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RESUMO CAPÍTULO 14 imuno

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RESUMO CAPÍTULO 14
MECANISMOS EFETORES DA IMUNIDADE HUMORAL
A imunidade humoral é mediada por anticorpos secretados, e sua função fisiológica é a defesa contra microrganismos extracelulares e toxinas microbianas. Os tipos de microrganismos que são combatidos pela imunidade humoral são bactérias extracelulares, fungos e mesmo microrganismos intracelulares obrigatórios tais como os vírus os quais são alvos de anticorpos antes de infectarem as células ou quando são liberados de células infectadas. Sabendo do papel do anticorpo, iremos discutir sobre os mecanismos efetores que são utilizados por eles para eliminar os antígenos. 
VISAO GERAL DA IMUNIDADE HUMORAL
A eliminação de antígenos mediada por anticorpos envolve alguns mecanismos efetores e requer a participação de vários componentes humorais e celulares do sistema imunológico, incluindo fagócitos e proteínas do complemento. Os anticorpos medeiam a imunidade protetora das seguintes maneiras: 1) os anticorpos são produzidos por linfócitos B e plasmócitos nos órgãos linfoides e na medula óssea, mas os anticorpos desempenham suas funções efetoras em locais distantes daqueles nos quais foram produzidos; 2) os anticorpos que medeiam a imunidade protetora podem ser derivados de plasmócitos de vida longa ou de vida curta produtores de anticorpos, gerados pela ativação de células B de memoria ou naiives; 3)Muitas das funções efetoras dos anticorpos são mediadas pelas regiões constantes da cadeia pesada das moléculas de Ig, e diferentes isótopos de cadeia pesada de Ig desempenham funções efetoras distintas; 4) Embora muitas funções efetoras dos anticorpos sejam mediadas pelas regiões constantes das cadeias pesadas das Ig, todas essas funções são desencadeadas pela ligação dos antígenos as regiões variáveis. 
NEITRALIZAÇÃO DE MICRORGANISMOS E TOXINAS MICROBIANAS
A neutralização pode ser mediada por anticorpos de qualquer isótopo na circulação e nas secreções mucosas e pode, experimentalmente, também ser mediada por fragmentos Fab ou F(ab)2 de anticorpos específicos.
Os anticorpos neutralizantes mais eficientes são os que tem alta afinidade pelos antígenos e são produzidos por meio de processos de maturação da afinidade. Entretanto, muitos microrganismos conseguem desenvolver mecanismos de resistência, e são assim capazes de escapar da imunidade do hospedeiro e causar mutações nos genes que codificam os antígenos da superfície que são os alvos dos anticorpos neutralizantes.
OPSONIZAÇÃO E FAGOCITOSE MEDIADAS POR ANTICORPO
Os fagócitos mononucleares e os neutrófilos expressam receptores para as porções Fc dos anticorpos IgG que se ligam especificamente a partículas recobertas por anticorpo (opsonizadas), visto que, esse processo de opsonização é essencial para que haja a fagocitose de microrganismos. 
Os receptores Fc mais importantes para a fagocitose de partículas opsonizadas são os de cadeias pesadas dos anticorpos IgG, denominados receptores Fcy. Existem três tipos de receptores Fcy, sendo o principal FcyRI (CD64) 
Quando as células estão recobertas por anticorpos, as células NK e os leucócitos se ligam a elas fazendo com que haja a destruição das mesmas que estão infectadas por microrganismos. Esse processo é denominado citotoxicidade mediada por células dependente de anticorpo (ADCC), contudo, o seu papel na defesa do hospedeiro não está definitivamente estabelecido. 
Alguns microrganismos como os helmintos (vermes) que são grandes demais para serem engolfados pelos fagócitos são expulsos e destruídos a partir da interação dos anticorpos, mastócitos e eosinófilos. 
SISTEMA COMPLEMENTO
É um dos principais mecanismos efetores da imunidade humoral e é também um importante mecanismo efetor da imunidade inata. É composto por proteínas séricas e de superfície celular que interagem uma com as outras e com outras moléculas de maneira regulada, para formar produtos que eliminem os microrganismos. A ativação do complemento caracteriza-se por: 1) a proteólise sequencial de proteínas para gerarem complexos enzimáticos recém- agrupados com atividade proteolítica; 2) os seus produtos se tornam ligados covalentemente as superfícies das células microbianas ou a anticorpos ligados a microrganismos e a outros antígenos; 3) sua ativação é inibida por proteínas reguladoras que estão presentes nas células do hospedeiro normal e ausente nos microrganismos. 
O evento central na ativação do complemento é a proteólise da proteína C3 do complemento para gerar produtos biologicamente ativos e a subsequente ligação covalente de um produto de C3, denominada C3b, as superfícies das células microbianas ou aos anticorpos ligados aos antígenos. Existem três vias principais de ativação do complemento: a via clássica, a via alternativa e a via lectina. Embora as vias de ativação difiram na forma como são iniciadas, todas elas resultam na geração de complexos enzimáticos que são capazes de clivar a proteína mais abundante do complemento, a C3. 
A via alternativa é ativada nas superfícies microbianas na ausência de anticorpos, a via clássica é ativada por complexos antígenos- anticorpo e a via lectina é iniciada pela ligação de colectinas aos antígenos. Todas as vias divergem para uma via comum que envolve a formação de um poro de membrana após a clivagem proteolítica de C5. 
As convertases C5 geradas pelas vias alternativas, clássica ou da lectina iniciam ativação dos últimos componentes do sistema do complemento, que culmina na formação do complexo de ataque citocida à membrana (MAC), que é essencial para que haja a lise da célula infectada por microrganismos. 
Muitas das atividades biológicas do sistema do complemento são mediadas pela ligação de fragmentos do complemento a receptores de membrana expressos em vários tipos celulares. O receptor de complemento tipo 1(CR1 ou CD35) funciona principalmente para promover a fagocitose de partículas recobertas por C3b e C4b e a eliminação de complexos imunes da circulação. O receptor tipo 2(CR2 ou CD21) estimula as respostas imunológicas humorais por acentuar a ativação das células B pelos antígenos e por promover a captação dos complexos antígeno- anticorpo nos centros germinativos. O receptor tipo 3, também chamado Mac-1(CR3, CD11bCD18), é uma integrina que funciona como um receptor para o fragmento iC3b (inativo) gerado por proteólise de C3b. O receptor tipo 4(CR4, p150, 95, CD11cCD18) é uma outra integrina com função semelhante ao Mac-1. O receptor de complemento da família imunoglobulina (CRig) é importante para a remoção de bactérias opsonizadas e outros patógenos transportados pelo sangue. SIGN-R1 é uma lectina tipo c que media a ativação eficiente da via clássica do complemento de uma maneira independente de anticorpo. 
A ativação do complemento precisa ser regulada por duas razoes: 1) a ativação do complemento em baixo nível ocorre espontaneamente, e se a tal ativação se permite prosseguir, o resultado pode ser danoso para células e tecidos normais. 2) mesmo quando o complemento é ativado onde necessário, ele precisa ser controlado porque os produtos de degradação das proteínas do complemento podem difundir-se para células juntas podendo lesá-las. 
As principais funções efetoras do sistema complemento especificam são promover a fagocitose de microrganismos nos quais o complemento esta ativado, estimular inflamação e induzir a lise desses microrganismos, as proteínas do complemento promovem a solubilização desses complexos e a sua eliminação pelos fagócitos. 
Os patógenos desenvolveram diferentes mecanismos para evadirem do sistema complemento. Estes mecanismos de evasão podem ser divididos em três grupos: 1) micróbios podem evadir do sistema complemento, recrutando proteínas reguladoras do complemento do hospedeiro; 2) vários patógenos produzem proteínas especificas que simulam proteínas reguladoras do complemento humano; 3) inflamação mediada pelo complemento também pode ser inibida por produtos de genes microbianos.
FUNÇÕES DOS ANTICORPOS EM LOCAIS ANATOMICOS ESPECIAIS
O mecanismo da imunidade protetora contramicrorganismos é a neutralização mediada por anticorpo, porque os linfócitos e outras células efetoras não passam através do epitélio mucoso ou da placenta. 
A defesa contra microrganismos e toxinas no lúmen dos órgãos mucosos é proporcionada pelo anticorpo IgA, produzido no tecido linfoide mucoso e transportado ativamente pelas células epiteliais para dentro do lúmen. Já a imunidade protetora em neonatos é uma forma de imunidade passiva proporcionada pelos anticorpos maternos transportados através da placenta ou ingeridos e transportados através do epitélio intestinal Fc neonatal especializado.

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