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DIREITO_DAS_COISAS_-_AULA_2

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DIREITO das COISAS 
AULA N. 2. 
PROF. MARIÂNGELA MILHORANZA 
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I - POSSE 
• 1.6. – Classificação, aquisição, transmissão e 
perda da posse 
• A) Classificação - A) Classificação – O Capítulo I 
do Livro III da Parte Especial do Código Civil 
divide a posse em: 
• justa ou injusta; 
• de boa fé ou de má-fé. 
 
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I - POSSE 
• COMPOSSE: é a posse exercida por duas ou 
mais pessoas, como o condomínio é a 
propriedade exercida por duas ou mais 
pessoas (1199). A composse pode ser tanto na 
posse direta como na indireta (ex: dois irmãos 
herdam um apartamento e alugam a um casal, 
hipótese em que os irmãos condôminos terão 
composse indireta e o casal a composse 
direta). 
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I - POSSE 
• 1.6. – Classificação, aquisição, transmissão e perda 
da posse 
• A) Classificação - Vimos na aula passada e no final 
desta aula 
• B) Aquisição e Transmissão da Posse 
• - I - Formas de Aquisição de Posse 
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I - POSSE 
• Nosso Código, fiel à teoria de Ihering (art. 
1196), não fez enumeração dos modos de 
aquisição; procurou apenas fixar o momento 
exato da aquisição, principalmente para os 
efeitos de usucapião; 
• Art. 1204 – Adquire-se a posse desde o 
momento em que se torna possível o exercício, 
em nome próprio, de qualquer dos poderes 
inerentes à propriedade. 
 
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I - POSSE 
• Ou seja, a aquisição pode se dar por qualquer 
dos modos em geral, mas sempre a partir de 
um determinado momento, como, por 
exemplo, a apreensão, o constituto 
possessório ou outro negócio jurídico, a título 
gratuito ou oneroso, inter vivos ou causa 
mortis; 
 
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I - POSSE 
I.a Aquisição Originária – Modos: 
- a) Apreensão da coisa 
- b) Exercício do direito 
 - c) Disposição da coisa ou do direito 
 
I.b Aquisição Derivada - Modos: 
- a) Tradição: a.1. Real; a.2. Simbólica; a.3. Ficta 
(traditio brevi manu e constituto possessório) 
- b) Sucessão na posse 
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I - POSSE 
• I.a Aquisição Originária – Ocorre quando não 
há relação de causalidade entre a posse atual 
e a posse anterior. São modos de aquisição 
originária da posse: 
 - a) Apreensão da coisa 
- b) Exercício do direito 
 - c) Disposição da coisa ou do direito 
 
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I - POSSE 
• - a) Apreensão da coisa – A apreensão da 
coisa, conforme Carlos Roberto Gonçalves, 
“consiste na apropriação unilateral de coisa 
“sem dono”. A coisa diz-se sem dono quando 
tiver sido abandonada (res derelicta) ou 
quando não for de ninguém (res nullius).” Ex: 
caça. 
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I - POSSE 
• - b) Exercício do direito – Consiste na 
manifestação externa do direito que pode ser 
objeto na relação econômica. Ex: servidão de 
passagem. 
 
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I - POSSE 
• - c) Disposição da coisa ou do direito – 
Conforme Carlos Roberto Gonçalves, “ O fato 
de dispor da coisa caracteriza conduta normal 
do titular da posse ou domínio. Constitui 
desdobramento da ideia de exercício do 
direito, pois possibilita a evidenciação 
inequívoca da apreensão da cois ou do 
direito.” Ex: servidão de águas 
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I - POSSE 
• I.b Aquisição Derivada – Ocorre quando o 
adquirente ou o possuidor atual aceita a posse 
com todos os defeitos e vícios que lhe são 
inerentes. Nesta forma de aquisição, haverá 
transferência da posse do antigo para o novo 
possuidor. 
 
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I - POSSE 
• Em suma, “Há aquisição derivada ou bilateral 
quando a posse decorre de um negócio 
jurídico, caso em que é inteiramente aplicável 
do art. 104 do Código Civil.” 
• Art. 104. A validade do negócio jurídico 
requer: I - agente capaz; II - objeto lícito, 
possível, determinado ou determinável; 
• III - forma prescrita ou não defesa em lei. 
 
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I - POSSE 
• - a) Tradição - é a entrega ou a transferência 
da coisa, pressupondo um acordo de 
vontades, nas sua três modalidades: REAL, 
SIMBÓLICA E FICTA. 
• real – entrega real do bem, ou seja, quando a 
coisa for realmente entregue a outrem. Por 
exemplo, quando a pessoa entra numa loja e 
compra uma blusa, e a mercadoria é entregue 
a ela. 
 
 
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I - POSSE 
• simbólica – entrega de algo que simbolize o 
bem, ou seja, ocorre quando, um ato 
simbolizar a entrega da coisa. Por exemplo, 
quando a concessionária de automóveis 
entrega as chaves do carro para o adquirente. 
 
 
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I - POSSE 
• ficta - A tradição ficta, por sua vez, é aquela em que 
não há qualquer entrega da coisa, porque essa 
pessoa, já possuía a coisa, e posteriormente, torna-
se proprietário. 
• Um exemplo seria o depositário fiel, que é possuidor 
direto da coisa, torna-se proprietário da mesma. Se 
ele já tem a posse direta é porque já está em contato 
físico com a coisa, e nesse caso não haverá como ter 
a entrega real. 
 
 
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I - POSSE 
• Pode-se dizer que há duas hipóteses de 
tradição ficta: traditio brevi manus e 
constituto possessório 
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I - POSSE 
• Constituto Possessório, ou "cláusula constituti", é 
uma cláusula contratual que altera a titularidade da 
posse. Assim, quem possuía em nome próprio passa 
a possuir em nome alheio. Ex: “A” vende a casa a “B”. 
Coloca-se uma cláusula no contrato dizendo que “A” 
passará a ser inquilino de “B” possuindo em nome 
alheio. Esta cláusula adicionada é a cláusula 
constituti ou constituto possessório. 
 
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I - POSSE 
• Já a cláusula "traditio breve manu" é o inverso 
da "cláusula constituti" fazendo com que a 
pessoa que possuía em nome alheio passe a 
possuir em nome próprio. Ex: O locatário que 
antes possuía a casa em nome alheio compra 
a mesma e passa a possuir em nome próprio. 
 
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I - POSSE 
• - b) Sucessão na posse - Art. 1.206. A posse 
transmite-se aos herdeiros ou legatários do 
possuidor com os mesmos caracteres. 
• A posse pode ser adquirida em virtude de 
sucessão inter vivos e mortis causa. 
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I - POSSE 
• Quem pode adquirir a posse 
• Segundo o art. 1205, I e II a posse pode ser 
adquirida: 
• a) pela própria pessoa que a pretende, desde 
que se encontre no pleno gozo de sua 
capacidade de exercício ou de fato e que 
pratique o ato gerador da relação possessória, 
instituindo a exteriorização do domínio; 
 
 
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I - POSSE 
• b) por representante legal (pais tutor ou 
curador) ou procurador, munido de mandato 
com poderes especiais, do que quer ser 
possuidor, caso em que se requer a 
concorrência de duas vontades: a do 
representante e a do representado; já na 
representação legal, a vontade do 
representado está implícita; 
 
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I - POSSE 
• c) por terceiro sem procuração ou mandato, 
caso em que a aquisição da posse fica na 
dependência da ratificação da pessoa em cujo 
interesse foi praticado o ato; tal ratificação 
terá efeito ex tunc; 
• A posse do imóvel faz presumir a das coisas 
móveis que nele estiverem (art. 1209); trata-
se da aplicação do princípio segundo o qual o 
acessório segue o principal; a presunção é 
juris tantum e estabelece a inversão do ônus 
da prova. 
 
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