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Técnicas de Exames Psicológicos - resumo

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TÉCNICAS DE EXAME PSICOLÓGICO II 
PROJEÇÃO
Projeção é a representação ou transferência de sensações, sentimentos, desejos, interesses (processos interiores) para o mundo exterior. O indivíduo vê como estando fora dele os conteúdos de sua própria psique que negou e reprimiu. Trata-se de um Mecanismo de Defesa do próprio ego para que possa assumir a existência de si sem algo que o incomode. Qualquer coisa que eu desconheço (inconsciente), eu tendo a projetar no outro. A projeção é então conceituada como uma forma de funcionamento mental que possibilitaria a estruturação do mundo externo a partir do mundo interno, estando intimamente ligada à percepção. 
· Segundo Freud, projeção é uma forma da gente se defender daquilo que existe na gente e não temos condições de assumir. Algo que não reconhecemos como nosso, mas incomoda. Jogar para o outro é uma forma de me isentar, não lidar com algo que traz incômodo e sofrimento para a pessoa.
A função da projeção nos testes psicológicos é de promover a elaboração de temas e contos (pessoa revela conflitos, desejos, expectativas, modelos de reação, mecanismo de defesa, etc.). Existe a necessidade de sensibilidade, tato e conhecimentos na interpretação destas técnicas. Quando estão em jogo as associações produzidas a partir do método projetivo, é preciso evitar, sobretudo, o risco de a interpretação revelar mais do intérprete do que do sujeito interpretado. 
Entendemos o conceito de projeção por três vias:
· Enquanto um elemento fundamental da construção do psiquismo – projeção do que é ruim e introjeção do que é bom;
· Como um mecanismo de defesa: “uma percepção interna é reprimida, e substituindo-a, seu conteúdo, após sofrer certa deformação, chega a consciência sob a forma de uma percepção vinda do exterior”;
· Funcionamento Psíquico – valorização do simbólico, concedendo ao indivíduo e a realidade imediata do caráter de ausência, mas integrando esta realidade dentro do indivíduo. 
TÉCNICAS PROJETIVAS
A expressão “técnicas projetivas” foi criada por L. K. Frank. Utilizou quatro testes: teste de associação de palavras de Jung; teste de manchas de tinta; teste do desenho; TAT de Murray.
A marca distintiva destas técnicas (com diferentes materiais e tarefas) estaria em sua natureza relativamente não estruturada, ambígua e amorfa, assim como na liberdade da resposta e do tempo diante de estímulos vagos. Os estímulos somados as instruções breves e gerais permitem o livre jogo da imaginação da pessoa. Espera-se que os materiais do teste sirvam como uma espécie de tela, na qual o sujeito projeta suas agressões, seus conflitos, seus medos, suas necessidades e seus processos característicos de pensamento.
Forma global de avaliar a personalidade. São consideradas eficientes em revelar aspectos inconscientes, latentes e ocultos da personalidade. Revelam aquilo que o sujeito não pode ou não quer dizer, frequentemente por não se conhecer bem. Viabilizam a manifestação de conflitos psicológicos, desencadeamento da angustia e regressão. Importantes para o psicodiagnóstico. 
· Tem como vantagem: geralmente são agradáveis e são menos ansiogênicas. 
· Tem como desvantagens: não há estudos estatísticos mais completos em relação aos testes; dificuldades de criar técnicas de validação; necessidade de tempo muito grande tanto para a aplicação como para a correção.
O que pode ser projetado por meio do desenho? Percepção real ou imaginaria do sujeito sobre si mesmo ou o outro. Sua forma de agir, atuar e se posicionar. Conflitos e sentimentos inconscientes. Coisas que o sujeito não seria capaz de expressar em palavras, mesmo consciente daquilo. Autoimagem idealizada ou realista de si mesmo e dos outros.
Sobre sua Confiabilidade e Aplicabilidade deve-se considerar:
- A necessidade de entrevistadores treinados; - Diferenças sutis na maneira de apresentar as instruções orais e na relação sujeito-examinador podem alterar consideravelmente a realização e o resultado do teste; - Diante da ausência de normas, a precisão do examinador em aplicar corretamente o teste se faz fundamental; - Validade: falta de objetividade. Os passos finais na avaliação e integração dos dados brutos dependem da habilidade e da experiencia clínica do examinador. E a interpretação dos dados é subjetiva para o examinador, ou seja, pode revelar mais do examinador do que do sujeito. Sempre verificar a validade dos testes no CFP; - Apetite, falta de sono, drogas, angústia e frustação são exemplos de coisas que podem interferir no resultado do teste.
Anastasi e Urbina chamam atenção para o fato de que a maioria dos instrumentos projetivos passou a ser considerada mais como instrumentos clínicos. Assim, eles podem servir como auxílios suplementares qualitativos a entrevistas. Seu valor como instrumento clínico é proporcional à habilidade do terapeuta que os utiliza. 
TÉCNICAS PROJETIVAS EXPRESSIVAS
Investigam características de personalidade através das diferentes manifestações do sujeito. Caracteriza o estilo pessoal de resposta diante das situações, oferecendo oportunidade para a pessoa reagir de forma individual ou característica, quando maneja ou organiza um material. As técnicas expressivas são simultaneamente projetivas e tem a vantagem de não precisar da fala. Servem como instrumentos de diagnóstico e também são material terapêutico. A partir da auto expressão, a pessoa não só revela suas dificuldades como se livra delas. Ex: desenho, pintura, atividade do brinquedo nas sessões livres, testes lúdicos. 
As técnicas expressivas configuram situações nas quais há uma ampla liberdade, tanto de instruções, quanto do material utilizado; São consideradas técnicas expressivas aquelas que investigam características de personalidade através dos padrões dos movimentos e ritmos corporais (SCHEEFFER, 1962).
GENEALOGIA DO CONCEITO DE PROJEÇÃO 
A projeção é a expulsão de um desejo intolerável e sua rejeição para fora da pessoa. Projeção daquilo que não quer ser. Freud amplia o conceito: entende-se projeção como o simples desconhecimento por parte do sujeito sobre desejos e emoções não aceitos por ele como seus, dos quais é parcialmente consciente e cuja existência atribui a realidade externa. 
· Freud cita dois exemplos de projeção: na Superstição e na Paranoia. Na Paranoia existe o mecanismo de defesa, projeção – o ego rechaça conteúdos ameaçadores, projetando-os no mundo externo. Na Superstição, a pessoa por desconhecer a causa interior, acaba projetando a causalidade psíquica no exterior, distorcendo perceptivamente a realidade.
A essência da projeção está no DESLOCAMENTO. A projeção como Mecanismo de Defesa é INCOSCIENTE. Fantasias projetadas para o exterior podem ser conscientes. 
A projeção é um processo psíquico primário: obedece ao principio do prazer e visa instaurar a identidade das percepções. Já os processos secundários tendem à identidade de pensamentos e palavras racionais. 
Com a extensão do conceito, passa-se a utilizar a projeção como explicação para o deslocamento de sentimentos, ideias e emoções consideradas positivas e valorizadas, e, até mesmo, conscientes.
PROJEÇÃO
Conceito influenciado pelo autor Hebart. O sistema herbartiano incorporou dois princípios da física: “toda ação provoca uma reação”, e “a natureza resiste à destruição”, ou seja, apresenta uma ideia de Mecanismo de Defesa. Segundo ele, a alma responderia aos estímulos externos por meio de respostas defensivas, às quais ele denominou percepções. 
No início, projeção era apenas o deslocamento de sentimentos hostis sobre outra pessoa. Com a ampliação do conceito, a ideia de determinismo psíquico (cada evento psíquico é determinado por aqueles que o precederam) é inserida. A partir desse conceito, jamais admitiremos qualquer fenômeno psíquico como sem significação ou acidental.
A projeção ganha outra qualidade: representa também o simples desconhecimento, por parte do sujeito, de desejos e emoções que não são aceitas por ele como sendo seus (ou então dos quais é parcialmente inconsciente), e cuja existência atribui à realidade externa. 
Entende-secomo sendo resultante da projeção sobre o mundo exterior os seguintes processos:
· Animismo: crença de que alguns objetos são dotados de alma ou alojamento de espíritos, exercendo influência real ou causal;
· Pensamento Mágico: crença de que certos pensamentos levariam não apenas à realização de desejos, mas também à prevenção de eventos problemáticos ou desagradáveis;
· Onipotência das Ideias: alimentar fantasias que não conhecem limites.
Segundo Bellack, o caráter consciente das projeções seriam um processo de externalização. 
Existem três tipos de Projeção:
· ESPECULAR: a pessoa age como se estivesse na frente de um espelho, refletindo em seus trabalhos características que reconhece como suas.
· COMPLEMENTAR: atribuição externa de causalidade, e estas causas servem como justificativa de características próprias. Ex: supersticioso.
· CATÁRTICA: predominaria o primeiro sentido freudiano, da expulsão de características intoleráveis, quando o sujeito não reconhece determinados sentimentos e ideias como sendo seus, e os atribui a uma origem externa.
Quando analisamos as fantasias que surgem em qualquer produção de histórias, composição de desenhos ou outros trabalhos, esses três tipos de projeção podem aparecer de maneira isolada ou mesclada. 
FANTASIAS
Para Freud, as representações derivadas das percepções internas e externas se entrelaçam formando um corpo de fantasias que constituirá o imaginário. Chama fantasia de “fachadas psíquicas”.
Ao crescer, a criança interromperia o seu brincar, aparentemente renunciando ao prazer dos jogos infantis. Porém, na verdade, não existiria renúncia – apenas uma substituição, na qual o individuo vai prescindir “de qualquer apoio nos objetos reais, e em lugar de brincar, ele agora fantasia”.
Para a psicanálise, a criação expressa fantasias e desejos que acabam sendo sublimados. Dimensão temporal que se expressa por meio da fantasia – passado, presente e futuro entrelaçados por meio do desejo. A fantasia criadora surge por meio de enlaces múltiplos. No entendimento freudiano, o sonho sempre traduz uma realização de desejos. Fantasias e sonhos diurnos também procuram realizar anseios e expectativas do sujeito. Fantasia como ficção que da estrutura a verdade. 
PERSONIFICAÇÃO
É por meio da fala do personagem criado que se expressa o ego do autor. O ego é o real personagem de todos os sonhos e de todas as novelas e romances. Dessa forma, é preciso supor que as histórias estejam expressando também sentimentos, ideias, motivações e fantasias conscientes, pois apreendem competências e habilidades que são funções do ego.
Com o brincar, a criança personifica o Ego, conteúdos do Id e do Superego, distribuídos pelos diversos personagens. A personificação pode ocorrer também por meio de animais ou objetos inanimados, que ganham a oportunidade de expressar fantasias. 
FORMAÇÃO DE COMPROMISSO 
Essa expressão é o resultado de uma espécie de contrato interativo que ocorre entre o Id, Ego e Superego, com o objetivo de manter o equilíbrio psíquico. Por isso, notamos os mecanismos de defesa que funcionam tentando solucionar os conflitos, evitar angústia e manter a estrutura da personalidade. É possível afirmar que o mesmo acontece durante uma aplicação projetiva, quando as respostas aos métodos projetivos também serão resultado de uma formação de compromisso. 
Fantasia com a função de formação de compromisso.
O PROCESSO DIAGNÓSTICO E AS TÉCNICAS PROJETIVAS
O processo Psicodiagnóstico é bi pessoal, com papeis bem definidos, contrato, duração limitada, objetivo de obter uma descrição e uma compreensão mais ampla possível sobre o funcionamento da personalidade daquele sujeito e/ou grupo. Indica também características mais especificas, como sintomatologia, se houver.
Como ocorre um Processo Psicodiagnóstico:
1) Primeiro contato e Entrevista Inicial
2) Aplicação dos Testes e das Técnicas Projetivas
3) Encerramento do processo com devolução oral ao paciente 
4) Informe escrito para o Remetente. 
Definições de Enquadramento:
Esclarecimento dos respectivos papéis (delimitação das funções). Lugar em que as entrevistas e os testes serão realizados. Contrato: horários e duração do processo, honorários. Manter uma atitude permeável e aberta para não estabelecer condições insustentáveis. 
Passos do Processo Psicodiagnóstico:
1) Formulação das perguntas básicas ou hipóteses;
Primeiras hipóteses. Estabelecimento de um plano de avalição com base nas hipóteses. Contrato de trabalho. Com crianças/adolescentes, contrato feito com responsáveis. Enquadramento. 
2) Estabelecimento de um plano de avaliação;
Identificar recursos que permitam estabelecer uma relação entre as perguntas iniciais (hipóteses) e suas possíveis respostas. Traduzir essas perguntas em termos de técnicas e testes. Bateria de testes: padronizadas e não padronizadas.
3) Administração de testes e técnicas;
O foco das testagens deve ser sempre o sujeito. O psicólogo: familiaridade com o instrumento e atenção à contratransferência. Setting adequado. Nenhum teste deve ser aplicado sem um rapport previamente estabelecido. 
4) Levantamento, análise, hipótese projetiva, interpretação e integração dos dados (identificar os motivos manifestos e os latentes);
Organização dos dados oriundos das diferentes técnicas: coincidências e discordâncias, hierarquizando indícios, confirmando ou não hipóteses iniciais. 
5) Diagnóstico e Prognóstico;
Para incluir um caso numa categoria diagnostica, o psicólogo deve utilizar algum sistema oficial de classificação de transtornos mentais (DSM-V ou CID-10)
6) Comunicação dos Resultados.
O direito do paciente à devolução é obrigatório, esse direito facilita o rapport e a confiança no profissional escolhido. Entrevista de Devolução e entrega do laudo. 
O diagnóstico psicológico pode ser realizado por psicólogo e pelo psiquiatra com vários objetivos, menos o de classificação simples. Pelo psicólogo clínico exclusivamente, usando testes e técnicas privativas. E por uma equipe multiprofissional. No entanto, só é permitido ao psicólogo o uso de testes psicológicos. 
· Exemplos de testes em Adultos: entrevistas, teste de inteligência, teste de atenção, teste de personalidade, inventario de personalidade. 
· Exemplos de testes em Crianças: entrevistas, sessões livres, teste projetivo gráfico, teste de inteligência, teste psicomotor, teste expressivo. 
ENTREVISTAS
É um processo dinâmico e criativo. É um instrumento de avaliação. Em geral, a entrevista inicial é semi-dirigida: quando o paciente tem liberdade para expor seus problemas começando por onde preferir e incluindo o que desejar. Permite que o psicólogo intervenha a fim de assinalar alguns vetores quando entrevistado não sabe como começar ou continuar, assinalar situações de bloqueio ou paralisação por conta de angustias, indagar a respeito de aspectos da conduta do paciente.
· ENTREVISTA CLÍNICA:
Técnicas de investigação, tempo delimitado, entrevistador treinado, conhecimentos psicológicos, relação profissional. Tem como objetivos: descrever e avaliar aspectos pessoais, relacionais ou sistêmicos, fazer recomendações, encaminhamentos ou propor algum tipo de intervenção. 
Diagnóstica – Psicoterápica – de Encaminhamento – de Desligamento – de Pesquisa
TIPOS DE ENTREVISTAS 
1) LIVRE ou NÃO ESTRUTURADA: interesse no discurso espontâneo do entrevistado, seguindo o fluxo natural das ideias. 
2) FECHADA ou ESTRUTURADA: altamente padronizada e estritamente estruturada. 
3) SEMI DIRIGIDA: especifica as áreas que devem ser exploradas, mas não estrutura as perguntas, nem a sequência das mesmas. 
Entrevista Lúdica: atendimento de crianças. Técnica de avaliação. 
ROTEIRO DA ENTREVISTA
A entrevista deve ser entendida como uma forma dinâmica, o que possibilitará o conhecimento necessário aos objetivos da avaliação proposta. Consideramos como importantes, nos mais diversos contextos, a investigação das seguintes informações:
- Dados de Identificação - Dados Socioculturais - História Familiar - História Escolar - História e Dados Profissionais - História e indicadores de Saúde/Doença- Aspectos da Conduta Social - Visão e Valores associados a Temática Investigada - Características Pessoais - Expectativas de Futuro
AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA
Processo técnico-científico de coleta de dados, estudos e interpretação de informações a respeito dos fenômenos psicológicos, que são resultantes da relação do individuo com a sociedade, utilizando-se de estratégias psicológicas (métodos, técnicas e instrumentos). Os resultados das avaliações devem considerar e analisar os condicionantes históricos e sociais e seus efeitos no psiquismo, com a finalidade de servirem como instrumentos para atuar não somente sobre o indivíduo, mas na modificação desses condicionantes que operam desde a formulação da demanda até a conclusão do processo de avaliação psicológica. Portanto, a avaliação psicológica é um processo dinâmico, um processo de conhecimento do outro, um trabalho especializado e a obtenção de amostras do comportamento. 
1 – Princípios Técnicos da Linguagem Escrita: Linguagem profissional. Considerar a quem o documento será destinado. Deve ter clareza, concisão e harmonia.
2 – Princípios Éticos e Técnicos:
Princípios Éticos: na elaboração de documento, o psicólogo baseará suas informações na observância dos princípios e dispositivos do Código de Ética Profissional do Psicólogo. Sigilo Profissional. 
Princípios Técnicos: devem se basear exclusivamente nos instrumentais técnicos (entrevistas, testes, observações, dinâmicas de grupo, escuta, intervenções verbais) que se configuram como métodos e técnicas psicológicas para a coleta de dados, estudos e interpretações de informações a respeito da pessoa ou grupo atendidos. Esses instrumentais técnicos devem obedecer às condições mínimas requeridas de qualidade e de uso, devendo ser adequados ao que se propõem a investigar.
Modalidades de Documentos Psicológicos:
1) Declaração: Declarar: comparecimento, acompanhamento psicológico, informações sobre a condição do atendimento (tempo, dia, horário). Não deve ser feito registro de sintomas, situações ou estados psicológicos. Não é decorrente de avaliação psicológica. 
2) Atestado Psicológico: Certifica uma determinada situação ou estado psicológico, tendo como finalidade afirmar sobre as condições psicológicas de quem o solicita. Justificar faltas, estar apto ou não, solicitar afastamento ou dispensa. 
3) Relatório/Laudo Psicológico: A finalidade do relatório psicológico será a de apresentar os procedimentos e conclusões gerados pelo processo da avaliação psicológica, relatando sobre o encaminhamento, as intervenções, o diagnóstico, o prognóstico e evolução do caso, orientação e sugestão de projeto terapêutico, bem como, caso necessário, solicitação de acompanhamento psicológico, limitando-se a fornecer somente as informações necessárias relacionadas à demanda, solicitação ou petição.
4) Parecer Psicológico: O parecer tem como finalidade apresentar resposta esclarecedora, no campo do conhecimento psicológico, através de uma avaliação especializada, de uma “questão/problema”, visando a dirimir dúvidas que estão interferindo na decisão, sendo, portanto, uma resposta a uma consulta, que exige de quem responde competência no assunto. Não é decorrente da avaliação psicológica. 
Usos da Avaliação Psicológica:
Recursos Humanos - Orientação Profissional - Área Psicoeducacional - Área de Trânsito- Perícias  realizadas por profissionais nomeados pelo Juízo - Área  de cirurgia bariátrica.
Regras do Documento:
O laudo deve ser datado, rubricar todas as folhas, a última folha deve ser assinada, datada e carimbada.  
Validade dos conteúdos do documento:
A validade desses documentos deve levar em consideração a legislação vigente nos casos já definidos. Se não houver nenhuma definição legal, o psicólogo deve indicar o prazo em função das características avaliadas e das informações obtidas. A avaliação psicológica tem caráter situacional e temporal.
Guarda dos documentos:
Responsabilidade do psicólogo: Período de 5 anos -- Após prazo → destruição → sigilo das informações. O sujeito da avaliação psicológica tem direito a um acesso irrestrito às informações provenientes da avaliação.
TESTES PROJETIVOS GRÁFICOS: HTP – DFH – PALOGRÁFICOS 
Mostram uma produção muito próxima do inconsciente, revelando aspectos regressivos e patológicos. Simplicidade na aplicação e economia de tempo. Importante que sejam complementados por testes verbais. Mesmo não sendo possível fazer um diagnóstico fino e exaustivo, descartam-se as patologias graves.
Conceituação e utilização:
A linguagem gráfica, tal como a lúdica, está mais próxima do inconsciente. Maior confiabilidade que a linguagem verbal por estar mais sujeita às alterações do controle consciente do ego. Acessível a pessoas com baixo nível de escolaridade e com dificuldades de expressão oral. Nível de simbolização: pode ser utilizado com crianças pequenas que ainda não falam com clareza. 
Interpretação:
Visão gestáltica (global do desenho). Análise detalhada dos indicadores e das associações verbais. Elaboração de uma hipótese diagnóstica e prognóstica. Correlação do material com as entrevistas e outros instrumentos. 
Desenho livre:
Forma de expressão dos conflitos internos. Muito usado como técnica de terapia infantil. Expressa a percepção do sujeito sobre si mesmo e as pessoas significativas ao seu redor. Como técnica projetiva, baseia-se na pressuposição de que cada desenho é um autorretrato. 
Limites:
Os aspectos devem ser vistos associados e não isoladamente. A interpretação deve se basear também nos aspectos que o sujeito fala acerca do mesmo e de acordo também com sua história de vida. Interpretações são hipóteses e não certezas. O desenho não é a reprodução da realidade do sujeito, mas a interpretação da realidade dada pelo sujeito; ele está misturado também com aspectos como sentimentos, impressões, conceitos e valores adquiridos.
• É indicado para uma avaliação de personalidade e suas interações com o ambiente; avaliação do nível de maturação e do grau de desenvolvimento cognitivo e emocional.
HTP (CASA, ÁRVORE, PESSOA)
Autor: John N. Buck - Divulgado em 1948. - Versão Favorável: Renato Cury (2003), editora Vetor. 
Técnica: desenhos temáticos sem modelos. 
Investiga a visão subjetiva que o sujeito tem de si mesmo e de seu ambiente, das coisas que considera importante, das que enfatiza e das que ignora. A escolha pelos elementos ‘casa, árvore e pessoa’ se deve ao fato de serem elementos que todos conhecem, são facilmente aceitos para serem desenhados por todas as idades, estimulam verbalizações mais espontâneas e são simbolicamente férteis em significados inconscientes.
O que é?
Segundo Buck (2003), o H.T.P. serve para obter informações de como uma pessoa experiência a sua individualidade em relação ao ambiente do lar e em relação a outras pessoas. É um instrumento sistematizado, que tem várias respostas. E como toda técnica projetiva, ele “estimula a projeção de elementos da personalidade de áreas de conflito dentro da situação terapêutica” (Buck pg.1), permitindo assim que conflitos, interesses gerais dos indivíduos e aspectos específicos do ambiente que ele ache problemático sejam identificados, além de estabelecer o rapport entre paciente e terapeuta.
Objetivo:
-- Percepção real ou imaginária do sujeito em relação a si mesmo e às pessoas significativas do seu ambiente. 
-- Sua forma de agir, atuar, se posicionar frente ao mundo. 
-- Conflitos e sentimentos inconscientes.
-- Coisas que o sujeito não seria capaz de expressar em palavras, mesmo que conscientes.
-- Realização de desejos.
-- Auto-imagem idealizada ou realista de si mesmo.
-- A sexualidade.
APLICAÇÃO:
A aplicação do HTP é mais adequada a partir dos 8 anos de idade; O psicólogo deve sentar-se de frente ou de lado para o sujeito e explicar que irão realizar uns desenhos com o objetivo de conhecê-lo melhor; Individual, sem limite de tempo, sendo que a maioria das aplicações leva em média de 30 a 90 minutos.
INSTRUÇÕES:
“Eu quero que você desenhe uma casa. Você pode desenhar o tipo de casa que quiser. Façao melhor que puder. Você pode apagar o quanto quiser e pode levar o tempo que precisar. Apenas faça o melhor possível”. 
O desenho deve ser feito á mão livre, sem uso de régua.
• Variações na aplicação: além de desenhar a casa, árvore e pessoa, pode-se pedir também que desenhe uma figura do sexo oposto a anteriormente feita, bem como o desenho da família; 
• Numa situação de avaliação para Recursos Humanos os três desenhos originais são suficientes para um parecer completo a respeito do testando, mas em uma situação clínica, para um maior aprofundamento, pode-se incluir os outros desenhos. 
MATERIAL:
Folhas de papel em branco; Lápis nº 2 bem apontados; Borracha; Protocolo de interpretação; Protocolo de Inquérito posterior; Cronometro.
OBSERVAÇÕES:
Recomenda-se que não exceda uma hora e meia; pode ser administrado em crianças, adolescentes e adultos; A aplicação pode ser coletiva ou individual; um traço gráfico isolado nada significa. Cada traço deve ser considerado em conexão com os demais e no contexto geral do desenho. 
ORDEM DA APLICAÇÃO:
1º Casa – e a folha é entregue na posição horizontal; 
2º Árvore – e a folha entregue na posição vertical; 
3º Pessoa – folha entregue na posição vertical. 
Com relação ao desenho da pessoa, é importante acrescentar que, se qualquer das áreas (cabeça, corpo ou membros superiores/inferiores) for completamente omitida, a figura está incompleta. Se for apenas parcialmente omitida (Ex: Faltam só as mãos ou só os pés), o desenho é aceito. Não se deve aceitar caricaturas ou estereótipos. Na quarta folha, se repete o procedimento da terceira, mas com o cuidado de pedir que agora seja desenhada uma pessoa de sexo oposto àquela primeira desenhada. Portanto, se na terceira folha foi desenhado um homem, agora será desenhada uma mulher (ou vice-versa); 
OUTRAS POSSIBILIDADES DE APLICAÇÃO:
Alguns aplicadores aproveitam para pedir que também se desenhe uma família. Caso o sujeito pergunte se é a sua família, o aplicador deve sugerir que ele fique à vontade para desenhar a família que quiser; É imprescindível observar a ordem de colocação das pessoas no papel, pois o sujeito pode iniciar o primeiro membro, o segundo, e deslocar o terceiro para a frente do primeiro, apesar deste ser desenhado por último; Alguns aplicadores aproveitam para pedir que se repita toda a série de forma cromática. Outros porém, visando não fatigar o sujeito, pedem apenas um desenho cromático livre, para o qual podem pedir um título e um breve comentário do desenho; No momento do desenho cromático, deve-se retirar da mesa o lápis preto de grafite; A folha de papel corresponde ao ambiente; assim, a posição da folha, a localização do desenho nela e o tamanho do desenho em relação a ela, bem como as qualidades do grafismo empregadas (tipo de linha e consistência do traçado) nos falam da percepção do sujeito em relação a seu ambiente e de sua inserção nele. 
Registrar como observações gerais:
1) Latência inicial: intervalo de tempo entre o final das instruções e o início do desenho.
2) Ordem dos detalhes desenhados.
3) Duração de pausas e detalhe específico desenhado após a pausa.
4) Qualquer verbalização espontânea ou demonstração de emoção e o detalhe que estiver sendo feito no momento. 
5) Tempo total para fazer o desenho.
INQUÉRITO:
todas as posições, detalhes ou relações incomuns entre detalhes devem ser anotados e investigados. Qualquer detalhe implícito deve ser investigado, bem como qualquer aspecto do desenho que não estiver claro. Detalhes adicionados no inquérito também devem sem identificados.
Comportamentos indicativos de autocrítica:
-- Abandono de objeto não completado, recomeçando o desenho em outro lugar da página e não apagando o anterior. -- Apagar sem tentar redesenhar. O detalhe apagado pode indicar um conflito. - Apagar e redesenhar. Se o novo desenho for melhor, ok; se for uma correção meticulosamente exagerada, pode indicar alguma patologia. 
Duas fases iniciais:
-- Não verbal, criativa e não estruturada: pedir para fazer os desenhos, a mão livre e acromático. -- Inquérito sobre os desenhos.
Duas fases posteriores:
-- Repetir os desenhos, desta vez usando cores. -- Novas perguntas são feitas. 
Avaliação deve contemplar:
	● observação dos possíveis sinais de psicopatologia;
	● observação das características do desenho como tamanho, localização na página, presença/ausência de partes que chamem a atenção;
	● respostas do inquérito. 
Material complementar do Manual:
-- Diferença entre os desenhos de crianças e adultos; -- Resumo de pesquisas sobre desenhos feitos por crianças que sofreram abuso; -- Protocolo de interpretação – Inquérito posterior ao desenho (para cada desenho); -- Lista de conceitos interpretativos 
ANÁLISE HTP -- A CASA
Representa o lar e suas implicações, subentendendo o clima da vida doméstica e inter-relações familiares, tanto na época atual como na infância. A casa envolve percepção da família, seja em uma ótica atual, passada ou, ainda, em um futuro idealizado, mas também aspectos do ego que tem tal percepção, que podem representar um autorretrato. 
Quanto mais comprometido estiver o sujeito, maior a probabilidade de projeções de relações mais regressivas. 
• Casas muito pequenas podem significar rejeição à vida familiar existente; desenhos muito grandes podem significar que a vida familiar traz aspectos opressivos; 
• As linhas e as paredes representam as fronteiras (limites) e a força do ego, logo linhas fracas na estrutura da casa representam fraquezas do ego, enquanto linhas muito fortes se associam a problemas que elevam a ansiedade e necessitam de reforço; 
• O teto simboliza a capacidade de fantasiar, atenção extra a sua elaboração pode indicar excesso de fantasia e idealização, enquanto teto incompleto, baixo, ou em chamas se associam à possibilidade de evitação de fantasias percebidas como poderosas e assustadoras. 
Telhado e paredes: o ego
Portas e janelas: acessibilidade
• Portas pequenas: inadequação do indivíduo e relutância em fazer contato. 
• Portas grandes: maior dependência dos outros. 
• Chaminé: muito grande indica preocupações sexuais e possível exibicionismo. Chaminé desproporcionalmente pequena, sugere que o sujeito pode sentir falta de calor na situação do lar. 
Deve ter, no mínimo, uma porta, uma janela, uma parede, um telhado e uma chaminé ou meio de saída para a fumaça. 
Não essencial: cortinas, indicadores de material de construção, arbustos, caminhos.
Se aparecerem, cortinas, grades, trancas, vidros, calçadas com curvas indicam o grau com que evitamos que nossa vida familiar seja revelada; 
• Carros são alusões a visitantes ou a um membro da família que sai. Lâmpadas acessas são sinais de boas-vindas, claridade, ou a necessidade de vigiar o que ou quem está por perto; 
• Portas abertas e muitas janelas indicam a forte necessidade de se associar a outras pessoas. Janelas grandes, especialmente no banheiro refletem exibicionismo. 
Perguntas: “Você gostaria que esta casa fosse sua?” “Qual quarto você escolheria para você”
ANÁLISE HTP -- A ÁRVORE
Tanto a árvore quanto a pessoa permitem investigar o que se costuma chamar de a autoimagem e autoconceito, ou seja, os diferentes aspectos do self. Os aspectos projetados na árvore se associam com conteúdos mais profundos da personalidade, enquanto na pessoa revelam a expressão da visão de si mesmo mais próxima da consciência e de sua relação com o ambiente. 
• Simboliza os aspectos mais profundos e básicos da personalidade (mínimo de associações conscientes); 
• As raízes omitidas = insegurança /garras = paranoia / finas, chão transparente ou mortas = contato pobre com a realidade; 
• Tronco: vida emocional ou domínio emocional sobre as pressões ambientais e tensões internas. 
• Copa: vida intelectual e social, trocas com o ambiente, busca de realizações e fantasia; Os galhos, representam os recursos de obtenção de satisfação.
• Como a árvore tem vida e cresce torna possível a representação simbólica do psiquismo humano; 
• Deve ter um tronco e pelo menos um galho. 
Perguntas: “Onde esta árvorerealmente está localizada?” “Como está o tempo no desenho?” “Que tipo de vento é esse?” “Esta árvore é saudável?” “É forte?” Se o sujeito não conseguir responder, pedir para ele desenhar a estrutura da raiz da árvore. 
ANÁLISE HTP -- A PESSOA
O desenho da pessoa revela o grau de ajustamento em um nível psicossocial; enquanto a árvore, como investiga sentimentos e atitudes mais duradouros e profundos, é o desenho menos suscetível a mudanças em situações de reteste. 
• A representação das características físicas ou psicológicas surgem como são na realidade, como são percebidas, sentidas, imaginadas ou projetadas nos demais. Por isso, é extremamente importante verificar o tipo de pessoa desenhada. 
• Outros itens devem ser considerados, como a cabeça que se associa com aspectos intelectuais e frequentemente reflete a necessidade de controle racional de impulsos ou de fantasias, e fornece detalhes associados com a comunicação e a interação com o ambiente; 
• É conveniente observar qualquer ênfase ou elaboração específica de qualquer parte do corpo, a qual pode ter uma significação real ou simbólica de problemas, merecendo uma análise especial. 
• Se qualquer das áreas for completamente omitida, (como cabeça, corpo, membros superiores ou inferiores) o desenho é considerado incompleto; se for parcialmente omitido, como por exemplo, faltar as mãos ou os pés, o desenho é aceito.
• Pessoa desenhada estimula mais aspectos conscientes do que inconscientes. Se refere ao conceito do indivíduo de seu papel e atitude sexuais em relação a um relacionamento interpessoal.
• Deve ter uma cabeça, um tronco, duas pernas, dois braços, a não ser que apenas um deles possa ser visto ou que a ausência seja explicada de algum modo, como uma amputação.
Perguntas: “O que ele(a) está fazendo?” Onde ele(a) está fazendo isto?” “Como ele(a) se sente?
ANÁLISE HTP
4ª folha – PESSOA DO SEXO OPOSTO: pedir para desenhar uma pessoa de sexo oposto a que já desenhou anteriormente.
5ª folha -- FAMÍLIA: alguns avaliadores pedem para desenhar uma família. Se o paciente perguntar se é a família dele, é para responder que fique á vontade. Observar a ordem de desenho, qual membro da família ele desenha primeiro.
A aplicação como um todo deve contemplar:
A posição do desenho na página - O tamanho - Margens e delimitações do papel/linha do solo - As características de traçado - As correções, rasuras, retoques e partes borradas - O sombreado - A simetria e distorções - A estereotipia - A atitude - A capacidade crítica - Comentários espontâneos - Tempos e pausas - Relação com o observador - Transparências: falha na função crítica, deficiência mental – Movimentos – Consistência – Faltas – Bizarrices.
Outras considerações:
-- Proporção: pequeno demais – sentimento de inadequação, tendência a se afastar do ambiente ou rejeição ao tema do desenho; sentimento de frustração. -- Grande demais: hostilidade em relação a um ambiente restrito, grande tensão e irritabilidade, visão egocêntrica. Um detalhe maior do que a média implica muito interesse e preocupação com o que o item simboliza para o indivíduo. 
-- Rejeição de algum elemento: rejeição do que o item pode simbolizar.
-- Perspectiva: Medida de compreensão do indivíduo.
-- Localização horizontal: mais afastado para esquerda -- tendência a se comportar impulsivamente, busca satisfação emocional, imediata e direta de suas necessidades e impulsos. Mais afastado para a direita: comportamento estável, rigidamente controlado, propenso a adiar a satisfação de suas necessidades e impulsos imediatos, prefere satisfações intelectuais e emocionais.
-- Localização vertical: mais para abaixo da média da folha, maior é a probabilidade de se sentir inseguro e inadequado, depressão no humor. Concretos, buscam satisfação mais na realidade do que na fantasia. Acima do ponto médio: tende a buscar satisfação na intelectualização ou na fantasia.
-- Localização central: indivíduo é geralmente rígido ou assertivo.
VANTAGENS:
Manuais publicados com parâmetros de pontuação; Boa ferramenta para verificação do desenvolvimento global; Fácil aplicação e baixo custo; Aplica-se a diferentes faixas etárias, podendo ser usado em pessoas sem escolaridade; Costuma ser bem aceito pelo examinando, motivando-o e facilitando sua colaboração. 
DESVANTAGENS:
Os métodos de padronização dos testes projetivos gráficos são estatisticamente fracos; É fácil fazer correlações ilusórias; A interpretação pode se basear em impressões globais, “receitas” de manuais, o que prejudica sua validade e fidedignidade; O teste não diagnostica nenhum aspecto em particular; Não existem pesquisas acerca de “simuladores” e os tipos de desenhos que eles produzem; É difícil não se impactar e se ater à interpretação do conteúdo afetivo quando ocorre manifestação de habilidade artística. 
TAT – Teste de Apercepção Temática
Apercepção é a interpretação da sua percepção. Autor: Henry A. Murray , em Universidade de Harvard, nos EUA (1935).
TAT atualmente é aplicado em adultos, em pré-adolescentes ou adolescentes.
Fundamento Teórico: Murray partiu do princípio de que diferentes indivíduos, frente a uma mesma situação vital, a experimentam cada um a seu modo, de acordo com sua perspectiva pessoal. Essa forma pessoal de elaborar uma experiência revela a atitude e a estrutura do indivíduo frente à realidade experimentada.
Imagens das pranchas: situações dramáticas, de contornos imprecisos, impressão difusa e tema não explícito. Exposto a esse material, o indivíduo, sem perceber, identifica-se com uma personagem por ele escolhida e, com total liberdade, comunica, por meio de uma história completa, sua experiência perceptiva, mnêmica, imaginativa e emocional.
MATERIAL DO TESTE
O conjunto completo: 31 pranchas que abrangem situações humanas clássicas. A cada sujeito devem ser aplicados 20 estímulos, perfazendo o total de vinte histórias. As 10 primeiras são mais estruturadas e as 10 últimas menos estruturadas. Cada prancha apresenta impressos no verso, apenas um número ou um número seguido de uma ou mais letras. O número indica a ordem em que o estímulo deve ser apresentado, na série, e as letras referem-se ao gênero e/ou idade ao qual o estímulo se destina.
Tipo de Estímulo Convenção
Universal Apenas o número
Para mulheres Número seguido de F
Para homens Número seguido de H
Para crianças do sexo feminino (menina) Número seguido de M
Para crianças do sexo masculino (rapaz) Número seguido de R
O TAT deve ser aplicado individualmente. Há duas formas possíveis de administração: a total (aplicação das 20 lâminas) ou a reduzida (consiste em uma seleção segundo a idade ou gênero do examinando).
 Murray recomenda que se aplique o teste em duas sessões de, aproximadamente, uma hora cada e com um intervalo entre ambas de um dia pelo menos.
O sujeito deve levar 5 minutos, mais ou menos, em cada lâmina. Deve-se marcar o tempo de reação ao estímulo, ou seja, o tempo que o sujeito leva desde a entrega da lâmina até começar a história e o tempo total em cada lâmina. Ao terminar cada relato, pede-se ao sujeito que ponha um título.
A entrevista do inquérito deve-se processar quando o paciente já tenha produzido o total de histórias do teste.
Os quadros, impressos em branco e preto, representam as mais variadas situações, tais como: de trabalho, relações familiares, perigo e medo, atitudes sexuais, agressão. A prancha em branco permite associações mais livres. 
Na análise do TAT, o psicólogo deve examinar as histórias do sujeito e a sua conduta durante a testagem. A história representa o conteúdo manifesto e subentende um conteúdo latente, que reflete os dinamismos associados à personalidade do sujeito.
As instruções serãolidas para ele devagar, utilizando-se uma das seguintes formas:
Aconselhável para adolescentes e adultos de grau médio de inteligência e cultura: “Este é um teste de imaginação que é uma das formas da inteligência. Vou mostrar-lhe algumas pranchas, uma de cada vez, e a sua tarefa será inventar, para cada uma delas, uma história com o máximo de ação possível. Conte-me o que levou ao fato mostrado na prancha, descreva o que está acontecendo no momento, o que as personagens estão sentindo e pensando. Conte depois como termina a história. Procure expressar seus pensamentos conforme eles forem ocorrendo em sua mente. Você compreendeu? Como você tem cinqüenta minutos para as 10 pranchas, você pode utilizar cerca de 5 minutos para cada história. Aqui está a primeira prancha”. 
Aconselhável para crianças, adultos pouco inteligentes ou de pouca instrução: “Este é um teste para contar histórias. Eu tenho aqui algumas pranchas que vou lhe mostrar. Quero que você faça uma história para cada uma delas. Conte o que aconteceu antes e o que está acontecendo agora. Fale o que as pessoas estão sentindo e pensando e como termina a história. Você pode fazer o tipo de história que quiser. Compreendeu? Bem, então aqui está a primeira prancha. Você tem 5 minutos para fazer uma história. Faça o melhor que puder”.
Sugestões técnicas da aplicação:
É preferível que o psicólogo não diga mais nada no restante do tempo, exceto:
(1) para informar se estiver muito atrasado ou muito adiantado em relação ao tempo previsto;
(2) para estimular com um discreto elogio de vez em quando, pois essa pode ser a melhor maneira de incentivar a imaginação; 
(3) se o sujeito omitir algum detalhe fundamental, as circunstâncias antecedentes ou o desfecho;
(4) O psicólogo deve interromper uma história demasiado longa e inconsistente, perguntando: “E como ela termina?”;
(5) se o sujeito fizer perguntas sobre detalhes pouco claros, o psicólogo deve responder: “Podem ser o que você quiser”. Não se deve permitir que o sujeito construa várias narrativas para uma mesma prancha
As histórias devem ser registradas com detalhes. 
Segunda sessão
É desejável que haja um intervalo de, pelo menos, um dia entre a primeira e a segunda sessão. Nessa segunda parte, o procedimento é semelhante ao utilizado na anterior, salvo num aspecto: a ênfase nas instruções sobre a completa liberdade da imaginação. 
A prancha 16 é dada com uma instrução especial: “Veja o que você pode ver nesta prancha em branco. Imagine alguma cena aí e descreva-a em detalhe”. Se o sujeito não conseguir, o examinador deve dizer: “Feche os olhos e imagine alguma coisa”. Depois que o sujeito der uma descrição completa daquilo que imaginou, o psicólogo deve dizer: “Agora me conte uma história sobre isso”. 
Pontos a serem considerados na análise do teste:
-- Tempo: O controle do tempo permitirá ao aplicador investigar a intensidade deste impacto e a capacidade de retomada do domínio sobre a situação, levando em conta, naturalmente, a qualidade do relato posterior.
-Tempo de Latência Inicial: é o intervalo decorrido entre a apresentação do estímulo e a primeira verbalização do sujeito, seja ela qual for. A média se situa entre 5 e 25 segundos. Deve-se calcular a média do indivíduo identificando um ritmo particular.
-Tempo Total: intervalo decorrido entre a apresentação da prancha e o término do relato espontâneo do indivíduo (exclui-se, portanto, a fase de inquérito). 
- Pausas: É um índice de retração. Tanto pode indicar um freio necessário à ousadia do sujeito como um reforço as suas defesas. A verbalização posterior à pausa esclarecerá o seu significado.
-- Comportamentos
Refere-se às manifestações observáveis da ansiedade ao impacto provocado pela prancha, além de demonstrar modos particulares de neutralizá-la.
Ex: Digressão: Indicam o desejo do sujeito de sair da situação, de aliviar a ansiedade provocada pela aplicação ou pelo estímulo apresentado.
Necessidade de aprovação: Indica uma Labilidade Emocional e ansiedade, o sujeito procura resgatar sua segurança através da aprovação por parte do aplicador.
Ansiedade manifesta: indica fracasso no uso das defesas.
Observações críticas: Toda verbalização que implica uma desvalorização do material, da situação, do aplicador e dos personagens. Trata-se de indício de agressividade em função do aumento da ansiedade: o sujeito não consegue adaptar-se à situação, o que resulta em hostilidade.
Cinismo: Reflete uma carga de agressividade associada a certo afastamento, indicando assim a presença mais intensa das suas defesas.
Recusa: Apresenta-se como um bloqueio, situação na qual o sujeito não consegue realmente elaborar a história e o nível de ansiedade é altíssimo, 
Análise e Síntese:
Após o procedimento de análise, levando-se em consideração aspectos da observação, e da história, deve-se elaborar uma síntese, que traduza a dinâmica da personalidade do indivíduo testado. A síntese deve descrever uma pessoa real e não uma coleção de itens isolados. Pela própria natureza da técnica, o TAT é essencialmente indicado para o entendimento dinâmico da personalidade. A análise dos dados deve ser enfocada de modo a apresentar “um quadro global do mundo interno do indivíduo”, ou seja, é preciso compreender o sujeito em função de suas principais áreas vitais, em suas relações familiares, em suas relações afetiva, sexual e/ou matrimonial, em suas relações sociais (e anti-sociais) e com o trabalho. 
Aplicação reduzida:
Procedimento reduzido, administrando, numa única sessão, o número máximo de 12 lâminas, para economizar tempo e obter material dinâmico do paciente. 
É essencial administrar 9 lâminas que investigam todas as relações humanas básicas:
-- Para os homens, 1, 2, 3RH, 4, 6RH, 7RH, 11, 12H e 13HF.
-- Para as mulheres, 1, 2, 3RH, 4, 6MF, 7MF, 9MF, 11 e 12HF (a lâmina 3RH para as mulheres por ter comprovado, empiricamente, que ela funciona tanto em sujeitos do sexo masculino como do feminino, possibilitando histórias mais ricas que sua equivalente 3MF). 
O Teste de Apercepção Infantil com Figuras de Animais – CAT-A
 O CAT-A faz parte do grupo das técnicas temáticas que tem por objetivo eliciar processos projetivos sob a forma de histórias. É um descendente direto do Teste de Apercepção Temática-TAT. 
CAT-A foi criado por Leopold Bellak e Sonya Sorel Bellak em 1949, ao constatarem que é mais fácil para crianças pequenas criarem histórias envolvendo animais do que pessoas. Em 1965 foi publicada uma forma humana (CAT-H), na qual as figuras de animais foram substituídas por pessoas. 
Versão favorável: autores ADELE DE MIGUEL, LEILA SALOMÃO DE LA PLATA CURY TARDIVO, MARIA CECÍLIA DE VILHENA MORAES, SILÉSIA MARIA VENEROSO DELPHINO TOSI. Editora: VETOR EDITORA.
Por que animais e não pessoas?
Enquanto estímulo, as figuras de animais apresentam uma natureza mais ambígua em relação à idade, sexo e a cultura. Essa característica representa uma vantagem em comparação a outras técnicas similares, partindo do pressuposto de que as imagens de animais evocam a fantasia com mais facilidade, fato que pode ser observado nas fábulas, nos contos de fadas e no papel que têm os animais nos jogos infantis, nos desenhos animados da televisão e histórias em quadrinhos. Pode-se concluir que os animais têm um importante papel nas fantasias e nas angústias infantis 
Referencial Teórico:
O referencial teórico que fundamenta o CAT-A é o psicanalítico e o seu propósito é estudar a dinâmica das relações interpessoais, a natureza e a força dos impulsos e tendências, assim como as defesas organizadas contra eles. As situações escolhidas para compor cada prancha referem-se a aspectos importantes do desenvolvimento da criança, como as fases oral, anal, fálica, complexo edipiano, reações diante da cena primária.
Material e Aplicação – CAT-A
-- O CAT é formado por 10 pranchas que devem ser aplicadas em crianças. -- Material: conteúdo significativo mas ambíguo; natureza primitiva; facilidade de identificação; relação da criança com o mundo externo (figuras significativas ) e o mundo interno(desejos e fantasias).
-- Público-alvo: crianças de 5 até 10 anos. -- Aplicação: individual e coletiva.
Instruções:
“Conte-me uma história sobre essa figura que você está vendo”. -- Intervir sempre que necessário para perguntar sobre personagens e para direcionar a tarefa. 
Material e Aplicação - CAT-H
-- O CAT-H é formado por 10 pranchas que devem ser aplicadas em crianças. -- Material: conteúdo significativo mas ambíguo; natureza primitiva; facilidade de identificação; relação da criança com o mundo externo (figuras significativas ) e o mundo interno (desejos e fantasias).
-- Público-alvo: crianças de 7 até 12 anos. -- Aplicação: individual.
Instruções:
“Conte-me uma história sobre essa figura que você está vendo”. -- Intervir sempre que necessário para perguntar sobre personagens e para direcionar a tarefa. 
ANÁLISE - CAT-A
Fundamenta-se no princípio básico de que as interpretações que o indivíduo faz do estímulo são uma apercepção idiossincrática, ou seja, a pessoa o interpreta à sua maneira, em função de suas necessidades e motivações. Para orientar o profissional nessa interpretação, o manual propõe que se analise cada história a partir de 10 categorias principais, a saber: 
1) O Tema Principal – Nesse item verifica-se o que o sujeito apreende de cada prancha, a história relatada, ou seja, sobre qual ou quais temas gira a história e se há uma inter-relação entre os mesmos. 
2) Herói Principal – É a figura mais importante ao redor da qual a história foi montada. Partindo do pressuposto que a história contada pela criança é sobre ela mesma, portanto se houver vários personagens num relato verifica-se com quem o sujeito mais se identifica. 
3) As Principais Necessidades e Impulsos do Herói – Incluem-se aqui necessidades de conduta do herói que podem estar relacionados aos da criança, a qualidade dos impulsos, expectativas idealizadas, tais como inteligência e coragem, atribuídas a figuras significativas do seu cotidiano. 
4) Concepção do Ambiente – Considera-se esse conceito uma combinação complexa de autopercepção inconsciente com distorções aperceptivas dos estímulos por imagens de memórias do passado. Aqui é introduzido o item: Identificação - é importante observar com qual membro da família a criança se identifica e o sentido dessa identificação. 
5) Figuras Vistas Como... – É importante observar como a criança percebe as pessoas ao seu redor e como reage a elas. 
6) Os Conflitos Significativos – É necessário verificar não só a natureza dos conflitos, mas também as defesas que o indivíduo usa para lidar com a ansiedade gerada por tais conflitos. 
7) A Natureza das Ansiedades – É primordial identificar as principais ansiedades e a fonte delas, ou seja, do que estas decorrem. Segundo os autores do CAT-A as ansiedades mais importantes são aquelas relacionadas à agressão física, punição, a falta de amor ou a perda dele (desaprovação) e ao medo de ser abandonado (solidão e falta de apoio). 
8) As Principais Defesas – Cabe observar e analisar quais são os recursos que o indivíduo dispõe para se defender dos impulsos, pois dessa forma é possível avaliar a estrutura e o caráter do sujeito.
9) Adequação do Superego – Avalia-se a severidade do superego por meio da relação entre a natureza da transgressão, a indulgência ou severidade. Isto é, sob quais circunstâncias o superego do sujeito é muito rígido e sob quais ele é mais tolerante. 
10) A Integração do Ego – Este item indica o nível de funcionamento da personalidade, ou seja, a capacidade da criança se acomodar entre impulsos e demandas da realidade de um lado e a direção do seu superego de outro. O sujeito consegue contar histórias coerentes com os estímulos, ou abandona a gravura e elabora histórias sem nenhuma relação aparente. As respostas são estereotipadas ou criativas e mais ou menos originais. Consegue na trama do enredo chegar a uma solução adequada e realista, ou apresenta um pensamento desestruturado, bizarro. É capaz de ir de uma situação do passado da história para uma solução no futuro. Esses fatores devem ser avaliados levando em consideração a idade cronológica da criança, nível intelectual e a sua singularidade. Verifica-se a adequação dos processos que dirigem e mantêm o pensamento de forma adaptada, controle de impulsos, tolerância à ansiedade, adequação perceptiva, atenção, concentração, memória, o emprego da linguagem, conceitos e estrutura da história. 
ANÁLISE LEVANDO EM CONTA 5 CATEGORIAS:
1) Categoria da Percepção do conteúdo animal: se os animais são vistos e de que forma. Verifica-se as omissões, adições e distorções. Percepções e elaborações pouco usuais em relação à identidade dos animais. Percepção do conteúdo de realidade compreende a percepção dos elementos ambientais da prancha (omissões, acréscimos e distorções no conteúdo de realidade).
2) A categoria a Estória: como tarefa inclui indicadores relacionados às possibilidades adaptativas da criança para enfrentar uma situação nova, a qual testa as suas funções egóicas relativas à memória, linguagem e o processamento do pensamento. Essa pauta é composta por quatro itens, são eles: Sequencia temporal, que objetiva observar se a criança é capaz de construir uma estória com começo meio e fim. Como utiliza os três tempos da ação (passado, presente e futuro). A Coerência e lógica da estória, diz respeito a concordância das diferentes situações colocadas no relato, a integração da estória. 
3) Categoria da linguagem empregada: observa-se o tipo de linguagem utilizada pela criança e sua relação com padrões evolutivos, a situação atual e ao meio sociocultural. Capacidade criativa e adequação ao clichê - avalia-se o interjogo entre a capacidade criativa da criança e a adequação ao clichê, entendido como as estórias que são comumente desencadeadas pelas pranchas. 
4) Categoria de Aspectos dinâmicos da história agrupa os indicadores relativos a Descrição da interação, papéis determinados e problemática básica - avalia-se como se dá a interação entre os personagens da estória, quais os papéis atribuídos e a situação da criança no contexto familiar. 
5) Categoria da Dinâmica inconsciente, ansiedades e defesas - neste item observa-se a qualidade das relações objetais, que tipo de vínculos objetais predominam, as relações fantasiadas, as ansiedades ligadas as mesmas e as defesas utilizadas. Tentativas de solução da problemática colocada, diz respeito à solução do conflito, se houve ou não e como ocorreu. 
Análise do Tempo total das histórias: se refere ao tempo utilizado pelo sujeito para completar as histórias (inclui as pausas e o inquérito). 
Tempo de reação - essa variável diz respeito ao tempo que o sujeito leva para iniciar sua narrativa, após receber a prancha. Decurso da ação na história - esse item refere-se ao tempo que a ação acontece, ou seja, passado, presente e futuro. Esse indicador dá indícios do nível de evolução dos sujeitos, além de revelar como se organizam. 
Estudo do uso da lógica - verifica-se a possibilidade da criança relatar situações ou ações coerentes, considerando três possibilidades: bom, regular e mau. 
Estudo do uso da linguagem - nesse item avalia-se a linguagem em relação ao que é esperado à idade da criança e atribui-se bom, regular e mau. 
A variável Quantidade de palavras nas histórias - verifica-se o número de palavras contidas nas histórias como um indicador de capacidade de expressão, pois denota a riqueza de vocabulário. 
Avaliação dos aspectos cognitivos:
Procedimentos para avaliar três dimensões cognitivas que o indivíduo utiliza na elaboração de histórias a partir de um estímulo, quais sejam: integração perceptual, pensamento concreto e abstrato e processamento da informação que inclui vários aspectos da atenção e do raciocínio. 
1. Integração Perceptual -- Grau de Congruência com o Estímulo 
- Desconsidera ou interpreta mal as emoções, ou má percepção das emoções básicas ou dos relacionamentos retratados; 
- Desconsidera ou se equivoca com relação às idades dos personagens; 
- Atribui importância exagerada a detalhesirrelevantes do estímulo; 
- A ênfase é mais perceptual do que conceitual; 
- Vacila ou mostra-se indeciso sobre o significado do estímulo. Indica inabilidade na interpretação da cena e não na definição do objeto; 
- Ignora algum elemento que seria importante para a história, embora a percepção seja adequada; 
- Apreende os relacionamentos e os afetos que são relacionados com o estímulo, mas não capta a sutileza dos afetos, sua intensidade, ou a sequência dos acontecimentos não se encaixa de modo preciso com a cena; 
- A narrativa reflete um conjunto de acontecimentos realísticos e uma compreensão apropriada de causalidade social (da relação social implícita). A história está de acordo com uma compreensão dos aspectos psicológicos retratados e reflete uma sequência de acontecimentos precisamente convergente com a configuração do estímulo.
Níveis Integração Perceptual 
- Divergente: Confunde as emoções e os relacionamentos ou interpreta mal. Falha em reconhecer as tensões no estímulo. 
- Literal: Há uma dificuldade de captar o significado implícito. Ele consegue identificar as idades e emoções dos personagens, mas falha em identificar o processo psicológico que conecta cada evento, cada emoção, cada ação. A narrativa fica ancorada no momento e na descrição da cena, mas não revela as conexões causais implícitas entre passado, presente e futuro. 
- Impreciso. O narrador reconhece o estado de tensão e a história captura, de modo geral, as implicações do estímulo em relação às emoções e relacionamentos retratados. Entretanto o ajuste não é preciso, já que a história pode não combinar com as pistas mais sutis do contexto ou estabelece uma relação de causa e efeito levemente imprópria ou vaga. 
- Acurado. O narrador inclui todas as pistas e sutilezas na interpretação das emoções e relacionamentos, mesmo a despeito de possíveis omissões ou confusões em detalhes pequenos, apesar disso os sentimentos e os relacionamentos são entendidos na sua sutileza. Existe uma interpretação significativa da configuração do estímulo que captura de modo acurado e específico o clima da cena. 
2. Pensamento concreto X abstrato: 
- O narrador interpreta o estímulo literalmente. Há uma expressão mínima dos pensamentos, das intenções, dos sentimentos ou dos conflitos. Os sentimentos estão presos ao estímulo e não as características de pensamento ou eventos da história que explicam a prancha; 
- O indivíduo tem dificuldade em compreender a tarefa da narração. O relato transforma-se numa descrição dos componentes da prancha sem extrair o significado; 
- A circunstância externa e interna não muda ou há ausência de eventos transitórios. O narrador não explica adequadamente nenhuma mudança no sentimento ou na circunstância. 
- Os interesses são extremamente triviais. Enfatiza as rotinas diárias; 
- Os estados, as intenções ou os motivos internos são descritivos dos estímulos de forma vaga, simplista, presos a ações ou eventos (finalidades, causas, ou antecedentes obscuros); 
- O narrador desenvolve uma história que não se atém só na explicação do que está acontecendo no retrato. A abstração é definida pelo grau da representação interna dos objetos percebidos. 
3. Processamento da Informação 
- O narrador dá respostas irrelevantes, conteúdo tolo, conversa estranha (insignificante) ao receber instruções ou ao narrar a história; 
- O narrador se queixa de estar entediado ou quer parar ("quanto mais?”); 
- Elabora histórias na primeira pessoa ou personalizadas, indicando inabilidade para distanciar o self das demandas objetivas da tarefa; 
- Desconsidera o cenário na narração da história; 
- Os personagens atuam ou reagem sem claramente definir o problema ou o objetivo; 
 - As ações não são direcionadas e ocorrem sem planejamento ou antecipação; 
 - Os personagens tiram conclusões impróprias ou prematuras, não entendem os fatos, não consideram as alternativas; 
- Os personagens se comportam de forma contraditória; 
- Processo narrativo desorganizado (pensamentos personalizados, perseveração, conteúdo 
divergente do estímulo, ou reatividade emocional ao estímulo); 
- Conteúdo ou convicção social inaceitável (por exemplo, hostilidade ou violência extrema, 
conteúdo estranho); 
- Níveis incompatíveis de conceitualização (As ideias não seguem uma lógica); 
-Confusão de pensamento mágico; lógica incongruente; ideias fragmentadas, incompletas.
Níveis de integração Cognição – Experiência 
- Desorganizado: este nível é atribuído a eventos improváveis ou grotescamente ilógicos; discrepância entre o estímulo e a história: conteúdo estranho, socialmente inaceitável; sequencia de eventos altamente improvável, fantasiosa; abandono de um personagem em um estado extremo. 
- Rudimentar: em lugar de distorção idiossincrática, há um processo marcadamente simplificado de raciocínio (possivelmente um "gosto descritivo”) incorporando conexões mínimas. Os sentimentos ou os estados internos não são explicados além das reações simples. As inferências causais são inexistentes, extremamente rudimentares, ou vagas. 
- Superficial: as narrativas retratam uma coordenação mais complexa das ideias. Há incerteza (falta da especificidade) de elementos da história e conformidade superficial com “scripts” culturais denota uma visão estereotipada dos eventos ou relações. 
- Realístico: os eventos descritos são realísticos e indicam coerência entre estados internos e circunstancias externa entre diferentes personagens. As intenções estáveis do personagem guiam as ações apropriadas para alcançar propósitos ou resolução de problema. 
- Complexo e responsável: a narrativa denota uma compreensão das complexidades do mundo psicológico e a flexibilidade na resolução de problemas, equilibrando as necessidades e aspirações a curto e longo prazo de vários personagens, assim como, sentimentos, intenções dos pensamentos, ações, e deselance entre os personagens.
ANÁLISE FINAL:
A análise final deve sintetizar todas as pautas supracitadas.
É importante apontar as conclusões diagnósticas e prognósticas em forma de hipóteses, considerando que as informações foram baseadas em um único instrumento e que as mesmas precisam ser corroboradas por meio de uma avaliação completa envolvendo outros métodos. 
Teste das Manchas de Rorschach
AUTOR: Hermann RORSCHACH – monografia Psychodiagnostik originalmente publicada em 1921.
Rorschach foi médico psiquiatra, vinculado aos primeiros progressos da psicanálise na Suíça. Trabalhou durante dez anos em experiências psicológicas sobre interpretação livre. Seu trabalho foi a partir de pesquisas teóricas e de testes diagnósticos. Foi um dos primeiros psicólogos a utilizar estímulos visuais para estudar a personalidade. A utilização do teste nos estudos relativos à evolução da percepção abre nova via de acesso aos processos perceptivos e esclarece a relação existente entre percepção, representação e afetividade. 
O Rorschach fornece subsídios para avaliarmos a estrutura da personalidade do indivíduo e seu funcionamento psicodinâmico. Usado como método de avaliação da personalidade; é um teste projetivo e constitutivo, visto que o examinando organiza perceptivamente um material não figurativo; além disso é também um teste idiográfico (análise qualitativa, descritiva) e referente apenas ao sujeito examinado, não pretende a análise normativa. 
O Rorschach não é um instrumento para avaliar apenas anomalias da personalidade.
A personalidade é um todo estrutural, dinâmico, funcional e por isso não pode ser superficialmente classificada. É imprescindível outros recursos e instrumentos de avaliação.
Ao se utilizar técnicas de manchas de tinta, a pressuposição básica é de que a forma como o sujeito percebe estruturalmente os estímulos ambíguos reflete o seu comportamento em outras situações de vida real. Pressupõe-se que a ambiguidade dos estímulos constitua um veículo apropriado para a projeção das necessidades do sujeito, por meio do uso de representações simbólicas, de modo que o psicólogo lance mão doseu referencial teórico e de sua experiência clínica para a compreensão da dinâmica do sujeito.
-- A Prova de Rorschach consiste em 10 lâminas com borrões de tinta. 
-- A compreensão e interpretação do material requerem longo tempo de estudo e prática. 
-- Em média, um curso para aperfeiçoamento tem a duração média de 2 a 3 anos.
O TESTE DE RORSCHACH (1921)
A Prova de Rorschach consiste em 10 lâminas com borrões de tinta que obedecem a características específicas quanto: à proporção; à angularidade; à luminosidade; ao equilíbrio espacial; a cores; à pregnância formal. 
Essas características facilitam a rápida associação, intencional ou involuntária, com imagens mentais que, por sua vez, fazem parte de um complexo de representações que envolvem ideias ou afetos, mobilizando a memória de trabalho;
A aplicação da Prova de Rorschach é feita individualmente, não havendo aplicação em grupo; Na aplicação, as lâminas são apresentadas uma de cada vez, sendo solicitado ao examinando que diga com o que acredita serem parecidos os borrões de tinta. 
Diante desse convite à contemplação e associação aos borrões impressos nas pranchas, hipóteses de respostas são ativadas, colocando à prova as funções psíquicas de percepção, atenção, julgamento crítico, simbolização e linguagem; concomitantemente à execução dessas funções psíquicas na avaliação das hipóteses frente às manchas, os processos psíquicos afetivo-emocionais, motores e os cognitivos concorrem para a formulação final da resposta;
Como a Prova de Rorschach avalia a dinâmica de personalidade particular a cada pessoa, não se deseja, a partir de seus dados, atribuir um diagnóstico psiquiátrico; Pretende-se, no entanto, contextualizar os distúrbios psíquicos, compreender o valor e o significado de um sintoma clínico e orientar para o tratamento mais adequado. 
A Prova de Rorschach pode ser aplicada:
· Em qualquer pessoa (desde que tenha condições de se expressar verbalmente e que tenha suficiente acuidade visual), de qualquer faixa etária e qualquer nível socioeconômico-cultural. 
· Como o propósito é verificar a estrutura e a dinâmica da personalidade, indicando as dificuldades e os recursos positivos, não existem respostas certas ou erradas.
MATERIAL NECESSÁRIO
-- As dez pranchas originais compostas por dez cartões brancos acetinados de 24,5 por 18 cm com as dez manchas padronizadas: cinco monocromáticas, duas bicolores e três policromáticas; -- Folhas com a reprodução das pranchas a preto e branco; -- Um cronometro silencioso para medir o tempo de reação e o tempo total em cada prancha; -- Lápis; -- Folhas de protocolo e de recolha de dados, que podem tomar vários modelos;
CONDIÇÕES DE APLICAÇÃO
-- Individual; -- A sala de aplicação deve ser tranquila, sóbria, livre de interferências;
-- A iluminação, um fator importante, deve descair obliquamente desde a esquerda ou então por detrás do examinador, não muito forte nem muito fraca, de preferência natural; a incidência direta da luz solar nas pranchas deve ser evitada, bem como a luz artificial, e caso tal aconteça esta peculiaridade deverá merecer uma nota;
-- A disposição particular do aplicador e do examinando não tem uma forma específica e obrigatória; é, sim, aconselhável que o examinador esteja colocado de forma a ser facilmente percebido pelo examinando, enquanto este deve estar colocado de forma confortável. 
-- As pranchas devem ser apresentadas sempre na ordem da sua numeração e na sua posição original; quaisquer movimentos que o examinando opere na prancha devem ser devidamente anotados;
-- Antes do início da prova deve perguntar-se ao examinando se este já realizou a prova anteriormente; caso a resposta seja positiva, deve anotar-se a data e as circunstâncias da aplicação prévia;
TEMPO DE APLICAÇÃO
É extremamente variável, podendo ir de trinta minutos a duas horas ou mais; tal variabilidade deve-se à arbitrariedade que os examinadores detêm na aplicação da prova;
Instruções:
(Não existem instruções imutáveis, mas existem informações básicas a serem dadas, que vão variar de acordo com vários fatores) “Vou mostrar para você algumas pranchas, uma por uma, e gostaria que me falasse tudo o que pode ver nelas. À medida que você for falando, eu vou anotando. Não existe resposta certa ou errada, portanto pode me dizer o que acha que é. Vou usar o cronômetro, mas não tem tempo limitado. Quando você terminar cada prancha, por favor, me devolva para que eu possa lhe entregar a seguinte. Tudo Bem? Podemos começar? (Entrega a primeira prancha) O que você acha que pode ser aqui?”
4 Fases de aplicação, sendo as 2 últimas as principais:
1) Fase do Rapport: estabelecer uma relação entre examinador e examinando. Relação de confiança, de segurança. Fornecer informações esclarecedoras e necessárias para a realização do teste. 
2) Fase de instrução: verificar se existe um bom clima de relacionamento. Exemplo: “Nós vamos agora fazer um teste simples. Não se trata de um teste de certo ou errado. Eu vou lhe apresentar uns cartões e você me diz o que está vendo em cada um deles. Não tem limite de tempo, fique o quanto for necessário. 
3) Fase da associação: efetuar o registro de tempo de reação e de duração, de toda a verbalização e anotar entre parênteses expressões não verbais. 
4) Fase de inquérito ou perguntas: entender de forma bem esclarecida tudo o que a pessoa falou. Identifica onde e que conteúdo o examinando percebeu. Tem a finalidade de perceber nos dados levantados o que o examinando refletiu e percebeu. 
Inquérito:
Nas respostas às perguntas «onde» e «como» vamos encontrar os dados necessários para a localização das respostas, bem como os fatores que levaram o sujeito a dar essas respostas, o que permite ao aplicador chegar a conclusões claras acerca da localização e dos determinantes; são estes fatores: localização e determinantes, juntamente com o conteúdo e respostas originais e banais, que constituem os quatro aspectos a julgar em cada resposta para, mediante a simbologia adequada, se chegar a conclusões objetivas. 
As pranchas do Rorschach
1) Prancha 1 (morcego, borboleta, mariposa): Simboliza o novo. Choque ou dificuldades. Pode apontar para dificuldades em lidar com o novo. Desperta relação primordial com a mãe.
2) Prancha 2 (2 humanos, animal de 4 patas, cachorro, elefante, urso): Introdução dos afetos pelas cores e a aceitação da própria libido.
3) Prancha 3 (2 humanos, figuras humanas): Simboliza o relacionamento.
4) Prancha 4 (couro animal, pele, tapete): Simboliza a autoridade. Ligada à imagem paterna.
5) Prancha 5 (morcego, borboleta, mariposa): Esta prancha evoca o próprio “eu”, no sentido de adaptação à realidade. 
6) Prancha 6 (couro animal, pele, tapete): Simboliza a sexualidade.
7) Prancha 7 (cabeças humanas ou rostos): Simboliza o relacionamento entre mãe e filho.
8) Prancha 8 (animal de 4 patas): Simboliza os afetos socializados (cores leves). Adaptação do sujeito nas relações com os outros.
9) Prancha 9 (humano): Simboliza o relacionamento profundo com outras pessoas. O self, o “eu” mais evoluído
10) Prancha 10 (lagosta, caranguejo, aranha, cabeça de coelho, lagartas, vermes, cobras): Simboliza as relações perante o desagregamento, ao despedaçamento. Dificuldade de se desligar.
Análise
A pontuação do teste de Rorschach: a pontuação do teste da mancha de tinta de Rorschach é complexa e exige treinamento e experiência. O sistema de pontuação Exner examina todos os aspectos da resposta, desde quanto da mancha de tinta é usada, que história é contada sobre a resposta (se houver), até o nível de detalhes e ao tipo de conteúdo que é oferecido sobre a mancha de tinta. A pontuação começa por examinar a qualidade do desenvolvimento da resposta. Isto é, quão bem sintetizada, ordinária, vaga ou arbitrária a resposta é.
As seguintes características são codificadas:
· Forma;
· Movimento - quando qualquer movimento ocorreu na resposta;
· Cor cromática - quando a cor é usada na resposta;
· Cor acromática  - quando preto, cinza ou branco são usados na resposta.
· Sombreado-textura - quando a texturaé usada na resposta;
· Sombreado dimensão - quando é utilizada na dimensão da resposta de referência para sombreamento;
· Sombreado difuso - quando sombreamento é usado na resposta;
· Dimensão do impresso - quando dimensão é utilizada na resposta, sem referência ao sombreamento;
· Pares e reflexões - quando um par ou reflexão é usado na resposta.
Como muitas pessoas respondem às manchas de tinta de uma forma complicada e detalhada, o sistema de pontuação usa o conceito de “blends” para explicar respostas complexas que levam em conta vários objetos ou o caminho utilizado para descrever o objeto. 
Atividade organizacional da resposta avalia o quão bem organizada a resposta é. 
Por último, a qualidade do formulário é avaliada, ou seja, o quão bem a resposta cabe na mancha de tinta (de acordo com a forma como a pessoa faz o teste, como a descreve). Se uma mancha de tinta parece um urso, e uma pessoa descreve-o como um urso, isso pode levar uma qualidade de forma “comum”: perfeitamente aceitável, mas não especialmente criativa ou imaginativa.
Há, claro, muitas respostas populares para manchas de tinta que se parecem com algum objeto ou criatura na vida real. O sistema de pontuação Exner leva isso em conta, fornecendo amplas tabelas para cada cartão sobre respostas comuns e como elas podem ser codificadas.
Interpretação
a) Primeira etapa: Analisar o tempo que o sujeito leva para dar as respostas: o Tempo de Latência e o Tempo Total; Analisar o número de respostas.
b) Tempo de Latência Médio: TL médio = Σ TL (soma de todas) / 10
c) Tempo Total: ( T/R ) - OBS: Cada prancha terá um T/R e um T.L
T/R médio = Σ T/R (soma de todas) / R (número total de respostas)
Entre 30’ a 2hs. O TR/m esperado é entre 45” e 60”
d) O número de respostas (R) no total:
Averigua a produtividade do sujeito. O número de R normal varia entre 20 a 30, podendo aumentar para 40 ou 50 em pessoas de nível universitário. 
OBS: Só este dado não é suficiente para diagnosticar a produção. Há outros aspectos no decorrer do teste. Por isso, a entrevista é importante. Se a pessoa está deprimida pode dar um número menor de respostas.
Segunda etapa: Nessa etapa, o sujeito acessa a folha de localização. 
Segunda etapa: Instruções
“Vamos passar para uma nova etapa da prova. Agora eu vou mostrar novamente as manchas e vou pedir que você me explique cada uma das imagens que viu. Vou fazer algumas perguntas para que eu possa entender como você foi construindo essas imagens em sua mente. Como que, através das manchas, você foi tendo essas ideias que disse”.
 “Muito bem, agora vou mostrar as pranchas novamente para que você me diga onde você viu e porquê viu, para que eu possa anotar em uma folha. Por exemplo, na primeira prancha você viu... Onde você viu? Por que você viu?”
O que se quer saber?
 
Exemplo de folha de localização.
A pessoa informa onde viu aquilo que considerou ter visto no todo e nas partes.
Localização das Respostas:
Determinantes: Forma (F)
Verificar se o que determinou a figura relatada foi a sua forma, o seu formato.

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