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DPC SEMESTRAL 
Direito Penal – Parte Especial 
Denis Pigozzi 
Data: 14/02/2013 
Aula 1 
 
DPC SEMESTRAL – 2013 
Anotador(a): Tiago Ferreira 
Complexo Educacional Damásio de Jesus 
RESUMO 
Twitter: @DenisPigozzi 
 
SUMÁRIO 
 
1) Dos crimes contra a pessoa; 
 
 
Bibliografias indicadas: -Vade Mecum RT - 2013; 
 -Direito Penal Esquematizado – Victor Rios Gonçalves - Saraiva; 
 -Fernando Capez – Volumes II e III – Saraiva; 
 -Damásio de Jesus – Volumes II, III e IV - Saraiva; 
 -André Estefam – Volumes II, III e IV – Saraiva. 
 
 
TÍTULO I - DOS CRIMES CONTRA A PESSOA 
 
Capítulo V 
Dos Crimes Contra a Honra – Artigos 138 / 145 do CP. 
 
Os crimes contra a honra são os de Calúnia, Difamação e Injúria, previstos, respectivamente, nos artigos 138, 
139 e 140 do Código Penal. 
 
 
 CALÚNIA – Artigo 138: 
 
Requisitos: 
 
1 – Imputação de um fato certo e determinado a alguém. 
2 – Fato esse imputado definido como crime / delito (OBS: Caso o fato imputado a alguém seja definido como 
contravenção penal, O CRIME PRATICADO É O DE DIFAMAÇÃO). 
3 – A imputação do fato deve ser falsa. 
 
Pessoa Jurídica: 
 
Pode ser vítima do crime de calúnia, tendo em vista que comete crime ambiental, nos termos do artigo 225, 
§3º da CF/88, o qual foi regulamentado pela Lei 9.605/98. 
 
Aproveitando a oportunidade, conforme artigo 3º, parágrafo único do L 9.605/98, FOI ADOTADO O SISTEMA 
DA DUPLA IMPUTAÇÃO. Isso significa dizer que, por ocasião do oferecimento da denúncia, o MP tem duas 
opções: 
a) Denunciar apenas as pessoas físicas; 
b) Denunciar as pessoas físicas e também a pessoa jurídica. 
 
Conclusão: O MP não pode denunciar exclusivamente a pessoa jurídica pela prática dos crimes ambientais. 
 
 
2 de 4 
Calúnia contra os mortos: 
 
Dos três crimes contra a honra, APENAS O DE CALÚNIA É POSSÍVEL CONTRA OS MORTOS, conforme artigo 138, 
§2º do CP. 
 
Honra Objetiva: 
 
É o conceito que o grupo social tem acerca dos atributos físicos, intelectuais ou morais de alguém. 
 
Dessa forma, a consumação do crime de calúnia ocorre quando terceiro fica sabendo do ocorrido. 
 
Exceção da Verdade: 
 
Antes de tudo, a exceção da verdade é uma questão incidental e pode ser encarada como a prova da 
veracidade de um fato. Conforme artigo 138, §3º do CP, EM REGRA GERAL é admitida a exceção da verdade 
no crime de calúnia, salvo as exceções ali previstas, quando por exemplo o fato imputado for contra 
Presidente da República ou Chefe de Governo estrangeiro. 
 
Diferenças entre os crimes de calúnia (contra a honra) e o de denunciação caluniosa do artigo 339 (contra a 
administração da justiça): 
 
Enquanto a calúnia restringe-se a crime, a denunciação caluniosa alcança tanto crime como contravenção 
penal, e nesta a pena é reduzida pela metade. 
 
A finalidade da calúnia é apenas a de atingir a honra objetiva da vítima, ao passo que na denunciação 
caluniosa, além da intenção de atingir tal honra, o agente deseja movimentar a máquina judiciária. 
 
 
 DIFAMAÇÃO – Artigo 139: 
 
Requisitos: 
 
1 – Imputação de um fato certo e determinado a alguém. 
2 – Fato esse ofensivo à reputação da vítima, ou classificado como contravenção penal. 
 
OBS: O fato imputado não precisa ser falso. 
Exemplo: Tício disse que viu seu amigo Mévio fazendo programas sexuais na rua augusta, mais precisamente 
no dia 08.02.13. 
 
Pessoa Jurídica: 
 
É possível que a pessoa jurídica seja vítima desse crime porque goza de honra objetiva. 
 
Honra Objetiva e Consumação: 
 
É o conceito que o grupo social tem acerca dos atributos físicos, intelectuais ou morais de alguém. 
 
Dessa forma, a consumação do crime de calúnia ocorre quando terceiro fica sabendo do ocorrido. 
 
 
 
 
3 de 4 
Exceção da Verdade (Artigo 139, parágrafo único): 
 
Em regra geral NÃO É ADMITIDA A EXCEÇÃO DA VERDADE NO CRIME DE DIFAMAÇÃO, SALVO SE O OFENDIDO 
É FUNCIONÁRIO PÚBLICO E A OFENSA É RELATIVA AO EXERCÍCIO DE SUAS FUNÇÕES. 
 
 
 INJÚRIA – Artigo 140: 
 
Em poucas palavras, a injúria consiste na imputação de qualidade negativa, ou no xingamento ofensivo. 
 
Exemplos: Chamar alguém de ladrão, estuprador, corno, safado, mesmo que a pessoa tenha sido condenada 
por isso (não há exceção da verdade na injúria). 
 
OBS: Também comete injúria aquele que, estando sozinho com outra pessoa, lhe imputa fato definido como 
crime. 
OBS: A qualidade negativa pode ser verdadeira ou falsa. 
 
Pessoa Jurídica: 
 
Não é possível crime de injúria contra pessoa jurídica porque esta não goza de honra subjetiva. 
 
Honra Subjetiva: 
 
A injúria atinge a honra subjetiva (é o conceito que a própria pessoa tem acerca de seus atributos físicos, 
intelectuais e morais) e consuma-se quando a própria vítima toma ciência do ocorrido. 
 
A honra subjetiva pode se referir à dignidade da pessoa, ou seja, quando são atingidos os atributos morais, 
como por exemplo, chamar de safado. 
Por sua vez, a honra subjetiva pode se referir ao decoro, ou seja, quando são atingidos os atributos físicos (Ex: 
chamar de monstro) ou intelectuais (chamar de burro) da vítima. 
 
Exceção da Verdade: 
 
NUNCA é cabível, tendo em vista que não se imputa fato. 
 
Diferenças entre os crimes de injúria qualificada e o de racismo (L 7.716/89): 
 
1 – O crime de racismo é imprescritível, aliás juntamente com a ação de grupos armados, civis ou militares, 
contra a ordem constitucional e o estado democrático de direito (Vide L 7.170/83); já o crime de injúria 
qualificada é prescritível. 
 
2 – O racismo engloba manifestações generalizadas ou segregação racial no comportamento de alguém; já o 
crime de injúria qualificada pressupõe a utilização contra alguém de elementos referentes à raça, cor, etnia, 
religião, origem ou a condição de pessoa idosa (60 anos ou mais) ou portadora de deficiência. 
 
CUIDADO: Quando alguém xinga outra pessoa em razão da opção sexual COMETE CRIME DE INJÚRIA SIMPLES 
e não qualificada, por falta de previsão legal no artigo 140, §3º do CP. 
 
 
 
 
4 de 4 
Diferenças entre injúria cometida contra funcionário público em razão de suas funções e o delito de 
desacato (Art. 331 – Crime praticado por particular contra a administração em geral): 
 
Na injúria o funcionário público está ausente; já no desacato esse mesmo funcionário público está presente 
por ocasião dos fatos (Desacato pode ser praticado por palavras e gestos, MAS NUNCA POR ESCRITO). 
 
CUIDADO: Chamar o juiz de corno na audiência gera crime de desacato. Por sua vez, chamar o juiz de macaco 
na audiência é crime de injúria racial do artigo 140, §3º do CP.

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