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Resumo das questoes de psicodiagnostico

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Hora do Jogo Diagnóstica
Hora do Jogo Diagnóstica: um recurso técnico muito interessante que o psicólogo pode utilizar com crianças em uma entrevista diagnóstica. O objetivo de tal técnica é conhecer a realidade da criança a partir do seu brincar livre e espontâneo, já que a atividade lúdica é considerada uma forma de expressão das crianças,como de conflitos, desejos, fantasias, etc. Ou seja,a compreensão do mundo infantil é bastante complexa, então são necessários recursos apropriados para que haja uma compreensão mais eficiente desse mundo. Assim, a Hora do Jogo Diagnóstica é um meio pelo qual facilita a comunicação das crianças, sobretudo porque o brincar é universal, pois está presente em todas as culturas (embora haja variações de uma cultura para outra).
A importância do livro na devolutiva do psicodiagnóstico
A devolução é a comunicação verbal dos resultados obtidos no diagnóstico, que o psicopedagogo faz ao aprendente, a família e a escola. Trata-se de uma entrevista final das conclusões a que se chegou durante as análises das seções realizadas. É importante não somente expor com clareza o problema em todas as suas dimensões, mas o tornar compreensível. Quanto às recomendações necessárias ao desenvolvimento desta criança considera-se:
- Intervenção Psicopedagógica com inclusão do lúdico, estimulando sua auto estima e iniciativa de participação e questionamento;
- Estímulo familiar no que diz respeito ao acompanhamento social e escolar, da leitura, escrita e cálculo;
- Trabalho pedagógico que considere a singularidade do sujeito, valorizando seu conhecimento de mundo, realizando estratégia metodológica lúdica, criativa e desafiadora, que combine os diferentes estilos de aprendizagem a partir de um planejamento flexível;
Nesta técnica, o psicoterapeuta estimula a criança a criar uma historia, apreende seu tema psicodinâmico tomando-o como uma projeção e então formula e narra uma outra história para a criança com as mesmas características presentes na dela, mas introduzindo soluções de conflitos mais saudáveis do que aquelas originalmente propostas pela criança. O livro de história é o resultado da compreensão de todo o trabalho realizado no psicodiagnóstico. Ele contém aspectos significativos do desenvolvimento da criança e de suas relações com o meio em que vive, assim como uma compreensão de seus sintomas.
Cuidado na escolha das figuras no livro história do cliente
O livro de histórias é uma metáfora que expressa a compreensão do psicodiagnóstico. É uma síntese que contempla a história vital da criança e suas vivências durante o psicodiagnóstico, suas dificuldades e recursos internos, em uma linguagem acessível à sua compreensão. 
A história e os personagens devem ser escolhidos em função das afinidades e analogias com os conteúdos evidenciados no psicodiagnóstico. Por exemplo, pulgas e macaquinhos como personagens para crianças com condutas hiperativas, pássaros e peixes como personagens para famílias migrantes. Deve-se dar especial atenção ao emprego de personagens que têm, culturalmente, sentidos conotativos. No Brasil, veados, burros, urubus e gatos pretos podem ligar-se a sentidos pejorativos. 
Quanto ao conteúdo formal é fundamental que o livro de história traduza 
a história de vida (familiar e da criança) 
o sintoma 
a busca de atendimento e a relação com o psicólogo 
a explicitação dos sentimentos do personagem de identificação 
a integração dos diferentes aspectos observados através da hora de jogo, testes, visitas, etc. 
O final da história ainda é um tema controverso, entretanto é muito importante que a criança tenha a chance de expressar sua própria solução final quanto ao encaminhamento dado. 
Dificuldades na hora do jogo diagnóstica de uma criança neurótica
A criança neurótica tem uma adequação parcial à realidade e escolhe seus brinquedos e brincadeiras pela sua área de conflito. A capacidade de criatividade é diminuída dependendo do seu grau de síntese egoística, brinca com personagens mais próximos a realidade, mas com rigidez na atribuição de papeis sua modalidade de brincadeira se alterna em função das defesas do ego predominantes. Sua motricidade é variável.
A gama e a variação dos conflitos em nível neurótico são muito amplas; portanto, descreveremos u m perfil comum que nos permita caracterizar o brincar da criança neurótica. Encontramos, diferentemente do que acontece com a criança psicótica, a capacidade simbólica desenvolvida, o que lhe possibilita a expressão de seus conflitos no "como se" da situação lúdica, sendo capaz de discriminar e de evidenciar um melhor interjogo entre fantasia e realidade, assim como as alterações significativas em áreas específicas. É importante, portanto, levar em conta o grau e a qualidade da comunicação com o psicólogo e com os brinquedos, manifestados através do deslocamento de seu mundo interno. A dinâmica do conflito neurótico se dá entre os impulsos e sua relação com a realidade. Utiliza, então, uma série de condutas defensivas que resultam num empobrecimento egóico, cujas características dependerão das áreas afetadas. O quadro nosográfico é determinado, por seu lado, pela predominância de certos tipos de defesas. Nestas crianças há, pois, uma adequação relativa à realidade, cujo grau depende dos termos do conflito; há uma tentativa de satisfazer o princípio de prazer que, por seu lado, gera culpa não tolerada pelo ego, que desloca o impulso para objetos substitutivos afastados do original. Este deslocamento, a serviço da repressão, provoca um círculo vicioso pelo qual não se consegue a satisfação e deve-se recorrer a novos deslocamentos que, mais uma vez, evidenciam o conflito.

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