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<p>fe���m���o 2 - be� es��� an����</p><p>Objetivo 1: investigar quem foi e a importância</p><p>de Temple Grandin para o bem estar animal.</p><p>Temple Grandin é uma pessoa autista, nascida nos Estados</p><p>Unidos da América, é psicóloga, zootecnista e cresceu em</p><p>meio às dificuldades do autismo, mas foi o contato com os</p><p>animais em meio a vida rural que a possibilitou</p><p>desenvolver uma série de técnicas para práticas de manejo</p><p>de baixo estresse, como não manter animais confinados</p><p>sozinhos, nem gritar ou bater portões, pois isso assusta o</p><p>gado e interfere na produção de seus produtos. Assim,</p><p>propôs uma revolução na indústria de frigoríficos</p><p>americanos.</p><p>Temple se tornou autoridade mundial de bem-estar animal</p><p>justamente por conta de suas pesquisas e sua maneira</p><p>similar aos animais de compreender o mundo o que</p><p>resultou na melhora da qualidade de vida dos animais e,</p><p>consequentemente, de produtos de origem animal</p><p>Objetivo 2: Compreender os direitos e os</p><p>conceitos de ética para os animais.</p><p>Direitos dos Animais</p><p>Direito à Vida: Este princípio sustenta que os animais</p><p>têm o direito de viver e não devem ser mortos ou</p><p>maltratados sem uma justificativa moralmente aceitável.</p><p>Direito ao Bem-Estar: Os animais devem viver em</p><p>condições que permitam seu bem-estar físico e</p><p>psicológico, incluindo acesso a alimentos, água, abrigo,</p><p>e cuidados médicos adequados.</p><p>Direito à Liberdade: Esse direito implica que os</p><p>animais não devem ser confinados ou explorados de</p><p>maneira que cause sofrimento, como em circos ou</p><p>laboratórios.</p><p>Direito a um Tratamento Humanitário: Os animais</p><p>têm o direito de serem tratados com respeito, evitando</p><p>crueldade, abuso ou negligência.</p><p>Conceitos de Ética Animal</p><p>Bem-Estarismo: Este conceito defende que os humanos</p><p>podem usar os animais, desde que seu bem-estar seja</p><p>priorizado e o sofrimento seja minimizado. Isso inclui</p><p>melhorias nas condições de criação, transporte e abate.</p><p>Abolicionismo: Os defensores dessa ética acreditam que</p><p>os animais não devem ser usados para fins humanos sob</p><p>nenhuma circunstância, argumentando que os animais</p><p>têm direitos fundamentais semelhantes aos dos humanos.</p><p>Especismo: Especismo é uma forma de discriminação</p><p>— discriminação contra aqueles e aquelas que não</p><p>pertencem a certa espécie.</p><p>Utilitarismo: Uma abordagem ética que avalia ações</p><p>com base no equilíbrio entre dor e prazer que elas</p><p>causam. No contexto animal, defende-se que as ações</p><p>devem minimizar o sofrimento e maximizar o bem-estar.</p><p>Ética de Cuidado: Esse conceito enfatiza a importância</p><p>de relações de cuidado e responsabilidade para com os</p><p>animais, reconhecendo a necessidade de proteger e nutrir</p><p>os seres sob nosso cuidado.</p><p>Objetivo 3: estudar a importância e as</p><p>atividades do WSPA na proteção animal.</p><p>A WSPA (World Society for the Protection of Animals),</p><p>atualmente chamada de World Animal Protection, é uma</p><p>organização internacional dedicada à proteção e</p><p>bem-estar dos animais. Fundada em 1981, ela promove o</p><p>tratamento ético dos animais, combate práticas cruéis,</p><p>resgata animais em situações de desastre e influencia</p><p>políticas públicas para melhorar as condições de vida</p><p>dos animais.</p><p>No Brasil, a Proteção Animal Mundial começou a atuar</p><p>em 1989 – ainda como WSPA –, apoiando organizações</p><p>de Santa Catarina na luta contra a farra do boi.</p><p>Atividades da WSPA</p><p>Atualmente, a organização age em diversas frentes:</p><p>• Animais em Comunidade – que trabalha levando</p><p>soluções humanitárias aos municípios para lidarem com</p><p>a crescente população de cães e gatos e a educação em</p><p>guarda responsável aos tutores;</p><p>• Animais em Situação de Desastre – que trabalha com</p><p>governos para que animais de estimação e de fazenda</p><p>sejam incluídos nos planos de contingência de desastres</p><p>e dá suporte e treinamento a brigadas de resgate para o</p><p>melhor manejo de animais em situações de risco;</p><p>• Vida Silvestre – que trabalha pelo fim da indústria</p><p>exploratória de turismo com animais silvestres e contra o</p><p>seu tráfico e manutenção como animais de estimação; e</p><p>• Animais de Fazenda – que prega práticas que</p><p>apresentem maiores índices de bem-estar para os</p><p>animais de produção, como, por exemplo, frangos e</p><p>porcos.</p><p>Objetivo 4: Analisar as legislações do bem estar</p><p>animal (Decreto de 1934, Constituição de 1988,</p><p>Artigo 1225 do código estadual de Sergipe, lei</p><p>arouca 2008, comitê de ética , CONCEA,</p><p>resolucões: 675 de Junho de 2017 e 1236 de</p><p>Outubro 2018).</p><p>DECRETO Nº 24.645, de 10 de julho de 1934</p><p>O Chefe do Governo Provisório da República dos Estados</p><p>Unidos do Brasil, usando das atribuições que lhe confere o</p><p>artigo 1º do decreto n. 19.398, de 11 de novembro de 1930,</p><p>Decreta:</p><p>Art. 1º Todos os animais existentes no País são</p><p>tutelados do Estado.</p><p>Art. 2º Aquele que, em lugar público ou privado, aplicar</p><p>ou fizer aplicar maus tratos aos animais, incorrerá em</p><p>multa de 20$000 a 500$000 e na pena de prisão celular</p><p>de 2 a 15 dias, quer o delinquente seja ou não o</p><p>respectivo proprietário, sem prejuízo da ação civil que</p><p>possa caber.</p><p>§ 1º A critério da autoridade que verificar a infração</p><p>da presente lei, será imposta qualquer das penalidades</p><p>acima estatuídas, ou ambas.</p><p>§ 2º A pena a aplicar dependerá da gravidade do</p><p>delito, a juízo da autoridade.</p><p>§ 3º Os animais serão assistidos em juízo pelos</p><p>representantes do Ministério Público, seus substitutos</p><p>legais e pelos membros das sociedades protetoras de</p><p>animais.</p><p>Art. 3º Consideram-se maus tratos:</p><p>I - praticar ato de abuso ou crueldade em qualquer</p><p>animal;</p><p>II - manter animais em lugares anti-higiênicos ou que</p><p>lhes impeçam a respiração, o movimento ou o descanso,</p><p>ou os privem de ar ou luz;</p><p>III - obrigar animais a trabalhos excessivos ou</p><p>superiores às suas forças e a todo ato que resulte em</p><p>sofrimento para deles obter esforços que, razoavelmente,</p><p>não se lhes possam exigir senão com castigo;</p><p>IV - golpear, ferir ou mutilar, voluntariamente,</p><p>qualquer órgão ou tecido de economia, exceto a</p><p>castração, só para animais domésticos, ou operações</p><p>outras praticadas em beneficio exclusivo do animal e as</p><p>exigidas para defesa do homem, ou no interêsse da</p><p>ciência;</p><p>V - abandonar animal doente, ferido, extenuado ou</p><p>mutilado, bem como deixar de ministrar-lhe tudo o que</p><p>humanitariamente se lhe possa prover, inclusive</p><p>assistência veterinária;</p><p>VI - não dar morte rápida, livre de sofrimentos</p><p>prolongados, a todo animal cujo extermínio seja</p><p>necessário, para consumo ou não;</p><p>VII - abater para o consumo ou fazer trabalhar os</p><p>animais em período adiantado de gestação;</p><p>VIII. - atrelar, no mesmo veículo, instrumento</p><p>agrícola ou industrial, bovinos com equinos, com muares</p><p>ou com asininos, sendo somente permitido o trabalho em</p><p>conjunto a animais da mesma espécie;</p><p>IX - atrelar animais a veículos sem os apetrechos</p><p>indispensáveis, como sejam balancins, ganchos e lanças</p><p>ou com arreios incompletos incômodos ou em mau</p><p>estado, ou com acréscimo de acessórios que os molestem</p><p>ou lhes perturbem o funcionamento do organismo;</p><p>X - utilizar, em serviço, animal cego, ferido, enfermo,</p><p>fraco, extenuado ou desferrado, sendo que êste último</p><p>caso somente se aplica a localidade com ruas calçadas;</p><p>XI - açoitar, golpear ou castigar por qualquer forma</p><p>um animal caído sob o veículo ou com êle, devendo o</p><p>condutor desprendê-lo do tiro para levantar-se;</p><p>XII - descer ladeiras com veículos de tração animal</p><p>sem utilização das respectivas travas, cujo uso é</p><p>obrigatório;</p><p>XIII - deixar de revestir com couro ou material com</p><p>idêntica qualidade de proteção as correntes atreladas aos</p><p>animais de tiro;</p><p>XIV - conduzir veículo de tração animal, dirigido por</p><p>condutor sentado, sem que o mesmo tenha boléia fixa e</p><p>arreios apropriados, com tesouras, pontas de guia e</p><p>retranca;</p><p>XV - prender animais atrás dos veículos ou atados às</p><p>caudas de outros;</p><p>XVI - fazer viajar um animal a pé, mais de 10</p><p>quilômetros, sem lhe dar descanso, ou trabalhar mais de</p><p>6 horas contínuas sem lhe dar água e alimento;</p><p>XVII - conservar animais embarcados por mais de 12</p><p>horas, sem água e alimento, devendo as</p><p>empresas de transportes providenciar, sobre as</p><p>necessárias modificações no seu material, dentro de 12</p><p>meses a partir da publicação desta</p><p>Lei;</p><p>XVIII - conduzir animais, por qualquer meio de</p><p>locomoção, colocados de cabeça para baixo, de mãos ou</p><p>pés atados, ou de qualquer modo que lhes produza</p><p>sofrimento;</p><p>XIX - transportar animais em cestos, gaiolas ou veículos</p><p>sem as proporções necessárias ao seu tamanho e</p><p>números de cabeças, e sem que o meio de condução em</p><p>que estão encerrados esteja protegido por uma rede</p><p>metálica ou idêntica, que impeça a saída de qualquer</p><p>membro animal;</p><p>XX - encerrar em curral ou outros lugares animais em</p><p>número tal que não lhes seja possível moverem-se</p><p>livremente, ou deixá-los sem água e alimento por mais</p><p>de 12 horas;</p><p>XXI - deixar sem ordenhar as vacas por mais de 24</p><p>horas, quando utilizadas na exploração do leite;</p><p>XXII - ter animais encerrados juntamente com outros</p><p>que os aterrorizem ou molestem;</p><p>XXIII - ter animais destinados à venda em locais que</p><p>não reúnam as condições de higiene e comodidades</p><p>relativas;</p><p>XXIV - expor, nos mercados e outros locais de venda,</p><p>por mais de 12 horas, aves em gaiolas, sem que se faça</p><p>nestas a devida limpeza e renovação de água e alimento;</p><p>XXV - engordar aves mecanicamente;</p><p>XXVI - despelar ou depenar animais vivos ou</p><p>entregá-los vivos a alimentação de outros;</p><p>XXVII - ministrar ensino a animais com maus tratos</p><p>físicos;</p><p>XXVIII - exercitar tiro ao alvo sobre patos ou qualquer</p><p>animal selvagem ou sobre pombos, nas sociedades,</p><p>clubes de caça, inscritos no Serviço de Caça e Pesca;</p><p>XXIX - realizar ou promover lutas entre animais da</p><p>mesma espécies ou de espécie diferente, touradas e</p><p>simulacros de touradas, ainda mesmo em lugar privado;</p><p>XXX - arrojar aves e outros animais nas casas de</p><p>espetáculos e exibi-los, para tirar sortes ou realizar</p><p>acrobacias;</p><p>XXXI - transportar, negociar ou caçar, em qualquer</p><p>época do ano, aves insetívoras, pássaros canoros,</p><p>beija-flores, e outras aves de pequeno porte, exceção</p><p>feita das autorizações para fins científicos, consignadas</p><p>em lei anterior.</p><p>Art. 4º - Só é permitida a tração animal de veículo ou</p><p>instrumento agrícola e industrial, por animais das</p><p>espécies eqüina, bovina, muar e asinina.</p><p>Art. 5º - Nos veículos de duas rodas de tração animal é</p><p>obrigatório o uso de escora ou suporte fixado por</p><p>dobradiça, tanto na parte dianteira, como na traseira, por</p><p>forma a evitar que, quando o veículo esteja parado, o</p><p>peso da carga recaia sobre o animal e também para os</p><p>efeitos em sentido contrário, quando o peso da carga for</p><p>na parte traseira do veículo.</p><p>Art. 6º - Nas cidades e povoados os veículos à tração</p><p>animal terão tímpano ou outros sinais de alarme,</p><p>acionáveis pelo condutor, sendo proibido o uso de</p><p>guizos, chocalhos ou campainhas ligados aos arreios ou</p><p>aos veículos para produzirem ruído constante.</p><p>Art. 7º - A carga, por veículo, para um determinado</p><p>número de animais, deverá ser fixada pelas</p><p>municipalidades, obedecendo sempre ao estado das vias</p><p>públicas, declives das mesmas, peso e espécie de</p><p>veículo, fazendo constar nas respectivas licenças a tara e</p><p>a carga útil.</p><p>Art. 8º - Consideram-se castigos violentos, sujeitos ao</p><p>dobro das penas cominadas na presente Lei, castigar o</p><p>animal na cabeça, baixo ventre ou pernas.</p><p>Art. 9º - Tornar-se-á efetiva a penalidade, em qualquer</p><p>caso, sem prejuízo de fazer-se cessar o mau trato à custa</p><p>dos declarados responsáveis.</p><p>Art. 10 - São solidariamente passíveis de multa e prisão,</p><p>os proprietários de animais e os que tenham sob sua</p><p>guarda ou uso, desde que consintam a seus prepostos</p><p>atos não permitidos na presente Lei.</p><p>Art. 11 - Em qualquer caso será legítima, para garantia</p><p>da cobrança da multa ou multas, a apreensão do animal</p><p>ou do veículo, ou de ambos.</p><p>Art. 12 - As penas pecuniárias serão aplicadas pela</p><p>polícia ou autoridade municipal e as penas de prisão</p><p>serão da alçada das autoridades judiciárias.</p><p>Art. 13 - As penas desta Lei aplicar-se-ão a todo aquele</p><p>que infligir maus tratos ou eliminar um animal, sem</p><p>provar que foi por este acometido ou que se trata de</p><p>animal feroz ou atacado de moléstia perigosa.</p><p>Art. 14 - A autoridade que tomar conhecimento de</p><p>qualquer infração desta Lei, poderá, ordenar o confisco</p><p>do animal ou animais, nos casos de reincidência.</p><p>§ 1º - O animal apreendido, se próprio para consumo,</p><p>será entregue à instituição de beneficência, e, em caso</p><p>contrário, será promovida a sua venda em benefício de</p><p>instituições de assistência social.</p><p>§ 2º - Se o animal apreendido for impróprio para o</p><p>consumo e estiver em condições de não mais prestar</p><p>serviços, será abatido.</p><p>Art. 15 - Em todos os casos de reincidência ou quando</p><p>os maus tratos venham a determinar a morte do animal,</p><p>ou produzir mutilação de qualquer dos seus órgãos ou</p><p>membros, tanto a pena de multa como a de prisão serão</p><p>aplicadas em dobro.</p><p>Art. 16 - As autoridades federais, estaduais e municipais</p><p>prestarão aos membros das sociedades protetoras de</p><p>animais a cooperação necessária para fazer cumprir a</p><p>presente Lei.</p><p>Art. 17 - A palavra animal, da presente Lei, compreende</p><p>todo ser irracional, quadrúpede, ou bípede, doméstico ou</p><p>selvagem, exceto os daninhos.</p><p>Art. 18 - A presente Lei entrará em vigor imediatamente,</p><p>independente de regulamentação.</p><p>Art. 19 - Revogam-se as disposições em contrário.</p><p>CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA</p><p>DO BRASIL DE 1988</p><p>CAPÍTULO VI DO MEIO AMBIENTE</p><p>Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente</p><p>ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e</p><p>essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder</p><p>Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-</p><p>lo para as presentes e futuras gerações.</p><p>§ 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao</p><p>Poder Público:</p><p>- I - preservar e restaurar os processos ecológicos</p><p>essenciais e prover o manejo ecológico das espécies e</p><p>ecossistemas;</p><p>- VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei,</p><p>as práticas que coloquem em risco sua função ecológica,</p><p>provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais</p><p>à crueldade.</p><p>- § 7º Para fins do disposto na parte final do inciso VII do §</p><p>1º deste artigo, não se consideram cruéis as práticas</p><p>desportivas que utilizem animais, desde que sejam</p><p>manifestações culturais, conforme o § 1º do art. 215 nesta</p><p>Constituição Federal, registradas como bem de natureza</p><p>imaterial integrante do patrimônio cultural brasileiro,</p><p>devendo ser regulamentadas por lei específica que assegure</p><p>o bem-estar dos animais envolvidos.</p><p>Lei Arouca 2008</p><p>CAPÍTULO I</p><p>DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES</p><p>Art. 1o A criação e a utilização de animais em</p><p>atividades de ensino e pesquisa científica, em todo</p><p>o território nacional, obedece aos critérios</p><p>estabelecidos nesta Lei.</p><p>§ 1o A utilização de animais em atividades</p><p>educacionais fica restrita a:</p><p>I – estabelecimentos de ensino superior;</p><p>II – estabelecimentos de educação</p><p>profissional técnica de nível médio da área</p><p>biomédica.</p><p>§ 2o São consideradas como atividades de</p><p>pesquisa científica todas aquelas relacionadas com</p><p>ciência básica, ciência aplicada, desenvolvimento</p><p>tecnológico, produção e controle da qualidade de</p><p>drogas, medicamentos, alimentos,</p><p>imunobiológicos, instrumentos, ou quaisquer outros</p><p>testados em animais, conforme definido em</p><p>regulamento próprio.</p><p>§ 3o Não são consideradas como atividades</p><p>de pesquisa as práticas zootécnicas relacionadas à</p><p>agropecuária.</p><p>Art. 2o O disposto nesta Lei aplica-se aos</p><p>animais das espécies classificadas como filo</p><p>Chordata, subfilo Vertebrata, observada a</p><p>legislação ambiental.</p><p>Art. 3o Para as finalidades desta Lei</p><p>entende-se por:</p><p>I – filo Chordata: animais que possuem,</p><p>como características exclusivas, ao menos na fase</p><p>embrionária, a presença de notocorda, fendas</p><p>branquiais na faringe e tubo nervoso dorsal único;</p><p>II – subfilo Vertebrata: animais cordados que</p><p>têm, como características exclusivas, um encéfalo</p><p>grande encerrado numa caixa craniana e uma</p><p>coluna vertebral;</p><p>III – experimentos: procedimentos efetuados</p><p>em animais vivos, visando à elucidação de</p><p>fenômenos fisiológicos ou patológicos, mediante</p><p>técnicas específicas e preestabelecidas;</p><p>IV – morte por meios humanitários: a morte</p><p>de um animal em condições que envolvam,</p><p>segundo as espécies, um mínimo de sofrimento</p><p>físico</p><p>ou mental.</p><p>Parágrafo único. Não se considera</p><p>experimento:</p><p>I – a profilaxia e o tratamento veterinário do</p><p>animal que deles necessite;</p><p>II – o anilhamento, a tatuagem, a marcação</p><p>ou a aplicação de outro método com finalidade de</p><p>identificação do animal, desde que cause apenas</p><p>dor ou aflição momentânea ou dano passageiro;</p><p>III – as intervenções não-experimentais</p><p>relacionadas às práticas agropecuárias.</p><p>CAPÍTULO III</p><p>DAS COMISSÕES DE ÉTICA NO USO DE</p><p>ANIMAIS – CEUAs</p><p>Art. 8o É condição indispensável para o</p><p>credenciamento das instituições com atividades de</p><p>ensino ou pesquisa com animais a constituição</p><p>prévia de Comissões de Ética no Uso de Animais –</p><p>CEUAs.</p><p>Art. 9o As CEUAs são integradas por:</p><p>I – médicos veterinários e biólogos;</p><p>II – docentes e pesquisadores na área</p><p>específica;</p><p>III – 1 (um) representante de sociedades</p><p>protetoras de animais legalmente estabelecidas no</p><p>País, na forma do Regulamento.</p><p>Art. 10. Compete às CEUAs:</p><p>I – cumprir e fazer cumprir, no âmbito de suas</p><p>atribuições, o disposto nesta Lei e nas demais</p><p>normas aplicáveis à utilização de animais para</p><p>ensino e pesquisa, especialmente nas resoluções</p><p>do CONCEA;</p><p>II – examinar previamente os procedimentos</p><p>de ensino e pesquisa a serem realizados na</p><p>instituição à qual esteja vinculada, para determinar</p><p>sua compatibilidade com a legislação aplicável;</p><p>III – manter cadastro atualizado dos</p><p>procedimentos de ensino e pesquisa realizados, ou</p><p>em andamento, na instituição, enviando cópia ao</p><p>CONCEA;</p><p>IV – manter cadastro dos pesquisadores que</p><p>realizem procedimentos de ensino e pesquisa,</p><p>enviando cópia ao CONCEA;</p><p>V – expedir, no âmbito de suas atribuições,</p><p>certificados que se fizerem necessários perante</p><p>órgãos de financiamento de pesquisa, periódicos</p><p>científicos ou outros;</p><p>VI – notificar imediatamente ao CONCEA e</p><p>às autoridades sanitárias a ocorrência de qualquer</p><p>acidente com os animais nas instituições</p><p>credenciadas, fornecendo informações que</p><p>permitam ações saneadoras.</p><p>§ 1o Constatado qualquer procedimento em</p><p>descumprimento às disposições desta Lei na</p><p>execução de atividade de ensino e pesquisa, a</p><p>respectiva CEUA determinará a paralisação de sua</p><p>execução, até que a irregularidade seja sanada,</p><p>sem prejuízo da aplicação de outras sanções</p><p>cabíveis.</p><p>§ 2o Quando se configurar a hipótese</p><p>prevista no § 1o deste artigo, a omissão da CEUA</p><p>acarretará sanções à instituição, nos termos dos</p><p>arts. 17 e 20 desta Lei.</p><p>§ 3o Das decisões proferidas pelas CEUAs</p><p>cabe recurso, sem efeito suspensivo, ao CONCEA.</p><p>§ 4o Os membros das CEUAs responderão</p><p>pelos prejuízos que, por dolo, causarem às</p><p>pesquisas em andamento.</p><p>§ 5o Os membros das CEUAs estão</p><p>obrigados a resguardar o segredo industrial, sob</p><p>pena de responsabilidade.</p><p>CONCEA</p><p>RESOLUÇÃO Nº 675, DE 21 DE JUNHO DE 2017</p><p>Art. 1º Esta Resolução dispõe sobre o transporte</p><p>de animais de produção ou de interesse econômico, de</p><p>esporte, de lazer e de exposição.</p><p>Art. 2º Para efeito desta Resolução,</p><p>considera-se:</p><p>I - animais de produção ou de interesse</p><p>econômico: os mamíferos (bovinos e bubalinos,</p><p>equídeos, suínos, ovinos, caprinos e coelhos) e aves de</p><p>produção, conforme disposto no Manual de</p><p>Preenchimento para Emissão de Guia de Trânsito</p><p>Animal elaborado pelo Ministério da Agricultura,</p><p>Pecuária e Abastecimento (MAPA);</p><p>II - animais de esporte, lazer e exposição: os</p><p>destinados a práticas esportivas, de lazer ou de</p><p>exposições;</p><p>III - carga viva: os animais submetidos ao</p><p>transporte;</p><p>IV - veículo de transporte de animais vivos</p><p>(VTAV): o veículo automotor com equipamento de</p><p>contenção de carga fixo reboque ou semirreboque</p><p>construído ou adaptado, mantido e licenciado para o</p><p>transporte de carga viva, excetuando os animais de</p><p>companhia;</p><p>V - transporte de carga viva: o deslocamento</p><p>dos animais definidos nos incisos I e II.</p><p>Art. 3º O veículo de transporte de animais vivos</p><p>(VTAV) deve atender aos seguintes requisitos:</p><p>I - ser construído ou adaptado e mantido de</p><p>forma a evitar sofrimento desnecessário e ferimentos,</p><p>bem como para minimizar agitação dos animais, a fim</p><p>de garantir a manutenção da vida e o bem-estar animal;</p><p>II - ser adaptado à espécie e categoria de</p><p>animais transportados, com altura e largura que</p><p>permitam que os animais permaneçam em pé durante a</p><p>viagem, a exceção das aves, e com abertura de tamanho</p><p>compatível para embarque e desembarque da respectiva</p><p>carga viva;</p><p>III - ser resistente e compatível com o peso e</p><p>movimento dos animais transportados;</p><p>IV - indicar de forma visível na parte traseira da</p><p>carroceria do veículo um número de telefone de</p><p>emergência;</p><p>V - observadas as especificações do fabricante</p><p>do veículo, quando houver, a lotação de animais deve</p><p>estar de acordo com as recomendações específicas do</p><p>Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento;</p><p>VI - apresentar superfícies de contato sem</p><p>proeminências e elementos pontiagudos que possam</p><p>ocasionar contusões ou ferimentos nos animais</p><p>transportados;</p><p>VII - permitir a circulação de ar em todo o seu</p><p>interior garantindo a ventilação necessária para o</p><p>bem-estar animal;</p><p>VIII - dispor de meios de proteção para</p><p>minimizar os efeitos de temperaturas extremas;</p><p>IX - dispor de meios para visualização parcial</p><p>ou total dos animais;</p><p>X - dispor de meios que evitem derramamento</p><p>de dejetos durante sua movimentação nas vias públicas;</p><p>XI - possuir piso antiderrapante que evite</p><p>escorregões e quedas dos animais transportados fora de</p><p>caixas contentoras;</p><p>XII - possibilitar meios de fornecimento de</p><p>água para animais transportados fora de caixas</p><p>contentoras;</p><p>XIII - possuir laterais e teto que protejam contra</p><p>a fuga, a queda e a exposição de partes do corpo dos</p><p>animais transportados para fora do veículo;</p><p>XIV - no caso de transporte de animais em</p><p>caixas contentoras, o veículo deve dispor de estruturas</p><p>que impeçam o deslocamento ou a queda das caixas</p><p>contentoras.</p><p>§ 1º Para o transporte de carga viva em</p><p>caminhões baú, deve ser previsto um sistema de controle</p><p>de temperatura e ventilação.</p><p>§ 2º Não é obrigatória a instalação de</p><p>reservatório de água no VTAV.</p><p>Art. 4º O VTAV deve ter compartimentos de</p><p>carga com abertura para embarque e desembarque</p><p>compatível com os animais a serem transportados.</p><p>Parágrafo único. A abertura do compartimento</p><p>de carga do VTAV deve alcançar a totalidade de sua</p><p>largura, devendo ter mecanismo de travamento para</p><p>ajuste da abertura, ou outra forma equivalente para a</p><p>retirada dos animais em caso de emergência.</p><p>Art. 6º O VTAV destinado ao transporte de</p><p>animais de esporte, lazer e exposição deve ser equipado</p><p>com elementos de proteção aos animais, como baias</p><p>individuais ou similares.</p><p>Art. 7º Os cavalos, muares e asininos podem ser</p><p>transportados em reboques ou semirreboques, destinados</p><p>exclusivamente para esse fim, tracionados por veículo</p><p>automotor com capacidade de tração compatível.</p><p>RESOLUÇÃO NÚMERO 1236, DE 26 DE</p><p>OUTUBRO DE 2018</p><p>Resolve:</p><p>Art. 1º Instituir norma reguladora relativa à</p><p>conduta do médico veterinário e do zootecnista em</p><p>relação à constatação de crueldade, abuso e maus-tratos</p><p>aos animais.</p><p>Art. 2º Para os fins desta Resolução, devem ser</p><p>consideradas as seguintes definições:</p><p>I - animais vertebrados: o conjunto de</p><p>indivíduos pertencentes ao reino animal, filo dos</p><p>Cordados, subfilo dos Vertebrados, incluindo indivíduos</p><p>de quaisquer espécies domésticas, domesticadas ou</p><p>silvestres, nativas ou exóticas;</p><p>II - maus-tratos: qualquer ato, direto ou indireto,</p><p>comissivo ou omissivo, que intencionalmente ou por</p><p>negligência, imperícia ou imprudência provoque dor ou</p><p>sofrimento desnecessários aos animais;</p><p>III - crueldade: qualquer ato intencional que</p><p>provoque dor ou sofrimento desnecessários nos animais,</p><p>bem como intencionalmente impetrar maus tratos</p><p>continuamente aos animais;</p><p>IV - abuso: qualquer ato intencional, comissivo</p><p>ou omissivo, que implique no uso despropositado,</p><p>indevido, excessivo, demasiado, incorreto de animais,</p><p>causando prejuízos de ordem física e/ou psicológica,</p><p>incluindo os atos caracterizados como abuso sexual;</p><p>V - abate: conjunto de procedimentos utilizados</p><p>nos estabelecimentos autorizados para provocar a morte</p><p>de animais destinados</p><p>ao aproveitamento de seus</p><p>produtos e subprodutos, baseados em conhecimento</p><p>científico visando minimizar dor, sofrimento e/ou</p><p>estresse;</p><p>VI - transporte - deslocamento do(s) animal(is)</p><p>por período transitório no qual subsiste com ou sem</p><p>suporte alimentar e/ou hídrico;</p><p>VII - comercialização - situação transitória de</p><p>exposição de animais para a venda no qual subsiste com</p><p>ou sem suporte alimentar e/ou hídrico;</p><p>VIII - depopulação: procedimento para</p><p>promover a eliminação de determinado número de</p><p>animais simultaneamente, visando minimizar</p><p>sofrimento, dor e/ou estresse, utilizado em casos de</p><p>emergência, controle sanitário e/ou ambiental;</p><p>IX - eutanásia: indução da cessação da vida, por</p><p>meio de método tecnicamente aceitável e</p><p>cientificamente comprovado, realizado, assistido e/ou</p><p>supervisionado por médico veterinário, para garantir</p><p>uma morte sem dor e sofrimento ao animal;</p><p>X - animais sinantrópicos - animais que se</p><p>adaptaram a viver junto ao homem, a despeito da</p><p>vontade deste. Podem causar prejuízos econômicos,</p><p>transmitir doenças, causar agravos à saúde do homem ou</p><p>de outros animais, portanto, são considerados, em</p><p>muitos casos, indesejáveis e problemas de saúde pública</p><p>e/ou ambiental;</p><p>XI - corpo de delito - conjunto de vestígios</p><p>materiais resultantes da prática de maus-tratos, abuso</p><p>e/ou crueldade contra os animais;</p><p>XII - contenção física - uso de mecanismos</p><p>mecânicos ou manuais para restringir a movimentação</p><p>visando a proteção do animal ou de terceiros durante</p><p>procedimentos; e,</p><p>XIII - contenção química - uso de fármacos</p><p>analgésicos, anestésicos ou psicotrópicos, cujo uso é de</p><p>competência exclusiva de médico veterinário, para</p><p>restringir a movimentação visando a proteção do animal</p><p>ou de terceiros durante procedimentos.</p><p>Art. 3º Constitui-se em infração ética a prática,</p><p>direta ou indiretamente, de atos de crueldade, abuso e</p><p>maus-tratos aos animais, por médico veterinário ou</p><p>zootecnista.</p><p>Art. 4º É dever do médico veterinário e do</p><p>zootecnista manter constante atenção à possibilidade da</p><p>ocorrência de crueldade, abuso e maus-tratos aos</p><p>animais.</p><p>§ 1º O médico veterinário e o zootecnista têm o</p><p>dever de prevenir e evitar atos de crueldade, abuso e</p><p>maus-tratos, recomendando procedimentos de manejo,</p><p>sistemas de produção, criação e manutenção alinhados</p><p>com as necessidades fisiológicas, comportamentais,</p><p>psicológicas e ambientais das espécies.</p><p>§ 2º O médico veterinário deve registrar a</p><p>constatação ou suspeita de crueldade, abuso ou</p><p>maus-tratos no prontuário médico, parecer ou relatório, e</p><p>o zootecnista, em termo de constatação, parecer ou</p><p>relatório, para se eximir da participação ou omissão em</p><p>face do ato danoso ao(s) animal(is), indicando</p><p>responsável, local, data, fatos e situações</p><p>pormenorizados, finalizando com sua assinatura,</p><p>carimbo e data do documento. Tal documento deve ser</p><p>remetido imediatamente ao CRMV de sua circunscrição,</p><p>por qualquer meio físico ou eletrônico, para registro</p><p>temporal, podendo o CRMV enviar o respectivo</p><p>documento para as autoridades competentes.</p><p>§ 3º Caso a constatação ou suspeita de</p><p>crueldade, abuso e/ou maus-tratos recaia sobre médico</p><p>veterinário ou zootecnista, a comunicação deve ser feita</p><p>também ao CRMV pertinente ao(s) profissional(is).</p><p>Art. 5º Consideram-se maus tratos:</p><p>I - executar procedimentos invasivos ou</p><p>cirúrgicos sem os devidos cuidados anestésicos,</p><p>analgésicos e higiênico-sanitários, tecnicamente</p><p>recomendados;</p><p>II - permitir ou autorizar a realização de</p><p>procedimentos anestésicos, analgésicos, invasivos,</p><p>cirúrgicos ou injuriantes por pessoa sem qualificação</p><p>técnica profissional;</p><p>III - agredir fisicamente ou agir para causar dor,</p><p>sofrimento ou dano ao animal;</p><p>IV - abandonar animais;</p><p>a) deixar o tutor ou responsável de buscar</p><p>assistência médico-veterinária e zootécnica quando</p><p>necessária;</p><p>V - deixar de orientar o tutor ou responsável a</p><p>buscar assistência médico veterinária e zootécnica</p><p>quando necessária;</p><p>VI - não adotar medidas atenuantes a animais</p><p>que estão em situação de clausura junto com outros da</p><p>mesma espécie, ou de espécies diferentes, que o</p><p>aterrorizem ou o agridam fisicamente;</p><p>VII - deixar de adotar medidas minimizadoras</p><p>de desconforto e sofrimento para animais em situação de</p><p>clausura isolada ou coletiva, inclusive nas situações</p><p>transitórias de transporte, comercialização e exibição,</p><p>enquanto responsável técnico ou equivalente;</p><p>VIII - manter animal sem acesso adequado a</p><p>água, alimentação e temperatura compatíveis com as</p><p>suas necessidades e em local desprovido de ventilação e</p><p>luminosidade adequadas, exceto por recomendação de</p><p>médico veterinário ou zootecnista, respeitadas as</p><p>respectivas áreas de atuação, observando-se critérios</p><p>técnicos, princípios éticos e as normas vigentes para</p><p>situações transitórias específicas como transporte e</p><p>comercialização;</p><p>IX - manter animais de forma que não lhes</p><p>permita acesso a abrigo contra intempéries, salvo</p><p>condição natural que se sujeitaria;</p><p>X - manter animais em número acima da</p><p>capacidade de provimento de cuidados para assegurar</p><p>boas condições de saúde e de bem-estar animal, exceto</p><p>nas situações transitórias de transporte e</p><p>comercialização;</p><p>XI - manter animal em local desprovido das</p><p>condições mínimas de higiene e asseio;</p><p>XII - impedir a movimentação ou o descanso de</p><p>animais;</p><p>XIII - manter animais em condições ambientais</p><p>de modo a propiciar a proliferação de microrganismos</p><p>nocivos;</p><p>XIV - submeter ou obrigar animal a atividades</p><p>excessivas, que ameacem sua condição física e/ou</p><p>psicológica, para dele obter esforços ou comportamentos</p><p>que não se observariam senão sob coerção;</p><p>XV - submeter animal, observada espécie, a</p><p>trabalho ou a esforço físico por mais de quatro horas</p><p>ininterruptas sem que lhe sejam oferecidos água,</p><p>alimento e descanso;</p><p>XVI - utilizar animal enfermo, cego, extenuado,</p><p>sem proteção apropriada ou em condições fisiológicas</p><p>inadequadas para realização de serviços;</p><p>XVII - transportar animal em desrespeito às</p><p>recomendações técnicas de órgãos competentes de</p><p>trânsito, ambiental ou de saúde animal ou em condições</p><p>que causem sofrimento, dor e/ou lesões físicas;</p><p>XVIII - adotar métodos não aprovados por</p><p>autoridade competente ou sem embasamento</p><p>técnico-científico para o abate de animais;</p><p>XIX - mutilar animais, exceto quando houver</p><p>indicação clínico-cirúrgica veterinária ou zootécnica;</p><p>XX - executar medidas de depopulacão por</p><p>métodos não aprovados pelos órgãos ou entidades</p><p>oficiais, como utilizar afogamento ou outras formas</p><p>cruéis;</p><p>XXI - induzir a morte de animal utilizando</p><p>método não aprovado ou não recomendado pelos órgãos</p><p>ou entidades oficiais e sem profissional devidamente</p><p>habilitado;</p><p>XXII - utilizar de métodos punitivos, baseados</p><p>em dor ou sofrimento com a finalidade de treinamento,</p><p>exibição ou entretenimento;</p><p>XXIII - utilizar agentes ou equipamentos que</p><p>infrinjam dor ou sofrimento com o intuito de induzir</p><p>comportamentos desejados durante práticas esportivas,</p><p>de entretenimento e de atividade laborativa, incluindo</p><p>apresentações e eventos similares, exceto quando em</p><p>situações de risco de morte para pessoas e/ou animais ou</p><p>tolerados enquanto estas práticas forem legalmente</p><p>permitidas.</p><p>XXIV - submeter animal a eventos, ações</p><p>publicitárias, filmagens, exposições e/ou produções</p><p>artísticas e/ou culturais para os quais não tenham sido</p><p>devidamente preparados física e emocionalmente ou de</p><p>forma a prevenir ou evitar dor, estresse e/ou sofrimento;</p><p>XXV - fazer uso e/ou permitir o uso de agentes</p><p>químicos e/ou físicos para inibir a dor ou que</p><p>possibilitam modificar o desempenho fisiológico para</p><p>fins de participação em competição, exposições,</p><p>entretenimento e/ou atividades laborativas.</p><p>XXVI - utilizar alimentação forçada, exceto</p><p>quando para fins de tratamento prescrito por médico</p><p>veterinário;</p><p>XXVII - estimular, manter, criar, incentivar,</p><p>utilizar animais da mesma espécie ou de espécies</p><p>diferentes em lutas;</p><p>XXVIII - estimular, manter, criar, incentivar,</p><p>adestrar, utilizar animais para a prática de abuso sexual;</p><p>XXIX - realizar ou incentivar acasalamentos que</p><p>tenham elevado risco de problemas congênitos e que</p><p>afetem a saúde da prole e/ou progenitora, ou que</p><p>perpetuem problemas de saúde preexistentes dos</p><p>progenitores.</p><p>§ 1º: A eutanásia, o abate e a depopulação para</p><p>fins de controle sanitário, especialmente de animais</p><p>sinantrópicos, não são considerados maus-tratos, desde</p><p>que seguidas as normas e recomendações técnicas</p><p>vigentes para as referidas práticas.</p><p>§ 2º Sistemas produtivos ou de experimentação</p><p>(ensino e pesquisa) que utilizam alojamento que</p><p>restringem severamente a movimentação e expressão de</p><p>comportamentos naturais, a exemplo gaiolas, celas, baias</p><p>e práticas de manejo, serão tolerados enquanto esses</p><p>sistemas forem legalmente permitidos.</p><p>§ 3º O médico veterinário ou o zootecnista,</p><p>observados os respectivos campos de atuação, poderá</p><p>identificar outros casos de crueldade, abuso e</p><p>maus-tratos, além dos previstos nos incisos deste artigo.</p><p>§ 4º Cabe ao médico veterinário ou ao</p><p>zootecnista a autonomia de atuação de suas atividades,</p><p>respeitando suas respectivas atribuições, ainda que haja</p><p>prejuízo transitório para o bem-estar animal, desde que</p><p>com o exclusivo propósito protegê-lo e/ou curá-lo, e no</p><p>menor tempo possível para que seja restabelecida uma</p><p>boa condição de bem-estar, devendo documentar todo o</p><p>período de intervenção.</p><p>§ 5º - O médico veterinário e o zootecnista têm o</p><p>dever de orientar os tutores ou proprietários de animais</p><p>sobre condutas que implicam em maus-tratos, abusos e</p><p>crueldade e suas consequências, bem como sobre sua</p><p>responsabilidade quanto ao bem-estar dos animais e suas</p><p>necessidades.</p><p>§ 6º - A caracterização de crueldade, abuso e</p><p>maus-tratos depende da avaliação da duração e do grau</p><p>de severidade, quando houver intenção de provocar</p><p>sofrimento ou sempre que houver o comprometimento</p><p>de um ou mais dos quatro conjuntos de indicadores.</p><p>Art. 6º Em casos não previstos no caput do</p><p>artigo 5º, os médicos veterinários procederão ao</p><p>diagnóstico de crueldade, abuso e maus-tratos mediante</p><p>exame de corpo de delito consubstanciado em laudo</p><p>pericial ou parecer técnico, podendo incluir exames</p><p>necroscópicos ou, em caso de animais vivos, a avaliação</p><p>da saúde física e comportamental e do grau de bem-estar</p><p>dos animais, considerando os conjuntos de indicadores</p><p>nutricionais, ambientais, de saúde e comportamentais,</p><p>validados em protocolos reconhecidos</p><p>internacionalmente.</p>

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