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Sirênios - Palestra 03-09-15

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Os Sirênios
REALIZAÇÃO
GEAS
UNISO
Palestrante:
Priscila Rosa
Aluna Graduando 3º ano de Medicina Veterinária - UNISO
Conservação da espécie nos dias atuais.
1
Quem são os Sirênios?
ORDEM: Sirenia
FAMÍLIAS: Dugongidae e Trichechidae
Dugongidae: 
Dugongo (Dugongo Dugon) 
Hidrodamalis gigas (Vaca marinha de Steller - † 1768) 
Trichechidae: 
Peixe-boi africano (Trichechus senegalensis)
Peixe-boi amazônico (Trichechus inunguis)
Peixe-boi
marinho (Trichechus manatus)
2
História
 A ordem Sirênia que recebe este nome em referência as lendárias sereias da mitologia Grega, é a única ordem de mamíferos aquáticos herbívoros, que pode ter tido sua origem á 45 ou 50 milhões de anos atrás, estudos morfológicos e de sequências nucleotídicas indicam que existe uma relação filogenética entre os sirênios e a ordem dos elefante e hyrax, através de analise de aminoácidos do cristalino pode-se também observar a relação. Essa ordem é composta por duas famílias: A Dugongidae, com apenas um representante existente, o dugongo (Dugong dugon), pois a vaca marinha de Steller (Hidrodamalis gigas), outro componente desta família, foi extinto em 1768, 27 anos após o seu descobrimento. A segunda família pertencente a essa ordem é a Trichechidae, representada pelos peixes-bois, sendo eles: peixe-boi africano (Trichechus senegalensis), peixe-boi amazônico (Trichechus inunguis) e o peixe-boi marinho (Trichechus manatus), estando esta última subdividida em duas subespécies: o peixe-boi da Flórida (T. m. latirostris) e o peixe-boi das Antilhas (T. m. latirostris), que no Brasil é chamado de peixe-boi marinho. O sirênio mais primitivo conhecido é o Prorastomus sirenoides, encontrado na Jamaica, vivente no período Eoceno (cerca de 50 milhões de anos atrás). Inicialmente os sirênios eram herbívoros semiaquáticos, fluviais ou estuarinos, com membros posteriores funcionais. A história evolutiva dos sirênios ainda é muito discutida, não estando devidamente esclarecida.
‹nº›
Distribuição dos Sirênios
3
Distribuição dos Sirênios
Em comparação com os outros sirênios, a vaca marinha de Steller habitava as águas frias. Este animal era o maior representante desta ordem; media pelo menos 7,6 metros de comprimento e seu peso estimado era entre 4 e 10 toneladas (Berta e Sumich, 1999).
Dugongos possuem estrutura corporal semelhante aos peixes-boi, diferindo apenas na sua nadadeira caudal - que se assemelha a dos cetáceos - e não possuem ossos nasais. Os machos e eventualmente as fêmeas possuem os primeiros dentes incisivos em forma de presa. O Dugongo é o único que vive exclusivamente em águas marinhas, diferindo dos peixes-boi, que habitam tanto águas marinhas como fluviais.
O peixe-boi africano é encontrado na costa leste do continente africano, do Senegal a Angola. Utiliza ambientes como rios, pântanos e lagoas costeiras.
O peixe-boi amazônico é exclusivamente de águas fluviais, estando amplamente distribuído na bacia amazônica, sendo encontrado desde a foz de rios na Colômbia até a Ilha de Marajó no Brasil.
O peixe-boi marinho: está distribuído ao longo da linha costeira do oceano Atlântico, do sudeste dos Estados Unidos ao nordeste do Brasil, incluindo as Grandes Antilhas no mar do Caribe. O peixe-boi da Florida, ocorre somente no sudeste dos Estados Unidos, enquanto que o peixe-boi das Antilhas ocorre na América Central e do Sul.
‹nº›
Características Anatômicas e Fisiológicas.
4
Anatomia 
Sistema Digestório
Os lábios superiores são bilobulados, desenvolvidos e cobertos por resistentes cerdas que auxiliam a apreensão dos alimentos e condução dos mesmos ao interior da boca (Hartmann, 1979). Os peixes-bois apresentam rígidas placas córneas de tecido queratinizado recobrindo a região sinfisal da mandíbula e maxila (Husar, 1978). Possuem apenas os dentes molariformes, controlado pela ação mecânica da mastigação (Domning e Hayek, 1984). O estômago está localizado a direita do plano mediano com uma característica peculiar, a existência da glândula cárdica, que desemboca próximo ao esfíncter do cárdia, onde estão localizadas as células secretoras (Colares, 1994). O intestino delgado que pode chegar a medir cerca de 20 m de comprimento estende-se até o ceco, o qual apresenta dois divertículos, marcando a junção com o intestino grosso (Bonde et al., 1988).
Sistema Respiratório
Os peixes-bois aproveitam cerca de 50% do ar em seus pulmões, enquanto que nos cetáceos o aproveitamento é de 80-90% e no homem somente 10-20% (Hartman, 1979). O ciclo respiratório médio é de dois a cinco minutos, podendo atingir 25 minutos de apneia de mergulho (White e Francis-Floyd, 1990).
Sistema Urogenital
O dimorfismo sexual dos peixes-bois é evidenciado pela localização da abertura urogenital, visto que nos machos é próxima a cicatriz umbilical e nas fêmeas junto ao ânus. A maturidade sexual das fêmeas e dos machos ocorre entre 3 e 4 anos de idade e o período gestacional é de aproximadamente 13 meses. A amamentação perdura entre 1 e 2 anos, sendo o intervalo entre os partos de 2 a 5 anos, consequentemente a taxa reprodutiva da espécie é extremamente baixa (White e Francis-Floyd, 1990; Geraci e Lounsbury, 1993).
‹nº›
Peixe - Boi Amazônico
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Características do Peixe - Boi Amazônico
Mede no máximo 3m.
Peso máximo 450kg.
Coloração Cinza - escuro a negro.
Não possuem unhas.
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Peixe – Boi Amazônico 
O peixe-boi-da-Amazônia é o menor dos peixe-bois, sendo essencialmente fluvial.O peixe-boi-da-Amazônia é um mamífero herbívoro – ou seja, se alimenta apenas de algas, aguapés e capim aquático. Mas de plantinha em plantinha, o peixe-boi chega a pesar 300kg e a medir 2,5m. Seu corpo é robusto e fusiforme, a pele é espessa e a coloração pode variar de cinza-escuro a negra. Diferencia-se das demais espécies por não ter unhas e pela presença de manchas brancas ou rosadas na região ventral do corpo, embora alguns indivíduos não as possuam. A nadadeira caudal é possante, circular e achatada dorso-ventralmente. As nadadeiras peitorais são longas e flexíveis, não apresentando nadadeira dorsal. Possui uma mama atrás de cada nadadeira peitoral, na região axilar. É essencialmente herbívoro, não ruminante, e alimenta-se principalmente de macrófitas aquáticas e semiaquáticas. A reprodução do peixe-boi é fortemente associada ao ciclo hidrológico da região. A cópula e os nascimentos ocorrem quando as águas começam a subir, entre dezembro e julho, e o pico de nascimentos se dá entre fevereiro e maio. Ele se alimenta principalmente na época chuvosa, quando há mais disponibilidade de plantas. Passa até oito horas por dia comendo e chega a
consumir 10% de seu peso em um único dia. Toda essa comida é armazenada em seu corpo em forma de gordura, para suprir suas necessidades energéticas durante a estação seca, quando há menos comida. Quando as chuvas escasseiam, o peixe-boi-da-Amazônia sai dos pequenos igarapés, onde normalmente vive sozinho, para os grandes rios, onde se junta a grupos de quatro a oito indivíduos.
Enquanto não está comendo...
O peixe-boi-da-Amazônia provavelmente está dormindo. Ele passa metade de seu dia dormindo dentro da água. Por ser um mamífero, ele precisa ir à superfície para respirar. Normalmente, respira em intervalos de um a cinco minutos, mas quando está dormindo, quietinho, consegue ficar submerso por até 25 minutos.
‹nº›
Conservação do Peixe - Boi Amazônico
7
Centro de Reabilitação autorizado pelo IBAMA
No Centrinho , os peixes-boi são amamentados por dois anos. Após esse período, eles são desmamados e fazemos um trabalho de desapego. Eles têm que se desapegar das pessoas, já que, se isso não ocorrer, eles tenderão a procurar um humano em busca de leite ou de carinho, e essa pessoa poderia ser um caçador. A rotina de trabalho no Centrinho é pesada. Logo cedo, os tratadores (moradores de comunidades da Reserva Amanã) preparam o leite que será dado aos animais e recolhem capim às margens do lago. Alguns filhotes chegam a mamar cinco vezes ao dia. Também diariamente é preciso trocar a água e limpar
três tanques de 4500 litros, onde vivem quatro filhotes de peixe-boi. Uma vez por semana, os tratadores registram o peso dos animais, tarefa que exige muito esforço físico e muito cuidado para que os animais não se machuquem e para que não sofram muito estresse.
‹nº›
Piti (O peixe-boi)
8
O Piti
Piti, o filhote que inaugurou o Centinho, já está praticamente pronto para ser devolvido à natureza. Em maio de 2007, agentes ambientais apreenderam o filhote, que estava em poder de um caçador na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá. O peixe-boi apresentava arranhões por todo o corpo e uma profunda ferida provocada por golpe de arpão. Separado à força da mãe, o quadro nutricional do pequeno peixe-boi também era crítico. O peixe-boi Piti, que ganhou esse nome devido ao seu comportamento arredio, passou sete meses recebendo cuidados intensivos em um curral no lago Tefé que, devido ao trânsito intenso de embarcações, não era o local adequado ao tratamento. A Reserva de Desenvolvimento Sustentável Amanã, berçário natural da espécie, apresentava-se como o melhor local para a recuperação de Piti. No coração do lago Amanã, no município de Maraã, uma estrutura flutuante foi montada para receber Piti. Em janeiro de 2008, quando o Instituto Mamirauá foi credenciado pelo Ibama como criatório conservacionista, Piti foi transferido para a comunidade a Reserva Amanã. Era o início do Centro de Reabilitação de Peixe-Boi Amazônico de Base Comunitária, o "Centrinho".
‹nº›
Referências Bibliográficas
Diagrama: Migrar ou Morrer, publicado na Época, em 16.ago.2010
Produzido por Rodrigo Cunha e Luiz Salomão. Textos de Peter Moon.
BEST. R. C., 1984 Trichechus inunguis vulgo peixe-boi, Ciência Hoje, nº 10 Vol. 2,
São Paulo.p. 66-73.
IBAMA. 1997. Mamíferos Aquáticos do Brasil: Plano de Ação, Diretoria de
Ecossistemas, Brasília. 79p
Centro Mamíferos Aquáticos - CMA/ICMBio
Instituto de desenvolvimento sustentável Mamirauá. http://mamiraua.org.br/pt-br/publicacoes/cartilhas/2013/centro-de- reabilitacao-de-peixe-boi-amazonico-de-base-comunitaria-centrinho/
 http://www.zooborns.com/zooborns/2014/06/meet-the-manatee-calf-at- zooparc-de-beauval.html
 https://youtu.be/m6coETuabYk
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