Buscar

direito constitucional III Professor SILVEIRA

Prévia do material em texto

11
RESUMO
PARTE 1
DIREITO CONSTITUCIONAL 3
(Este material destina-se EXCLUSIVAMENTE ao acompanhamento em sala de 
aula,para melhor compreensão é necessária a utilização do texto constitucional 
e legislação em vigor, além da doutrina indicada e da jurisprudência.)
PROF. SILVEIRA
22
DIREITO CONSTITUCIONAL
• É o ramo do direito público que expõe, 
interpreta e sistematiza os princípios e as 
normas definidoras do Estado.
( José Afonso da Silva) 
• É a ciência positiva das Constituições.
( Pinto Ferreira)
33
CONSTITUIÇÃO 
CONCEITO, ESTRUTURA E CLASSIFICAÇÃO
CONTITUIÇÃO é a Lei suprema e fundamental 
que institui o Estado, estabelece a sua estrutura, 
os seus poderes e os direitos fundamentais das 
pessoas.
4
Perspectivas das Constituições
1. SENTIDO SOCIOLÓGICO: defendido por Ferdinand Lassale(Séc. XIX 
– metade) procura extrair o conceito da Constituição sobre a perspectiva dos 
fatos sociais, ou seja, o produto das relações entre as pessoas e o Poder 
(Estado). Para Lassale a Constituição é a manisfestação da relação entre a 
sociedade e o Estado. Logo podemos visualizar duas Consittuições sob o 
aspecto sociológico a "REAL" e efetiva que corresponde ao Poder do Estado na 
sociedade e, uma outra que não passaria de"folha de papal escrita".
2. SENTIDO POLÍTICO defendido por Carl Schmitt neste sentido Schimitt 
(Séc. XX - início) defende que a constituição é o resultado da decisão política, 
para Schimitt não é necessário que a Constituição seja escrita, o que importa é 
reconhecer o conteúdo das normas, assim somente seriam constitucionais as 
normas que regulam o poder do Estado, todo o resto escrito não passaria de 
"leis constitucionais", ainda que inserta na Constituição.
3. SENTIDO JURÍDICO defendido por Hans Kelsen entende que a 
Constituição é criada baseando-se no que "deve ser“. Para Kelsen a 
Cosntituição é uma norma de direito sem qualquer outro sentido. 
 A Constituição está acima de todas as demais normas do ordenamento 
jurídico e se apresenta como norma maior, suprema e fundamental. 
55
TIPOLOGIA DAS CONSTITUIÇÕES
QUANTO À FORMA
 A) escrita: é aquela cujas normas encontram-se num 
determinado compêndio,reunidas de modo 
sistemático e codificado.
 B)costumeira (não-escrita): ao contrário do que se 
pensa, não significa que não existam documentos 
escritos. Entretanto, estes não estão reunidos num 
único instrumento, codificado e sistematizado, mas 
sim, decorrem da praxe, dos usos e costumes.
66
QUANTO AO CONTEÚDO 
 A) material: é aquela que cuida apenas das normas 
substanciais, ou seja, fundamentais para a estrutura do 
estado, tais como, separação de poderes, organização do 
estado e os direitos fundamentais.
 B) formal: é aquela que não cuida apenas das normas 
substanciais, mas também das questões procedimentais, 
para alguns denominam-se “constituições procedimentais”. 
As constituições formais ( a Constituição da República 
Federativa do Brasil, 1988) nos revelam o poder normativo 
dos preceitos nela contidos, bem como, a supremacia de suas 
normas. 
77
QUANTO À ORIGEM
• A) promulgadas: são constituições democráticas, 
populares e votadas, suas normas são submetidas a 
debates e aprovação. 
• B) outorgadas: são aquelas ditas, por impostas, ou 
seja, decorrem do poder concentrado na autoridade 
de um ditador, imperador, presidente, junta 
governista etc. Não há participação popular na sua 
elaboração 
- Há uma terceira classificação chamada de Cesarista na qual o 
ditador para dar-lhe uma feição legítima convoca um 
referendo popular para aprová-la.
88
QUANTO AO MODO DE ELABORAÇÃO
a) Dogmática: É aquela que se origina de forma escrita e 
sistemática, baseada em dogmas, ou seja, princípios e 
ideias incontestáveis existentes no momento de sua 
elaboração.
b) Histórica: também denominada costumeira, é a que se 
origina através de uma evolução de ideias no tempo, 
produto dos usos e costumes de determinada 
sociedade, baseada na tradição de um povo 
99
QUANTO À EXTENSÃO
a) Prolixas (analíticas): São constituições 
longas, detalhistas, como no caso da 
Constituição brasileira de 1988.
b) Sintéticas (reduzidas): São constituições 
pequenas, concisas, com poucos artigos em 
seu texto escrito. Exemplo a Constituição 
dos E.U.A. de 1787.
1010
QUANTO AOS FUNDAMENTOS (ideologia)
• A) ecléticas (compromissórias): são aquelas 
originadas do encontro de diversas ideologias.
• B) ortodoxas: são aquelas que expressam o 
pensamento único, confirmam uma 
determinada ideologia.
1111
QUANTO À FINALIDADE
• A) dirigente: são aquelas que apresentam um plano para dirigir 
a evolução do Estado. O conceito da constituição-dirigente é de 
origem marxista.
• B) garantia: são aquelas que tem por objetivo estabeleceras 
garantias de liberdade, é tipicamente reduzida.
• C) balanço: são aquelas que indicam os estágios das relações 
políticas, seguem a escola soviética. Elas recebem esse nome 
porque procuram equilibrar os anseios burgueses e proletários. 
Carta de Weimar(1919), combinam os direitos sociais e as 
liberdades.
1212
QUANTO À RIGIDEZ(estabilidade)
• A) imutáveis: são aquelas que, como o próprio nome diz são 
intocáveis, ou seja, não admitem nenhuma alteração no seu 
texto original. Não são admissíveis em nosso dias. 
• B) rígidas: são constituições que admitem a mudança em seu 
texto original, mas estabelce um procedimento especial e 
rigoroso de controle para sua mudança. A Constituição 
brasileira de 1988 é tida como rígida. Algumas escolas 
sustentam que em face de núcleos irreformáveis a 
constituição brasileira seria também “super-rígida”. 
• C) flexíveis: são constituições plásticas, não seguem processo 
especial para a sua alteração. As constituições plásticas não 
produzem estabilidade constitucional.
• D) semi-rígidas: são constituições mistas, ou seja, parte do 
texto constitucional se submete ao processo reformador 
rígido e outra parte a flexibilidade.
1313
ESTRUTURA DIDÁTICA DA CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA DE 
1988
- A Constituição Federal de 1988 possui três núcleos:
A) PREÂMBULO;
B) CORPO;
C) A.D.C.T. (Ato das Disposições Constitucionais 
Transitórias).
1414
PREÂMBULO 
• É um documento de objetivos do diploma 
constitucional, caracterizando verdadeiro atestado 
oficial de origem do novo Estado e a declaração de 
sua legitimidade e princípios de uma nova ordem 
política e jurídica. Algumas escolas jurídicas 
entendem que o preâmbulo não faz parte do texto 
constitucional propriamente dito, sendo apenas um 
diploma de promulgação.
1515
DEBATE CONSITUCIONAL 
a obrigatoriedade do uso da expressão“...sob a 
proteção de Deus...” no preâmbulo das 
Constituições estaduais:
• O Tribunal (STF) julgou improcedente o pedido formulado em 
ação direta ajuizada pelo Partido Social Liberal - PSL contra o 
preâmbulo da Constituição do Estado do Acre, em que se 
alegava a inconstitucionalidade por omissão da expressão 
"sob a proteção de Deus", constante do preâmbulo da CF/88. 
Considerou-se que a invocação da proteção de Deus no 
preâmbulo da Constituição não tem força normativa, 
afastando-se a alegação de que a expressão em causa seria 
norma de reprodução obrigatória pelos Estados-membros. 
ADI 2.076-AC, rel. Min. Carlos Velloso, 15.8.2002.(ADI-2076)
1616
CORPO 
• Para o entendimento didático denominamos como 
corpo o texto constitucional básico, propriamente 
dito, ao longo de seus nove títulos com mais de 250 
artigos . 
ATENÇÃO
• Não obstante o último artigo ser o art. 250, observe 
que temos art. 29- A;103-A etc. 
1717
A.D.C.T. 
(Ato das Disposições Constitucionais Transitórias)
• O ato das disposições constitucionais transitórias é um 
conjunto de normas de hierarquia constitucional,sendo 
portanto, norma constitucional. O A.D.C.T. foi estabelecido 
como medida de transição da velha República para a nova 
República e regulação de dispositivos originados a partir da 
nova constituição.
• Alguns dispositivos inseridos no A.D.C.T. são tidos como de 
“eficácia exaurida”, como por exemplo verificamos nos art. 
2º. e 3º. do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, 
eis que já produziram os seus efeitos. 
18
Força Normativa da Constituição
• Força Normativa da Constituição (Konrad Hesse): o que se 
busca aqui é garantir a autoridade da Constituição. A norma 
constitucional não tem existência autônoma em face da 
realidade. Para ser aplicável, a CF deve ser conexa à 
realidade jurídica, social e política, não sendo apenas 
determinada pela realidade social, mas determinante em 
relação a ela. (quando duas ou mais interpretações são 
possíveis, deve-se buscar a garantia da CF – Exemplo: lei 
10.961 readmissão de servidores – prazo de 120 dias para 
requerer, se é lei temporária não cabe o controle abstrato – 
ver o art. 19 do ADCT).
1919
SUJEITOS DA INTERPRETAÇÃO 
CONSTITUCIONAL
MODELO HERMENÊUTICO CLÁSSICO:
- órgãos estatais, entre eles, as cortes 
constitucionais.
 MODELO HERMENÊUTICO MODERNO OU 
CONTEMPORÂNEO:
 - inclui os cidadãos e os grupos sociais (igrejas, 
associações sindicais etc.).
"sociedade aberta dos intérpretes da Constituição". 
(Peter Häberle)
2020
SUJEITOS DA INTERPRETAÇÃO 
CONSTITUCIONAL
MODELO 
HERMENÊUTICO
CLÁSSICO MODERNO
ÓRGÃOS 
ESTATAIS
ÓRGÃOS ESTATAIS, 
CIDADÃOS,
ASSOCIAÇÕES CIVIS etc.
21
EFICÁCIA VETRTICAL E HORIZONTAL DOS 
DIREITOS FUNDAMENTAIS
• o fato da existência de um estado democrático de direito 
impõe a observância compulsória da legalidade e da 
legitimidade. Sendo assim, os direitos apresnetados na 
Constiuição tem sua origem clássica na verticalização da 
relação Estado e indivíduo. Entretanto, os direitos 
fundamentais não têm somente esta direção, atualmente eles 
também se aprofundame disseminam-se nas relações 
privadas.
• Podemos tomar como exemplo o art. 5º, inciso LIV que 
apresenta o "princípio do devido processo legal", tal princípio 
se mostra muito presente nas relações verticais, mas também 
deve ser observado numa relação particular, como no seio 
das associações privadas.
2222
Aplicabilidade e Eficácia das Normas Constitucionais
Aplicabilidade
 Imediata Mediata
 ↓ ↓
 Norma bastante em si Norma não bastante em si
 ↓ ↓ ↓ 
 Eficácia Eficácia Eficácia Limitada (C)
 Plena (A) Contida(B)
*Todas as normas constitucionais possuem eficácia jurídica
2323
• A) normas de eficácia plena e aplicação imediata: São normas 
aptas para serem aplicadas e dispensam o sistema normativo 
integrador ou regulamentador, estão prontas para serem 
aplicadas imediatamente e de maneira integral.
• B) normas de eficácia contida e aplicação imediata: São 
normas que também produzem aplicação imediata e integral, 
seus comandos permitem os seus efeitos imediatos, todavia, 
sujeitam-se as restrições efetuadas pelas normas 
infraconstitucionais, alguns autores as denominam “normas 
de eficácia restringível ( redutível). 
• C) normas de eficácia limitada e aplicação mediata: São 
aquelas que dependem de integração por meio de legislação 
infraconstitucional, diferem das normas de eficácia contida, 
porque a sua aplicabilidade requer a integração do dispositivo 
constitucional por meio de lei futura, onde o legislador 
atribuirá capacidade de execução. 
2424
Normas de eficácia limitada
(outra classificação)
• normas definidoras de princípios institutivos – aquelas que irão definir a 
estrutura e atribuições das instituições, pessoas e órgãos, tendo por 
escopo gerar a aplicabilidade integral da norma. Ex..: art. 25 § 3º, art. 127, § 
2º etc.
• normas definidoras de princípios programáticos – aquelas que 
estabelecem programas a serem desenvolvidos e cumpridos, mediante 
legislação integrativa. Essas normas não trazem em si direitos ou 
interesse regulados, mas sim, alvos e direções que deverão ser 
observados. Ex..: art. 23, art. 226 § 2º etc. 
ATENÇÃO: 
• Há no texto constitucional, segundo a doutrina, normas constitucionais de 
eficácia exaurida, ou seja, aquelas que já desempenharam a sua missão. 
Entre elas destacamos alguns artigos do A.D.C.T., como por exemplo o art. 
2º e art. 3º ambos do A.D.C.T.
• Para Uadi L. Bulos, temos também normas constitucionais de eficácia total 
e aplicabilidade direta, as quais podemos identificar como aquelas que 
integram as cláusulas imodificáveis. Ex. art. 1º, 2º, 5º, incisos I ao LXXVII, 
art. 14 e 60 § 4º (Uadi L. Bulos – Constituição Federal Anotada – Ed. 
Saraiva –5ª Edição, p. 389,) .
2525
PRINCÍPIOS DE INTERPRETAÇÃO CONSTITUCIONAL
• O Princípio da Interpretação conforme a Constituição é corolário 
dos princípios da supremacia constitucional e presunção de 
constitucionalidade das leis. 
• quando as normas infraconstitucionais polissêmicas ou 
plurisignificativas forem submetidas à interpretação 
constitucional, o intérprete deverá optar pela solução mais 
compatível possível, resolvendo a dúvida em favor de sua 
manutenção.
ATENÇÃO
A interpretação conforme possui um
 "princípio conservador da norma", 
cuja finalidade é a manutenção da norma legal,
 afastando-se a interpretação inconstitucional.
2626
PRINCÍPIOS DE INTERPRETAÇÃO CONSTITUCIONAL 
• Unidade Constitucional: a interpretação deve evitar a 
antinomia das normas, buscando a harmonia entre suas 
antinomias aparentes. (art. 100 e o art. 33 do ADCT, são 
normas de mesma hierarquia)
• Efeito integrador: o intérprete deve buscar na integração 
política e social, a unidade política com soluções 
integradoras, valorizando a unidade constitucional. (art. 37, X 
e XV – revisão na mesma data e anual e irredutibilidade 
nominal e real )
• Harmonização (concordância prática): o que se busca é 
evitar a perda total de um bem jurídico em face de outro 
bem jurídico tutelado pelas normas constitucionais.( a 
imposição de tributação excessiva sobre certa atividade, 
poderá inviabilizar o exercício da profissão – ref. Art. 5º, 
inciso XIII e lei que regulamenta determinada profissão)
2727
PRINCÍPIOS DE INTERPRETAÇÃO 
CONSTITUCIONAL
Princípio da Máxima 
Efetividade: 
• O princípio da máxima efetividade 
também conhecido como princípio 
da interpretação efetiva. Na 
aplicação da máxima efetividade o 
intérprete deverá buscar a solução 
que alcance a maior eficiência.
* O escopo é garantir uma 
eficácia social, extraindo o 
melhor resultado possível.
EFICÁCIA
 DA 
NORMA 
CONSTITUCIONAL
EFICÁCIA
POSITIVA
EFICÁCIA
 NEGATIVA
Exigir medidas 
que assegurem 
o exercício 
dos direitos 
Não permite
o retrocesso social 
28
1. O método hermenêutico clássico surgiu no século XIX, as 
constituições eram sintéticas ou reduzidas e não se discutia 
sobre a ponderação dos bens jurídicos.
2. Não abandonamos o método hermenêutico clássico, mas este 
sozinho não é capaz de resolver todos os conflitos entre as 
normas jurídicas e o ordenamento constitucional. Daí a 
necessidade do uso do método hermenêutico moderno. 
3. Atualmente buscamos a otimização dos princípios (filtro 
constitucional), com a ponderação de bens jurídicos.
28
CONSIDERAÇÕES
29
CONSIDERAÇÕES
4. A Interpretação conduz a uma solução do que seria possível, 
mas não ao único resultado possível.
5. A hermenêutica disponibiliza várias ferramentas para auxiliar o 
intérprete na solução da controvérsia jurídica, mas não há uma 
fórmula matemática para a solução das controvérsias.6. Os métodos modernos são uma releitura do m´´todo 
hermenêutico clássico, diante de uma nova realidade social e 
jurídica.
7. A interpretação conforme a Constituição é ao mesmo tempo um 
princípio da hermenêutica e também uma técnica aplicável ao 
controle de constitucionalidade – o que se busca com esta técnica 
não é a inconstitucionalidade da lei, mas, a interpretação que 
seria constitucional, afastando aquela que não se adequa ao 
ordenamento jurídico.
29
3030
VEERTICALIZAÇÃO
• A supremacia constitucional implica num produto de 
normas de observância compulsória da hierarquia de que 
dispõem as normas constitucionais.
• A rigidez constitucional consiste na verificação do 
processo constitucional para a elaboração das normas 
infraconstitucional, bem como, das emendas 
constitucionais.
LEMBRE-SE: 
 -Toda norma editada no ordenamento jurídico goza de 
“presunção de constitucionalidade”.
3131
PIRÂMIDE DO ORDENAMENTO JURÍDICO
NÍVEL 1: NORMAS CONSTITUCIONAIS
 
 
 SUBNV 1: NORMAS SUPRALEGAIS 
 SUBNV 2: NORMAS LEGAIS
 SUBNV 3: NORMAS INFRALEGAIS
NÍVEL 2
NORMAS
INFRACONSTITUCIONAIS
 
O
R
I
G
I
N
Á
R
I
A
S
 
D
E
R
I
V
A
D
A
S
3232
INTERNALIZAÇÃO DOS TRATADOS INTERNACIONAIS
Art. 84 , VIII c/c Art. 5º, §§ 2º e 3º
REGRA GERAL
 A competência para celebrar “Tratados Internacionais” é do 
Presidente da República, submetendo ao referendo do 
Congresso Nacional, por meio de Decreto Legislativo. 
 Em regra, os Tratados Internacionais terão “status quo” de Leis 
Ordinárias.
Tratados Internacionais Leis Ordinárias
 
 Na hipótese de conflito entre o Trat. Internacional e a Lei 
Ordinária aplicar-se-á o mais moderno.
3333
INTERNALIZAÇÃO DOS TRATADOS INTERNACIONAIS
Art. 84 , VIII c/c Art. 5º, §§ 2º e 3º da CF
 Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:
...
VIII - celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do 
Congresso Nacional;
 
 Art. 5º. 
...
 § 2º - Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem 
outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos 
tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte.
 § 3º- Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos 
que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois 
turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão 
equivalentes às emendas constitucionais. 
3434
INTERNALIZAÇÃO (CONTINUAÇÃO)
REGRA ESPECIAL - Conforme alteração introduzida pela E.C.
45/2004
 - Os Tratados Internacionais, conforme a alteração do texto constitucional 
poderão ter “status quo” de Emenda Constitucional, desde que presente 
dois requisitos:
 A) MATERIAL: Direitos Humanos
 B) FORMAL: Aprovação na forma determinada pelo art. 5º § 3º da 
Constituição da República. 
Tratados Internacionais sobre DIR. HUMANOS
aprovados como E.C.
 
Leis Ordinárias
ATENÇÃO:
 Nesta hipótese os Tratados Internacionais ingressam no mundo jurídico 
como norma constitucional derivada, gozando de supremacia sobre as 
normas infraconstitucionais 
3535
TRATADO INTERNACIONAL SOBRE DIREITOS 
HUMANOS APROVADO ANTES DA E.C. 45/2004
 O tema foi debate no STF que interpretou pela 
existência de norma supralegal, caracterizada como 
um estágio intermediário entre a norma constitucional 
e a norma legal. 
( Pacto de São José da Costa Rica)
ATENÇÃO
A súmula vinculante nº 25 declara: 
É ilícita a prisão do depositário infiel 
qualquer que seja a modalidade do depósito.
3636
DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
CLASSIFICAÇÃO CONSTITUCIONAL
(CLASSIFICAÇÃO DIDÁTICA)
• DIR. e DEV. INDIVIDUAIS E COLETIVOS(Art. 5º)
• DIREITOS SOCIAIS (Art. 6º/11)
• DIR. DA NACIONALIDADE (Art. 12/13)
• DIREITOS POLÍTICOS (art. 14/16)
• DIR. DOS PARTIDOS POLÍTICOS (Art. 17)
3737
CLASSIFICAÇÃO HISTÓRICA
GERAÇÕES DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
• 1ª geração de direitos 
• 2ª geração de direitos
• 3ª geração de direitos 
• 4ª geração de direitos
Atenção: Alguns autores usam o tratamento 
“DIMENSÕES” de Direitos. 
3838
DIREITOS DE PRIMEIRA GERAÇÃO
• São os direitos e garantias individuais e políticos, têm 
por escopo gerar para o indivíduo a capacidade de 
resistência, caracterizando, verdadeiros direitos de 
defesa, ou ainda, direitos negativos.
• São as liberdades públicas ou clássicas.
Ex.: direitos civis e políticos 
3939
DIREITOS DE SEGUNDA GERAÇÃO
• São as liberdades reais, gerando uma 
prestação do Estado a favor da concretização 
dos direitos de ser. Esses direitos são também 
denominados direitos positivos.
• Se apresentam como as liberdades sociais ou 
reais e visam a igualdade social.
Ex.: direitos sociais, econômicos e culturais.
4040
DIREITOS DE TERCEIRA GERAÇÃO
• A Segunda metade do século XX, aproximadamente, 
é marcada pela busca de uma nova necessidade de 
direitos que transpassem a individualidade e 
alcancem a coletividade em geral. Surge então, uma 
nova geração ou dimensão de direitos, os direitos da 
solidariedade.
Ex.: o direito ao desenvolvimento, à proteção ao 
patrimônio comum, direito à proteção ao 
meio-ambiente etc.
4141
DIREITOS DE QUARTA GERAÇÃO
• São os direitos produzidos pelo resultado da 
globalização das garantias fundamentais como direitos 
universais, visando a sua institucionalização.
• Tais direitos seriam o direito à democracia, à 
informação e ao pluralismo.
Atenção
Há posicionamentos na doutrina acerca do
surgimento da “quinta” geração de direitos.
4242
DIREITOS SOCIAIS
(ART. 6º)
a educação, a saúde, a alimentação,o trabalho, 
a moradia, o lazer, a segurança, 
a previdência social, 
a proteção à maternidade e à infância, 
a assistência aos desamparados, 
na forma da Constituição
ATENÇÃO
O DIREITO A ALIMENTAÇÃO E O DIREITO A MORADIA 
FORAM ACRESCENTADOS POR EMENDAS 
CONSTITUCIONAIS
4343
DIREITOS CONSTITUCIONAIS
DOS TRABALHADORES
1. Art. 7º da CF
2. Capacidade laborativa: art. 7º, inciso XXXIII.
- PLENA: maiores de 18 anos.
- RELATIVA: maiores de 16 anos e menores de
18 anos.
3. PRESCRIÇÃO DOS CRÉDITOS TRABALHISTAS:
- prazo de cinco anos, até o limite de dois anos após a 
extinção do contrato de trabalho.
4. Cuidado : art. 7º, parágrafo-único (direitos dos
empregados domésticos) 
ATENÇÃO: Ver E.C. 72/2013
4444
EMENDA CONSTITUCIONAL
72/2013
• Artigo único. O parágrafo único do art. 7º da Constituição Federal passa a 
vigorar com a seguinte redação:
• "Art. 7º ..................................................................................... 
..........................................................................................................
• Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores 
domésticos os direitos previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, 
XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as 
condições estabelecidas em lei e observada a simplificação do 
cumprimento das obrigações tributárias, principais e acessórias, 
decorrentes da relação de trabalho e suas peculiaridades, os previstos 
nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a sua integração à 
previdência social." (NR)
45
45
INTRODUÇÃO
ORDEM SOCIAL
(Art. 193 ao 231)
Origem da Seguridade Social:
1. Há vários sentidos para a expressão “seguridade social”, 
podemos verificar como exemplo distante os textos 
religiosos.2. A interpretação do sonho do faraó por José (Gn.41) pode 
nos dar uma primeira idéia do significado de seguridade 
social.
3. Poupar durante os anos de fartura para ter nos anos de 
escassez.
4. Outro exemplo que também podemos verificar está no 
aspecto social quanto aos filhos. No passado era muito 
comum grandes proles, muitos filhos, era um sinal de 
segurança no futuro.
46
46
INTRODUÇÃO
(continuação)
5. A proteção social nem sempre esteve presente nas 
preocupações das relações humanas. 
6. O aparecimento do Estado Liberal logo após a 
revolução francesa (sec. XVIII) olhava o Poder Público 
dos governantes como algo necessário e o estado se 
restringia a dar o mínimo, qual seja a liberdade 
pública.
7. Não havia preocupação com a ação social do Estado, 
o bem-estar das famílias estava atrelado às 
oportunidades individuais, sejam por conhecimentos 
intelectuais ou por desempenho dos próprios 
negócios. 
47
47
INTRODUÇÃO
 continuação
8. A busca pela seguridade social veio juntamente com 
a Revolução Industrial, onde trabalhadores perdiam 
suas vidas e por conseqüência suas riquezas 
produzidas, em acidentes de trabalho, jogos e 
bebidas.
9. A única maneira de obter renda era com o trabalho e 
se não havia trabalho, ou como trabalhar, logo não 
havia renda.
10. É neste contexto social que começam as lutas pelas 
indenizações de acidentes de trabalho e pagamento 
de remuneração no caso da invalidez.
48
48
INTRODUÇÃO
 continuação
11. Surge então um novo modelo de Estado que vai de 
encontro ao Estado Liberal, temos o Estado Social, 
conhecido também como Estado do “bem-estar 
social”.( ver slides 6/9)
12. Neste novo modelo de Estado, as liberdades 
públicas não são abandonadas, mas há uma buscas 
pela sua realização, surgindo então as liberdades 
reais (sociais), que nos leva a busca do bem-estar e 
justiça sociais (art. 193 e segs. da CF/1988)
49
49
A SEGURIDADE SOCIAL NO BRASIL
TÍTULO VIII
Da Ordem Social
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÃO GERAL
 Art. 193. A ordem social tem como base 
o primado do trabalho, e como objetivo 
o bem-estar e a justiça sociais.
50
50
A SEGURIDADE SOCIAL NO BRASIL
 Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de 
iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os 
direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social.
 Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a 
seguridade social, com base nos seguintes objetivos:
 I - universalidade da cobertura e do atendimento;
 II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações 
urbanas e rurais;
 III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços;
 IV - irredutibilidade do valor dos benefícios;
 V - eqüidade na forma de participação no custeio;
 VI - diversidade da base de financiamento;
VII - caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão 
quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos 
aposentados e do Governo nos órgãos colegiados. (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
51
51
COMENTÁRIOS
1. Os princípios da seguridade social estão apresentados 
como objetivos na C.F./88.
2. Os princípios podem ser: implícitos (solidariedade, 
reserva do possível etc.) ou explícitos( art.194).
Alcance dos Princípios da Seguridade Social:
A) Administração: 
 a.1)descentralização (U,E, M e DF);
 b.1)gestão democrática através de quatro grupos: Poder 
Público, Empresas, Trabalhadores e Aposentados.
 - 0 modelo de gestão é democrático porque todos 
participam( conselho de contribuintes).
.
52
52
Alcance dos Princípios da Seguridade Social:
B) Custeio: Art. 195 ( a seguridade é custeada, lembre-se não há 
almoço grátis)
 b.1) gerais – art.195, caput CF 
 b.2) específicos – art. 195, I ao IV (slide 17)
 (aposentados não contribuem para o RGPS, mas servidores 
aposentados contribuem – art.40, caput, CF)
C) Benefício: 
 c.1) Igualdade de tratamento entre os trabalhadores Urbanos, 
Rurais, Avulsos e Domésticos;
 c.2) Irredutibilidade do benefício;
 c.3) Revisão anual.
 
 
COMENTÁRIOS (CONTINUAÇÃO)
53
53
COMENTÁRIOS (CONTINUAÇÃO)
OUTROS PRINCÍPIOS:
• Universalidade da cobertura e do atendimento: 
 - No Brasil a saúde pública alcança estrangeiros que estejam no país, através 
do S.U.S..
 Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas 
sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e 
ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e 
recuperação. 
 - Temos também a possibilidade de benefício de assistência social para quem 
nunca contribuiu:
 Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente 
de contribuição à seguridade social, e tem por objetivos:
 V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de 
deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria 
manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei.
2. Seletividade: O Governo deve verificar as possibilidades e selecionar aquela 
que for melhor. 
 Atenção: O princípio da reserva do possível 
 ( necessidade e adequação = proporcionalidade/razoabilidade).
3. Distributividade: Ações e políticas públicas.
Ver Art. 194 (slide 13)
54
54
 
 Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de 
forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos 
provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal 
e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
 I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma 
da lei, incidentes sobre: 
 a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou 
creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, 
mesmo sem vínculo empregatício; 
 b) a receita ou o faturamento; 
 c) o lucro; 
 II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não 
incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo 
regime geral de previdência social de que trata o art. 201; 
 III - sobre a receita de concursos de prognósticos.
 IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a 
ele equiparar.
55
55
Art. 195.
(continuação)
 § 1º - As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios 
destinadas à seguridade social constarão dos respectivos orçamentos, não 
integrando o orçamento da União.
 § 2º - A proposta de orçamento da seguridade social será elaborada de 
forma integrada pelos órgãos responsáveis pela saúde, previdência social e 
assistência social, tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na lei 
de diretrizes orçamentárias, assegurada a cada área a gestão de seus 
recursos.
 § 3º - A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social, como 
estabelecido em lei, não poderá contratar com o Poder Público nem dele 
receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios.
 § 4º - A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a 
manutenção ou expansão da seguridade social, obedecido o disposto no art. 
154, I.
 § 5º - Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, 
majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total.
 
56
56
Art. 195 (continuação)
 § 6º - As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser 
exigidas após decorridos noventa dias da data dapublicação da lei que 
as houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o disposto no 
art. 150, III, "b".
 § 7º - São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades 
beneficentes de assistência social que atendam às exigências 
estabelecidas em lei.
 § 8º O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e o 
pescador artesanal, bem como os respectivos cônjuges, que exerçam 
suas atividades em regime de economia familiar, sem empregados 
permanentes, contribuirão para a seguridade social mediante a 
aplicação de uma alíquota sobre o resultado da comercialização da 
produção e farão jus aos benefícios nos termos da lei. (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
 § 9º As contribuições sociais previstas no inciso I do caput deste artigo 
poderão ter alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas, em razão da 
atividade econômica, da utilização intensiva de mão-deobra, do porte da 
empresa ou da condição estrutural do mercado de trabalho. (Redação 
dada pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005)
 
57
57
Art. 195 (continuação)
 § 10. A lei definirá os critérios de transferência de recursos para o sistema 
único de saúde e ações de assistência social da União para os Estados, o 
Distrito Federal e os Municípios, e dos Estados para os Municípios, observada 
a respectiva contrapartida de recursos. (Incluído pela Emenda Constitucional 
nº 20, de 1998)
 § 11. É vedada a concessão de remissão ou anistia das contribuições sociais 
de que tratam os incisos I, a, e II deste artigo, para débitos em montante 
superior ao fixado em lei complementar. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 20, de 1998)
 § 12. A lei definirá os setores de atividade econômica para os quais as 
contribuições incidentes na forma dos incisos I, b; e IV do caput, serão não-
cumulativas. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
 § 13. Aplica-se o disposto no § 12 inclusive na hipótese de substituição 
gradual, total ou parcial, da contribuição incidente na forma do inciso I, a, 
pela incidente sobre a receita ou o faturamento. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
58
58
A SEGURIDADE SOCIAL NO BRASIL
DA SAÚDE
 Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido 
mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco 
de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às 
ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação....
DA PREVIDÊNCIA SOCIAL
Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime
geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios 
que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos 
da lei, a:...
ASSISTÊNCIA SOCIAL
Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, 
independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por 
objetivos:...
59
59
RESUIMO
HISTÓRICO DO DIR. PREVIDENCIÁRIO
1) QUAL SERÁ A MELHOR PREVIDÊNCIA SOCIAL?
A) FAMÍLIA (PATER FAMÍLIA)
B) MUTUALISMO: EVOLUÇÃO HISTÓRICA E SOCIAL - MUTUALISMO (PACTO), 
COLEGAS DE TRABALHO.
- AINDA HOJE VEMOS ISSO NAS COOPERATIVAS DE TRABALHO.
2) QUAL O MARCO FUNDAMENTAL DO DIR. PREVIDENCIÁRIO GERAL?
 A) REV . INDUSTRIAL: TROCA DE SOCIEDADE RURAL PARA A SOCIEDADE 
URBANA (INGLATERRA - Séc. XIX)
 - TAMBÉM PODEMOS INCLUIR A ALEMANHA; O ESTADO, A PESSOA E A 
EMPRESA CONTRIBUI (1883). – CONTRIBUTIBIDADE E SOLIDARIEDADE
 B) EM 1917 A CONST. MÉXICO INTRODUZIU A SEGURIDADE SOCIAL E 
PREVIDÊNCIA SOCIAL COMO GARANTIAS CONSITTUCIONAIS.
 C) EM 1948 A DECL. UNIVERSAL DOS DIR. HUMANOS INCLUIU O DIREITO A 
APOSENTADORIA, SALÁRIO FAMILIA, SALÁRIO MATERNIDADE COMO 
DIREITOS HUMANOS E NA CF COMO DIR. FUNDAMENTAIS SOCIAIS
60
60
A SEGURIDADE SOCIAL NO BRASIL
- Alguns sustentam que no Brasil o primeiro marco foi a lei Elói 
Chaves que protegia os ferroviários (1923), mas não é 
verdadeiro, por que durante o Império, na Guerra do Paraguai, 
foram estabelecidas normas para proteger militares.
- Nas décadas de 30 e 40 surgiram os grandes institutos de 
previdência para algumas categorias (IAPI, IAPTEC, IAB etc).
- em 1960 foi criado no Brasil o INPS (cuidava da previdência 
social) que surgiu da fusão das diversas categorias.
- em 1971 foi criado o FUNRURAL e em 1977 foram criados IAPAS 
(administrava a previdência social), INAMPS (saúde),
- Em 1988 a Seguridade Social é apresentada na Constituição 
Federal, dentro do Título VIII, que trata da Ordem Social, 
estabelecendo normas de Saúde, Previdência e e Assistência 
Social - SPA. (Art.. 194 / 205 da C.F)
61
61
PREVIDÊNCIA SOCIAL
1. É um seguro “sui generis”, de natureza pública, compulsória e 
contributiva, que visa proteger o indivíduo dos chamados 
riscos sociais.
2. Apesar da classificação em dois modelos de regimes: público e 
privado, há posicionamentos na doutrina que entende ser 
mais adequada a classificação em regimes: básico e 
complementar.
3. A expressão previdência (praevidentia) significa ver com 
antecipação situações futuras.
4. REGRA BÁSICA: 
PREVIDÊNCIA SOCIAL = CONTRIBUIÇÃO BENEFÍCIO
ASSISTÊNCIA SOCIAL = BENEFÍCIO SEM CONTRIBUIÇÃO
62
62
REGIMES PREVIDENCIÁRIOS
MODELOS
DE REGIMES 
PREVIDENCIÁRIO
S
PÚBLICOS PRIVADOS
RGPS RPPS ABERTA FECHADA
COMPULS
ÓRIA
TRABALHADORE
S 
E 
EMPREGADORES
SERVIDORES
PÚBLICOS e
APOSENTADOS
INSTITUIÇÕES 
PRIVADAS
(BANCOS ETC.)
GRUPOS 
(EX.: PETROS,
 PREVI ETC.
FACULTATI
VA
SEMPRE
CONTRIBUTIVAS
63
63
COMENTÁRIOS
1. RPPS : militares, servidores e particulares.
2. RGPS: (contribuintes):
A. Empregado: trabalho não eventual, subordinação profissional 
e salário. ( até 11%)
B. Trabalhadores Avulsos: equipara-se aos empregados.
C. Trabalhadores Autônomos e Empresários: contribuintes 
individuais. (20 % até o teto máximo, a partir de 01/01/2014 é 
de R$ 4.390,24)
D. Empregados domésticos.
E. Trabalhador Rural e pescador artesanal: Segurados especiais, 
contribuição diferenciada (2% da receita bruta a cada seis 
meses)
Atenção: O Contribuinte individual poderá renunciar a alguns 
benefícios e pagar menos.
64
64
REGIMES CONSTITUCIONAIS DE PREVIDÊNCIA 
SOCIAL
 REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL (RPPS):
 - Destinado aos Servidores públicos.
 - Regras básicas: art. 40 da Constituição Federal
REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL (RGPS)
 - Destinados a todos os demais trabalhadores e empreendedores.
- Regras básicas: art. 201 e 202 da Constituição Federal
Obs.: 
 Aplica-se também o RGPS ao servidor ocupante, exclusivamente 
de cargo em comissão (art. 40,§13 da CF)
 ART. 40,§ 13 - Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo 
em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração 
bem como de outro cargo temporário ou de emprego público, 
aplica-se o regime geral de previdência social. 
65
65
BIBLIOGRAFIA
• Moraes, Guilherme Peña de, Teoria da Constituição, 3ª edição, Lúmen Júris, 2006, Rio de 
Janeiro;
• Novelino, Marcelo, Direito Constitucional, 3ª edição, Editora Método, 2009, Rio de 
Janeiro;
• Barroso, Luis Roberto, Curso de Direito Constitucional Contemporâneo, 1ª edição,Editora 
Saraiva, 2009, São Paulo;
• Bulos, Uadi Lammêgo, Direito Constitucional ao alcance de todos, edição 2009, Editora 
Saraiva, São Paulo;
• Miranda, Jorge, Teoria do Estado e da Constituição, 1ª edição, Editora Forense,2003, Rio 
de Janeiro;
• Mendes, Gilmar; Coelho, Inocêncio Mártires e Branco, Paulo Gustavo Gonet, Curso de 
Direito Constitucional, 4ª edição, Editora Saraiva, 2009, São Paulo.
• Silva, Jose Afonso, Curso de Direito Constitucional Positivo, Ed, Malheiros, 2008.
PESQUISA INTERNET:
-www.planalto.gov.br
-www.pciconcursos.com.br
-www.stf.jus.br

Continue navegando