
O locatário: tem como obrigação principal entregar o preço referente à locação, cuidar da coisa como se sua fosse, avisar ao locador sobre eventuais incômodos sofridos para que ele tome as medidas cabíveis, utilizar o bem ao fim a que se destina, podendo o locador dar causa a uma rescisão.
O fim do contrato de locação pode se dar de várias formas, a mais comum é a que se dá em razão de término do prazo estipulado, fim da vigência, da duração. Outra forma é por existência de cláusula resolutiva, que deixa o fim do contrato condicionado a um evento futuro e incerto, que quando ocorre, enseja o fim contratual. A venda do objeto do contrato de locação também pode ser considerada causa de extinção do contrato, observado o direito de preferência e a existência de cláusula que dê causa a continuidade da vigência mesmo que o bem tenha sido alienado. A morte poderá ter consequência de fim contratual, porém é mais comum que não ocorra, a exemplo de morte do locatário, sendo que no bem locado, no exemplo um imóvel, reside a família, estes poderão continuar no imóvel durante a vigência daquele contrato feito.
REFERÊNCIAS
GONÇALVES, CARLOS ROBERTO. Direitos das Obrigações. Parte Especial. Contratos. Editora Saraiva. São Paulo, 2005
VENOSA, SÍLVIO DE SALVO. Direito Civil. Teoria Geral das Obrigações e Teoria Geral dos Contratos. 10ª edição.
VENOSA, SÍLVIO DE SALVO. Direito Civil. Contratos em espécie, 3ª ed. São Paulo: Atlas, 2003.

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