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Resumo de Planejamento Urbano - rota de estudos

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Planejamento Urbano
Aula 1
Olá! Seja bem-vindo à primeira aula de “Planejamento urbano”.
Vamos iniciar nossos estudos conhecendo o conceito de planejamento urbano e as principais etapas que envolvem esse trabalho.
Veja a seguir os assuntos que serão abordados nesta aula:
Definição conceitual, legal e prática do conceito de “urbano”
Tipologia das cidades brasileiras
Crescimento demográfico das cidades
Após a Revolução Industrial, as cidades começaram a comportar um maior número de pessoas que, saindo do campo, foram para os centros urbanos para trabalhar e passaram a viver de forma muito precária e improvisada.
Existem diversas variáveis históricas que interferiram na formação das cidades. Não há como pensar em um planejamento de uma cidade sem pensar nas consequências que elas sofreram a partir dessas mudanças contextuais e que ainda sofrerão daqui para frente.
“A dinâmica do crescimento das cidades, quase sempre desordenado e até mesmo caótico, foi demonstrando gradativamente a ineficiência dos inúmeros programas e projetos implementados em módulos isolados e desenvolvidos a partir da ideia equivocada de que a realidade urbana poderia ser dividida e tratada de maneira compartimentada e estanque, sem gerar maiores implicações sobre o sistema como um todo." (Gouvêia, 2005, p. 34)
O que é o planejamento urbano?
Podemos definir planejamento como o conjunto de medidas tomadas para atingir os objetivos desejados, considerando os recursos disponíveis e os fatores externos que podem influenciar nesse processo.
Desse modo, podemos dizer que o planejamento reconhece, ou seja, localiza as propensões naturais (locais e regionais) para o desenvolvimento, bem como “estabelece as regras de ocupação de solo, define as principais estratégias e políticas do município e explicita as restrições, as proibições e as limitações que deverão ser observadas para manter e aumentar a qualidade de vida para seus munícipes.” (REZENDE; CASTOR, 2006, p. 1).
Como diz Duarte (2013), o planejamento tem etapas, inclusive uma essencial – a permanente gestão do plano diretor –, o que implica que ele passa por adaptações, atualizações e alterações conforme for necessário.
Essas etapas podem receber diversos nomes, dependendo do autor; porém correspondem sempre às mesmas fases:
Diagnóstico
Prognóstico
Propostas
Gestão
Você sabe o que é um planejamento urbano?
Quando se fala em planejamento logo se faz ligação com desenho urbano, urbanismo e gestão urbana. O planejamento tem como principal objetivo o estudo da cidade, considerando suas características físicas e sociais. Ou seja, planejamento é o processo de aprendizagem social no qual se busca uma visão coletiva para escolhas corretas no processo de construção de um objetivo desejado. Para a execução do planejamento urbano, é necessário que haja objetivos e etapas. Vamos conhecer quais são? Observe a seguir.
Chegamos ao final da nossa primeira aula.
Hoje aprendemos o que significa planejamento urbano e conhecemos os instrumentos para a sua realização. Conhecemos também as etapas do planejamento, seus objetivos e os benefícios que ele pode trazer para as cidades.
Aula 2
Olá! Seja bem-vindo à segunda aula de “Planejamento Urbano”.
Hoje, vamos falar sobre as dimensões do planejamento urbano (no espaço urbano e rural). Aprenderemos que, para realizar o planejamento, devemos saber onde se localiza a “mancha urbana”, ou seja, as delimitações entre a área urbana e a área rural.
Veja a seguir os assuntos que serão abordados nesta aula:
As relações entre cidade, urbano e rural
Os conceitos de cidade, urbano e rural
A urbanização no Brasil
Até pouco tempo atrás, o Brasil ainda era um país extremamente rural. Como sabemos, por razões políticas, econômicas e sociais, começou a ocorrer uma migração das populações rurais para as cidades.
Na realidade brasileira, a influência política impressa nas experiências de planejamento do espaço urbano sempre teve um peso significativo, colocando em evidência interesses e pressões diversas e manifestando a interação entre sociedade e sua espacialidade.
O processo de planejamento urbano deve estar atrelado tanto ao passado quanto ao futuro das cidades. É por essa razão que, frequentemente, deparamo-nos com cidades que apresentam espaços antigos e mais modernos bem-definidos.
Por sofrer influência europeia durante a colonização, o Brasil teve como base as questões agrárias da época para a formação das cidades. Assim, havia necessidade de uma delimitação desses espaços.
A delimitação dos espaços urbano e rural não é uma ideia nova no Brasil, pelo contrário: já é uma tradição no urbanismo brasileiro.
O urbano é tido como a expressão visual da cidade, pois é o principal espaço de produção do homem e também da sua cultura. Já o rural é representado por uma região mais dispersa, com baixa densidade populacional, em que há, historicamente, uma produção agropecuária.
Então, pode-se dizer que o urbano e o rural se diferenciam pela paisagem?
Apesar de serem visualmente distintos, esses dois espaços devem ser igualmente atendidos durante o processo do planejamento urbano de uma cidade.
O planejamento urbano faz parte do dia a dia de todas as cidades. E quando se fala em planejamento urbano, logo se pensa em “estrutura da cidade”. Mas, não é só isso, você sabia que o planejamento urbano contempla seis dimensões? Cada uma dessas dimensões possui aspectos internos que surgem da prática, da execução de planos urbanos e de seu gerenciamento. Vamos conhecer as seis dimensões detalhadamente? Observe a seguir.
Hoje, conhecemos um pouco o processo de colonização das cidades brasileiras a partir do domínio da coroa portuguesa e como isso influenciou a evolução da urbanização das cidades no nosso país.
Estudamos também o urbano e o rural como paisagem e vimos como esses espaços estão interligados apesar de suas diferenças.
Aula 3
Olá! Seja bem-vindo à terceira aula de “Planejamento Urbano”.
Hoje, estudaremos o plano diretor em si, um dos instrumentos do planejamento urbano que auxilia no processo de tomada de decisão do município para adotar as mudanças necessárias. Dentro desse tema serão abordadas as dimensões do planejamento e os procedimentos para elaboração e implantação do plano diretor.
Bons estudos!
Os planos diretores são instrumentos de ordenamento urbano orientados para a construção de cidades viáveis, democráticas e agradáveis para os seus habitantes. Mas você sabe de onde nasceu a ideia de se instalar planos diretores? “O plano diretor foi definido pela Constituição como o ‘instrumento básico’ da política urbana (art. 182, § 1º). O Estatuto da Cidade (Lei 10.257/01) e a Lei de Parcelamento do Solo Urbano (Lei 6.766/79, alterada pela Lei 9.785/99), reforçam o dispositivo constitucional, condicionando a aplicação de praticamente todos os demais instrumentos urbanísticos ao disposto no plano diretor.” (PINTO, artigo disponível em: http://www.senado.gov.br/senado/conleg/artigos/politicasocial/ RegimeJuridicoPlanoDiretor.pdf)
O objetivo fundamental dos planos diretores se concretiza na plena realização das funções sociais da cidade, que se materializam no acesso à moradia, às infraestruturas de transporte e saneamento, ao patrimônio histórico, cultural e paisagístico, enfim, ao meio ambiente saudável e aos equipamentos necessários de educação, saúde, lazer e outros fundamentais à vida moderna. Afinal, o que vem a ser “função social da cidade”?
Reflita a respeito.
Você sabe quem elabora, como é elaborado e como é feita a aprovação, a implementação e o gerenciamento do plano diretor do seu município? O planejamento urbano municipal deve estar dentro dos princípios legais. Segundo o Art. 37 da Constituição de 1988, “A Administração Pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.” (BRASIL, art. 37da CF/88)
Portanto, a eficiência administrativa, entre outros princípios, não é opção do prefeito, mas, sim, umas das diretrizes gerais da CF/88 para a elaboração do plano diretor dentro do processo de planejamento urbano. E, finalmente, você sabe explicar o que é um plano diretor? O plano diretor é uma das etapas do planejamento urbano − um documento jurídico formal que nasce a partir do Estatuto da Cidade e é revisado a cada 10 anos.
Acesse o texto da Lei 10.257/01, também chamada “Estatuto da Cidade”, que traz todas as considerações a respeito do plano diretor.
O planejamento urbano é o modo como a prefeitura direciona suas ações para desenvolver a cidade. O Plano Diretor Estratégico é a grande ferramenta desse planejamento. Você sabe o que é um plano diretor?
O plano diretor está definido no Estatuto das Cidades como instrumento básico para orientar a política de desenvolvimento e de ordenamento da expansão urbana do município. Ou seja, é uma lei que visa estabelecer e organizar o crescimento, o funcionamento, o planejamento territorial da cidade e orientar as propriedades de investimentos.
Observe a seguir as etapas da elaboração de um plano diretor.
Preparaçao: Prefeitura faz uma avaliação do plano diretor e traduz a avaliação para uma linguagem acessível.
Divulgacao: Para atrair a atencao da populacao, a prefeitura divulga o processo por radio, internet, tv, jornais e revistas.
Conversas: a) Explicação: Na primeira conversa, a prefeitura explica e mostra os resultados do plano. B) Subprefeituras: são reuniões feitas na subprefeitura para ouvir criticas e propostas. C) audiência pública: apresenta as críticas e sugestoes e acrescenta novas observações dos cidadãos.
Envio à câmara: Após consolidar os dados, o texto da lei que irá revisar o plano diretor é redigido e enviado para a câmara. Duracao do processo: Até um ano, contando a partir da data do início.
Comissões: O projeto passa por 3 comissões: constituição e justiça, política urbana e finanças. Os vereadores podem emitir pareceres e há audiências públicas. 
Primeira discussão no plenário: Vereadores podem encaminhar emendas e substitutivos que alteram o projeto de lei original.
Segunda discussão no plenário: Vereadores podem encaminhar emendas e substitutivos que alteram o projeto de lei original.
Primeira votação: Se aprovado pela maioria de vereadores, vai à segunda votação; se não aprovado, o projeto é arquivado.
Segunda votação: Se aprovado pela maioria de vereadores, vai para a prefeitura.
Sansão do prefeito: Após a sansão do prefeito, a revisão do plano diretor entra em vigor. Em seguida, começam as dicussões sobre a Lei de Zoneamento, de 2004, e o Código de Obras de 1992, que são complementares. Duração: Depende do esforço de empresas ou entidades, no sentido de influenciar o governo ou os políticos, tendo em vista a defesa dos seus interesses. 
Estamos no final desta aula.
Hoje, aprendemos que o plano diretor é o instrumento fundamental do planejamento urbano, principalmente quando se trata do município. Entendemos os antecedentes desse plano, pautados nos Art. 182 e 183 da Constituição de 1988 e nos principais instrumentos do Estatuto da Cidade.
Conhecemos, ainda, os procedimentos para a elaboração e a implantação do plano diretor, quem o elabora e como é elaborado, ou seja, como funciona a sua implementação e gerenciamento.
Aula 4
Olá! Seja bem-vindo à quarta aula de “Planejamento Urbano”.
Nesta aula, trabalharemos com os demais instrumentos do planejamento urbano – as outras legislações –, a fim de lhe mostrar que o plano diretor não é o único instrumento que organiza o desenho urbano da sua cidade.
Veja a seguir quais desses instrumentos serão abordados aqui:
Conceitos e lei do parcelamento do solo
Definições das unidades territoriais
Conceitos e lei de parâmetros de uso e ocupação do solo
Densidade urbana
É importante a cidade ter um plano diretor geral, que defina diretrizes do planejamento urbano da cidade, para que, em um momento seguinte, profissionais como engenheiros, arquitetos e até mesmo advogados possam trabalhar internamente e transformar esse plano em realidade para a população.
Entre os demais instrumentos fundamentais para o planejamento urbano estão as leis que regulamentam as atividades a serem exercidas no município – do parcelamento, uso e ocupação do solo, por exemplo.
Acesse o texto completo da Lei federal 6.766/79, que dispõe sobre o parcelamento do solo urbano e dá outras providências.
Não havendo legislação específica e um planejamento adequado para a gestão do município, o caos se abate sobre as cidades. Isso também pode ocorrer pela falta de planejamento urbano para abrigar tantas pessoas em uma mesma região.
Por isso, é importante que haja uma fiscalização da lei específica de parcelamento, uso e ocupação do solo. A Lei nº 6.766/1979, citada anteriormente, é a base legal para os municípios organizarem a ocupação do seu território em:
Lotes;
Equipamentos urbanos;
Vias, infraestruturas;
Áreas coletivas etc.
O Projeto de Lei 3.057/2000, que traz uma alteração pontual à Lei 6.766/79, traz também o conceito de área urbana, muito importante para o nosso estudo:
“a parcela do território, contínua ou não, incluída no perímetro urbano pelo Plano Diretor ou por lei municipal específica.” (BRASIL, Projeto de Lei 3.057/2000).
No que se refere ao uso do solo, a lei se preocupa com as atividades em cada compartimento urbano enquanto a questão da ocupação determina os parâmetros mínimos e máximos de como essas atividades podem ocupar o solo da cidade.
Os parâmetros de uso e ocupação do solo estão diretamente relacionados à densidade populacional e construída de cada zona da cidade, e é por esse motivo que a densidade pode causar variações e impactos na organização das cidades, os quais podem ser positivos ou negativos.
Você sabe dizer se há mais impactos positivos ou negativos com relação à densidade populacional e ao uso e ocupação do solo?
Leia o seu material de apoio e reflita sobre essa questão da densidade urbana.
O planejamento urbano existe para que haja uma organização da cidade. Junto a ele a Lei de Uso e Ocupação do Solo – lei 3.057/2000, visa definir as atividades que podem ocorrer em cada região da cidade, dirigindo seu desenvolvimento socioeconômico e embutindo valorizações imobiliárias diferenciadas para cada região. Por esse motivo, o zoneamento e a lei devem ser amplamente discutidos com a população, para que privilégios individuais sejam evitados e o bem comum seja atingido.
Sabe-se que conforme a lei, existem parâmetros para o uso do solo: usos permitidos, usos permissíveis e usos proibidos. Agora, de acordo com esses parâmetros, monte sua cidade conforme a lei.
Chegamos ao final de mais uma aula.
Hoje, aprendemos mais um dos fundamentos do planejamento urbano: o parcelamento do solo.
Entendemos como são definidos os critérios para a divisão do solo urbano e, principalmente, os critérios que determinam quais usos e ocupações são proibidos ou permitidos em cada parcela do município.
Aula 5
Olá! Seja bem-vindo à quinta aula dePlanejamento Urbano.
Hoje, veremos como funcionam os serviços e a infraestrutura das cidades, fundamentais para a existência do cidadão no meio urbano, principalmente naquelas cidades que se encontram cada dia com maior adensamento.
Trabalharemos, ainda, com a noção de mobilidade urbana, pois, apesar de todos os aparelhos urbanos presentes nas cidades – como hospitais, creches, escolas etc. – é importante que elas estejam em total interação com o meio, a fim de proporcionar qualidade de vida aos seus cidadãos.
A Lei nº10.257, de 2001, trata das diretrizes gerais da política urbana. A responsabilidade pela infraestrutura das cidades é única e exclusivamente do governo: sua obrigação é oferecer serviços de qualidade, atender toda a cidade e fazer a manutenção do sistema.
A cidade deve ser uma grande simbiose, em que a infraestrutura atenda as demandas da população para que todos possamviver em harmonia.
A mobilidade urbana nas grandes cidades está mais problemática a cada dia, principalmente em cidades em que o adensamento urbano se deu de forma desordenada e rápida, impedindo um planejamento e uma estrutura adequada. Sempre que isso acontece, a mobilidade dos moradores desse local fica comprometida.
A mobilidade urbana tem grande impacto na economia das cidades e na qualidade de vida das pessoas que nela vivem. Uma mobilidade problemática custa caro para o estado e, principalmente, para a sociedade, em virtude das perdas que proporciona.
A mobilidade é o novo e grande desafio das cidades em todas as partes do mundo. A opção pelo automóvel − que parecia ser a resposta eficiente do século XX à necessidade de circulação − levou a uma paralisia no trânsito e ao desperdício de tempo e combustível, além de causar diversos problemas ambientais, como poluição atmosférica e ocupação do espaço público.
Em sua opinião, é possível conciliar mobilidade urbana e sustentabilidade?
Os serviços básicos de infraestrutura – água, esgoto, coleta de resíduos sólidos – são de escala municipal por força da lei, mas também é muito comum que sua implementação e seu gerenciamento sejam compartilhados por outros municípios, o que reduz custos com a infraestrutura, o corpo técnico e, até mesmo, com a administração.
Entretanto, nem sempre esses serviços são cumpridos ou dão conta de atingir toda a extensão das cidades. A falta de fornecimento de água, de coleta, de tratamento de esgoto e também coleta de resíduos sólidos, entre outros, são problemas que afetam muito a vida da população que habitam as cidades brasileiras.
Os problemas de infraestrutura se dão pela expansão urbana sem controle – pelo “inchaço” das cidades – e pelo crescimento de áreas urbanas em que a população vive de modo irregular. Outro problema apontado é que, quando acontece a troca que governo, na maioria das vezes, boa parte das ações do planejamento urbano que foi organizado é mudada.
Você já passou pelo problema de falta de infraestrutura na região em que mora ou, ainda, conhece alguém que passou por isso?
Se a sua resposta à pergunta anterior é “sim”, você sabe como a falta de infraestrutura urbana afeta o cotidiano de toda a população que depende dela para viver com dignidade.
Aproveite este momento para acessar o fórum e discutir essa e outras questões referentes à infraestrutura urbana com os seus colegas.
Estamos no final desta aula.
Hoje, pudemos compreender a importância da mobilidade urbana na organização das cidades e na qualidade de vida dos cidadãos.
Vimos que problemas que afetam o dia a dia da população, como a falta de fornecimento de água, a falta de coleta e tratamento de esgoto e também de coleta de resíduos sólidos têm duas escalas distintas: municipal e supramunicipal.
Todos sabemos que a infraestrutura urbana, entre outros serviços, é essencial para a vida urbana e muito importante para o desenvolvimento socioeconômico dos municípios.
Aula 6
Olá! Seja bem-vindo à nossa última aula de Planejamento Urbano.
Nesta aula, analisaremos quais são os desafios do planejamento urbano na sociedade atual e futura.
Veja a seguir os assuntos que serão abordados nesta aula:
Autossegregação: a outra face das periferias
O esvaziamento das áreas centrais das cidades
As inovações de mercado e a cidade
As cidades não são construídas para durar um tempo determinado: elas devem ser projetadas para o futuro e para existir por tempo indefinido. Devemos sempre avaliar como estão as áreas urbanas hoje, olhando para o passado e tentando imaginar como será o seu futuro, para intervir na realidade local.
Os desafios a respeito do planejamento urbano surgiram pelo próprio processo social em que as cidades brasileiras se desenvolveram. O nosso modelo de desenvolvimento é tradicional, ou seja, impõe a sua vontade:
Autoritário
Clientelista
Vertical
A descentralização de poderes e responsabilidades atualmente é maior, pois hoje existe uma interdependência entre os municípios que se reflete nas suas relações socioeconômicas; porém, não encontra respaldo adequado nas leis ou em instâncias governamentais com funções executivas. 
Os desafios para o planejamento urbano no contexto contemporâneo são muitos e crescentes. Falar em municipalismo moderno é quebrar os paradigmas do modelo tradicional autoritário de desenvolvimento urbano e de relações de poder.
Os principais desafios que as cidades contemporâneas estão enfrentando são:
O esvaziamento das áreas centrais das cidades
A relação entre as inovações de mercado e as cidades
A periferização (o isolamento dos ricos)
Todos sabemos que a maior cidade do Brasil – São Paulo – sofre com seu “inchaço” urbano. São diversos os desafios a serem enfrentados pelo governo, e as medidas a serem tomadas devem ser determinantes para garantir a sustentabilidade e as condições de vida esperadas pela população das áreas urbanas.
A urbanização vem acompanhada de muitos desafios para o planejamento urbano. É comum observar que há um número crescente de pessoas nas grandes cidades, sem recursos para morar nas áreas mais centrais quanto de pessoas ricas que buscam fugir dos problemas urbanos. O nome desses fenômenos é periferização e autossegregação
Vamos conhecer um pouco mais sobre este assunto?
Observe a seguir.
Chegamos ao final desta disciplina.
Nesta última aula, pudemos entender melhor alguns dos principais desafios urbanos das cidades contemporâneas. Além disso, aprendemos a observar as consequências negativas que a autossegregação e o esvaziamento das áreas centrais podem trazer à cidade.
Percebemos também as oportunidades que surgem para dinamizar o planejamento urbano no caso da conscientização dos riscos.

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