Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA – UESB CURSO BACHARELADO EM FISIOTERAPIA DISCIPLINA: POLÍTICAS DE SAÚDE DEPARTAMENTO DE SAÚDE DOCENTE: POLIANNA ALVES ANDRADE RIOS DISCENTES: CAROLINE SANTOS ALVES GISELE BARBOSA CARDOSO GUSTAVO SILVA FERREIRA NATAN OLIVEIRA PIRES RODRIGO NOVAES SANTOS SAMARA DE FRANÇA FERREIRA TAILANI MENDES DE OLIVEIRA ARAÚJO JEQUIÉ - BA 2015 INTRODUÇÃO Atenção Primária à Saúde (ASP) • Objeto crescente de interesse e prioridade das políticas públicas.(Brasil/Mundo) • Movimentos de reforma dos sistemas de saúde- APS( constituindo-se porta de entrada e ordenadora de todo o sistema). • Nível de atenção mais próximo das pessoas. • Estudos apontam que sistemas de saúde orientados pela APS apresentam a maior eficiência e impacto na saúde das populações.(controvérsias) • Brasil – 1990 • Programa Nacional de saúde da Família posteriormente denominado Estratégia Saúde da Família. Formulada política de abrangência nacional de envergadura, atribuindo o APS um papel central na organização do sistema de saúde. OBJETIVO • Discutir emergência e consolidação da ESF, no contexto nacional e internacional de acordos com os seguintes termos: • Concepções que a orientam; • Características; • Dificuldades e desafios atuais em sua implementação. MARCOS HISTÓRICOS NAS POLÍTICAS APS • Relatório Dawson, 1920, referência no processo de reforma do sistema de saúde inglês, um dos mais bem sucedidos do mundo; • Reforma Carlos Chagas, 1920, é a criação do Departamento Nacional de Saúde Pública; • Na década de 1960, os centros de saúde se conformaram com como estabelecimentos de maior complexidade; • Início dos anos 1960, ocorrem críticas ao modelo de saúde publica nacional, colocando em ordem propostas como descentralização, municipalização, ampliação de serviços e integração. • Em 1970 o cenário mundial é marcado por crises dos sistemas de saúde, intensas mobilizações e lutas por democracia; • Assembleia mundial de saúde, em 1977, reafirmando a saúde como um direito humano fundamental e definindo como meta “Saúde para Todos no ano 2000”; • De 06 a 12 de setembro de 1978 ocorre a Conferência Internacional sobre Cuidados Primários de Saúde, realiza em Alma-Ata, no Cazaquistão, gerando um importante documento – A Declaração de Alma-Ata A declaração de Alma-Ata reiterou a meta “Saúde para Todos no ano 2000” e afirmou que a APS constitui a chave para seu alcance. A preocupação era definir com clareza o que é APS, no que ela se difere dos demais níveis do sistema de saúde, e definir os seu atributos, que são: • Acessibilidade; • Responsabilidade; • Continuidade; • Coordenação (integração); • Integralidade. • No Brasil, na década de 1970, vivia-se também, um intenso movimento social pela redemocratização do país e, na saúde, criavam-se as bases do movimento da Reforma Sanitária Brasileira; • O aprofundamento do processo de reforma sanitária Brasileira culminou em 1988 com a realização da VIII Conferência Nacional de Saúde, definindo os princípios e diretrizes do que vira a ser o SUS; • Apenas 4 anos após a implementação do SUS, em 1994, inicia-se a implementação da ESF, a principio denominada Programa de Saúde da Família, a ESF evoluiu com acelerada cobertura em todas as regiões e estados e sustentada por um conjunto de iniciativas governamentais. HISTÓRIA, PRINCIPIOS E DIRETRIZES DA ESF NO BRASIL • 1991: - Origem da ESF e a criação da PACS - PACS – “Antecessor do PSF” • 1993: - Crise do modelo de atenção a saúde - Período caracterizado como um momento de “vazio programático”. • 1994: - Programa de Saúde da Família - Diretrizes operacionais da ESF definem a unidade de saúde da família como unidade ambulatorial pública de saúde destinada a realizar assistência contínua nas especialidades básicas, por intermédio de equipe multiprofissional. • 2004: - Diretrizes da Política Nacional de Saúde Bucal . Reorganização da atenção básica em saúde bucal; . Ampliação e qualificação da atenção especializada. • 2006: - PNAB: - Visa claramente a eleição da Saúde da Família como estratégia prioritária para expansão e consolidação da atenção básica no Brasil pelos gestores federais do SUS, estaduais e municipais respectivamente pelo CONASS e CONASEMS. - Definiu APS como base de rede por ser a modalidade de atenção com maior grau de descentralização e capilaridade; resolutiva; coordenar o cuidado; e ordenar as redes. FUNDAMENTOS E DIRETRIZES I. Ter território adstrito II. Possibilitar o acesso universal e contínuo a serviços de saúde de qualidade resolutivos III. Adscrever e desenvolver relações de vínculo e responsabilização entre as equipes e a população adscrita IV. Coordenar a integralidade em seus vários aspectos V. Estimular a participação dos usuários como forma de ampliar sua autonomia e capacidade na construção à saúde e das pessoas e coletividades do território. AVANÇO DA ESF NO BRASIL • Concepção de redes de atenção ordenadas pela APS, proposta na PNAB, papel a ser assumido pela ESF ou qualquer outra estratégia de organização da APS; • Transformações na concepção e maneiras de utilização do trabalho multiprofissional, ampliando as potencialidades da integração de vários saberes e fazeres na resolução dos problemas de saúde. ESF • Impacto da ESF na mortalidade infantil e de menores de 5 anos. • Redução das hospitalizações por causas sensíveis à atenção primária e condições crônicas. • Evidências apresentadas demonstram que a ESF tem sido efetiva para vários problemas de saúde pública relevantes, com destaque para problemas que têm sido manejados tradicionalmente no âmbito dos serviços de saúde, mas a ampliação do escopo da APS para incorporar novas ações ainda revela-se limitada. EVOLUÇÃO DA IMPLANTAÇÃO DA ESF NOS MUNICÍPIOS BRASILEIROS • Até 1997 a expansão da APS ocorreu por conta da expansão do PACS; • A partir de 1998, foi o PSF que assumiu a abrangência; • Em 2001, incorporação dos profissionais de saúde bucal. • Em 2012, a ESF apresentava (53,1% por equipes de saúde da família e 63,7% por ACS). Implantação de Equipes de Saúde da Família, Saúde Bucal e Agentes Comunitários de Saúde – Agosto (2011) EVOLUÇÃO DAS EQUIPES DE ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA 1998‐2011 1998 1999 200520042003 200220012000 Fonte: DAB/SAS/MS INICIATIVAS GOVERNAMENTAIS PARA A CONSOLIDAÇÃO DA ESF COMO POLÍTICA DO SUS • Em 1994, os recursos financeiros a nível federal eram repassados por meio de convênios entre o Ministério da Saúde, estados e municípios; • Com o NOB de 96, criou-se o Piso de Atenção Básica (PAB); • De 1997 a 2003, funcionamento dos Polos de Capacitação, Formação e Educação Permanente de Pessoal para a saúde da família; • Programa de Interiorização do Trabalho em Saúde (PITS); • Programa de Expansão e Consolidação da Saúde da Família (PROESF); • Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET Saúde); • Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ). CONSIDERAÇÕES FINAIS • Defesa da tese de que o ideário e diretrizes conceituais e operacionais da proposta Brasileira, aproximam a ESF das propostas de reforma baseada em modelos de APS integral. • Implementação das APS é de gestão municipal. • Avanços e retrocessos nas reformas de saúde em países desenvolvidos, ex.: Canadá e Inglaterra (dinâmica de atores sociais) Brasil • Impressionantes iniciativas de reconfiguração e ampliaçãodo modelo inicial até a configuração atual. • PNAB- Incorporação de concepções de redes de atenção ordenadas pela APS ; • ESF - proposta preferencial de organização de APS. Desafios - ESF • Financiamento das ações e serviços de APS embora ampliados são insuficientes. • Subfinanciamento da saúde no Brasil • Gasto público representa pouco mais de 40% do gasto total de saúde. Austrália (67%), Noruega (84, 1%). Gestão de trabalho no ambiente do APS depende: • Necessidade de qualificar os profissionais de nível superior.(técnicos e ACS) • Erradicar as situações de precariedade dos núcleos trabalhistas e melhoras as condições de trabalho. • Reduzir a rotatividade dos profissionais de saúde. REFERÊNCIAS • Imagem logotipo do Programa Saúde da Família. Disponível em: http://ocidadaorj.com.br/site/2015/07/saude-da-familia-de- araruama-realiza-encontro-cientifico-e-cultural-nesta-sexta-feira- 03/#axzz3m2qvZxfI;. Acesso em set. 2015. • PAIM J.S.; ALMEIDA FILHO N. Saúde Coletiva: teoria e prática 1ed. Rio de Janeiro: MedBook, p. 353-352, 2014.
Compartilhar