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Questão 1/10 - Formação e Renovação de Quadros Partidários Leia o trecho a seguir: “Os institutos ou fundações partidárias são por definição organizações paralelas aos partidos políticos que se incumbem de desenvolver pesquisa política e fomentar a educação política segundo os valores e projetos defendidos pelo partido a quem está associado. Nas palavras de Prado (2009), as fundações partidárias são antes de mais nada os organismos de capacitação e formação ideológica que auxiliam o estudo de bases programáticas, filosóficas e que atuam em conjunto com a proposta política do partido que as mantém, cabendo às fundações discutir a democracia, a história e os ideais do partido, além de também preparar novas lideranças que serão no futuro próximo porta-vozes de suas ideias.” Fonte: FERNANDES, Ivan Filipe de Almeida Lopes; DANTAS, Humberto. Fundações partidárias no Brasil e no mundo: funções legais, ações formativas e análise em perspectiva comparada. In: ENCONTRO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIÊNCIA POLÍTICA, 8., 2012, Gramado, RS. Anais eletrônicos. Rio de Janeiro: ABCP, 2012. p. 1-36. Disponível em https://bibliotecadigital.tse.jus.br/xmlui/handle/bdtse/6454 Tendo como base a contextualização acima e os conteúdos da Aula 2 da disciplina de Formação e Renovação de Quadros Partidários, assinale a alternativa correta a respeito das Fundações partidárias: Nota: 0.0 A Elas são facultativas aos partidos. B Elas são obrigatórias aos partidos. A legislação política brasileira criou como obrigatório para os partidos políticos a manutenção de uma estrutura que tem por finalidade a formação doutrinária de seus quadros e a difusão das ideias dos partidos. Gomes (2020, p. 214) descreve: Por determinação legal, o partido deve criar e manter uma fundação ou instituto “destinado ao estudo e pesquisa, à doutrinação e à educação política”. Para tanto, deve aplicar “no mínimo, vinte por cento do total recebido” do fundo partidário. Esse regramento está na lei 9.096/1995. Com a criação dessas fundações, o legislador quis que os partidos mantivessem institutos ou fundações com a finalidade de promover estudos justamente para que exista o espraio e a formação das pessoas na doutrina, nos princípios e nas diretrizes dos partidos. Referência: Rota de aprendizagem da aula 2 tema 5, “O papel das fundações e institutos”. C Elas devem obrigatoriamente formar ideologicamente cada candidato D Elas devem obrigatoriamente formar ideologicamente cada novo filiado E Elas devem obrigatoriamente formar ideologicamente cada novo militante. Questão 2/10 - Formação e Renovação de Quadros Partidários Leia o trecho a seguir: “A cultura organizacional tem sido colocada por diversos estudiosos como importante aspecto da análise organizacional, capaz de oferecer parâmetros úteis para uma compreensão ampliada do comportamento da organização. A construção de análises baseadas em tal perspectiva possibilita uma visão diversa do que normalmente tem sido feito na administração, pois considera a influência de elementos não objetivos, que têm sua influência ofuscada pelo pragmatismo predominante na literatura da área.” Fonte: SARAIVA, Luiz Alex Silva. Cultura organizacional em ambiente burocrático. Revista de Administração Contemporânea, v. 6, p. 187-207, 2002. Considerando o trecho citado acima e os conteúdos discutidos na Aula 1 da disciplina de Formação e Renovação de Quadros Partidários, assinale a alternativa que apresente, corretamente, a definição de Cultura Organizacional: Nota: 0.0 A A cultura existente em uma sociedade. B A forma de pensar e agir de um determinado povo. C As regras formais colocadas em um estatuto partidário e na Constituição Federal. D As regras formais impostas pelo Tribunal Superior Eleitoral as quais obrigam a militância partidária. E Os padrões simbólicos e de comportamento (informais) que condicionam a organização incentivando ou não determinados comportamentos. Na ciência da administração, a cultura organizacional pode ser definida como uma série de padrões simbólicos e de comportamento, em sua maioria não-escritos, que condicionam a organização no sentido de permitir ou incentivar determinados tipos de comportamento. A autonomia das pessoas e do poder dentro da organização é, em boa medida, derivada da cultura organizacional. Referência: Rota de Aprendizagem de Formação e Renovação de Quadros Partidários. Aula 1. Tema 1 – “Quadros Partidários”. Questão 3/10 - Formação e Renovação de Quadros Partidários Leia o trecho a seguir: “A montagem de governos de coalizão é uma estratégia recorrente dos presidentes brasileiros. A cooperação entre Executivo e Legislativo, na forma de coalizões multipartidárias, assegura patamares elevados de sucesso do Executivo na aprovação de sua agenda. Para alguns analistas, essas coalizões organizam a interação entre os poderes a partir de uma dinâmica similar àquela observada em sistemas parlamentaristas: fortes poderes de agenda do Executivo e partidos legislativos integrados ao gabinete, que dão suporte à coordenação coletiva da coalizão no parlamento. Assim, o sucesso legislativo do Executivo, com baixas taxas de atropelamento no Congresso, é visto como resultado desse arranjo.” Fonte: INACIO, Magna; REZENDE, Daniela. Partidos legislativos e governo de coalizão: controle horizontal das políticas públicas. Opinião Pública. 2015, vol. 21, n. 2, pp.296-335. Disponível em: . Tendo como base a contextualização acima e os conteúdos na Aula 2 da disciplina de Formação e Renovação de Quadros Partidários, assinale a alternativa que expõe a explicação do conceito de esquerda e direita de Bobbio: Nota: 0.0 A A esquerda e a direita são dois polos extremos que vão de encontro à democracia. B A esquerda é a ideologia que daria mais peso aos indivíduos enquanto a direita, aos coletivos e à igualdade social. C A esquerda e a direita possuem conteúdos iguais e, portanto, não faz mais sentido a utilização desses conceitos. D A esquerda é a ideologia que é considerada em suas políticas e ideias contra a liberdade enquanto a direita é contra a igualdade. E A esquerda é a ideologia que daria mais peso às políticas, ideias e programas que privilegiam igualdade entre indivíduos e a direita, liberdade. O autor sustenta que a chamada esquerda política é aquela ideologia que daria mais peso às políticas, ideias e programas que privilegiam o estabelecimento de algum grau de igualdade entre os indivíduos, enquanto a direita privilegiaria a liberdade. É claro que isso é uma questão de grau, e não absoluta, pois os diversos grupos políticos vão “misturar” ideias de liberdade e igualdade em diferentes níveis. Contudo, se há mais igualdade, estaríamos falando de um programa, uma principiologia mais à esquerda. Referência: Rota de aprendizagem da aula 2, tema 2, “Direita, esquerda, centro, princípios de políticas públicas e programas partidários”. Questão 4/10 - Formação e Renovação de Quadros Partidários Leia o trecho a seguir: “Quando E. E. Schattschneider (1942, p. 1) escreveu que ‘os partidos políticos criaram a democracia’, estava principalmente a referir-se ao papel histórico dos mesmos na expansão da participação dos cidadãos. Na era anterior ao desenvolvimento dos partidos, o voto era, tipicamente, uma prerrogativa de uma pequena percentagem da população. Os partidos políticos lutaram pela expansão do sufrágio e animaram os novos recenseados a exercerem o seu direito de voto. Em contrapartida, ao longo da história, sempre que os partidos se mostraram incapazes de desempenharem as suas funções, verificou-se um declínio da participação eleitoral. Em suma, o estado dos partidos políticos, e do sistema partidário em geral, desempenhou um papel crucial na saga da participação eleitoral nos países industrializados avançados do Ocidente.” Fonte: DALTON, R. J.; MCALLISTER, I.; WATTENBERG, M. P. Democracia e identificação partidária nas sociedadesindustriais avançadas. Analise Social, v. 38, n. 167, p. 295–320, 2003. Tendo como base a contextualização acima e os conteúdos da Aula 2 da disciplina de Formação e Renovação de Quadros Partidários, assinale a alternativa que expõe, corretamente, o que são as políticas públicas, papel importante dos partidos políticos nas democracias: Nota: 0.0 A São ações do Poder Judiciário. B São ações do então mandatário para atender apenas os seus eleitores. C São ações por parte do governo no sentido de resolver problemas públicos. As políticas públicas são uma série de ações (e omissões) da parte do governo no sentido de resolver problemas públicos. Referência: Rota de aprendizagem da aula 2, tema 1, “O conceito de Política Pública e de Agenda”. D São ações por parte do governo no sentido de resolver problemas privados. E São ações por parte de pessoas comuns no sentido de resolver problemas do Estado. Questão 5/10 - Formação e Renovação de Quadros Partidários Leia o texto a seguir: “Origem exterior dos partidos - Examinando a gênese dos partidos no quadro eleitoral e parlamentar, já se observou a intervenção de organismos externos nesse quadro: sociedades de pensamento, clubes populares, jornais, por exemplo. A distinção entre os partidos de criação externa e os partidos de criação eleitoral e parlamentar não é rigorosa: ela caracteriza antes tendências gerais do que tipos definidos, de forma que sua aplicação prática é às vezes difícil. Em um número bastante grande de casos, contudo, o conjunto de um partido é essencialmente estabelecido por uma instituição pré-existente, cuja própria atividade se situa fora das eleições e do parlamento: pode-se, portanto, falar adequadamente de criação exterior. Muito numerosos e variados são os agrupamentos e as associações que causam assim o advento de um partido político. Não é uma questão de elaborar uma relação limitativa dos mesmos: basta ater-se a alguns exemplos. O dos sindicatos é o mais conhecido: numerosos partidos socialistas foram diretamente criados por eles, conservando, aliás, durante mais ou menos longo tempo, o caráter de "braço secular" dos sindicatos em matéria eleitoral e parlamentar. O Partido Trabalhista britânico é o mais típico: surgiu após a decisão adotada pelo Congresso das Trade Unions, de 1899, de criar uma organização eleitoral e parlamentar (moção Holmes, votada por 548 000 contra 434 000).” Fonte: DUVERGER, Maurice. Os Partidos Políticos. 6a. ed. Rio de Janeiro, RJ: Zahar, 1970, pp. 26 e 27. Considerando o trecho citado acima e os conteúdos discutidos na Aula 1 da disciplina de Formação e Renovação de Quadros Partidários, assinale a alternativa que apresente, corretamente, como é a formação dos quadros em partidos de massas: Nota: 0.0 A A partir de familismo e contatos pessoais. B Com base em ideologia e doutrinas, já que sua origem é parlamentar. C A partir de uma formação profissional, com a especialização do trabalho. D Com base em conhecimentos sobre o parlamento, de acordo com a sua origem. E Com base em ideologia e doutrinas, já que a sua origem é externa, em movimentos fora da política institucional. Os partidos de massa teriam seus quadros formados a partir de uma base ideológica e doutrinária, uma vez que sua origem estaria em movimentos fora da política dos parlamentos e dos executivos. Sua base estaria em movimentos sociais, ideológicos, intelectuais ou até mesmo religiosos. Referência: Rota de Aprendizagem de Formação e Renovação de Quadros Partidários. Aula 1. Tema 2 “As tipologias dos partidos políticos”. Questão 6/10 - Formação e Renovação de Quadros Partidários Leia o trecho a seguir: “Criada pelos cientistas políticos Frank Baumgartner e Bryan Jones, a teoria do equilíbrio pontuado sustenta que os diversos assuntos das políticas públicas operam em uma lógica de estabilidade e “pontuação”, ou seja, de recebimento de atenção repentina. Como a atenção de governantes, dos principais atores políticos e mesmo da opinião pública é escassa, no sentido de não conseguir prestar atenção a diversos assuntos ao mesmo tempo, os assuntos diversos têm certa estabilidade na maior parte do tempo, sendo suas políticas objeto de pouca mudança ou de mudança apenas incremental. Entretanto, alguns fatores podem levar determinados assuntos a uma “pontuação”, isto é, ao recebimento de grande atenção repentina, entrando então para a maior prioridade por parte da opinião pública (agenda pública) ou dos governos (agenda institucional ou de governo).” Referência: Rota de aprendizagem da aula 2, tema 3, “Como os assuntos e os problemas públicos entram para a agenda?” Tendo como base a contextualização acima e os conteúdos da Aula 2 da disciplina de Formação e Renovação de Quadros Partidários, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, fatores que levam um assunto a despontar nas agendas: I. Eventos de grande repercussão. II. Atuação de um ator político muito relevante. III. Atuação de um partido político irrelevante, em manifestações contra o mainstream. IV. Mudanças drásticas nos indicadores, como a piora dos índices sociais, qualidade de vida, etc. Nota: 10.0 A Apenas a afirmação I está correta. B Apenas a afirmação II está correta. C Apenas a afirmação III está correta. D Apenas as afirmações I, II e III estão corretas. E Apenas as afirmações I, II e IV estão corretas. Você acertou! - Eventos focalizadores: acontecimentos de grande repercussão que chamam a atenção para um problema público que não contava com tanta atenção. Exemplos: um acidente em uma usina nuclear ou o rompimento de uma barragem (meio-ambiente), atentado terrorista ou um homicídio de uma pessoa famosa (segurança pública), uma greve muito grande, como a de caminhoneiros (emprego, renda, transportes); - Atuação de um ator político muito relevante: existem atores muito importantes que podem chamar a atenção para um problema público específico, ou até mesmo favorecer um determinado grupo, chamando a atenção dos grupos opositores para o assunto. Exemplo: a instalação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito); - Grande imprensa ou a mídia: sempre um ator muito relevante, o espaço dado nos noticiários, seja televisionado, seja escrito, sempre é um fator que chama a atenção para um assunto e tem o poder de colocar o assunto não só na agenda pública, mas na agenda de governo. Exemplo: a repercussão de casos de corrupção. - Mudanças drásticas nos indicadores: quando há uma reversão ou uma piora grande em números que indicam problemas sociais como desemprego, mortalidade infantil, criminalidade, aumento de preços (inflação ou o encarecimento de um preço específico, como o da tarifa de transporte público), poluição, etc. Isso, geralmente, combinado com a atuação da mídia ou de atores políticos relevantes; - Agendas globais e a atuação de líderes globais: uma concertação entre países, uma série de discursos em encontros de nações, o surgimento de lideranças nas áreas de meio-ambiente, pobreza, direitos das minorias também são poderosos catalisadores de assuntos que podem entrar para a agenda pública e de governo em várias partes do mundo. Exemplo: a agenda de meio-ambiente capitaneada por líderes com a jovem Greta Thunberg ou pelo ex-vice presidente norte-americano Al Gore; ou, então, a luta pelos direitos das mulheres levada a público pela voz de líderes como a jovem Malala Yousafzai. Referência: Rota de aprendizagem da aula 2, tema 3, “Como os assuntos e os problemas públicos entram para a agenda?”. Questão 7/10 - Formação e Renovação de Quadros Partidários Leia o trecho a seguir: “Este livro analisa os dados do levantamento que realizamos durante os anos 2003-2004 sobre as mudanças na composição socioprofissional na Câmara dos Deputados decorrentes das eleições de 1998 e de 2002. Como resultado dessas disputas, houve importante alteração no quadro político brasileiro. Mantendo a classificação ideológica convencional, nas eleições de 1998, os partidos de centro-direita, representados basicamentepela coligação PSDB-PFL, foram amplamente vitoriosos. O PSDB foi o mais beneficiado. Mas, em outubro de 2002, reverteu-se a situação partidária que se estabelecera com a vitória de Fernando Henrique Cardoso e da coligação PSDB-PFL. Favorecidos principalmente pelo crescimento eleitoral da candidatura Lula e pela perda de prestígio do governo anterior, o PT e todos os partidos considerados de esquerda aumentaram seu espaço na Câmara de Deputados. A transformação do contexto político foi o aspecto que mais atraiu a atenção da opinião pública. Comparativamente, pouca preocupação houve em saber se, com as mudanças partidárias, ocorreram também alterações de natureza social, quer dizer, dos grupos sociais que ascenderam com o novo presidente e que passaram a controlar partes importantes da alta administração pública federal.” Fonte: RODRIGUES, Leôncio Martins. Mudanças na classe política brasileira. Rio de Janeiro: Centro Edelstein de Pesquisas Sociais, 2009. Disponível em: https://books.scielo.org/id/h6kh6 Tendo como base a contextualização acima e os conteúdos da Aula 3 da disciplina de Formação e Renovação de Quadros Partidários, assinale a alternativa que exemplifica corretamente os perfis do recrutamento democrático e plutocrático: Nota: 10.0 A Democrático: classe alta; plutocrático: base partidária. B Democrático: empresários; plutocrático: líderes partidários. C Democrático: classes média e baixa; plutocrático: radialistas e operários. D Democrático: classes média e baixa; plutocrático: sindicalistas e operários. E Democrático: classes média e baixa; plutocrático: aqueles que detêm grande poder financeiro como empresários, membros das classes alta e média-alta. Você acertou! O recrutamento plutocrático é entre aqueles que detêm grande poder financeiro, como grandes empresários, membros das classes alta e média-alta, representantes do setor financeiro e produtivo. Dificilmente esse recrutamento será para a base, mas geralmente é para a elite partidária, para a formação de lideranças que possam ocupar cargos eletivos, de caráter técnico, como uma secretaria ou um ministério, ou, ainda, apoiar financeira e logisticamente uma candidatura. Já na forma democrática, o recrutamento ocorre entre as classes média e baixa, entre trabalhadores manuais e de serviços, pequenos empresários e profissionais liberais. Essa forma, por exemplo, compreende o recrutamento de líderes de bairro e de comunidades, sindicalistas das profissões operárias e de serviços, pessoas de destaque entre movimentos sociais, etc. Podemos pensar, por exemplo, no recrutamento de grandes empresários e personalidades como do tipo plutocrático. Em 2020, por exemplo, o presidente do Cidadania, Roberto Freire, falava da entrada do apresentador Luciano Huck para seu partido (UOL, 2021). Já o recrutamento democrático é até mais comum, embora chame menos a atenção da mídia especializada. É bastante comum os partidos buscarem em lideranças comunitárias, sindicais e de pequenos empresários seus prováveis candidatos. Referência: Rota de aprendizagem da aula 3 tema 1, “O recrutamento de quadros”. Questão 8/10 - Formação e Renovação de Quadros Partidários Leia o trecho a seguir: “O vocábulo stakeholder originou-se em 1963, em uma assessoria exercida pela Stanford Research Institute como meio de detalhar uma divisão de pessoas e organizações que não fossem acionistas, entretanto, que sem sua ajuda a corporação pudesse deixar de produzir ou até mesmo dificultar sua existência. Segundo PMI define-se por stakeholder pessoas, grupo de pessoas ou organizações que podem influenciar, ser influenciado ou perceber a si mesmo como afetado por uma decisão, ação ou desfecho de um projeto.” Fonte: RUAS, Camila Caldas; GUIMARÃES, Amanda Vieira. A atuação dos stakeholders e sua influência em projetos de grandes empresas. Boletim do Gerenciamento, [S.l.], v. 18, n. 18, p. 18-24, set. 2020. ISSN 2595-6531. Disponível em: . Aplicando a ideia de stakeholder para o recrutamento político, visto na Aula 3 da disciplina de Formação e Renovação de Quadros Partidários, assinale a alternativa correta sobre o que um partido político deve fazer diante da possibilidade de recrutar um líder de movimento social para a organização: Nota: 0.0 A Deve desprezar, já que pode haver disputa interna no partido. B Deve formar apenas, já que ele ainda não possui a formação partidária. C Deve ser passivo, aguardando o interesse das pessoas em se filiarem e militarem pelo partido. D Deve agir com parcimônia, já que o novo líder pode querer tomar espaço dos líderes atuais do partido. E Deve focar em uma estratégia de cooptação, já que esse tipo tem grande potencial eleitoral ou de liderança. Esse tipo tem grande potencial eleitoral ou de liderança e bom alinhamento com o programa partidário. Por exemplo, esse pode ser um líder sindical com boa base eleitoral potencial entre os sindicalizados e trabalhadores, com bom alinhamento com as doutrinas de um partido trabalhista. Referência: Rota de aprendizagem da aula 3 tema 1, “Mapa de stakeholders como ferramenta para o recrutamento partidário”. Questão 9/10 - Formação e Renovação de Quadros Partidários Leia o texto a seguir: “O conceito de Liderança, normalmente, tem, hoje, uma acepção bastante diferente da que teve tradicionalmente na história do pensamento, desde Platão. Como exemplo de uma moderna formulação do conceito tradicional, podemos citar a definição de liderança dada por R.M. Mac Iver e C.H. Page (1937), que a consideram "a capacidade de persuadir ou dirigir os homens, resultado de qualidades pessoais, independentemente da função exercida".” Fonte: Norberto Bobbio, Nicola Matteucci e Gianfranco Pasquino. Dicionário de política I – Editora Universidade de Brasília, 1 la ed., 1998. Considerando o trecho citado acima e os conteúdos na Aula 1 da disciplina de Formação e Renovação de Quadros Partidários, examine as afirmativas abaixo e assinale a alternativa que contém características de líderes políticos, segundo o cientista político Fred Greenstein: I. Inteligência emocional, estilo cognitivo. II. Habilidade política, organizativa e comunicativa. III. Habilidade em fazer análises políticas e uma pesquisa quantitativa. IV. Habilidade em saber escrever um projeto de lei e uma petição pública. Nota: 0.0 A Apenas a afirmação I está correta. B Apenas a afirmação II está correta. C Apenas a afirmação III está correta. D Apenas as afirmações I e II estão corretas. Inteligência emocional: capacidade de controlar as emoções; Estilo cognitivo: uma maneira especial de perceber, processar e lembrar informações importantes; Habilidade política: capacidade de gerar consenso e combinar interesses diversos na direção de uma decisão ou doutrina política; Habilidade organizativa: habilidade de organizar bem um partido, um sistema, uma organização qualquer; Habilidade comunicativa: capacidade de discursar bem, simplificar temas complexos, emocionar através de discursos, etc. Referência: Rota de Aprendizagem de Formação e Renovação de Quadros Partidários. Aula 1. Tema 3 “Liderança” E Apenas as afirmações II, III e IV estão corretas. Questão 10/10 - Formação e Renovação de Quadros Partidários Leia o trecho a seguir: “Tilly construiu sua teoria da mobilização política rechaçando explicações economicistas, deterministas e psicossociais da ação coletiva. Nesta conversa, apareceu a noção de “repertório de ações coletivas”. Foi em 1976, em Getting together in Burgundy – 1675-1975. Tilly então compilava conflitos na imprensa oitocentista, em busca de padrões de ação coletiva. O conceito os descrevia, mas sem definição precisa, reportando “meios definidos de ação coletiva” e repertório, segundo Charles Tilly: história de um conceito 23 “um repertório familiar de ações coletivas que estão à disposição das pessoas comuns” (Tilly, 1976: 22), num dado momento histórico.” Fonte: Alonso, Angela. REPERTÓRIO, SEGUNDO CHARLESTILLY: HISTÓRIA DE UM CONCEITO. Sociologia & Antropologia [online]. 2012, v. 2, n. 3, pp. 21-41. Disponível em: . ISSN 2238-3875. https://doi.org/10.1590/2238-38752012v232. Tendo como base a contextualização acima e os conteúdos da Aula 3 da disciplina de Formação e Renovação de Quadros Partidários, assinale a alternativa que dá exemplos corretos de repertórios de ação coletiva: Nota: 10.0 A Passeatas, greves, reuniões institucionais, comissão parlamentar. B Guerrilha, comissão parlamentar de inquérito, abaixo assinado e manifestações. C Greves, passeatas, ato institucional ditatorial, medida provisória e emenda parlamentar. D Bicicletadas, carreatas, greve de fome, projeto de lei, abaixo assinado e emenda parlamentar. E Greves, passeatas, comícios, reuniões de grande porte por uma causa, bicicletadas, carreatas, protestos, ocupações, perturbação de cerimônias. Você acertou! Essas formas de ação podem ser: greves, passeatas, comícios, reuniões de grande porte por uma causa, bicicletadas, carreatas, protestos, ocupações, perturbação de cerimônias e, até mesmo, ações mais violentas como invasões de terra e de imóveis (públicos ou privados), destruição de estoques ou mercadorias, guerrilhas, etc. Referência: Rota de aprendizagem da aula 3 tema 3, “Repertórios de ação coletiva”. image1.wmf image2.wmf