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Difrac¸a˜o em fenda u´nica e redes de difrac¸a˜o Augusto Lassen Professora:Cilaine Veronica Teixeira Grupo: Ramon Nunes, Fabio Rasera, Luan Bottin de Toni 29 de Outubro de 2015 Resumo O experimento visa a observac¸a˜o dos fenoˆmenos de difrac¸a˜o e inter- fereˆncia da luz, comprovando, novamente, a natureza ondulato´ria da luz. Para isso, faz-se incidir sobre fendas simples de larguras varia´veis ou fendas mu´ltiplas, um feixe de laser de HeNe e observa-se o resultado no anteparo. Pode-se calcular, tambe´m, com suporte do princ´ıpio de Babinet, a espessura de um fio de cabelo, bem como e´ poss´ıvel realizar o ca´lculo do nu´mero de linhas por unidade de comprimento em um CD e em um DVD. Introduc¸a˜o Ao dar seguimento no estudo dos fenoˆmenos que acontecem com feixes de luz, aborda-se novamente um comportamento que reforc¸a o comportamento ondulato´rio da luz. A difrac¸a˜o e´ um fenoˆmeno caracter´ıstico das ondas, que acontece quando estas encontram-sem com um obsta´culo, seja qual for sua dimensa˜o; os efeitos da difrac¸a˜o, pore´m, sa˜o vis´ıveis apenas quando as dimenso˜es do obsta´culo forem compara´veis ao comprimento de onda da onda incidente. Por ser um fenoˆmeno caracter´ıstico das ondas, a difrac¸a˜o e a interfereˆncia podem acontecer tanto com ondas sonoras quanto com ondas eletromagne´ticas, bem como qualquer tipo de onda, mas o efeito de difrac¸a˜o nas ondas sonoras e´ muito mais percept´ıvel, visto que elas possuem, em geral, comprimentos de onda da ordem dos objetos macrosco´picos com os quais interagimos no cotidiano, enquanto a luz vis´ıvel apresenta um comprimento de onda muito pequeno, e torna-se dif´ıcil presenciar esse fenoˆmeno. 1 oilane Realce oilane Realce Nota-se que a difrac¸a˜o e a interfereˆncia esta˜o intimamente ligadas. Quando frentes de onda provenientes da mesma fonte colidem com um obsta´culo, elas passam a ter a mesma fase, o que indica que, temporalmente, os ma´ximos e mı´nimos da onda esta˜o coincidindo (coereˆncia), de forma que seja poss´ıvel, enta˜o, observar o fenoˆmeno de interfereˆncia. Os fenoˆmenos de interfereˆncia e difrac¸a˜o esta˜o ta˜o conectados que sempre que se estuda um, se estuda, inevi- tavelmente, o outro, como e´ o caso do britaˆnico Thomas Young (1773 - 1829), defensor da teoria ondulato´ria da luz que, no in´ıcio do se´culo XIX, tentou submeter feixes de luz aos fenoˆmenos de difrac¸a˜o e interfereˆncia para com- provar a natureza ondulato´ria da luz. Hoje em dia, o experimento de Young e´ considerado como um dos mais importantes experimentos da histo´ria da f´ısica, mas, na sua e´poca, os dados concernentes ao experimento de Young na˜o foram considerados satisfato´rios pela Acade`mie de Sciences, defensora da teoria corpuscular da luz, que resolveu propor um preˆmio a`quele que con- seguisse comprovar a teoria ondulato´ria da luz[1]. Augustin Fresnel (1788 - 1827) sagrou-se vencedor do preˆmio, compro- vando, portanto, que a luz sofria os fenoˆmenos ondulato´rios supracitados. A difrac¸a˜o das frentes de onda de uma onda de luz incidente e´ muito bem representada pela imagem abaixo: Figura 1: Frentes de onda sofrendo difrac¸a˜o Nota-se que esse fenoˆmeno e´ simplesmente inexplica´vel pela teoria corpus- cular da luz, que diria que o feixe de luz simplesmente atravessa o orif´ıcio, sem interagir com este. Apesar de a difrac¸a˜o da luz ser um processo ma- tema´tico relativamente complexo se considerarmos a teoria matema´tica de Fresnel, podemos simplificar o estudo do fenoˆmeno considerando o modelo 2 oilane Realce Não necessariamente.null oilane Realce oilane Realce oilane Realce Coerência significa que a diferença de fase é constante, não é necessário que estejam em fase. de difrac¸a˜o de Fraunhofer[2], que considera as frentes de onda sendo difratas num mesmo plano. Para uma fonte de luz que incide sobre um obsta´culo de abertura a e´ colocado, a uma distaˆncia D do obsta´culo, um anteparo. Sobre o anteparo nota-se que ha´ um ma´ximo de luz que esta´ exatamente na linha da fonte de luz, enquanto que, ao seu lado, percebe-se a existeˆncia de ma´ximos e mı´nimos, cada qual fazendo um diferente aˆngulo θ com a linha perpen- dicular a` fonte luminosa. Partindo da suposic¸a˜o que D >> a, percebe-se, geometricamente, a seguinte relac¸a˜o: asenθ = 2λ (1) Generalizando, temos que: asen(θ) = mλ m = 1, 2, 3... (2) Como D >> a o aˆngulo θ entre o raio que sai da extremidade superior do obsta´culo em relac¸a˜o ao ponto me´dio deste e´ muito pequeno, as relac¸o˜es trigonome´tricas sen(θ) ' tg(θ) ' θ tornam-se va´lidas, e, uma vez que tg(θ) = y D , podemos reescrever 2 como: a y D ' mλ (3) Onde y e´ a distaˆncia entre o ma´ximo e o ma´ximo central. Percebe-se que a intensidade dos ma´ximos vai caindo conforme eles se distanciam do ma´ximo central, de maneira que, em algum momento, eles se extinguem. Se tomarmos I0 como a intensidade do ma´ximo central, temos que a intensidade dos ma´ximos e´ dada por: I = I0sen 2(x) x2 onde x = piasen(θ) λ (4) Nota-se que, quando x e´ um mu´ltiplo inteiro de pi, temos um mı´nimo e, que quando x e´ um mu´ltiplo inteiro de pi 2 , temos um ma´ximo. Mas e para x = 0? Substituindo em 4 nota-se que temos uma indeterminac¸a˜o para quando x = 0. Enta˜o, tomamos o limite da expressa˜o 4 para quando x→ 0 e utilizamo-nos do teorema de L’Hoˆpital: lim x→0 I = I0 lim x→0 [ senx x ]2 = I0 Para x→ 0 temos, portanto, um ma´ximo. O gra´fico abaixo representa o comportamento da func¸a˜o expressa em 4: 3 oilane Realce Esta relação é a condição para se obter o quê?null Essa equação intermediária só faz sentido se estiver acompanhada de uma figura e/ou explicação sobre as diferenças de caminho.null oilane Realce Qual é a particularidade obtida com essa relação? oilane Realce Essa condição é satisfeita nos mínimos de difração. oilane Realce oilane Realce 4Pi/2 é um múltiplo inteiro de pi/2, mas também é um múltiplo inteiro de pi... oilane Realce Derivada de sen? null oilane Realce Reveja a regra de L'Hopital. oilane Realce oilane Realce Os máximos estão aproximadamente nas posições em que theta é um múltiplo ímpar de pi/2, mas não é uma relação nem simples, nem direta como escrita aqui. Figura 2: Variac¸a˜o da intensidade dos ma´ximos de interfereˆncia O experimento aqui relatado tambe´m trata das redes de difrac¸a˜o, que e´ um aparelho de mu´ltiplas fendas, de ranhuras paralelas e equidistantes. As redes de difrac¸a˜o sa˜o comumente utilizadas em espectroˆmetros, onde se in- cide a luz normalmente a` superf´ıcie e observa-se uma dispersa˜o dos diversos comprimentos de onda, sendo poss´ıvel, assim, analisar as linhas de emissa˜o e absorc¸a˜o. Um aparelho muito mais pro´ximo do cotidiano e que tambe´m apresenta essa estrutura de mu´ltiplas fendas e´ o CD/DVD, que, quando uma luz incide sobre a superf´ıcie cheia de ranhuras (onde os dados sa˜o armaze- nados) tambe´m dispersa a luz. Na verdade, um experimento muito famoso e de fa´cil realizac¸a˜o e´ a montagem de um espectroˆmetro caseiro, utilizando a parte do CD/DVD composta por va´rias ranhuras. Para um paraˆmetro d que representa a distaˆncia entre as fendas da rede e para uma luz que incide normalmente a` superf´ıcie da rede de difrac¸a˜o (aproximac¸a˜o de Fraunhofer), temos a seguinte relac¸a˜o: dsen(αm) = mλ (5) Onde o aˆngulo αm e´ o aˆngulo de difrac¸a˜o para oo ma´ximo de ordem m. Teremos um ma´ximo toda que vez que m for um inteiro na˜o negativo. Tal qual feito anteriormente, tomando a intensidade I0 como a intensidade do ma´ximo central, temos, para o mesmo paraˆmetro x da equac¸a˜o 4, a seguinte relac¸a˜o: I = I0sen 2(x) x2 sen2(Nδ) sen2(δ) onde δ = pidsen(αm) λ (6) Onde N e´ o nu´mero de fendas que compo˜em a rede de difrac¸a˜o. Atrave´s de uma regra de 3 simples podemosdeterminar uma expressa˜o que indica o 4 oilane Realce oilane Realce oilane Realce Se m for negativo, teremos a reflexão do outro lado do máximo central. nu´mero de fendas por mil´ımetro de uma rede de difrac¸a˜o (M): M = 1 d (7) Materiais Utilizados • Anteparo • Banco O´ptico com cavaleiros • Trena (±0, 05 cm) • Paqu´ımetro (±0, 003 cm) • 1 CD e 1 DVD • Slides com fendas mu´ltiplas • Aparato de fenda ajusta´vel • Laser de HeNe (λ = 632, 8 nm) Procedimentos O experimento pode ser dividido em treˆs etapas principais: uma etapa utilizando os fenoˆmenos relativos a uma fenda simples, fendas mu´ltiplas e rede de difrac¸a˜o. Fenda Simples Utilizando-se do Laser de HeNe, faz-se incidir um feixe de comprimento de onda conhecido sobre uma fenda ajusta´vel, de maneira que seja poss´ıvel observar o comportamento do feixe de luz conforme as alterac¸o˜es na abertura da fenda. Espera-se obter uma relac¸a˜o qualitativa entre a abertura a da fenda e a distaˆncia que os ma´ximos/mı´nimos assumem em relac¸a˜o ao ma´ximo central (y). Utilizando-se do princ´ıpio de Babinet [3], que diz que, se um feixe mono- croma´tico incide sobre um obsta´culo cujo diaˆmetro e´ muito maior do que o comprimento de onda da luz incidente, a soma de todas perturbac¸o˜es cau- sadas pelo obsta´culo e´ equivalente a imaginar o obsta´culo como um orif´ıcio, temos como medir a espessura de um fio de cabelo. Para isto, um integrante do grupo pode fornecer um fio de cabelo, que e´ colocado no suporte que antes 5 oilane Realce Por quê? oilane Realce Se um orifício de tamanho comparável ao comprimento de onda produz difração, o obstáculo de tamanho comparável ao comprimento de onda também produz difração. Na apostila, o orifício colimador é muito maior do que o comprimento de onda, mas não foi esse orifício que produziu a difração, mas o obstáculo ou orifício menor que está dentro das figuras A e B. abrigava a fenda varia´vel, e faz-se incidir a luz do laser de HeNe, de forma que, sobre o anteparo, o grupo espera notar figuras de difrac¸a˜o semelhantes a`s anteriores. Nota-se que o fio de cabelo na˜o viola o princ´ıpio de Babi- net para o experimento em questa˜o, uma vez que o comprimento de onda da luz incidente e´ da ordem de nanoˆmetros, enquanto o fio de cabelo tem uma espessura da ordem de microˆmetros. A partir da expressa˜o 3 espera-se poder determinar a espessura a do fio de cabelo. Pra isso, utilizando um paqu´ımetro, deve-se medir as distaˆncias ate´ o ma´ximo central dos mı´nimos de mesma ordem (uma dica e´ colar sobre um anteparo uma folha branca e marcar, com caneta, onde esta´ localizado o ma´ximo central e os respectivos mı´nimos, medindo enta˜o a distaˆncia 2y, para uma melhor precisa˜o) e medir, com uma trena, a distaˆncia D entre o fio de cabelo e o anteparo. Fendas Mu´ltiplas Nessa etapa do experimento, substitui-se a fenda simples varia´vel pelos slides compostos de fendas mu´ltiplas. O grupo utilizou, por exemplo, slides com 2,3,4,5 e ate´ 50 fendas, e observou, no anteparo, a mudanc¸a das figuras de difrac¸a˜o/interfereˆncia. E´ interessante montar um gra´fico comparando como a intensidade se modifica de acordo com a adic¸a˜o de novas fendas. Para isso, pode ser interessante utilizar-se de um computador e plotar a func¸a˜o da expressa˜o 6 alterando o paraˆmetro N de acordo com o nu´mero de fendas utilizado. Curiosamente, tambe´m foi poss´ıvel observar os padro˜es de difrac¸a˜o formados por uma fenda com abertura na horizontal e na vertical. Redes de Difrac¸a˜o As redes de difrac¸a˜o, compostas por diversas fendas, possuem uma in- formac¸a˜o do fabricante que indica o nu´mero de linhas por unidade de com- primento, mas esse nu´mero talvez na˜o seja suficientemente preciso. Para determinar o nu´mero de linhas por unidade de comprimento real, utilizamo- nos novamente do laser de HeNe, fazendo incidir um feixe de luz perpendi- cularmente a` superf´ıcie da rede de difrac¸a˜o analisada. Surgira´, no anteparo perpendicularmente localizado (em relac¸a˜o ao feixe incidente), figuras de di- frac¸a˜o/interfereˆncia. Sa˜o realizadas medidas da distaˆncia entre os ma´ximos localizados no anteparo e tambe´m mede-se a distaˆncia entre a rede de di- frac¸a˜o e o anteparo, para obter, assim, o aˆngulo de difrac¸a˜o. Tendo o aˆngulo de difrac¸a˜o podemos calcular o valor de d e determinar qua˜o pro´ximo esse valor se encontra em relac¸a˜o ao valor indicado pelo fabricante. Outro experimento interessante envolve calcular o nu´mero de linhas por unidade de comprimento encontrado em um CD e em um DVD. O processo 6 oilane Realce e´ muito semelhante com o adotado para calcular o nu´mero de fendas por unidade de comprimento da rede de difrac¸a˜o anterior, pore´m deve-se estar atento ao fato de que a superf´ıcie do CD/DVD e´ bem refletora, de maneira que o anteparo deve ser colocado de forma a receber perpendicularmente os raios refletidos pelo CD/DVD. Espera-se encontrar um maior nu´mero de linhas por unidade de comprimento (ou seja, uma distaˆncia menor entre cada fenda) no DVD do que no CD, visto que cada linha abriga informac¸a˜o digital, e o DVD consegue abrigar mais informac¸a˜o do que o CD. Dados Experimentais Tal qual a sec¸a˜o de procedimentos, e´ conveniente dividir esta sec¸a˜o em treˆs, para melhor organizac¸a˜o dos dados. Fenda Simples Para uma fenda simples observou-se, sobre o anteparo, que a luz incidente formava a seguinte figura de difrac¸a˜o: Figura 3: Padra˜o de difrac¸a˜o para fenda simples Apoiado sobre o princ´ıpio de Babinet, o grupo realizou as medidas acerca da espessura de um fio de cabelo de um dos integrantes do grupo. Para isso, foi medida a distaˆncia entre o fio de cabelo, preso no suporte, e o anteparo. Encontrou-se um valor tal que D = (78, 20 ± 0, 05) cm, possibilitando a montagem da tabela logo abaixo: 7 oilane Realce Tabela 1: Tabela com valores obtidos para a espessura do cabelo 2y (±0,003 cm) m a (µm) 1,265 1 78, 2± 0, 4 2,590 2 76, 4± 0, 2 3,825 3 77, 6± 0, 1 5,270 4 75, 1± 0, 1 As incertezas presentes nos valores de espessura para um fio de cabelo foram calculados via propagac¸a˜o de incertezas. Fendas Mu´ltiplas Para essa etapa do experimento, primeiramente variou-se os slides no su- porte e observou-se a mudanc¸a na figura de difrac¸a˜o projetada no anteparo para diferentes nu´meros de fendas. Abaixo, segue uma comparac¸a˜o da ima- gem vista para um slide com 2 fendas e a imagem obtida para um slide de 50 fendas: (a) 2 fendas (b) 50 fendas Figura 4: Diferenc¸a na figura de difrac¸a˜o formada pelo aumento de fendas A ana´lise desse resultado encontra-se na pro´xima sec¸a˜o. Redes de Difrac¸a˜o Primeiramente, o grupo optou por realizar as medidas concernentes aos valores de d. A rede de difrac¸a˜o utilizada tem, de acordo com o fabricante, 50 fendas por mil´ımetro. Para a distaˆncia entre a rede de difrac¸a˜o e o ante- paro foi encontrado um valor tal que D = (64, 80 ± 0, 05) cm. Medindo as distaˆncias entre os ma´ximo, monta-se a tabela abaixo: 8 oilane Realce oilane Realce Tabela 2: Tabela com valores obtidos para a rede de difrac¸a˜o 2y (±0,003 cm) m d (µm) 3,950 1 20, 76± 0, 04 8,040 2 20, 40± 0, 02 12,075 3 20, 38± 0, 02 16,340 4 20, 08± 0, 02 As incertezas atribu´ıdas a d foram obtidas via ca´lculos de propagac¸a˜o de incertezas. Ainda nessa etapa foram realizadas medidas para a distaˆncia entre as linhas do CD e do DVD. Nota-se, pore´m, que a aproximac¸a˜o em 3 na˜o e´ mais va´lida, uma vez que D na˜o e´ suficientemente maior que a; dessa forma, para calcularmos a distaˆncia entre as fendas e´ preciso calcular diretamente o seno do aˆngulo. Podemos, da mesma forma, montar uma tabela contendo os valores obtidos experimentalmente e os valores calculados: Tabela 3: Dados obtidos para o CD e o DVD Objeto CD DVD y (±0,05 cm) 5,9012,00 D (±0,05 cm) 12,00 8,00 sen(αm) 0, 441± 0, 004 0, 832± 0, 006 d (µm) 1, 43± 0, 01 0, 761± 0, 006 Observou-se que as figuras de difrac¸a˜o, diferentemente dos casos anteri- ores, mostraram-se muito grandes sobre o anteparo. Dessa forma, na˜o foi poss´ıvel utilizar o me´todo de calcular 2y para obter uma melhor precisa˜o, pois na˜o t´ınhamos os dois ma´ximos, ale´m de as medidas terem de ser reali- zadas com a trena, o que justifica a mudanc¸a de incerteza para o paraˆmetro y em relac¸a˜o a`s outras etapas do experimento. No caso do seno e de d as incertezas apresentadas foram calculadas via propagac¸a˜o de incertezas. Ana´lise de Dados Fenda Simples Percebe-se, pela tabela 1, que va´rios valores foram obtidos para a espes- sura do fio de cabelo. E´ poss´ıvel, portanto, tirar uma me´dia de todos esses valores para determinar o valor me´dio do fio de cabelo. Realizando a me´dia aritme´tica e os desvios padra˜o e desvio padra˜o da me´dia, obtemos o seguinte valor: 9 a = (76, 8± 0, 7)µm Observou-se que, quando a fenda ajusta´vel era aumentada, a distaˆncia entre os ma´ximos e mı´nimos diminu´ıa, aproximando-se de um u´nico ponto. O contra´rio acontece quando a fenda e´ diminu´ıda: os ma´ximos se afastam do ma´ximo central. Alterar a distaˆncia entre anteparo e fenda tambe´m modifi- cou os ma´ximos: quando a distaˆncia era aumentada, os ma´ximos se distan- ciavam do ma´ximo central. Apesar de a ana´lise ter sido experimental, tudo isso e´ facilmente explica´vel e previsto pelas equac¸o˜es 2 e 3. Fendas Mu´ltiplas Percebe-se claramente, atrave´s da figura 4 a diferenc¸a que o aumento do nu´mero de fendas do filme causa no espac¸amento do ma´ximos secunda´rios. Na figura 4a, os ma´ximos secunda´rios esta˜o bem pro´ximos do ma´ximo central, diferentemente dos ma´ximos secunda´rios da figura 4b, que esta˜o muito mais espac¸ados em relac¸a˜o a` figura anterior. Disto, podemos concluir que, quanto mais fendas o filme/obsta´culo tiver, maior vai ser o espac¸amento entre os ma´ximos secunda´rios. Redes de Difrac¸a˜o Tirando a me´dia dos valores calculados apresentados na tabela 2, temos o seguinte valor me´dio de d: d = (20, 4± 0, 1)µm Aplicando a relac¸a˜o 7 com o valor obtido acima, e propagando as incer- tezas, temos que: M = 49, 0± 0, 2 fendas mm Isso significa que o grupo encontrou, para o filme utilizado, um valor de, aproximadamente, 49 fendas por mil´ımetro. Tomando o valor informado pelo fabricante como valor alvo, podemos atribuir a` medida realizada pelo grupo um erro de 2%. Similarmente, podemos utilizar a expressa˜o 7 para calcular o nu´mero de fendas por mil´ımetro de um CD e de um DVD, sendo poss´ıvel, portanto, montar uma pequena tabela com os valores encontrados: As incertezas presentes nas medidas da tabela 4 foram obtidas via pro- pagac¸a˜o de incertezas. Observa-se, com satisfac¸a˜o, que o DVD tem mais fendas por mil´ımetro que o CD, o que o permite abrigar mais informac¸a˜o ocupando o mesmo espac¸o. 10 oilane Nota O que muda com o aumento no número de fendas, desde que a distância entre elas é a mesma, é a largura dos máximos. Quanto maior o número de fendas, mais estreitos os máximos. Talvez por isso tenham a impressão de que estão mais afastados. Porém, a posição dos máximos permanece a mesma, desde que a distância entre as fendas e entre fendas e anteparo permaneçam iguais. Tabela 4: Tabela com os valores calculados para o CD e DVD Objeto M (fendas por mm) CD 699± 5 DVD 1314± 10 Conclusa˜o O experimento foi dividido em treˆs partes. Na parte inicial, concernente a`s fendas simples, o grupo poˆde observar que conforme a distaˆncia entre a fenda e o anteparo aumentava, o espac¸amento entre as fendas aumentava tambe´m. Tambe´m observamos que, ao estreitar a fenda, o espac¸amento entre os ma´ximos aumentava, bem como observou-se o efeito contra´rio. Mediu-se a espessura de um fio de cabelo de um dos integrantes do grupo e encontrou-se um valor satisfato´rio para o mesmo. Na segunda etapa do experimento, que tratava sobre fendas mu´ltiplas, o grupo realizou observac¸o˜es com diversos filmes com diferentes nu´meros de fendas. Conforme explicitado na figura 4, o aumento no nu´mero de fendas causa um maior espac¸amento entre os ma´ximos. Na u´ltima etapa do experimento, que tratava de redes de difrac¸a˜o, utilizou- se um filme que o fabricante informava ter 50 fendas por mil´ımetro e realizaram- se as medidas necessa´rias a fim de testar a veracidade da informac¸a˜o. Dadas as medidas encontradas na tabela 2, encontrou-se o satisfato´rio valor de, apro- ximadamente, 49 fendas por mil´ımetro, diferindo do valor alvo do fabricante em apenas 2%. Realizaram-se tambe´m medidas acerca do nu´mero de fendas por mil´ımetro de um CD e de um DVD, cujos valores finais encontram-se na tabela 4. O grupo acredita que os valores encontrados seja coerentes, uma vez que, como o DVD abriga maior memo´ria digital que o CD ocupando o mesmo espac¸o, este deve ter um maior nu´mero de fendas por mil´ımetro, o que realmente e´ constatado atrave´s das medidas do grupo. Refereˆncias [1] Jose´ Maria Filardo Bassalo. A croˆnica da o´tica cla´ssica (parte iii: 1801- 1905). Caderno Brasileiro de Ensino de F´ısica, 6(1):37–58, 1989. [2] Roger Bach, Damian Pope, Sy-Hwang Liou, and Herman Batelaan. Controlled double-slit electron diffraction. New Journal of Physics, 15(3):033018, 2013. [3] Hugo L Fragnito and Antonio C Costa. Difrac¸a˜o da luz por fendas, 2008. 11 oilane Realce oilane Realce Os máximos ficam mais estreitos. oilane Realce oilane Nota Fenda simplesnullnull0,9/1,0nullFio de cabelonullnull2,0/2,0nullFendas múltiplasnull1,9/2,0nullRede de difraçãonull2,0/2,0nullCD/DVD 2,0/2,0nullIntrodução/Conclusão 0,6/1,0nullnullnullTotal 9,4/10nullnull
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