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Paulo Lopes Paciente MFSL, sexo feminino, 56 anos, professora universitária em Feira de Santana e residente em Salvador. Sofreu queda da própria altura e fratura do 5º metatarso direito. Fez cirurgia e colocação de DCP com 7 parafusos há 6 meses. Compareceu ao serviço de Fisioterapia relatando dificuldade aos pequenos esforços como subir escada, assim como dirigir por tempo prolongado. Foi indicada a realizar tratamento após 45 dias de cirurgia. Relata que fez uso de tala gessada por 45 dias e bota robofoot por mais 20 dias já podendo colocar o pé no chão com auxílio de muletas canadenses. Exame físico: apresenta ADM completa de tornozelo, edema 1+/4+ em maléolo medial, força muscular em MMII grau 4. Resultados esperados: voltar a trabalhar com mais segurança na perna (SIC). CASO Forma de exercício ativo na qual uma contração muscular estática ou dinâmica é resistida por uma força externa (manual ou mecânica) Resistência manual (Quando músculo está fraco e pode vencer apenas resistência fraca ou moderada) Resistência mecânica (Resistência maior que o terapeuta pode dar) EXERCÍCIO RESISTIDO AVALIAÇÃO Comprometimentos / Limitações funcionais Incapacidades e deficiências As metas do exercício terapêutico incluem prevenção de disfunção assim como desenvolvimento, melhora, restauração e manutenção de: Força Resistência à fadiga Mobilidade e flexibilidade Relaxamento Coordenação, equilíbrio e habilidades funcionais METAS DO EXERCÍCIO TERAPEUTICO A ausência da sobrecarga normal nos sistemas corporais pode levar à degeneração, deformidade e lesão Exemplo: Permanência prolongada no leito (Ø sustentação peso), causam osteoporose e atrofia muscular, além do sistema cardiorespiratório. QUAL O NOME DESTE FENÔMENO? No exercício terapêutico as sobrecargas e forças são aplicadas ao corpo de modo controlado, progressivo e apropriado Finalidade de melhorar função (AVDs) METAS DO EXERCÍCIO TERAPEUTICO Capacidade do músculo de realizar trabalho (força x distância) É um componente complexo do movimento funcional É afetado por todos os sistemas corporais, mais especificamente por fatores como: Características morfológicas do músculo; Função metabólica; Bioquímicas e biomecânicas; Cardiovascular; Respiratória; Cognitiva e emocional. O músculo deve ser capaz de produzir, de manter e de regular a tensão muscular para prever as forças que serão aplicadas no corpo, responder a elas, controlá-las e atender as demandas físicas da vida cotidiana de maneira segura e eficiente. DESEMPENHO MUSCULAR FORÇA POTÊNCIA RESISTÊNCIA À FADIGA Quando uma ou mais dessas áreas está comprometida, podem surgir limitações funcionais e incapacidade ou aumento dos riscos de disfunção como: Lesão; Doença; Imobilização; Desuso ou inatividade Comprometimento do desempenho muscular. Fraqueza e atrofia muscular ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DO DESEMPENHO MUSCULAR FORÇA “Força é a habilidade que tem um músculo ou grupo para desenvolver tensão e força resultantes em esforço máximo” Força Muscular: É a maior força mensurável que pode ser exercida por um músculo ou grupo muscular para vencer uma resistência durante um esforço máximo único. Força Funcional: relaciona-se com a habilidade do sistema neuromuscular de produzir, reduzir ou controlar forças, pretendidas ou impostas, de modo suave e coordenado, durante atividades funcionais. Em testes musculares manuais o normal é o padrão e é definido como a quantidade ou grau de força de um músculo que permite que ele se contraia contra a gravidade e sustente contra uma resistência máxima ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DO DESEMPENHO MUSCULAR FATORES QUE INFLUENCIAM A FORÇA mm NORMAL Quanto mais largo o diâmetro mm, maior a força (secção transversa) Produz maior tensão quando está levemente alongado Quanto mais U.M. ativadas, maior a força produzida Força: Excêntrico > Isometria > Concêntrico Fibras tipo I e tipo II ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DO DESEMPENHO MUSCULAR MUDANÇAS NO SISTEMA NEUROMUSCULAR QUE LEVAM AO AUMENTO DE FORÇA HIPERTROFIA O tamanho das fibras pode ser aumentado (Hipertrofia) Proteínas na fibra muscular Densidade de leitos capilares Mudanças bioquímicas (Fibras tipo II) RECRUTAMENTO Capacidade do músculo em gerar força número de U.M. (maior produção de força) Mais importante que hipertrofia nas fases iniciais do tratamento ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DO DESEMPENHO MUSCULAR MUDANÇAS NA FORÇA DO TECIDO NÃO CONTRÁTIL ↑Força muscular, ↑Força dos tendões e ligamentos ↑ Junção mio-tendínea e ligamento-osso Tecido ósseo (trabeculado) DIRETRIZES PARA DESENVOLVIMENTO DA FORÇA Para Força deve ser usada carga que exceda capacidade metabólicado músculo. exercícios de alta intensidade (pequeno número de repetições) ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DO DESEMPENHO MUSCULAR POTÊNCIA Potência Muscular: Está relacionado com a força e a velocidade do movimento e é definida como trabalho (força X distância) produzido pelo músculo em unidade de tempo (força X velocidade / tempo), ou seja, é a taxa de desempenho do trabalho. Quanto maior a intensidade do exercício e menor tempo necessária para gerar força, maior a potência muscular. ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DO DESEMPENHO MUSCULAR RESISTÊNCIA À FADIGA Resistência à fadiga: Refere-se à habilidade de realizar atividades de baixa intensidade, repetitivas ou sustentadas, por um tempo prolongado. Resistência Muscular à fadiga: é a habilidade de um músculo contrair-se repetidamente contra uma carga (resistência), gerar e manter tensão e resistir à fadiga “Resistência à fadiga é necessário para tarefas motoras repetitivas e manutenção da atividade funcional (subir ou descer escadas) ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DO DESEMPENHO MUSCULAR Paciente MFSL, sexo feminino, 56 anos, professora universitária em Feira de Santana e residente em Salvador. Sofreu queda da própria altura e fratura do 5º metatarso direito. Fez cirurgia e colocação de DCP com 7 parafusos há 6 meses. Compareceu ao serviço de Fisioterapia relatando dificuldade aos pequenos esforços como subir escada, assim como dirigir por tempo prolongado. Foi indicada a realizar tratamento após 45 dias de cirurgia. Relata que fez uso de tala gessada por 45 dias e bota robofoot por mais 20 dias já podendo colocar o pé no chão com auxílio de muletas canadenses. Exame físico: apresenta ADM completa de tornozelo, edema 1+/4+ em maléolo medial, força muscular em MMII grau 4. Resultados esperados: voltar a trabalhar com mais segurança na perna (SIC). CASO É qualquer forma de exercício ativo no qual uma contração muscular dinâmica ou estática é resistida por uma força externa, aplicada manual ou mecanicamente. Também é chamado de TREINAMENTO RESISTIDO. Essencial no programa de reabilitação física para pessoas com comprometimento da função; Componente integral dos programas de condicionamento para quem deseja promover ou manter a saúde e o bem- estar físico; Favorecer potencialmente o desempenho de habilidades motoras Prevenir ou reduzir o risco de lesão ou doença. DESEMPENHO MUSCULAR X EXERCÍCIO RESISTIDO Patologias de base; Extensão e gravidade dos comprometimentos no desempenho muscular; Presença de outros déficits; Estágio de regeneração dos tecidos após lesãoou cirurgia; Idade do paciente; Nível geral de preparo físico; Habilidade de cooperar e aprender. FATORES QUE INFLUENCIAM A SEGURANÇA E EFETIVIDADE É O TREINAMENTO RESISTIDO Favorecem o desempenho muscular: restauram, melhoram ou mantêm a força, a potência e a resistência muscular à fadiga; Aumentam a força do conjunto dos tecidos conjuntivos: tendões, ligamentos, etc. Contribuem para maior densidade mineral óssea ou menor desmineralização óssea; Diminuem a sobrecarga nas articulações durante a atividade física; Reduzem o risco de lesão dos tecidos moles durante a atividade física; BENEFÍCIOS DOS EXERCÍCIOS RESISTIDOS Contribuem com o possível desenvolvimento da capacidade de reparar e regenerar tecidos moles lesados, devido a um impacto positivo na remodelação do tecido; Favorecem a melhora do equilíbrio; Favorecem o desempenho físico durante atividades cotidianas, ocupacionais e recreativas; Produzem alterações positivas na composição corporal: da massa muscular magra ou da gordura corporal; Favorecem a sensação de bem-estar físico; Melhora da qualidade de vida. BENEFÍCIOS DOS EXERCÍCIOS RESISTIDOS PRINCÍPIO DA SOBRECARGA Descrição: Baseia-se no uso do exercício resistido para melhorar o desempenho muscular. É a aplicação de uma carga que exceda a capacidade metabólica do músculo, ou seja, o músculo tem de ser desafiado a trabalhar em um nível mais alto do que está acostumado. Aplicação: Enfoca a colocação progressiva de carga sobre o músculo manipulando a intensidade ou o volume do exercício. Intensidade do exercício resistido: quantidade de peso (resistência) imposta sobre o músculo; Volume do exercício: engloba variáveis como número de repetições séries ou frequência do exercício. PRINCÍPIOS FÍSICOS DE TREINAMENTO PRINCÍPIO DA ADAPTAÇÃO ESPECÍFICA Este princípio sugere que, para a elaboração dos programas de exercícios, é fundamental uma estrutura básica de especificidade. Este princípio aplica-se a todos os sistemas corporais e é uma extensão da Lei de Wolff Especificidade do treinamento: Sugere que os efeitos adaptativos do treinamento, como por exemplo, a melhora da força, da potência e da resistência à fadiga, são altamente específicos do método de treinamento empregado. PRINCÍPIOS FÍSICOS DE TREINAMENTO PRINCÍPIO DA REVERSIBILIDADE Alterações adaptativas nos sistemas corporais, como aumento da força ou resistência física em resposta as um programa de exercícios resistidos, serão transitórias a menos que as melhoras induzidas pelo treinamento sejam regularmente utilizadas nas atividades funcionais. Descondicionamento físico: (redução do desempenho muscular), começa dentro de uma semana ou duas depois de cessados os exercícios resistidos e continua até os efeitos do treinamento serem perdidos PRINCÍPIOS FÍSICOS DE TREINAMENTO Para o corpo voltar ao estado basal, geralmente leva de 3 à 5 minutos, ocorrendo a maior proporção de recuperação no primeiro minuto. As alterações que ocorrem no músculo durante a recuperação são: As reservas de energia são repostas; O ácido lático é removido do músculo esquelético e do sangue à cerca de uma hora após o exercício; As reservas de oxigênio são repostas nos músculos; O glicogênio é reposto durante vários dias. RECUPERAÇÃO DO EXERCÍCIO HIPERTROFIA É o aumento no tamanho de uma fibra muscular individual causado por um aumento no volume miofibrilar. A hipertrofia está associada a exercícios de resistência moderada e de alto volume, realizados de forma excêntrica. HIPERPLASIA É o aumento no número de fibras musculares ADAPTAÇÕES DO MÚSCULO ESQUELÉTICO NO EXERCÍCIO RESISTIDO Paciente MFSL, sexo feminino, 56 anos, professora universitária em Feira de Santana e residente em Salvador. Sofreu queda da própria altura e fratura do 5º metatarso direito. Fez cirurgia e colocação de DCP com 7 parafusos há 6 meses. Compareceu ao serviço de Fisioterapia relatando dificuldade aos pequenos esforços como subir escada, assim como dirigir por tempo prolongado. Foi indicada a realizar tratamento após 45 dias de cirurgia. Relata que fez uso de tala gessada por 45 dias e bota robofoot por mais 20 dias já podendo colocar o pé no chão com auxílio de muletas canadenses. Exame físico: apresenta ADM completa de tornozelo, edema 1+/4+ em maléolo medial, força muscular em MMII grau 4. Resultados esperados: voltar a trabalhar com mais segurança na perna (SIC). CASO Cardio-vasculares (Valsalva e fadiga muscular/total) Recuperação do exercício Exaustão* Movimentos substitutivos (compensações) Osteoporose* Dor muscular imediata/tardia Inflamações/Dor CUIDADOS E PRECAUÇÕES (EXERCÍCIOS RESISTIDOS) ISOMÉTRICO ANISOMÉTRICO (dinâmico) CONCENTRICO E EXCENTRICO CADEIA CINÉTICA ABERTA E FECHADA ISOCINÉTICO PLIOMÉTRICO TIPOS DE EXERCÍCIOS SEQUÊNCIA DE EVOLUÇÃO TERAPÊUTICA IDEAL: TIPOS DE EXERCÍCIOS ISOMÉTRICO CONCENTRICO (CCA e CCF) EXCÊNTRICO (CCA e CCF) PLIOMÉTRICO Segmento distal livre para se movimentar; Resulta do movimento de uma única articulação; Movimento produzido pelo movimento do músculo agonista. Vantagens dos exercícios em CCA Recrutamento Isolado de um músculo; Movimentos simples; Contração concêntrica, esforço menor; A carga é mais localizada. Desvantagens dos exercícios em CCA Limitação muscular (carga incide somente em um músculo); Ativa-se pouco mecanoreceptores. EXERCÍCIOS EM CADEIA CINÉTICA ABERTA (CCA) Segmento distal está fixo ou encontra resistência considerável ao movimento; Resulta em movimento simultâneo de todas as articulações de um segmento; Movimento produzido pela co-contração dos músculos. Simula demanda funcional exercida sobre o segmento durante variedade de atividades; Compressão articular melhora a estabilidade & facilita a co-contração; Vantagens dos exercícios em CCF Recrutamento múltiplo dos músculos; Contração excêntrica, com maior carga, porém mais distribuída; Co-contração , levando a estabilização dinâmica articular; Aumenta os estímulos aos mecanoreceptores. Desvantagens dos exercícios em CCF Dificuldade de isolamento muscular; Aumenta descarga de peso para a articulação. EXERCÍCIOS EM CADEIA CINÉTICA FECHADA (CCF) Técnica de DeLorme (Exercício com Resistência Progressiva - ERP) Determine 10 repetições máximas (RM). Então o paciente executa: 10 repetições com ½ de 10 RM 10 repetições com ¾ de 10 RM 10 repetições com 10 RM completas EXERCÍCIOS ESPECÍFICOS Técnica de Oxford (DeLorme reverso) Determine 10 repetições máximas (RM). Então o paciente executa: 10 repetições com RM completas 10 repetições com ¾ de 10 RM 10 repetições com ½ de 10 RM EXERCÍCIOS ESPECÍFICOS Treinamento de peso em circuito Sequencia de exercícios para músculos pequenos ou grandes grupos Ex: 8 a 10 RM de supino / exercício de perna / abdominais/ exercício de ombro /agachamento / flexão de antebraço EXERCÍCIOS ESPECÍFICOS McQueen Determinar 10 RM Executar 10 repetições com 10 RM completas Executar 10 repetições com 10 RM completas Executar 10 repetições com 10 RM completas Executar 10 repetições com 10 RM completas EXERCÍCIOS ESPECÍFICOS Paciente MFSL, sexo feminino, 56 anos, professora universitária em Feira de Santana e residente em Salvador. Sofreu queda da própria altura e fratura do 5º metatarso direito. Fez cirurgia e colocação de DCP com 7 parafusos há 6 meses. Compareceu ao serviço de Fisioterapia relatando dificuldade aos pequenos esforços como subir escada, assim como dirigir por tempo prolongado. Foi indicada a realizar tratamento após 45 dias de cirurgia. Relata que fez uso de tala gessada por 45 dias e bota robofoot por mais 20 dias já podendo colocar o pé no chão com auxílio de muletas canadenses. Exame físico: apresenta ADM completa de tornozelo, edema 1+/4+ em maléolo medial, força muscular em MMII grau 4. Resultados esperados: voltar a trabalhar com mais segurança na perna (SIC). CASO Cap 1 – Exercício Fisioterapêutico: Fundamentação e Conceituação Cap 2 – Amplitude de Movimento Cap3 – Exercícios Resistidos Cap 1 – Introdução ao Exercício Terapeutico e ao Modelo de Incapacitação Modificado Cap 5 – Deficiência no desempenho múscular Cap 6 – Deficiência de capacidade aeróbica/endurance Cap 7 – Deficiência de mobilidade articular e de amplitude de movimento Cap 15 – Treinamento de cadeia cinética fechada 1 - Seria indicado exercício ativo resistido para alguma região? 2 - Com que objetivo? 3 - Qual tipo?
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