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Sumário Filosófico

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SUMÁRIO FILOSÓFICO 
 
 
 
Períodos da Filosofia 
 
 
Filosofia Antiga: 
 
Os Pré-Socráticos (ou Filósofos da natureza, ou Físicos) – visão cosmológica. 
(Tales, Pitágoras, Anaximandro, Heráclito, Parmênides, entre outros) 
 
Os Sofistas – início da visão antropológica do conhecimento (Protágoras, Górgias, 
Hípias, Isócrates etc.) 
 
Sócrates (470-399 a. C.) – Ironia e maiêutica. 
 
Platão (428-347 a. C.) – Teoria dos dois mundos / das formas. 
 
Aristóteles (384-322 a. C.) – Ato e potência / matéria e forma / a justa medida. 
 
 
Filosofia Medieval: 
 
Patrística – Santo Agostinho (354-430). 
 
Escolástica – São Tomás de Aquino (1227-1274). 
 
 
Filosofia Moderna: 
 
Principais correntes: 
 
Racionalismo – Descartes (1596-1650). Malebranche (1638-1715). Pascal (1623- 
1662). Espinosa (1632-1677). Leibniz (1646-1716). 
 
Empirismo – Bacon (1561-1626). Hobbes (1588-1679). Locke (1632-1704). 
Berkeley (1685-1753). Hume (1711-1776). 
 
Iluminismo – Vico (1668-1744). Voltaire (1694-1778). Rousseau (1712-1778). 
Diderot (1713-1784). D’Alembert (1717-1783). Kant (1724-1804). 
 
Idealismo – Hegel (1770-1831). Fichte (1762-1814). Schelling (1775-1854). 
 
 
Filosofia Contemporânea: 
 2 
 
 
Filosofia da Arte – Friedrich Nietzsche (1844-1900). 
 
Filosofia Analítica – Wittgenstein (1889-1951). Russell (1872-1970). 
 
Escola de Frankfurt – Adorno (1906-1969). Horkheimer (1895-1973). Marcuse 
(1898-1979). Walter Benjamin (1892-1940). Jürgen Habermas (1929-). 
 
Filosofia das Ciências – Gaston Bachelard (1884-1962). 
 
Filosofia Pós-Moderna – Michel Foucault (1926-1984). Jacques Derrida (1930-
2004). Jean Baudrillard (1929-2007). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 3 
RESUMO DAS PRINCIPAIS CORRENTES DA FILOSOFIA GREGA 
 
 
OS FILÓSOFOS DA NATUREZA (Os Pré-Socráticos) 
 
A filosofia dos pré-socráticos voltava seu pensamento para a origem (racional) do 
mundo, do cosmos. Ou seja, estes filósofos dedicavam-se às investigações 
cosmológicas, buscando a arché (o princípio fundamental de todas as coisas). De 
seus escritos quase tudo se perdeu, restando apenas poucos fragmentos. 
(Cosmologia: estudo, teoria ou descrição dos cosmos, do universo.) 
 
Alguns filósofos: 
 
TALES DE MILETO (c.640-548 a. C.) – É considerado o “pai da filosofia grega”. 
Para ele, a água seria o elemento primordial (a arché) de tudo o que existe. 
Atribui-se a Tales a demonstração do primeiro teorema de geometria (embora o 
estudo sistemático desta ciência tenha realmente começado na escola de 
Pitágoras, no século VI a.C.). 
 
ANAXIMANDRO DE MILETO (c.610-547 a. C.) – O princípio gerador de todas as 
coisas, segundo Anaximandro, seria o apeiron (ilimitado / indeterminado / que não 
tem limite / infinito). A ordem do mundo surgiu do caos em virtude desse princípio. 
Assim, o apeiron seria o princípio original de todos os seres, tanto de seu 
aparecimento quanto de sua dissolução. 
 
ANAXÍMENES DE MILETO (c. 588-524 a. C.) – Segundo este pensador, o 
elemento originante de tudo é o ar. Através da rarefação e da condensação o ar 
forma tudo o que existe. “Da mesma maneira que nossa alma, que é ar, nos 
mantém vivos, também o sopro e o ar mantêm o mundo inteiro”. 
 
HERÁCLITO DE ÉFESO (séc. VI-V a.C.) – É conhecido como o filósofo do devir, 
da mudança. De acordo com Heráclito, o logos ( razão / inteligência /discurso / 
pensamento) governa todas as coisas, e está associado ao fogo, gerador do 
processo cósmico. Tudo está em incessante transformação: “panta rei” (tudo flui). 
As coisas estão, pois, em constante movimento, nada permanece o mesmo (“não 
nos banhamos duas vezes no mesmo rio”). 
 
PARMÊNIDES DE ELÉIA (c. 544-450 a. C.) – Para Parmênides, o ser é uno, 
imóvel, eterno, imutável. Desse modo, o devir, a mudança, seria ilusão e simples 
aparência; o movimento é, assim, engano de nossos sentidos. “O Ser é, o não-ser 
não é”. Ou seja: o ser imutável e permanente das coisas é o único que existe, 
enquanto o não-ser, que seria a mudança, não existe. 
 
 
 
 
 
 4 
 
A SOFÍSTICA (OS FILÓSOFOS SOFISTAS – sophos = sábio) 
 
A característica básica dos sofistas é o antropocentrismo – o homem (antropos) 
como centro da investigação. Eram professores itinerantes que ensinavam 
rudimentos de cultura geral, bem como o domínio da técnica dos discursos. Os 
sofistas são os iniciadores da paidéia grega (pedagogia / formação educacional do 
homem grego). Foram os primeiros pensadores que se dedicaram ao estudo da 
gramática, da retórica e da dialética. Infelizmente, não deixaram textos escritos, 
apenas poucos fragmentos. O método de ensino destes filósofos vai influenciar a 
educação medieval: o trivium (gramática, dialética e retórica) e o quadrivium 
(aritmética, geometria, astronomia e música), que formavam a base do currículo 
dos cursos das universidades medievais. 
 
Alguns filósofos: 
 
PROTÁGORAS DE ABDERA (séc.V a.C) – “O homem é a medida de todas as 
coisas”, isto é, o conhecimento depende daquilo que o homem percebe. 
Protágoras era um jurista, e acreditava que o ensino deveria visar ao bem-estar do 
indivíduo, inserido no Estado. É criticado como sendo individualista, mas, na 
verdade, já se considera que este pensador propunha um humanismo relativista. 
 
GÓRGIAS DE LEONTINOS (c. 485-380 a. C.) – Os ensinamentos de Górgias 
priorizavam as técnicas dos discursos, pois “a palavra é um soberano poderoso 
que possui a virtude de tirar o medo , de remover a dor, de infundir a alegria , de 
intensificar a compaixão”. Para ele, a palavra é um pharmakon: uma droga – 
remédio ou veneno, dependendo do uso que dela se faz. A retórica é, portanto, a 
ciência do discurso,e, por isso, a verdadeira filosofia. 
 
ISÓCRATES (c. 436-338 a. C.) – Foi, entre os grandes mestres da retórica na 
Grécia Clássica, o único ateniense. Contemporâneo de Platão, Isócrates 
postulava uma educação abrangente para a formação do espírito humano, 
afirmando que a retórica, pela característica de seus ensinamentos, pode ser 
também chamada de filosofia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 5 
O PERÍODO CLÁSSICO: 
 
SÓCRATES (c. 470-399 a. C.) – Tudo o que se sabe deste filósofo deve-se a seus 
discípulos, pois ele não deixou nada escrito. A filosofia de Sócrates detinha-se na 
investigação das questões humanas, principalmente aquelas relativas à ética e à 
política. Seu pensamento se baseava na ironia (recurso de expressão que 
costuma indicar o oposto do que se afirma) e na maiêutica ( do grego maieutiké, 
que significa arte do parto). A mãe de Sócrates era parteira e, por isso, ele 
identificava seu método pedagógico com a profissão materna: o processo da 
maiêutica consistia, pois, em trazer á luz as idéias. Extraindo idéias por meio de 
perguntas e respostas, os indivíduos descobrem as coisas como que por si 
mesmos. Para Sócrates, há uma estreita correspondência entre conhecimento e 
virtude, e ambos são inseparáveis. Assim, o conhecimento aponta aos homens o 
caminho do bem, e todo mal resulta da ignorância. 
 
PLATÃO (428-347 a. C.) – O pensamento de Platão, discípulo de Sócrates, 
baseia-se na teoria dos dois mundos (que podem se vincular, graças ao 
conhecimento): o mundo sensível que é o mundo em que vivemos – dos reflexos, 
da cópia, da imperfeição, da aparência, do simulacro – é o mundo da doxa 
(opinião); e o mundo inteligível – das idéias ou formas perfeitas, da verdade 
absoluta, das essências imutáveis e eternas – é o mundo da episteme ( ciência / 
conhecimento / sabedoria científica). Ou seja, o pensamento platônico está 
centrado na distinção dos dois mundos. Para Platão, a alma é imortal e, por isso, 
já contemplou o mundo transcendente das essências perfeitas; assim, o 
conhecimento seria uma recordação do que já foi observado no mundo das idéias 
(teoria da reminiscência). Platão fundou a Academia em 388 a.C. – uma escola 
filosófica, localizada junto aos jardins dedicado ao herói grego Academos –, a qual 
só foi fechada no ano de 529 de nossa era, pelo imperador romano Justiniano. 
Escritor de considerável talento, Platãoutilizava, quase sempre, a técnica dos 
diálogos para expor seu pensamento. 
 
ARISTÓTELES (384-322 a. C.) – Discípulo de Platão, Aristóteles discorreu sobre 
os mais diferentes ramos do conhecimento (lógica, metafísica, botânica, zoologia, 
política, ética, física, para citar apenas alguns), sendo considerado um pensador 
de “saber enciclopédico”. De acordo com Aristóteles, também chamado de o 
Estagirita (pois nasceu em Estagira), a idéia não possui uma existência separada: 
as idéias são reais, estão em nosso mundo; e os caminhos para o conhecimento 
são os da vida, da experiência. Seu pensamento centra-se na distinção entre ato 
(aquilo que é realizado plenamente) e potência (que é a possibilidade de vir a ser), 
e também entre matéria (substrato passivo) e forma (que determina a matéria, que 
é inteligível na coisa), as quais só podem ser dissociadas pelo pensamento. Ele 
distingue ainda essência e acidente de uma substância: enquanto a essência é 
primordial para a substância ser o que é, o acidente é um atributo contingente, que 
não interfere na essência (Por exemplo: um atributo essencial do homem é a 
racionalidade; um atributo acidental é ser careca, gordo, baixo etc.). O homem é 
um animal político (da polis = cidade), que busca a felicidade – a situação ideal do 
bem. Para Aristóteles, todo homem deve buscar a virtude, que representa o meio-
 6 
termo, a justa medida, evitando assim os extremos (Por exemplo: a coragem é a 
justa medida entre a temeridade – o excesso – e a covardia, a falta). 
 
 
 
 
PERÍODO HELENISTA 
 
As principais correntes desse período voltam-se para a vida interior do homem 
(principalmente, devido ao declínio da importância da participação do cidadão nos 
destinos da cidade – o coletivo cedendo lugar ao individual). Mencionaremos as 
principais correntes, algumas das quais perpassam vários períodos da filosofia: 
 
ESTOICISMO – Escola fundada por Zenão de Cício (336-263 a.C.), buscava os 
princípios éticos da harmonia e do equilíbrio com a natureza. Os estóicos 
defendiam uma total austeridade física e moral do homem, o que poderia levá-lo à 
ataraxia – a imperturbabilidade –, sinal máximo de sabedoria. 
 
EPICURISMO – Doutrina de Epicuro (341-270 a.C.), cujo bem maior é o prazer 
(em grego, hedoné). Para ele, o prazer se vincula ao bem, enquanto a dor está 
vinculada ao mal. O supremo prazer é de natureza intelectual, sendo obtido pelo 
domínio das paixões. O epicurista deve cultivar a ataraxia, isto é, usufruir tranquilo 
de uma vida harmônica com a natureza. Afastado da política e da sociedade, sua 
maior alegria será experimentar a amizade filosófica. 
 
CETICISMO – Escola fundada na Grécia por Pirro de Élida. A denominação desta 
corrente deriva do verbo sképtomai, que significa observar atentamente, examinar, 
refletir. O filósofo cético se isenta de formular juízos sobre a realidade, 
renunciando às certezas e submetendo tudo a uma dúvida constante. Embora 
acreditando na impossibilidade do conhecimento do real, o cético (do grego, 
skeptikós = aquele que investiga) persiste em sua busca, em sua investigação 
acerca da verdade. Pode-se afirmar, aliás, que o ceticismo influencia, ainda hoje, 
a reflexão crítica e os questionamentos da filosofia. 
 
DOGMATISMO – Esta corrente se antepõe à filosofia cética. O filósofo dogmático 
(dogmatikós) acredita na possibilidade da condição humana de chegar a verdades 
absolutas. Ou seja, o dogmatismo é a corrente que considera ser possível, para a 
razão humana, alcançar as certezas evidentes. 
 
 
 7 
CORRENTES DO PERÍODO MEDIEVAL 
 
 
 
 
PATRÍSTICA – Doutrina dos Padres da Igreja, preocupados em estabelecer as 
bases de uma sistematização da filosofia e da teologia. A fim de converter os 
pagãos, combater as heresias e justificar a fé, estes padres desenvolvem a 
apologética, textos de louvor e defesa do cristianismo. Começa aí uma aliança 
profunda entre fé e razão, que perdura por toda a Idade Média e que subordina a 
razão à fé. 
 
 
Filósofo: 
 
Santo Agostinho (354-430) – Ao converter-se à religião cristã, Agostinho recorre 
ao mundo das idéias de Platão, substituindo o mundo das idéias pelo mundo 
divino, segundo a teoria da Iluminação. Considerando que o homem recebe de 
Deus o conhecimento das verdades eternas, pela fé será possível o pensar 
correto. 
 
 
 
ESCOLÁSTICA – É a filosofia das escolas e das universidades, desenvolvida por 
volta do século IX ao século XIII. Persiste a aliança entre razão e fé, aquela 
sempre considerada a “serva da Teologia”. O principal período desta corrente se 
dá sobre a influência do aristotelismo. A fundação das universidades faz com que 
a intelectualidade da época comece a se desenvolver, estudando o trivium – 
gramática dialética e retórica – e o quadrivium – aritmética, geometria, astronomia 
e música. 
 
 
Filósofo: 
 
São Tomás de Aquino (1227-1274) – No desenvolvimento de suas investigações, 
São Tomás de Aquino utiliza, especialmente, o pensamento aristotélico para 
realizar a síntese mais fecunda da escolástica, conhecida como filosofia 
aristotélica-tomista. A influência de Aristóteles no pensamento medieval persistirá 
por alguns séculos, embora se considere que a filosofia aristotélica tenha sido 
cristianizada. 
 8 
PRINCIPAIS CORRENTES DA FILOSOFIA MODERNA 
 
 
 
RACIONALISMO – Corrente filosófica que enfatiza o papel da razão como 
fundamento do modo de conhecer a realidade. Nesta perspectiva, a razão vai 
possibilitar a apreensão e a justificação do conhecimento sem que a experiência 
sensorial interfira no processo do conhecimento. A razão é, assim a única fonte 
de qualquer conhecimento, sendo capaz de, sozinha, chegar à verdade absoluta 
das coisas. 
 
Filósofo: 
 
RENÉ DESCARTES (1596-1650) – A filosofia do francês Descartes inaugura o 
pensamento moderno, a partir de uma mudança radical com relação ao 
conhecimento de sua época. Influenciado pelas novas ciências e com base no 
modelo matemático, Descartes instaura seu método, que tem como ponto de 
partida a busca de uma verdade única e indubitável. Assim, desconsiderando 
todo conhecimento que não possa ser realmente comprovado pelo processo da 
dúvida metódica, Descartes vai chegar à primeira certeza: "Penso, logo existo" 
(do latim: Cogito ergo sum), sobre a qual pretende construir metodicamente o 
caminho para o conhecimento verdadeiro, de certeza evidente. 
 
 
 
EMPIRISMO – É uma corrente do pensamento moderno que busca fundamentar 
todo o conhecimento com base na experiência (do grego, empeiria: experiência). 
Desse modo, todo conhecimento humano deriva da experiência sensorial, 
apoiando-se, portanto, nos sentidos do homem como alicerce para o 
conhecimento. 
 
Filósofo: 
 
DAVID HUME (1711-1776) – O filósofo e historiador escocês David Hume é 
considerado um dos maiores expoentes do empirismo. Para ele, todos os nossos 
conhecimentos são adquiridos e resultam dos sentidos, da experiência. Em suas 
pesquisas fundamentais, Hume destaca que as idéias são, na verdade, cópia de 
nossas impressões relativas aos dados empíricos; ressaltando que, além das 
impressões dos sentidos, também as emoções e as paixões seriam formas de 
impressão. Hume utiliza o método experimental naturalista, aplicando-o às 
ciências morais para seu estudo acerca do pensamento humano. Por isso, a 
filosofia de Hume segue uma linha imanente, priorizando a experiência como 
única fonte de conhecimento; o que significa que a representação intelectual de 
um objeto seria dada por uma associação de sensações que possibilitaria sua 
percepção. 
 9 
 
ILUMINISMO – Movimento filosófico do século XVIII, também conhecido como 
Século das Luzes, ou Ilustração. Caracterizou-se, especialmente, pela 
valorização da ciência e da racionalidade e, por conseguinte, pela laicização do 
conhecimento. A visão materialista de seus pensadores privilegiava a 
emancipação da razão e o progresso científico das sociedades. 
 
Filósofo: 
 
IMMANUEL KANT (1724-1804) – O pensamento kantiano se propõea estabelecer 
as condições de possibilidades do conhecimento relacionadas à razão. Segundo 
Kant, a sensibilidade e o entendimento são partes integrantes do pensamento 
humano. A sensibilidade é o conhecimento sensível, isto é, ligado à intuição dos 
sentidos, que assimila o objeto dado. O entendimento é o conhecimento inteligível 
(do pensamento abstrato, metafísico) e se refere ao que é pensado. A união 
destas partes possibilita a experiência da realidade. Kant se deteve, também, 
sobre a questão da moral, elaborando a fórmula de seu imperativo categórico 
(proposição que expressa uma ordem): "Age de tal maneira que a norma de tua 
ação possa ser tomada como lei universal". 
 
 
 
IDEALISMO – Corrente da filosofia que possui várias vertentes (idealismo 
subjetivo e objetivo, por exemplo), e busca, de modo geral, o entendimento do 
mundo a partir da interpretação da realidade. Para esta corrente, pode-se dizer 
que o mundo é o que eu penso, é a minha idéia. 
 
Filósofo: 
 
GEORG WILHELM FRIEDRICH HEGEL (1770-1831) – O pensamento de Hegel, o 
principal representante do idealismo alemão, pode ser visto como o último sistema 
clássico da filosofia ocidental. Considerando que "todo racional é real e todo real 
é racional", Hegel afirma que a razão é a realidade profunda e essencial de todas 
as coisas. Desse modo, a história universal é a manifestação da razão. De 
acordo com a visão hegeliana, o desenvolvimento do conhecimento acontece pela 
contradição e pelo conflito entre idéias. Por isso, Hegel concebe o processo 
dialético – em seus momentos de tese / antítese / síntese – como mola-mestra de 
seu sistema, num movimento progressivo a ser percorrido em direção à verdade 
absoluta. 
 
 10 
FILÓSOFOS CONTEMPORÂNEOS 
 
 
 
KARL MARX (1818-1883) – A obra deste filósofo alemão alcançou grande 
repercussão em seu tempo, especialmente pelas idéias revolucionárias referentes 
à política e à economia das sociedades. Inicialmente influenciado por Hegel, Marx 
logo se distancia do idealismo e, com a colaboração de Engels, desenvolve suas 
pesquisas não apenas no campo filosófico, mas também na história e nas ciências 
sociais e políticas. Estas investigações possibilitam a criação de duas expressões 
predominantes no pensamento marxista: o materialismo dialético (que concebe as 
contradições sociopolíticas como componentes das lutas de classe); e o 
materialismo histórico (que considera os processos de transformação das 
sociedades e os conflitos de cada época como uma força que movimenta os 
acontecimentos históricos). 
 
 
 
FRIEDRICH WILHELM NIETZSCHE (1944-1900) – O pensamento nietzschiano se 
caracteriza principalmente pela total subversão às normas e valores de sua época. 
Crítico radical do "controle racional" estabelecido pela filosofia socrático-platônica, 
Nietzsche busca recuperar a tradição grega do tempo dos heróis de Homero, 
considerando que as forças vitais do homem, seus desejos e paixões, devem ser 
resgatadas para fazer surgir o homem verdadeiramente livre. A inteligência de 
rebanho e a moral de escravos são algumas das expressões usadas por 
Nietzsche para denunciar a passividade imposta pelas regras da sociedade. 
 
 
 
MICHEL FOUCAULT (1926-1984) – Um dos mais importantes nomes da filosofia 
francesa do século XX, Foucault prioriza, em seu pensamento, a articulação dos 
saberes com as práticas discursivas. As investigações de Foucault se 
desenvolvem abarcando, especialmente, o estudo dos campos teórico, político e 
científico. Nesta linha, Foucault relaciona a noção de saber com o poder, 
explicando que tais noções se vinculam à história, e propõe uma arqueologia do 
saber (uma análise metódica da história das idéias), para, depois, inspirado em 
Nietzsche, uma genealogia do saber (na busca de explicação sobre a produção de 
saberes).

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