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AULA 4 + CASO

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Direito Civil - Aula 4 – RESPONDENDO O CASO CONRETO. (ÚLTIMA PAGINA)
Os modos de individualização da PESSOA NATURAL.
Visando a identificação do sujeito de direito, foram impostos elementos de individualização da pessoa natural, os principais são
1 – O NOME CIVIL
2 – O ESTADO CIVIL
3 – O DOMICILIO CIVIL
O NOME CIVIL
Toda pessoa natural, tem direito a identidade civil, e o NOME CIVIL ocupa o relevante papel de tornar cada pessoa um SER ÚNICO.
Obs: O nome civil é composto por duas partes (C.Civil, Lei nº 10.406/2002) “Prenome (PRIMEIRO NOME QUE A PESSOA POSSUI – EX: JAIR ROSAS, PRENOME = JAIR” e “Sobrenome (É O APELIDO DE FAMILIA TRANSMITIDO NA IDENIFICAÇÃO DO PARENTESCO – EX: ALEXANRE MONTANHA = SOBRENOME - MONTANHA ”
Qual a finalidade do NOME CIVIL?
Dar segurança jurídica a sociedade, não deixando dúvidas quanto a pessoa natural em sua identificação, facilitando desse modo ao ESTADO, punir os autores de crimes, bem como aos interessados em promover ações judiciais para proteger seus interesses.
Obs 2: O nome Civil é regido pelo principio da IMUTABILIDADE, salvo algumas exceções legais (permitidos pela lei). 
Obszinha: É vedada a escolha de nomes pejorativos, vexatórios ou ridículos. (Lei nº 6.015/73)
Vale ressaltar que além destes nomes, temos outros que auxiliam na composição do nome de numa maior certeza da identidade civil, são eles o AGNOME e o nome VOCATÓRIO.
DA ALTERAÇÃO DO NOME CIVIL
A regra geral que subsiste quanto à alteração do nome civil basea-se no princípio da imutabilidade do nome civil. Todavia existe a possibilidade legal de alteração do mesmo, desde que se enquadre nos requisitos abaixo transcritos:
A – Deseja acrescer ou excluir sobrenome de genitores ou padrastos
B – É conhecida o meio social por outro prenome, o qual pretende acrescer
C – Provar que esteja sofrendo constrangimentos ou situações ridicularizantes por homônimo depreciativo. 
Em tais hipóteses a LEI AUTORIZA, a modificação do nome CIVIL, que pode se dar pela VIA ADMINISTRATIVA OU JUDICIAL.
Da modificação administrativa.
A Lei de Registros Públicos identifica alguma situações nas quais é possível iniciar administrativamente o pedido de alteração do nome pelo próprio interessado.
Maioridade Civil – Ao completar 18 anos, até o último dia antes de completar 19, é possível IMOTIVADAMENTE requerer junto ao Cartório de Registro Civil a alteração do mesmo.
OBS: O pedido administrativo, poderá ser atendido desde que NÃO prejudique os apelidos da família, como descreve a LEI. (RESPOSTA DO CASO CONCRETO)
Erros aparentes de grafia – Desde que visivelmente tenha ocorrido um erro na posição das letras do nome ou a inserção, ou escrita errônea. 
Da modificação Judicial.
Nomes ridículos, vexatórios ou exóticos.
A Lei de Registros Públicos (LRP, Art. 55, parágrafo único) proíbe que tal feito seja realizado. E se ainda assim houver ocorrido, fica permitida a alteração através de via judicial.
Vítimas, réus delatores, ou testemunhas de crime.
Admite-se a mudança em proteção as testemunha que colaborem com a justiça no esclarecimento de atos criminosos. (LRP, Art. 58, parágrafo único)
Uso prolongado – O uso prolongado e constante de nome diverso que conste do registro de nascimento.
Alcunha ou Apelido.
Inclusão do nome do ascendente
Inclusão de sobrenome do padrasto ou madrasta
Homonímia 
Alteração do prenome do adotado.
Tradução de nome estrangeiro
Inclusão ou exclusão do sobrenome do cônjuge.
Inclusão ou exclusão do sobrenome do companheiro
Concunbinato
TRANSGENITALIZAÇÃO – Com a mudança de sexo cirúrgica tornando-se uma realidade, não haveria LÓGICA, em manter o nome de Homem daquele que optou que por cirurgia deixou de guardar todas as características masculinas.
ESTADO CIVIL
O estado Civil é a soma das qualificações de uma pessoa na sociedade. Repartindo-se em: individual, familiar, e político.
INDIVIDUAL: Físico, mental e psíquico
FAMILIAR
Vinculo de parentesco (consangüinidade, afinidade)
Vínculo CONJUGAL (Solteiro, casado, viúvo e divorciado)
POLÍTICO: Nacionalidade e Cidadania (DIREITO CONSTITUCIONAL)
DOMICILIO - Local onde as pessoas estabelecem suas relações jurídicas.
OBS: DOMICILIO DIFERE-SE DE RESIDENCIA.
Residência é o local em que a pessoa habita ou tem o seu centro de ocupações. É TRANSITÓRIA e constitui SIMPLES HABITAÇÃO. Trata-se de um conceito fático. (ONDE VOCÊ ESCOLHE MORAR)
Domicilio é o local onde a pessoa estabelece sua residência, com ÂNIMO DEFINITIVO. A sede legal da pessoa onde ela se presume presente para efeito de direito. É a residência ou morada da pessoa onde ela efetivamente exerce as suas atividades (DOMICILIO PROFISSONAL), ou ainda o local em que ela eventualmente se encontra ou onde habita seus representantes legais.
OBS: DOMICIO = RESIDENCIA + ÂNIMO DEFINITIVO.
Art. 70. O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a sua residência com ânimo definitivo.
Art. 73. Ter-se-á por domicílio da pessoa natural, que não tenha residência habitual, o lugar onde for encontrada.
 ESPECIES DE DOMICILIO
Domicilio voluntário – Escolhido voluntariamente pela pessoa natural (maiores e capazes)
Domicilio legal ou necessário – Incapaz: (Pais, Tutores, curadores ou representantes)
Servidor público – Local onde o servidor exerce suas funções
Militar - Local onde servir (MARINHA OU AERONÁUTICA, SERÁ A SEDE DO COMANDO)
Marítimo – (VIVE NO MAR), local onde a embarcação estiver matriculada. 
Domicilio do preso - Local onde cumpre sentença condenatória.
EXTINÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA
Pessoa natural: (Art. VI do Código Civil). Mortos não são mais sujeitos de direito, porém a vontade do morto prevalece.
I – TESTAMENTO
II – RESQUICÍOS DE DIREITO DA PERSONALIDADE
De acordo com a Lei nº 9.434/97, a morte é oficializada com o atestado de óbito, laudado no REGISTRO CIVIL.
“TIPOS DE MORTE”
Morte real - É aquela quando por decorrência do fato natural que é a vida, a pessoa deixa de existir, se tornado o que chamamos no direito de "de cujus".
Morte civil - É quando o individuo (beneficiario) é excluído de receber a herança, como se ele "morto" fosse antes da abertura da sucessão. Quer dizer que por exemplo temos um filho que tenta matar seu pai, de acordo com o Codigo civil, ele será considerado indigno considerado como morto fosse. (ART. 1.814 – INDIGNIDADE) (ART 1.961 DESERÇÃO)
Morte Presumida: Na qual o corpo não foi encontrado. Se divide em duas espécies.A morte presumida com declaração de ausência, e a morte sem declaração de ausência.
A com Declaração de Ausência se classifica em 3 fases.
-Curadoria dos bens do Ausente
-Sucessão Provisória
-Sucessão Definitiva
Sem declaração de Ausência = É quando se certificam que a pessoa está morta mesmo. Ex: No Titanic as autoridades saibam quando pessoas exatas haviam no navio,através de listas de passaportes e etc...sendo assim, classificam como se mortas estivessem.(RESPOSTA DA QUESTÃO MÚLTIPLA ESCOLHA 02 = D)
DA AUSÊNCIA E ARRECADAÇÃO DOS BENS.
Alguém que se ausenta sem deixar noticia e não deixe procurador.
Diante da situação acima narrada, haverá um requerimento judicial de arrecadação dos bens. (O requerimento poderá ser feito por: QUALQUER INTERESSADO, e caso não haja, o MINISTÉRIO PÚBLICO poderá intervir.
O JUIZ irá nomear um curador para cuidar destes bens, poderá ser:
CONJUGE ou COMPANHEIRO (OPÇÃO DE PREFERENCIA - 1)
PAIS (2)
DESCENDENTES (3)
OUTRA PESSOA (4)
DA TRASNFERENCIA DOS BENS
Sucessão provisória (Arts. 26 ao 36)
Art. 26. Decorrido um ano da arrecadação dos bens do ausente, ou, se ele deixou representante ou procurador, em se passando três anos, poderão os interessados requerer que se declare a ausência e se abra provisoriamente a sucessão.
Sucessão definitiva (Arts. 37, 38 e 39)
Art. 37. Dez anos depois de passada em julgado a sentença que concede a abertura da sucessão provisória, poderão os interessados requerer a sucessão definitiva e o levantamento das cauções prestadas.COMORIÊNCIA
O fenômeno jurídico da comoriência ocorre quando duas ou mais pessoas morrem ao mesmo tempo, ou quando não é possível concluir qual delas morreu primeiro, razão pela qual o direito trata como se elas tivessem morrido no mesmo instante.
O fato tem especial interesse no Direito das Sucessões — parte do direito que dispõe sobre as regras aplicáveis ao destino do patrimônio das pessoas falecidas —, uma vez que, havendo o falecimento do autor da herança, os seus bens são imediatamente transmitidos aos herdeiros. Assim, é imprescindível a identificação correta do momento da morte dos envolvidos, sobretudo se herdeiros recíprocos, pois, se um herdeiro faleceu frações de segundo depois do autor da herança ou ao mesmo tempo, poderá ele ter herdado ou não os bens.
No primeiro caso — morrendo logo em seguida ao autor da herança e não havendo, portanto, comoriência, este chegaria a herdar para logo em seguida também transmitir esses mesmos bens a seus herdeiros por conta de seu falecimento. No segundo caso — morrendo no mesmo momento, ou não sendo possível especificar o momento do falecimento —, ele não herdaria, pois não estava vivo quando do óbito do autor da herança, o que faria com que essa herança fosse destinada a outro herdeiro, conforme a ordem da vocação hereditária — ordem estabelecida pela lei quanto à preferência para herdar, segundo a qual os primeiros relacionados, se ainda vivos, não deserdados e tendo aceitado a herança, excluem os demais.
RESPONDENDO AO CASO CONCRETO
Sim, pois estará coberta pelo Art. 56 da LRP, qual informa, que ao atingir a maioridade (18 anos) o jovem poderá IMOTIVADAMENTE, realizar alteração em seu nome Civil, desde que não prejudique os apelidos da família, o que não ocorreu, pois esta não retirou o sobrenome dos pais biológicos, apenas acrescentou os da família pela qual fora criada. 
QUESTÃO DE MÚLTIPLA ESCOLHA 01
R- (E)
QUESTÃO DE MÚLTIPLA ESCOLHA 02
R- (D)

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