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São utilizado desde a Antiguidade. Vivissecção - usado para entender o corpo humano. Acreditava-se que os animais não sentiam dor e existiam apenas para servir ao homem. Os métodos tornaram-se mais invasivos. Proteção Animal Uso de Animais na Ciência Pensadores como: Hipócrates, Aristóteles e Galeno. Nesse contexto surge a bioética, mais recentemente, propondo limites e responsabilidades. Os animais são utilizados para fins educacionais e experimentais. Na pesquisa: Utilizados para estudar doenças, buscar curas e desenvolver novos medicamentos. Seu uso é mais intenso, visando descobrir novos conhecimentos. No ensino: Ajudam a ilustrar conteúdos práticos de áreas como anatomia e fisiologia. Os animais são usados em menor escala, apenas para demonstração. Convencionais: Usadas com mais frequência por serem fáceis de manejar e por sua semelhança com o ser humano. Não convencionais: Menos usadas, geralmente em pesquisas específicas. Seu uso exige justificativa, por serem mais complexas. Ex: camundongos, ratos, cobaias, coelhos e hamsters. Ex: cães e macacos Rhesus ( utilizados em estudos sobre tratamento e imunização). Engenharia genética: Modelos geneticamente modificados são usados para estudar doenças como diabetes e hipertensão. Ampliou seu foco para uma visão global e interdisciplinar. 1970: Destaque de avanços tecnológicos na área da saúde. Definição de Warren Reich (1978): " O estudo sistemático das questões morais nas ciências da vida e da saúde, envolvendo decisões, condutas e normas." Hoje, ela considera não só a saúde humana, mas também: O que é Bioética? Ela surgiu para refletir sobre a responsabilidade do ser humano em relação a si mesmo, aos outros seres vivos e ao meio ambiente. Relação ética com o meio ambiente. Preservação da biodiversidade. Uso responsável das tecnologias biomédicas. Espécies utilizadas em ensino e pesquisa: Atualmente MÓDULO 1 Possui, hoje, uma perspectiva biocêntrica e plural, que considera todos os seres vivos. Ela pode ser dividida em campos específicos, como: Bioética Médica Bioética Animal Bioética Ambiental Princípio dos 3r Em 1959: criado por William Russel e Rex Burch para tornar o uso de animais em pesquisas mais ético. Cada “R” representa um princípio fundamental da experimentação animal. Reduction (Redução): Visa usar o menor número possível de animais, mantendo a confiabilidade dos resultados. Ex: evitando-se estudos duplicados, o compartilhamento de animais em experimentos, etc. Replacement (Substituição): Recomenda substituir o uso de animais sempre que houver métodos alternativos validados. Ex: procedimentos utilizando tecidos ou órgãos de animais já mortos, etc. Quarto R – Reabilitação: Refere-se aos cuidados com os animais após os experimentos, visando sua recuperação física e emocional. Além, da possível criação de um 4r. Ex: tratamento adequado, realocação para abrigos ou reintegração ao ambiente natural. Princípios Legais da Experimentação Animal no Brasil Início no país: após a década de 1970. Antes disso, a conduta ética dos pesquisadores dependia apenas do bom senso individual. O Decreto-Lei 24.645/1934: Primeira legislação a tratar da proteção animal, e em seu artigo 3º já classificava diversos atos como maus-tratos, estabelecendo limites ao uso de animais, mesmo que ainda de forma inicial. Lei 6.638/1979: Primeira a normatizar o uso de animais para fins didáticos e científicos. Determina que biotérios devem ser registrados, o uso de anestesia é obrigatório, e as práticas precisam ser supervisionadas por técnicos qualificados. Constituição Federal (Art. 225): Proíbe crueldade contra animais e estabelece a proteção da fauna como dever do Estado. Lei 9.605/1998 (Lei de Crimes Ambientais): Prevê penalidades criminais e administrativas para quem causar danos à fauna, reforçando a proteção legal aos animais usados em experimentos. Lei Arouca (Lei nº 11.794/2008): Regulamenta o uso de animais em ensino e pesquisa no Brasil, garantindo seu bem-estar. Criou o CONCEA e as CEUAs, que fiscalizam e aprovam os projetos com animais. Estabelece regras éticas e proíbe práticas que causem sofrimento desnecessário. Conceito de Bem-Estar Animal ( BEA ) Está relacionado à homeostase, ou seja, ao equilíbrio entre o corpo do animal e o ambiente em que ele vive. Envolve Três Pilares: Funcionamento biológico normal - Saúde física e nutrição adequadas. Estado emocional positivo - Ausência de dor, estresse e medo. Comportamento natural - Capacidade de expressar comportamentos típicos da espécie. As Cinco Liberdades Surgiram após a publicação do livro Animal Machines (1964), de Ruth Harrison. Denunciava os maus-tratos na criação industrial de animais. Em 1965: criação do Relatório Brambell, que definiu os princípios básicos para garantir o bem- estar mínimo dos animais de produção. Refinement (Refinamento): Busca reduzir ao máximo o sofrimento, a dor e o estresse dos animais durante os experimentos. Ex: utilização de analgesia pré e pós-cirúrgica, etc. Essas liberdades são até hoje referências globais para garantir o tratamento ético dos animais: . Liberdade de fome e sede. . Liberdade de desconforto. . Liberdade de dor, lesão e doença. . Liberdade para expressar comportamentos naturais. . Liberdade de medo e distresse. O Farm Animal Welfare Council, foi criado em 1979, no Reino Unido, responsável por regulamentações que influenciaram a União Europeia e impactaram também a bioética animal no Brasil. As Cinco Liberdades se tornaram referência na avaliação do bem-estar animal em diversas áreas. RIISPOA Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal. Substitui o antigo, de 1952, que não mencionava o bem-estar animal. (Art. 12) - Avaliação do bem-estar animal é obrigatória para animais destinados ao abate. (Decreto 9.013/2017) Terapia Assistida por Animais ( TAA ) Intervenção terapêutica conduzida por profissionais da saúde com animais sociáveis e saudáveis, voltada a pacientes com problemas cognitivos, emocionais ou sociais. (Art. 43) - Estabelecimentos devem ter instalações adequadas para recepção e acomodação dos animais. (Art. 88) - É proibido maus-tratos, sendo necessário aplicar ações que protejam o bem-estar animal, desde o embarque até o abate. (Art. 103) - Animais devem ter descanso, jejum e acesso à água antes do abate . (Art. 496) - Infrações relacionadas ao bem-estar animal são passíveis de penalidades. Regulamenta Rodeios (Lei 10.519/2002) (Art. 3º) - Rodeios devem contar com médico veterinário responsável, que garanta a saúde e o bem-estar dos animais. (Art. 4º) - Apetrechos não podem causar dor ou ferimentos. Cintas e barrigueiras devem ser de lã natural e confortáveis. É proibido o uso de esporas pontiagudas ou choques elétricos. Cordas de laço devem ter redutor de impacto para os animais. Animais de Companhia Atualmente, houve a diminuição de casais com filhos e aumento de famílias formadas por humanos e animais de estimação. Animais de companhia são vistos como membros da família e companheiros emocionais. Humanização dos animais: Pessoas projetam sentimentos humanos nos animais. Comportamentos como infantilizar o animal tornam-se comuns. Com esses comportamentos, ocorrem práticas prejudiciais ao bem-estar deles, como: Banhos excessivos para manter o "cheiro bom". Uso de perfumes fortes após a tosa, afetando seu faro. Cães na TAA (Coterapia): Melhora o humor e a sociabilidade. Diminui a percepção da dor. Reduz o tempo de internação hospitalar. Cavalos na TAA (Equoterapia): Utiliza cavalos aposentados de competição. Reconhecida pela Medicina. Comum em centros de reabilitação e hospitais no Brasil. Prática padronizada somente nos EUA. Há dificuldade em mensurar se há benefícios diretos para os animais. Por isso, a avaliação do bem-estar deve ser constante, monitorada por profissionais, com atenção especial a sinais de estresse e sobrecarga. Não há regulamentação específica para garantir o bem-estar de animais usados em TAAou como companhia. Por isso existe uma certa urgência em criar diretrizes éticas e legais para: Combater a mercantilização dos animais. Garantir a tutela responsável. Permitir a mediação do poder público nas decisões sobre o uso de animais em terapias. Regulamentação? Declaração Universal dos Direitos dos Animais (1978) MÓDULO 2 Breve Histórico Art. 6º – Animais de companhia têm direito a viver até sua velhice natural; abandono é crueldade. Art. 7º – Animais de trabalho merecem descanso, alimentação e limites. Art. 8º – Experimentações com sofrimento são inaceitáveis; métodos alternativos devem ser usados. Art. 9º – Animais criados para alimentação devem ser tratados com dignidade e sem dor. Art. 10º – Animais não devem ser usados para entretenimento. Art. 11º – Matar sem necessidade é crime contra a vida (biocídio). Art. 12º – Matar grandes grupos de animais selvagens é genocídio; poluição e destruição ambiental levam a isso. Art. 13º – Animais mortos devem ser tratados com respeito; violência contra animais não deve ser exibida, salvo para fins educativos. Art. 14º – Os direitos dos animais devem ser protegidos por lei e representados por órgãos oficiais. A declaração reconhece direitos aos animais, mas permite sua exploração se houver respeito e dignidade, refletindo uma visão utilitarista. Utilitarismo Animal – Considera o bem-estar dos animais, mas aceita seu uso se houver benefício humano e minimização do sofrimento. Art. 1º – Todos os animais têm direito à vida. Art. 2º – Merecem respeito, cuidado e proteção. Art. 3º – Maus-tratos e mortes cruéis são proibidos. Art. 4º – Animais selvagens devem viver livres e se reproduzir na natureza. Art. 5º – Animais domesticados devem viver em condições adequadas à sua espécie. O período marcou o crescimento das discussões sobre o bem-estar animal, principalmente na Inglaterra, com a criação da SPCA, que virou RSPCA em 1840, com apoio da realeza. Hipócrates (séc. V a.C.): Comparava órgãos de animais doentes com os de humanos para demonstrar semelhanças de forma didática. Alcméon, Herophilus e Erasistratus: Praticavam vivissecções para observar estruturas internas e propor hipóteses sobre seu funcionamento. Aristóteles (384–322 a.C.): Realizava vivissecções e acreditava que os animais existiam para servir aos humanos, por não terem razão ou direitos. Cláudio Galeno (129–217 a.C.): Considerado o “pai da vivissecção”, utilizava várias espécies para estudar anatomia, fisiologia e doenças, sendo pioneiro na medicina experimental. Immanuel Kant (séc. XVIII): Reconhecia que os animais sentiam dor, mas defendia seu uso pelos humanos por não terem consciência. Claude Bernard (séc. XIX): Defendia o uso científico de animais em pesquisas, o que levou à criação da primeira associação de proteção aos animais de laboratório por sua esposa. Proclamada pela ONU em Bruxelas, com base na Declaração dos Direitos Humanos. Apesar de não ter força jurídica, inspira leis de proteção animal no mundo, inclusive no Brasil. Principais pontos são: Visões Éticas Abolicionismo Animal – Rejeita qualquer forma de uso ou exploração, defendendo que os animais têm valor próprio e direito à liberdade e à vida. Especismo – Termo criado por Richard Ryder em 1970; é a discriminação por espécie, tratando animais como inferiores e justificando sua exclusão da consideração moral. Atualidades Jurídicas No Brasil, ainda não existe um ramo específico do Direito Animal. Entretanto, há avanços relevantes na legislação, especialmente a partir da Constituição Federal de 1988, que, em seu art. 225, estabelece: O direito de todos ao meio ambiente ecologicamente equilibrado; A proibição de práticas que levem à extinção de espécies ou que causem crueldade aos animais. Contudo, o Código Civil de 2002, em seu art. 82, contradiz esse entendimento ao determinar que: Animais são considerados bens móveis, ou seja, objetos que podem ser transportados — sem reconhecimento de sua condição de seres sencientes. Propostas de Atualização Legislativa Diante dessa contradição, projetos de lei tramitam no Congresso com o objetivo de modernizar o status jurídico dos animais: PLS 351/2015: propõe que os animais deixem de ser considerados coisas, seguindo modelos já adotados por países da Europa. PLC 27/2018: reconhece que os animais possuem natureza jurídica sui generis, ou seja, única, e podem ser tratados como sujeitos de direitos, com garantia de tutela em caso de violação. Esse último projeto gerou polêmica no Senado. O senador Telmário Mota se opôs ao PLC 27/2018, alegando que ele poderia gerar impactos econômicos, como a obrigatoriedade do uso de anestesia em abates, o que elevaria o custo da carne. Entretanto, essa crítica foi considerada sem fundamento técnico, já que existem métodos humanitários de abate autorizados pelo Ministério da Agricultura que não exigem anestesia, como: A pistola de dardo cativo; A insensibilização elétrica. Avanços no Judiciário Superior Tribunal de Justiça (STJ) O STJ tem adotado interpretações mais sensíveis e modernas sobre os animais, reconhecendo, por exemplo, o uso do termo “guarda” em vez de “posse”. Entre suas decisões, destacam-se: Estabelecer regime de visitas a pets após separações. Reforçar que animais não são “coisas inanimadas”, mas parte dos laços afetivos das pessoas. Destacou que isso não é uma tentativa de humanizá-los, e sim de proteger o vínculo emocional com eles. Supremo Tribunal Federal (STF) Em 2020, o STF suspendeu decisões que autorizavam o sacrifício de animais apreendidos por maus-tratos, como em rinhas. O entendimento foi que a prática viola o artigo 225 da Constituição, que proíbe a crueldade contra animais e garante proteção à fauna e ao meio ambiente. Contradições e Limites da Proteção Animal Apesar dos avanços, algumas decisões jurídicas e políticas ainda relativizam a proteção dos animais, principalmente quando envolvem aspectos culturais ou religiosos. Vaquejadas e Rodeios (EC 96/17): Legalizadas como manifestações culturais do patrimônio imaterial brasileiro. Que contrapõem a ideia de proibição da crueldade animal ao priorizar tradições. Sacrifícios Religiosos (RE 494.601-RS): O STF permitiu o sacrifício de animais em rituais religiosos, com base na liberdade de crença. Também reforça que a proteção ambiental não interfere em práticas religiosas. Na Espanha, as touradas são promovidas pelo Ministério da Cultura. E atraem cerca de 1 milhão de pessoas por ano, movimentando mais de 4 bilhões de reais anualmente. Contudo: Há fortes protestos, pois estima-se que 250 mil touros sejam mortos anualmente durante essas práticas. A tourada também ocorre em Portugal, México, Colômbia e Peru, embora em menor escala. Desafios Atuais e Caminhos para o Futuro Embora alguns países apresentem avanços, o Direito dos Animais ainda é uma área em construção e com lacunas importantes em sua regulamentação. Diante disso, é necessário investir em: Projetos de educação e conscientização da sociedade. Formação de profissionais do Direito com enfoque em proteção animal. A pressão social e o engajamento coletivo são fundamentais para impulsionar a criação de leis mais protetivas. Decreto nº 6.899/2009 MÓDULO 3 Aprovada em 2008, após 13 anos de tramitação, a Lei Arouca regula o uso de animais vertebrados (Filo Chordata, Subfilo Vertebrata) em atividades de ensino e pesquisa científica no Brasil, garantindo o bem-estar animal e a ética no processo. Lei Arouca (Lei nº 11.794/2008) Criação do CONCEA (Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal). Obrigatoriedade de supervisão por profissional de nível superior (na área biomédica). Definição de sanções: multas e até interdição definitiva em caso de descumprimento. Aplicação restrita ao ensino superior e cursos técnicos de nível médio da área biomédica. Aplicação de princípios como os 3Rs: Reduzir, Refinar e Substituir o uso de animais. CONCEA Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal É ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações e garante o tratamentoético e humanitário de animais usados em ensino e pesquisa científica no Brasil. Suas normas seguem modelos internacionais, como dos EUA e países da Europa. Principais funções: Criar e atualizar normas sobre uso ético de animais. Credenciar instituições para utilizar animais em ensino/pesquisa. Estimular e monitorar o uso de métodos alternativos ao uso animal. Atualizar regras sobre cuidado, manejo e bem- estar. Manter cadastros atualizados de protocolos e pesquisadores (via CEUAs). Analisar recursos contra decisões das CEUAs. Principais previsões da lei: Embora o CONCEA não tenha poder fiscalizatório direto, qualquer pessoa pode denunciar irregularidades ao próprio órgão ou a entidades competentes, como conselhos profissionais. (regulamenta a Lei Arouca) Criar ou usar animais sem credenciamento. Não seguir os cuidados exigidos. Fazer pesquisa sem profissional habilitado. Causar dor ou sofrimento sem anestesia/sedação. Reutilizar animais indevidamente. Não realizar eutanásia quando recomendada. Usar bloqueadores neuromusculares sem anestesia. Repetir procedimentos traumáticos sem justificativa e cuidado. Se confirmadas práticas em desacordo com o Decreto, são aplicadas sanções para: Pessoas jurídicas: Estabelecimentos credenciados no CONCEA ou em situação de clandestinidade, aos quais se aplicam: Advertência Multa de R$ 5.000,00 a R$ 20.000,00 Interdição temporária Suspensão de financiamentos públicos Interdição definitiva Pessoas físicas: São consideradas pessoas físicas os pesquisadores e docentes envolvidos em experimentos ou procedimentos pedagógicos, aos quais se aplicam: Advertência Multa de R$ 1.000,00 a R$ 5.000,00 Suspensão temporária Interdição definitiva para o exercício da atividade O órgão também publica guias específicos para o cuidado, criação, manejo e experimentação de diferentes espécies, detalhando os procedimentos permitidos e proibidos com animais. CIUCA Cadastro das Instituições de Uso Científico de Animais É o sistema, também criado pelo Decreto 6.899/09, responsável por: Registrar instituições que criam ou utilizam animais para ensino e pesquisa; Manter informações sobre protocolos em andamento e pesquisadores; Receber solicitações de credenciamento feitas pelas CEUAs. Infrações: A CEUA não pode se omitir quanto às normas do CONCEA. A negligência pode levar à aplicação de sanções, e seus membros podem responder por prejuízos causados por dolo. Diversas entidades ao redor do mundo atuam na defesa e bem-estar dos animais, promovendo desde ações educativas até resgates e atendimentos veterinários. CEUA Comissões de Ética no Uso de Animais São obrigatórias em todas as instituições de ensino técnico, superior ou pesquisa que utilizam animais. Funcionam como braços locais do CONCEA, fiscalizando e garantindo o cumprimento das normas éticas. Composição obrigatória (RN nº 1/2010 – CONCEA): Médicos veterinários e biólogos Docentes e pesquisadores da área Representante de sociedade protetora de animais (ou consultor ad hoc, em caso de recusa formal) Requisitos para os membros (Decreto 6.899/09): Reconhecida competência técnica e notório saber. Formação superior ou pós-graduação. Atuação destacada nas áreas relacionadas. A CEUA deve ter membros titulares e suplentes. (RN 01/10 - Art. 6º)Principais competências Avaliar previamente os protocolos experimentais e pedagógicos Emitir certificados para periódicos, entidades e órgãos de fomento Atualizar e enviar cadastros de protocolos e pesquisadores ao CIUCA Notificar e investigar acidentes, encaminhando relatórios ao CONCEA Realizar inspeções e propor programas preventivos Avaliar a qualificação de quem lida com os animais Paralisar atividades em desconformidade até regularização Estimular o uso dos 3Rs (Reduzir, Refinar e Substituir) Consultar o CONCEA em casos específicos Atuação das CEUAs (RN 06/12) Responsável Técnico: Cada biotério deve ter um Responsável Técnico, obrigatoriamente médico veterinário especializado em Ciência de Animais de Laboratório. Ele é responsável por: Zelar pelo bem-estar animal Gerenciar manejo, criação e cuidados veterinários Supervisionar condições sanitárias e ambientais Pesquisadores e Docentes: Submeter protocolos detalhados à CEUA antes de iniciar atividades Apresentar toda a documentação necessária para análise Aguardar a aprovação antes de qualquer procedimento Solicitar autorização para modificações no projeto Garantir que toda a equipe envolvida esteja treinada Comunicar alterações na equipe à CEUA Informar imediatamente qualquer acidente com os animais ONGs e Órgãos de Proteção Animal RSPCA Royal Society for the Prevention of Cruelty to Animals Criada no século XIX, na Inglaterra, foi uma das primeiras organizações dedicadas à proteção animal. Atualmente, conta com filiais em vários países da Europa, Ásia e África, oferecendo: . Serviços veterinários; . Programas educativos em escolas; . Centros de adoção de animais. UIPA União Internacional Protetora dos Animais Fundada em 1895, em São Paulo, é a organização pioneira na proteção animal no Brasil. Surgiu a partir de manifestos publicados em jornais contra maus- tratos e teve papel central no avanço de políticas públicas no país. Suas atuações incluem: Participação na criação da Lei 9.605/98, que tipifica os maus-tratos como crime ambiental. Fundação do movimento antivivisseccionista brasileiro; Atuação contra rodeios e práticas como a "Farra do Boi"; Redação da Lei Municipal 14.146/06, que proíbe veículos de tração animal em São Paulo; Manutenção de uma clínica veterinária para atendimento de animais de famílias de baixa renda; Promoção de adoção responsável de cães e gatos. SUIPA Sociedade União Internacional Protetora dos Animais Inaugurada em 1943, no Rio de Janeiro, a SUIPA começou atuando no resgate e cuidado de cães de rua e expandiu sua atuação ao longo dos anos. Ações junto ao poder público para exigir o cumprimento das leis de proteção animal. Participação em movimentos contra as “carrocinhas”, que promoviam a captura e eutanásia de animais errantes. Denúncia e combate aos maus-tratos de cavalos explorados em charretes. Apoio na apreensão de animais silvestres em ambientes inadequados. Suas atuações incluem: Proteção Animal no Brasil Desde a criação, em 1934, do Decreto 24.645, os animais passaram a ser tutelados pelo Estado e maus-tratos passaram a ser punidos com multas e até prisão. Estima-se que existam mais de 30 milhões de animais abandonados no Brasil, sendo: 10 milhões de gatos 20 milhões de cães O abandono se intensifica em férias e festas de fim de ano. Riscos à saúde pública (zoonoses) Acidentes automobilísticos Problemas ecológicos e econômicos Consequências: